terça-feira, 20 de outubro de 2020

Minas E Armadilhas (1993-1996)

por Paulo Neto

Como já falámos no texto sobre os "Apanhados" de Joaquim Letria na RTP, um desentendimento entre Letria e Manolo Bello, que organizava as situações a ser filmadas, resultou na ida deste para a SIC, pouco depois do fim da exibição do programa.



Assim sendo, entre os programas da nova grelha da rentrée de 1993 da SIC, estreou "Minas E Armadilhas". Tal como no programa "Apanhados", também havia várias situações em que apanhavam portugueses desprevenidos. Recordo-me que algumas delas até foram recicladas do programa da RTP como por exemplo a situação de alguém no clube de vídeo que decide pregar sermões a pessoas a quem o empregado da loja afirmava terem alugado filmes pornográficos, mas desta vez, em vez de Guilherme Leite, o "justiceiro da moral" era uma senhora de idade avançada. Aliás, lembro-me que essa senhora irritou tanto uma das vítimas, que também era idosa, que ripostou: "Já vi que você é Jeová!"



  

Mas a principal novidade é que o programa era conduzido em estúdio por Júlio César, com a presença de algumas das pessoas apanhadas que depois falavam na sua experiência e na partida que lhes fizeram. Lembro-me um caso de um homem apanhado numa situação em que uma jovem lhe pede para se fazer passar por namorado dela junto dos seus pais porque supostamente estes não gostavam do verdadeiro namorado dela, e durante a reunião familiar aparecia o tal verdadeiro namorado, e no caso desse jovem homem, apesar de tudo levou a farsa até às últimas dizendo diante todos que ele é que era o namorado, até que lhe por fim disseram que era tudo uma partida. Quando essa situação foi filmada, o jovem tinha farta cabeleira e barba mas em estúdio, lembro-me de achar que ele quase nem parecia o mesmo com o cabelo cortado e a barba feita. 



O programa tinha ainda uma vertente de concurso, conduzido por Júlio César, onde dois dos apanhados jogavam um jogo de memória de pares para ganharem prémios monetários. Tal como no programa da RTP, Guilherme Leite participou em algumas das situações, mas por vezes acontecia que as pessoas já o reconhecessem dos "Apanhados". Nesta fase inicial também participaram nas situações Carla Andrino e Ildeberto Beirão, que mais tarde também entrariam noutros programas com Guilherme Leite como "O Café Do Surdo" e as primeiras temporadas dos "Malucos Do Riso". 

Aliás, houve situação protagonizado por estes dois que para mim foi a mais inesquecível de "Minas E Armadilhas", porque envolvia indiretamente nada menos que o então Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva. Em Boliqueime, terra natal de Cavaco Silva, Carla Andrino fazia de transeunte que reparava num carro abandonado onde estava alguém trancado no porta-bagagens, tendo esse alguém uma voz muito semelhante à do então chefe do Governo e que dizia ser "o Aníbal, o filho do Teodoro" (aludindo ao verdadeiro pai de Cavaco Silva que ainda era residente na dita localidade algarvia)* e que fora raptado. Então vários cidadãos de Boliqueime se acercam do carro, ora preocupados em ajudar a pessoa trancada na porta-bagagens, ora curiosos para saberem se quem estava lá dentro era mesmo o Primeiro Ministro filho do Teodoro. A certa altura, existe alguém que ao acreditar que era mesmo ele, exclama algo que surge escrito em legenda no ecrã como: "É o Cavaco? Então que se f...". No final, era revelado que quem estava no porta-bagagens do carro era Ildeberto Beirão imitando a voz de Cavaco Silva. 

* O que me leva a concluir que quase sempre na tua terra, por muito mais famoso ou importante que sejas, para os teus conterrâneos que te viram crescer, tu continuas a ser "o/a filho/a de"… Por exemplo, e embora não seja famoso nem coisa que se pareça, há muitos conterrâneos meus que podem não saber o meu nome mas sabem que eu sou "o filho do Rogério" ou "o filho da Maria João". Há até aqueles que pensam que eu é que tenho o nome do meu pai por ser o filho mais velho, quando na verdade foi o meu irmão que herdou o nome do nosso progenitor.    




Ao longo das quatro temporadas, Júlio César teve várias parcerias à assisti-lo na condução do programa, começando pela célebre drag queen Belle Dominique e passando pela modelo e actriz soft-porn francesa Marlène Mourreau e pela patinadora Andreia Fernandes. Na assistência do programa era comum estarem presentes várias colectividades, como tunas académicas, ranchos folclóricos e bandas filarmónicas.     

Programa completo (Fevereiro 1995):


Algumas situações:








segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Anúncio do Nescafé "Um Amanhecer Diferente" (1990)

 por Paulo Neto

No passado dia 6 de Outubro faleceu aos 80 anos o cantor americano Johnny Nash, um dos primeiros artistas a conjugar o pop mais tradicional com o reggae, e foi mesmo um dos primeiros cantores não-jamaicanos a gravar em Kingston. Apesar de ter iniciado a sua carreira em 1956, os maiores sucessos de Johnny Nash surgiram nos anos 70, com "Tears On My Pillow" e sobretudo "I Can See Clearly Now". Este último foi editado em 1972, tendo sido o seu o único single n.º 1 no top americano. Mas para as gerações seguintes, foi através de um dos mais lendários casamentos entre música e publicidade que "I Can See Clearly Now" seria eternizado. 

Oriundo do gigante suíço da produção alimentar Nestlé, o Nescafé é já há várias décadas uma das marcas de eleição de café solúvel. Lembro-me que o primeiro café que tomei na vida, para aí com seis anos, foi um Nescafé daquelas saquetas em forma de prisma e de que gostei de misturar os grãos de Nescafé com o açúcar. (Claro que só muito ocasionalmente é que bebia café sem leite na minha infância e foi já adolescente que comecei a beber bicas nos cafés.) Mas foi em 1990, que a Nescafé lançou o seu anúncio mais emblemático em Portugal, originalmente estreado no Reino Unido em 1988 com o título "Sunrise" nos cinemas e meses depois na televisão. 


O anúncio é muito simples: na hora do lobo, um carocha estaciona junto à praia sob o som das gaivotas. Dentro da viatura, vê-se uma jovem mulher com um ar entristecido. Talvez tenha acabado um namoro, talvez tenha perdido o emprego ou sido despejada, talvez simplesmente esteja a passar por muita tensão na sua vida e decidiu por impulso pegar no carocha e fugir momentaneamente de tudo isso. Seja como for, ela depara-se no seu saco com um frasco de Nescafé e decide preparar um café ligando uma resistência ao isqueiro do carro para aquecer água. É então que começa a tocar "I Can See Clearly Now". Então ela sai do carro com uma chávena de café na mão. A jovem encosta-se ao capot do carocha e enquanto bebe café, vemos o seu rosto, banhado pelas primeiros raios de sol da manhã, esboçando um sorriso. O anúncio termina com um lindíssimo plano do nascer do sol na praia e as silhuetas da mulher e do carro e o slogan a surgir no ecrã: "Nescafé, um amanhecer diferente."  


O anúncio era assaz simples mas muito eficaz porque todos nós nos reconhecíamos naquela jovem mulher e porque todos já passámos por períodos tensos na nossa vida onde uma pausa para simples prazeres como saborear um café ou ver um nascer do sol nos deu forças para seguir em frente. E que melhor canção do que "I Can See Clearly Now" para capturar aquela sensação de finalmente se poder vislumbrar melhores dias no horizonte após tempos menos bons?
Mas além disso, para muitos incluindo eu, a parte mais fascinante do anúncio foi a simples ideia de fazer café ligando uma resistência ao isqueiro do carro. Será que além de Nescafé, o anúncio também fez aumentar as vendas das resistências? E será que muita gente terá imitado a jovem do anúncio e fazer assim um belo cafezinho no carro? Na altura eu cheguei a sugerir aos meus pais que nas nossas idas à praia nós fizéssemos assim um café deste modo para bebermos à beira-mar quando lá chegássemos mas eles nunca alinharam nisso.   



Mais tarde, houve outro anúncio ao Nescafé com o slogan "Um amanhecer diferente" (no original inglês, "make a fresh start"), dirigido pelo mesmo realizador, Derek Coutts,  que também começava com um carro que chega perto de uma praia ao raiar da aurora, sob o som das gaivotas e incluindo também uma conhecida música de outros tempos. Mas desta vez é o protagonista é um jovem homem que comprou em trespasse uma loja de discos na avenida marginal à praia. Ao entrar ele depara-se com um amontoado de correio a entupir a frincha da porta e grande desordem no interior da loja, sinal de que o espera um longo dia de grandes limpezas e arrumações. Felizmente a loja tem um fogão com uma cafeteira e o jovem trouxe consigo um frasco de Nescafé. Enquanto a água aquece, ele liga a jukebox e escolhe para tocar "I Got You (I Feel Good)", um dos incontornáveis êxitos de James Brown. O jovem pega na chávena de café para beber na rua, junto à entrada, para apreciar o amanhecer, não sem antes virar o letreiro de fechado para aberto. 
Ao que parece esta foi a primeira vez que uma canção do Padrinho da soul teve autorização para ser incluída num anúncio publicitário, e não tardaram que várias outras canções de James Brown também seguissem o exemplo e surgissem noutros anúncios (nomeadamente "Get Up (Feel Like A Sex Machine)" para o famoso anúncio do Renault Clio de 1999 do "Get up ahhh!"). Mas apesar de também belissimamente realizado, este segundo anúncio do Nescafé, intitulado "Brand New Beat" não era tão eficiente quanto o antecessor, talvez porque não havia tanta relatability do espectador para com o protagonista. Primeiro porque nem todos nós podíamos comprar uma loja de discos, por mais vetusta que fosse, e depois porque não existe a mesma evolução do estado de espírito: longe da melancolia da jovem do anúncio anterior, aqui o protagonista exala confiança o tempo todo e no máximo, só fica ligeiramente perturbado com a desarrumação. 

Foram também editadas em cassete duas colectâneas com as músicas dos anúncios e outras semelhantes, tendo como título o slogan "Nescafé - Um Amanhecer Diferente".

Em 1993, uma nova de versão de "I Can See Clearly Now" do cantor jamaicano Jimmy Cliff para a banda sonora do filme "Jamaica Abaixo De Zero", ajudou a cimentar o estatuto clássico da canção junta das novas gerações.  

Para terminar, uma das minhas piadas secas preferidas: O que diz o café ao Nescafé? "N'és café nem és nada!" Ba dum tss!  

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Buéréré (1993-2002)

por Paulo Neto

Desde a sua génese, a SIC teve um espaço de programação infantil nas manhãs do fim-de-semana, começando no início das emissões com a exibição das séries animadas "O Livro Da Selva" (uma versão anime de coprodução italo-japonesa da obre de Rudyard Kipling, adaptada em 1968 pela Disney) e "T-Rex". Gradualmente, outras séries foram sendo exibidas, sobretudo após o estabelecimento de uma parceria com o Nickelodeon. 


Com a nova grelha para a rentrée de 1993, esse espaço infantil ganhou um nome: o do "Buéréré", alegadamente um termo comum na conversa da pequenada. (Eu nunca na minha vida tinha ouvido essa palavra antes disso, apenas bué, mas se calhar era só dita mesmo entre aqueles mais novos do que eu, que então estava no alto dos meus treze anos. Seria mesmo verdade?) E no início de 1994, o "Buéréré" da SIC tornou-se mais do que um simples espaço para exibição de séries animadas. 



E é aqui que tenho de deixar claro um facto que tem sido algo obliterado: a primeira Ana do "Buéréré" da SIC foi a Ana Marques. Tal como José Figueiras, Ana Marques tem sido a cara da SIC desde o início, começando na meteorologia e depois fazendo de tudo um pouco. E algures no primeiro trimestre de 1994, foi ela que apresentou aos domingos uma primeira encarnação do Buéréré, que por entre a exibição das demais séries animadas, havia uma espécie de concurso em que a cada semana opunha duas equipas vindas de diferentes escolas primárias, uma de vermelho e uma de amarelo, que disputavam vários jogos. Não sei bem qual era o prémio final mas suponho que deviam ser brinquedos e vales de compras já que a Toys R Us e a Lego eram alguns dos patrocinadores. E lembro-me disto: o programa também passava um videoclip escolhido pela equipa vencedora, e os videoclips dos Bon Jovi costumavam ser muito escolhidos (lembro de terem aí exibido os videoclips de "Keep The Faith" e "Always", por exemplo). 

Com o início do ano lectivo 1994/95, o "Buéréré" também passou a dar às tardes da SIC de segunda a sexta-feira e as primeiras séries nesse espaço, como se pode ver nesta promo com Ana Marques, foram "M.A.S.K." e "Hulk Hogan - Rock & Wrestling".


Foi também por essa altura que além do "Buéréré", foram também exibidos na SIC nas manhãs de fim-de-semana outros programas da parceria com o Nickelodeon, como o concurso "Tudo Ou Nada" apresentador por Humberto Bernardo (que era uma adaptação de "Double Dare") e "Global GUTS", de que já falámos aqui, uma competição internacional com participação portuguesa, com José Figueiras como o apresentador oficiosa da SIC. 




Porém a maior revolução e a fase mais icónica do "Buéréré" viria com a rentrée de 1995. E aí reinou outra Ana. Com o "Big Show SIC" em alta, o produtor brasileiro Ediberto Lima foi incumbido dessa renovação do Bueréré, inspirando-se claramente nos programas da Xuxa na televisão brasileira. E para conduzir esse novo Buéréré, com o título "Super Buéréré" (ou "Buéréré Super", whatever), a escolha recaiu sobre a artista de seu nome completo Ana Sofia Lopes Malhoa, então com 16 anos. No entanto Ana Malhoa já andava no mundo do espetáculo desde tenra idade, quer cantando com o seu pai José quer em discos a solo, e até já tinha tido uma breve incursão na televisão como coapresentadora com Badaró no programa da RTP "O Grande Pagode" (1987-88).    



O "Super Buéréré" tinha um cenário muito maior, e Ana Malhoa conduzia a emissão secundada por um vasto elenco de assistentes: quatro Anetes (uma espécie de copy paste das Paquitas da Xuxa), quatro Mini Anetes (cada uma com o seu traje: a boneca, a artista circense, a fada e a pirata), a abelha Melzinho, o crocodilo Croko, o sapo Filipe La Fera e sobretudo os míticos Boiréré (que ao que se veio a saber recentemente, chegou a ser manobrado pelo Pedro Soá do "Big Brother 2020") e Vacaréré






AM com o Boiréré e o Macado Hadrianno


A princípio "Super Buéréré" tinha muitos pontos em comum com o "Big Show SIC": o DJ Pantaleão também era o DJ residente e passava mesmo as músicas e a par de actuações da própria Ana Malhoa e de outros jovens artistas, também por lá passavam alguns artistas e grupos não tão infantis quanto isso. Por exemplo, existe no YouTube uma actuação da banda heavy-metal RAMP no programa! O Macaco Hadrianno também passava por lá frequentemente. Mas embora a correlação entre os dois programas nunca tenha sido cortada, com o tempo o "Super Buéréré" foi tornando-se cada vez mais age appropriate, passando só músicas infantis (até porque o reportório próprio do programa também ia crescendo) e os convidados musicais fora do público alvo infanto-juvenil foram diminuindo. O duo de prestidigitação Damião e Helena passou a ser também uma presença regular e cada programa tinha um segmento onde os dois apresentava truques de magia. Havia também um segmento onde Ana Malhoa lia cartas dos jovens telespectadores e onde mostravam desenhos e fotografias dos ditos cujos. 


AM com o duo ilusionista Damião E Helena

Ana Malhoa também marcava presença no Buéréré diário, geralmente acompanhada pelo Boiréré e a Vacaréré, em breves segmentos não só apresentar as séries animadas a ser emitidas, como também para promover passatempos de linhas de valor acrescentado do indicativo 0641 ou o merchandising do programa.   

E por falar em merchandising do programa, entre ele contava-se: os kits de magia de Damião e Helena, puzzles, material escolar, produtos têxteis e acho eu (mas não tenho muita certeza) que chegou a haver peluches do Boiréré e da Vacaréré. Porém o produto principal era sem dúvida os discos da canção do programa, que foram quatro: "Super Buéréré", "A Turma Do Big Buéréré", "Super Buéréré - O Grande Pagode" e "Buéréré Super Rock". Além das músicas cantada por Ana Malhoa no programa, também as outras personagens tinham direito à sua própria canção: a das Anetes, a das Mini Anetes, a da Melzinho, a do Boiréré ("muu, Boiréré, muu, Boiréré") e a da Vacaréré. As canções era uma mistura de originais (alguns deles escritos por Toy) e outras versões de várias cantigas infantis made in Brasil. Por exemplo, uma das minhas preferidas era "Pula, Brinca, Agita", um original do brasileiro Sérgio Malandro. 

A capa do primeiro disco do Buéréré

Mas claro que o grande hit de Ana Malhoa da sua fase Buéréré foi o "Começar No A", que ela ainda hoje de vez em quando canta nos seus concertos. 

Cheguei a casa e abri o meu livro para estudar
Para aprender é preciso saber como é bom cantar
Numa canção escolho o tema de escola p'ra começar
Repete então comigo estas letras que eu vou gritar

A! (A!) E! (E!), A, E, I, O, U
A! (A!) E! (E!), A, E, I, O, U

Sabes que começou no A (A-A-A)
E a seguir vem o E (E-E-E)
Inteligente é com o I (I-I-I)
O U depois do O faz o  A-E-I-O-U. 

O "Buéréré" da fase Ana Malhoa durou até ao final de 1998. (Segundo o que ambos revelaram no "Maluco Beleza", devido a desentendimentos entre ela e Ediberto Lima.) Em 1999, Ana Malhoa deu à luz a sua filha Índia e desde então tem-se reinventado várias vezes ao longo da sua carreira.  
A SIC continuou a denominar o seu espaço infanto-juvenil de "Buéréré" (por meio também criando outro programa de estúdio, o "Zip Zap" com o seu elenco de jovens apresentadoras cantadeiras) até 2002, quando passou a chamar-se "Iô-Iô". 

As séries exibidas na SIC durante o "Buéréré" ao longo da sua existência formam uma lista deveras extensa por isso vou só destacar algumas: "Rugrats", "Ren & Stimpy", "Power Rangers", "Aaahh!!! Real Monsters!", "Dogcat", "Rocco's Modern Life", "Hey, Arnold", "A Janela Da Allegra", "Rimba's Island", "Big Bad Beetleborgs", "VR Troopers" e é claro, os incontornáveis "Sailor Moon" e "Dragon Ball".  

Quero deixar os meus agradecimentos ao membro do fórum "A Televisão" de seu nome ATVTQsV pela crónica da sua autoria sobre o "Buéréré" que se tornou a minha principal fonte para este artigo. Na sua crónica sobre "A Arca De Noé" ele referiu o meu texto aqui no blogue sobre esse programa como uma das suas fontes, por isso fica o favor retribuído.  



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