SEXTA-FEIRA, 15-03-1985 RTP-1
Ciclo preparatório TV das 13.35 às 17.30
18.15 Abertura
18.17 Noticias
18.20 Tempo dos mais novos "Animação"
18.50 "As espantosas aventuras de Morph"
19.00 Teleregiões
19.20 "Gente singular" (2.º episódio)
20.00 Telejornal
20.27 Boletim meteorológico
20.30 Telenovela "Chuva na areia"
21.10 Panorama
22.00 "A revolta dos mineiros" (3.º episódio)
23.30 Último jornal
Fecho RTP-2
19.30 Abertura
19.32 Desenhos animados
20.00 Dar futuro à cidade
20.30 Clube de jazz
21.30 Telenovela "A Sucessora"
22.00 Jornal da noite
Fecho
18.30 Top disco
19.30 "Vietname" (último episódio)
20.00 Telejornal
Boletim meteorológico
20.30 O traço e o texto
20.45 Concurso "1, 2, 3"
23.00 Ultimo Jornal
23.15 "Columbo" (9.º episódio)
Fecho RTP-2
19.30 Abertura
19.32 Troféu
21.00 Noite de teatro "As arvores morrem de pé"
Fecho
DOMINGO, 17-03-1985 RTP-1
10.45 Abertura
10.47 Eucaristia dominical
11.40 70X7
12.05 TV rural
12.30 Tempo dos mais novos
13.00 Noticias
13.05 Tempo dos mais novos
14.30 "O Pai Murphy"
15.30 "Lutar e vencer" (My champion)
17.30 Domingo desportivo 1.ª edicão
18.00 "O planeta vivo"
19.00 "Tommy's Pop Show" - "Extra"
20.00 Telejornal
Boletim meteorológico
20.30 Cineteatro
20.50 "O consultor"
21.30 Domingo desportivo
22.30 "Tudo em familia"
23.00 Último jornal
Fecho RTP-2
19.00 Abertura
19.02 Novos horizontes
19.30 Desenhos animados
20.30 "Viagem através do sistema solar" (10.º episódio)
21.00 Danças e cantares
21.30 Cineclube "Viver a sua vida»
Fecho
SEXTA-FEIRA, 14-12-1984 RTP-1
17.50 Abertura
17.52 Notícias
17.57 Animação
18.20 Yakari
18.30 Teleregiões
19.00 "O Mundo do barroco"
20.00 Telejornal
20.30 Programa a designar
21.00 Já agora...
22.30 O caso Alger Hiss (1º episódio)
23.30 Últimas Notícias
23.40 Sinais
Fecho RTP-2
19.30 Abertura
19.32 Notícias
19.40 Aquaman
20.00 Os Maias (2º episódio) [Nota: Peça de Teatro de José Bruno Carreiro]
21.00 Nós e a música
21.30 Telenovela "Guerra dos Sexos"
22.15 Jornal da noite
22.45 "Rock Português" (...) e Pinho Vargas
SÁBADO, 15-12-1984 RTP-1
11.00 Abertura
11.02 Ulisses 31, Sempre em forma, As Aventuras de Marco Polo, Jornalinho
13.00 Notícias
13.05 Clube de leitura
13.40 O mundo à mesa
14.00 O pai Murphy
15.00 Aventura é aventura "Billy, o vingador"
16.45 O mundo em extinção
17.45 Cine-teatro
18.15 O homem automático
19.00 Top disco
20.00 Telejornal
21.00 "Estranhos e irmãos"
22.00 Jazz - Cascais
23.00 Últimas Notícias
23.10 Última Sessão "Duas plateias para a morte". RTP-2
19.00 Abertura
19.02 Troféu
21.00 Noite de teatro "Á espera de Godot"
Fecho
DOMINGO, 16-12-1984 RTP-1
9.32 Eucaristia dominical
10.30 70x7
11.00 Infantil
13.00 Noticías
13.10 TV rural
13.35 "Loja de antiguidades"
14.00 "Os três Duques"
15.00 "Zig-zag"
18.00 "0 naturalista amador"
18.30 Vietname
19.00 "Cagney & Lacey"
20.00 Telejornal
20.30 Hermanias (1.º episódio)
21.00 "O jogo da vida"
22.00 Domingo desportivo
23.00 "Tudo em familia"
23.30 Últimas Notícias
Fecho RTP-2
14.50 Abertura
14.52 Eurovisão - Taça Europeia de natação. Transmissão directa de Holanda.
19.00 "Os automóvels e os homens" (3.º episódio)
20.00 "Víuvas"
21.00 "Cineclube" "Falam as más linguas"
SEGUNDA-FEIRA, 17-12-1984 RTP-1
17.50 Abertura
17.52 Notícias
17.57 "3, 2, 1 contacto"
18.20 "Yakari"
18.30 Teleregiões
19.00 "O principe regente" (7.º episódio)
20.00 Telejornal
20.30 Programa a designar
21.00 Concurso 1, 2, 3
23.15 Últimas notícias
23.25 Sinais
Fecho RTP-2
18.30 Abertura
19.32 Notícias
19.40 "Batman"
20.00 "Um taxi na cidade" (4.º episódio)
21.00 Animação
21.30 Telenovela "Guerra dos Sexos"
22.15 Jornal da noite
22.45 Concurso internacional Belcanto
Fecho
TERÇA-FEIRA, 18-12-1984 RTP-1
17.50 Abertura
17.52 Notícias
17.57 Sempre em forma
18.20 "Yakari"
18.30 Teleregiões
19.00 Portugal contemporâneo "A arte possível" (11.º episódio)
19.50 Gestão de empresas
20.00 Telejornal
20.30 Programa a designar
21.00 Que será dos meus filhos? (Último episódio)
22.00 Grande Informação
23.00 Últimas notícias
23.10 Sinais
Fecho RTP2
19.32 Notícias
19.40 "Serafim, agente secreto"
20.00 "Amor em tempo de guerra" (10.º episódio)
21.00 Encontro com Pinho Brojo
21.30 Telenovela "Guerra dos Sexos"
22.15 Jornal da noite
22.45 "Escândalos vitorianos"
QUARTA-FEIRA, 19-12-1984 RTP-1
16.00 Abertura
16.02 O trovão
16.30 "Conan. o rapaz do futuro"
17.20 O conde de Monte Cristo (1.º episódio)
18.00 Notícias
18.30 Teleregiões
19.00 "O barco do amor" (16.º episódio)
19.35 Vamos jogar no Totobola
20.00 Telejornal
20.30 Programa a designar
21.00 Cinema Lumiar "Descalços no parque"
23.00 Últimas notícias
23.10 Sinais
Fecho RTP-2
10.32 Noticias
19.40 "Formiga fenómeno"
20.00 "Contos fantásticos" (6.º episódio)
21.00 "Caminhos do eterno" (18.º episódio)
21.30 Telenovela "Guerra dos Sexos"
22.15 Jornal da noite
22.45 História da marinha (1.º episódio)
QUINTA-FEIRA, 20-12-1984 RTP-1
16.00 Abertura
16.02 O trovão
16.30 As Aventuras da família Mézga
18.00 Notícias
18.20 "Yakari"
18.30 Teleregiões
19.00 Programa da Direcção de Informação
20.00 Telejornal
20.30 Programa a designar
21.00 Planeta vivo (Último episódio)
22.00 Gala do casino da Figueira da Foz
23.00 Últimas notícias
23.10 Sinais
Fecho RTP-2
19.30 Abertura
19.32 Notícias
13.40 "As aventuras do Super-Homem"
20.00 "Raio azul" (10.º episódio)
21.00 Quinta à noite
21.30 Telenovela "Guerra dos Sexos"
22.15 Jornal da noite
22.45 São Francisco de Assis
Fecho
Fonte: Programação TV da Revista "Maria" Nº 318, com data de 12 a 18 de Dezembro de 1984.
Continuando com o tema dos Jogos Olímpicos de Inverno, desta vez não para falar sobre um cromo olímpico mas sim sobre uma série de animação sobre um evento que podia ser os Jogos Olímpicos de Inverno (mas por questões de copyright dos símbolos olímpicos e tudo o mais, na série o evento nunca era abertamente mencionado como sendo os Jogos Olímpicos).
Em 1992, a França recebia pela terceira vez os Jogos Olímpicos de Inverno, desta vez na pequena cidade Albertville, na região da Savóia, junto às famosas pistas de esqui de Val D'Isére. (As outras edições francesas dos Jogos Olímpicos de Inverno foram os Jogos de Inverno inaugurais de 1924 em Chamonix e mais tarde em 1968 em Grenoble.)
A ocasião levou o canal Antenne 2 à criação e produção de uma série de desenhos animados sobre os diferentes desportos de Inverno que fazem parte de programa olímpico dirigida ao público infantil.
O título francês era "La Compéte" mas ficou mais conhecida como "Pierre & Isa", os nomes dos protagonistas. A série de 26 episódios estreou em terras gaulesas em Dezembro de 1991.
Em Portugal, a série passou em 1997 no espaço infantil "Um Dó Li Tá" da RTP2 sobre o título "Pedro e Ana" (pelos vistos o nome Isa não era suficientemente tuga para os responsáveis da adaptação portuguesa).
A premissa da série é simples: um evento muito semelhante aos Jogos Olímpicos de Inverno reúne os melhores desportistas de um mundo muito semelhante ao nosso para competirem nas mais diferentes modalidades disputadas na neve e no gelo. Dois países têm uma rivalidade particularmente forte: a república de Ankor, cujos atletas querem vencer de forma justa e limpa, e o principado de Nézir, que não olha a meios ilícitos para conseguirem a vitória.
As estrelas da equipa de Ankor são Pedro e Ana, dois amigos de infância com um talento natural para o desporto. Da comitiva também fazem parte Maria, outra atleta, o treinador Alberto, Ernesto um génio da tecnologia e a mascote Floppy. A equipa de Nézir é composta pela pérfida princesa Ingrid, o desonesto Humberto, o treinador trapaceiro Carlos e os financiadores mafiosos empresários Baden e Baden.
No primeiro episódio, a chama pseudo-olímpica chega à cidade anfitriã destes Jogos pseudo-Olímpicos vinda do espaço e quatro atletas, escolhidos pelas crianças de todo o mundo, participarão numa corrida onde o vencedor acenderá a pira pseudo-olímpica. Sedentos de protagonismo, Ingrid e Humberto sabotam a eleição para serem escolhidos mas tramam-se porque os outros escolhidos são Pedro e Ana. E apesar de mais tentativas de sabotagem e batota, são os atletas de Ankor que têm a honra de acender a pira.
Em cada um dos episódios seguintes, existe uma prova semelhante à uma daquelas do programa olímpico dos Jogos de Inverno, os de Nézir inventam alguma tramóia para ganharem a todo o custo mas os de Ankor acabam por sempre levar a melhor, jogando limpo. Aparentemente nesse universo paralelo, era possível que atletas como Pedro e Ana podiam ganhar em todos os desportos de Inverno, do esqui à patinagem artística, e continuarem sempre frescos que nem alfaces mal grado o esforço.
A série foi uma das primeiras séries animadas francesas com algumas sequências em animação 3D. Isabelle Mir, vice-campeã olímpica de esqui alpino (descida) nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1968 em Grenoble, serviu como consultora desportiva - e terá sido a inspiração para o nome original da protagonista feminina. (A sério, também não podia ser Isa na versão portuguesa, ou então Isabel?)
Alguns episódios em dobragem alemã estão disponíveis no YouTube:
18.00 Noticias
18.10 Fllmes para todos
18.30 Teleregiões
19.00 O mundo do barroco (2.º episódio)
20.00 Telejornal
20.30 Maggie Briggs (2.º episódio)
21.00 Já agora...
22.15 Regresso e vingança
23.15 UItlmas noticias
23.25 Sinais
Fecho RTP-2
9.30 Noticias
19.40 Desenhos animados
20.00 História dos teatros em Portugal (12.º episódio)
21.00 RTP-Brasil
21.30 Telenovela - Guerra dos sexos
22.15 Jornal da nolte
22.45 Clube de jazz
Fecho
SÁBADO, 24-11-1984 RTP-1
11.00 Ulisses 31
12.15 Jornalinho
13.00 Noticias
13.10 O mundo à mesa
13.35 A menina da familia»
14.20 Aventura é aventura "A nau dos condenados"
16.00 «Operação open»
17.00 Cineteatro
17.30 "O homem automatico" (1.° episódio)
19.00 Top Disco
20.00 Telejornal
20.30 Ponto e virgula
21.00 Estranhos e irmãos
22.00 João Gilberto
23.00 Ultimas noticias
23.10 Ultima sessão "Os inadaptados"
Fecho RTP-2
19.00 Trotéu
21.00 Noite de teatro "Sadko"
Fecho
DOMINGO, 25-11-1984 RTP-1
9.30 Eucaristia dominical
10.30 70x7
11.00 Bell & Sebastião
13.00 Noticias
13.10 TV Rural
13.35 Loja de antiguidades
14.00 Os três Duques
15.00 «Zig-zag»
18.00 Arca de Noé
18.30 Vietname
19.00 Xeque-mate
20.00 Telejornal
20.30 Viagem através do sistema solar
21.00 A vida de Wagner
22.00 Domingo Desportivo
23.00 Tudo em Família
23.30 Ultimas noticias
Fecho RTP-2
17.15 Tarde de cinema "As aventuras de Eliza Frazer"
19.30 Som de...Jaime Oliveira
20.00 "Viúvas" (2º episódio)
21.00 Cineclube "Uma rapariga sem nome"
Fecho
OUARTA FEIRA, 21-3-79 RTP-1
09.15 ANO PROPEDÊUTICO
13.25 CICLO PREPARATÓRIO TV
18.30 ABERTURA E SUMÁRIO
18.35 ÁRVORES, VERDES ÁRVORES
19.05-PAIS, PAIS
19.25 CALDO DE PEDRA
20.00 JORNAL RTP-1 Com o Boletim Meteorológico
20.35 O ASTRO (Episódio 113)
21.15 VAMOS JOGAR NO TOTOBOLA
21.25 PROGRAMA DEDICADO AO DIA FLORESTAL MUNDIAL
22.20 ESPAÇO DO PERIGO
23.20 24 HORAS
23.35 FECHO RTP-2
18.45 ANO PROPEDÊUTICO - Filosofia; Matemática; FrancêsI;e Alemão
20.30 ABERTURA
20.32- SINTESE
21.00 DIRECTÍSSIMO
22.00 INFORMAÇÃO/2
22.30 DIRECTÍSSIMO 2.ª Parte
23.20 FECHO
QUINTA-FEIRA, 22-3-79 RTP-1
15 ANO PROPEDÊUTICO - L. Portuguesa; Matemática; C. Naturais; Francês 1; Inglês Il Geografia e Latim
13.25 CICLO PREPARATORIO TV - Ciências Naturais (1.º); Português (2.º): Educação Musical (1.º) Francês (2.º); Matemática (1.º); Educação Religiosa (2.º); Estudos Sociais (1.º); Educação Visual (2.º); Português (1.º)
18.30 ABERTURA E SUMÁRIO
18.35- CLUBE DO RATO MICKEY
19.05-PAÍS, PAÍS
19.25 A ARTE DE SER PORTUGUÊS
20.00 JORNAL RTP-1 - Com o Boletim Metereológico
20.35 O ASTRO (Episódio 114)
21.15 ESPAÇO MUSICAL
22.05 TELEFUTEBOL ESPECIAL Resumo das Competições Europeias
22.30- GISELA MAY 2.ª PARTE
23.15 24 HORAS
23.30 FECHO RTP-2
8.45 ANO PROPEDÊUTICO - Geografia; Grego; C. F. Químicas; Português
20.30 - ABERTURA
20.32 AQUI JAZZ
21.00 AUTOMÓVEIS E HOMENS
22.00 INFORMAÇAO/2
22.30 JEAN-CHRISTOPHE Intérpretes: Klaus Maria Brandamen, Dinah Hinz, Catherine Rouvel. Realizador: François Vilier
23.30 FECHO
SEXTA FEIRA, 23-3-79 RTP 1
0.15 ANO PROPEDÊUTICO
13.25 CICLO PREPARATÓRIO TV
18.30 ABERTURA E SUMARIO
18.32 JARDINS ZOOLÓGICOS - Jardim Zoológico de Basileia na Suíca
19.05 PAÍS, PAÍS
19.25 10 MILHÕES DE CONSUMIDORES
20.00 JORNAL RTP-1 Com o Boletim Metereologico
20.35 O ASTRO (Episódio 115)
21.15 EM QUESTÃO Os grandes problemas nacionais em foco
22.15 POLDARK - 4.º episódio. Realizador Christopher Barry
23.10 24 HORAS
23.20 FECHO RTP-2
18.45 ANO PROPEDÊUTICO
20.30 TEMOS FESTA "É do Barril e do Baril"
21.00 OS ANOS FABULOSOS DO CINEMA - Os "Cow-boys"
21.30 EM PLENO TEMPO
22.00-INFORMACAO/2
22.30 CINE CLUBE - "Ternos Caçadores". A solidão e o amor, a morte e as frustrações intimas de cada um fazem a história deste filme, em que a poesia está sempre presente, mantendo o espectador indeciso entre o sonho e a realidade
23.00 FECHO
Os 14.ºs Jogos Olímpicos de Inverno decorreram entre 8 a 19 de Fevereiro de 1984 em Sarajevo, então parte da República Socialista da Jugoslávia (actualmente capital da Bósnia-Herzegovina). 1272 atletas de 49 países em 10 desportos ao longo de 12 dias de competição. Infelizmente poucos anos depois, as infraestruturas destes Jogos Olímpicos seriam reduzidas a cinzas e escombros devido à guerra que assolaria a Bósnia-Herzegovina nos anos 90. Inclusivamente, a pista de bobsled foi utilizado por snipers sérvios como base de operações e chegou a haver execuções nos mesmos pódios que outrora honraram os atletas que aí competiram.
Entre os atletas que se destacaram nesses Jogos estiveram a deslumbrante patinadora da RDA Katarina Witt que ganhou o primeiro dos seus dois títulos olímpicos, os gémeos americanos Phil e Steve Mahre que foram respectivamente primeiro e segundo classificados na prova de slalom no esqui alpino, a finlandesa Marija Liisa Hamalainen venceu as três provas individuais femininas de esqui de fundo e o esquiador esloveno Jure Franko venceu a primeira medalha de sempre da Jugoslávia em Jogos Olímpicos de Inverno com a prata conquistada no slalom gigante.
Mas o ponto alto dos Jogos Olímpicos de Sarajevo foi sem dúvida aquele protagonizado pelos britânicos Jayne Torvill e Christopher Dean, campeões olímpicos da prova de dança da patinagem artística. (Integrada no programa olímpica desde 1976, a prova de dança distingue-se da prova de pares pelos seus movimentos de dança e por serem proibidos saltos e lançamentos.) Naturais de Nottingham, ambos começaram no desporto com outros pares até serem juntados pela treinadora Janet Swarbridge em 1975.
A dupla ficou em quinto lugar nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1980 e foi aí que decidiram levar mais a sério o desporto, deixando os seus respectivos trabalhos: ele como polícia, ela como secretária numa companhia de seguros. O esforço rapidamente deu frutos, vencendo os Campeonatos do Mundo de 1981, 1982 e 1983 e acabando com a hegemonia soviética na disciplina.
Mas para o ano olímpico de 1984, Dean e Torvill não só apostavam em ganhar o ouro como em fazer história. Adeptos de esquemas de dança que apelavam à narrativa temática, o seu programa livre para essa época foi feito ao som do "Bolero" de Maurice Ravel, originalmente composto em 1928 e que se tornou o opus mais conhecido do compositor francês. A obra gozava na altura de grande popularidade desde o seu uso no filme de 1979 "10 - Uma Mulher De Sonho" com Bo Derek (cuja personagem refere o "Bolero" como "a música mais erótica de sempre"), elevando os valores do copyright da peça em vários países. (Eu também recordo-me da peça ser utilizada nos anúncios aos electrodomésticos Balay em finais dos anos 80.)
Para o programa de Torvill e Dean, Richard Hartley condensou os 17 minutos do "Bolero" numa versão de 4 minutos e 28 segundos. Como as regras exigiam que os programas livres da prova de dança no gelo tivessem a duração máxima de 4 minutos e 10 segundos e não havia maneira de retirar os 18 segundos a mais sem comprometer a qualidade da versão de Hartley, Christopher Dean consultou os regulamentos e descobriu uma maneira de dar volta à situação: esses 4 minutos e 10 segundos só começavam a contar a partir do momento em que um ou os dois patinadores colocam o patim no gelo - e como tal, a dupla começaria a sua prova dançando de joelhos durante os primeiros 18 segundos.
Em Sarajevo, Torvill e Dean optaram por treinar de manhã cedo quando não estava mais ninguém no ringue de patinagem Zetra para criar uma onda de mistério face aos rivais e espectadores. Mas certa vez, após o fim do ensaio do programa do "Bolero" às 6 da manhã os dois ouviram aplausos: os empregados de limpeza do ringue tinham parado de limpar as bancadas e assistiam a tudo maravilhados. Como maravilhados ficaram todos aqueles que no dia de competição assistiram ao "Bolero" tanto na Zetra como pela televisão, cientes que estavam a assistir a uma das provas mais icónicas de sempre da história do desporto. E os nove júris foram igualmente convencidos atribuindo a pontuação máxima de 6.0 na nota artística (três 6.0 e seis 5.9 na nota técnica).
Christopher Dean e Jayne Torvill conquistavam o ouro olímpicos e foram elevados como os novos heróis britânicos, tornado-se os terceiros mais ilustres naturais de Nottingham depois de Robin dos Bosques e do escritor D.H. Lawrence. A sua prova olímpica foi assistida na televisão britânica por 24 milhões de telespectadores e um disco que continha o arranjo de Richard Hartley para o "Bolero" de Ravel interpretado pela Michael Reed Orchestra, bem como o "Paso Doble" do programa curto e outras músicas usadas em provas anteriores da dupla, chegou ao nono lugar do top britânico.
Um mês após Sarajevo, Torvill e Dean conquistaram o quarto título mundial em Ottawa e ainda em 1984 enveredaram pelo circuito de provas e exibições profissionais. Em 1992, Christopher Dean foi o coreógrafo dos irmãos franceses Isabelle e Paul Duchesnay (que na altura eram sua esposa e seu cunhado) que conquistaram a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Inverno em Albertville.
Em 1994, beneficiando de uma alteração nas regras que abriam portas à participação de atletas profissionais nos Jogos Olímpicos, a dupla decidiu regressar à competição rumo ao Jogos de Lillehammer, onde acabariam por ganhar a medalha de bronze, além de um quarto título europeu.
Jayne Torville e Christopher Dean continuaram a patinar juntos até 1998, quando decidiram tomar rumos distintos, treinando e coreografando em separado.
Mas em 2006, os dois não resistiram ao convite do canal britânico ITV para o programa "Dancing On Ice", onde à semelhança de programas como "Dança Com As Estrelas", juntavam celebridades e atletas de patinagem em coreografias no gelo, para treinar e coreografar os esquemas exibidos no programa e também actuarem novamente juntos. O programa durou sete temporadas até 2014.
Em 2014, 30 anos após o triunfo olímpico, Torvill e Dean regressaram a Sarajevo para dançar o "Bolero" no recém-reconstruído pavilhão de gelo.
"O Boca Doce é bom, é bom, é; diz o avô e diz o bebé; o Boca Doce é bom, é bom, é!"
Já há tempo que ouvia falar de várias versões do famoso reclame dos Pudins Boca Doce, mas eis que o Mistério Juvenil coloca no Youtube uma compilação esses anúncios, tão míticos como os das Fantasias de Natal ou das Bom-Bokas:
O primeiro, a preto-e-branco, provavelmente é de antes do meu tempo, com a netinha a roubar o pudim ao avô. Na versão seguinte, a que recordo melhor, invertem-se os papéis, e é o idoso a papar o pudim. Na seguinte, não há "ladrões de guloseimas", mas sim o avôzinho a trazer à neta um pudim.
Se não conhecem o Canal de Youtube do Mistério Juvenil, é uma boa altura para o subscrever e receber sempre as novidades: "Mistério Juvenil TV".
"Explorers" - "Os Exploradores" em Portugal e "Viagem ao Mundo dos Sonhos" no Brasil (porquê?) estreou nos cinemas norte-americanos a 12 de Julho de 1985.
Incrivelmente, até consegue parecer credivel que miudos tenham construido uma nave espacial com um circuito, um computador e sucata. E é isso apenas a sinopse do filme.
Quase logo de início imagens do ataque dos marcianos no clássico "War of the worlds" toca numa TV no quarto de Ben, que entretanto têm um pesadelo em que flutua no que parece uma versão com gráficos melhorados do mundo computorizado de "Tron". Assim que desperta, desenha no papel um dos circuitos que viu no pesadelo e no dia seguinte mostra o desenho ao amigo inventor Wolfgang, que consegue construir um prótotipo funcional. E personagens nerds/geeks significam que inevitavelmente vai acontecer uma dose saudável de bulling em ambiente escolar. E é assim que o trindade fica completa, quando Darren defende Ben dos agressores e se junta ao grupo. Na cave de Wolfgang o aparelho consegue criar uma pequena bolha de um campo de força electromagnético, imune á inércia e que os rapazes mais tarde conseguem aumentar de tamanho para servir de transporte. Depois de resolverem o problema do oxigénio para respirar dentro da bolha, levantam voo rumo ao espaço a bordo da nave espacial que improvizaram com sucata em redor de uma cadeira de carrossel. E na cadeira, mas de realizador, esteve Joe Dante ("Piranha", "O Micro-Herói"), o "aprendiz de Spielberg" que no ano anterior entregou ás audiências os monstros mais queriduchos de sempre: "Gremlins". Consta que Dante em várias ocasiões terá mencionado que a versão que saiu para os cinemas não é a versão que ele desejava, mas a que lhe permitiram, com cenas cortadas e sem tempo para afinar as que ficaram. Recomendo este artigo do site "Branded in the 80s" que compara o filme e a novelização de George Gipe, que caracterizou com mais detalhe e menos pressa as relações entre os três rapazes, a familia, o bullie da escola e o crush de Ben, Lori: "George Gipe | Branded in the 80s".
Boa parte do encanto do filme está no carismático trio de protagonistas Ben (o primeiro filme de Ethan Hawke) o obcecado com ficção-cientifica, Wolfgang (River Phoenix, que devem recordar como o jovem "Indiana Jones" de "Indiana Jones e a Última Cruzada") o compenetrado jovem cientista e Darren (Jason Presson).
Mas a partir do momento que entram na nave dos ETs, apesar de alguma tensão inicial, perde-se o senso de aventura, e a curiosidade dá lugar á patetice que até parece pertencer a outro filme. Realmente, no interior da nave o que se passa é inesperado... mas não funcionaram para mim as piadas com os aliens obcecados com a TV terrestre. Apesar disso, é um bom divertimento. Além dos filmes que surgem na TV do protagonista, uma das várias referências a autores e trabalhos de ficção cientifica que reconheci foi o das imagens do filme projectado no drive in: "Starkiller", que é uma referência ao nome original de Luke Skywalker na Saga Star Wars.
Em criança eu teria adorado os primeiros 2 terços do filme, sempre fui um aspirante a engenhocas, sem jeito para trabalhos manuais e com poucos recursos e materiais para usar, mas quem sabe se não teria construído um foguetão no quintal.
O finalzinho é mesmo a preparar terreno para uma sequela, mas na época de estreia a atenção dos espectadores estava fora do grande ecrã, no Live Aid, e o filme saiu rapidamente das salas. Mais tarde, vendeu melhor quando saiu em video e foi-se tornando um filme de culto.
Raspadinha "Rota da Sorte", tinhamos que seguir as setas para encontrar o prémio nesta espécie de labirinto.
Raspadinha "Jogo da Moeda":
Nunca fui grande fã de jogatana, e hoje desespero com as filas de aficcionados das raspadinhas que fazem filas nos quiosques, mas lembro-me tão bem de raspar com moedas de 20 ou 10 escudos, e ver aparecer por exemplo, as setas que me fazem lembrar os códigos para desbloquear segredos ou batotices ou golpes secretos nos videojogos. Acho que o melhor prémio que ganhei neste tipo de raspadinhas foi ganhar outro pacote Matutano! E na mercearia perto de casa onde comprava quando saia Cheetos que não gostava trazia dos pequenos de batatas fritas!
Tenho na minha colecção algumas raspadinhas Star Wars, da época que saiu o "Episódio 1 - A Ameaça Fantasma", mais tarde posto as fotos no blogue.
A história acabaria por recordar os anos 80 como a década do triunfo do capitalismo americano e do colapso do comunismo. No entanto, quando os anos 70 se despediram dando lugar a essa nova década, a previsão de que a mesma iria acabar com a América em alta e o Muro de Berlim derrubado parecia quase inconcebível. Com o seu poderoso exército, as suas nações-satélites e estabilidade política, a União Soviética parecia levar vantagem no xadrez da Guerra Fria enquanto os Estados Unidos estavam a braços com diversas crises, da recessão financeira aos reféns americanos no Irão, parecia que nada estava a dar certo para a América. Ainda por cima, com o presidente Carter a decretar um boicote aos Jogos Olímpicos de Verão de 1980 em Moscovo devido à presença soviética no Afeganistão, a única oportunidade dos americanos sentirem algum orgulho no campo desportivo estava nos Jogos Olímpicos de Inverno nesse mesmo ano, a ter lugar em casa, em Lake Placid.
Mas ao contrário dos desportos de Verão, na altura os Estados Unidos não eram das maiores potências de desportos de Inverno, onde pontificavam as nações nórdicas e leste-europeias, estas últimas beneficiando do estatuto de "amadores-profissionais" dos seus atletas, que no papel eram amadores mas na realidade eram pagos pelo Estado. Era o caso da equipa de hóquei no gelo da URSS, composta teoricamente por "estudantes" e "militares" mas que na prática se dedicava exclusivamente à actividade desportiva, e que dominava então a modalidade de forma esmagadora ao passo que os hoquistas profissionais da Liga Americana estavam impedidos de competir nos Jogos Olímpicos, pelo que as equipas olímpicas americanas eram habitualmente formadas nos circuitos universitários. Mas no dia 22 de Fevereiro de 1980, uma jovem, inexperiente e desfavorecida selecção americana alcançou um feito impensável que entrou para o imaginário do país e que muitos americanos apontam como tendo sido o ponto de viragem na recuperação do orgulho americano e na revolução socio-cultural dos anos 80 que acabaria por ser decisiva na vitória da Guerra Fria.
Os 13.ºs Jogos Olímpicos de Inverno decorreram de 13 a 24 de Fevereiro de 1980 em Lake Placid. Esta pequena cidade montanhosa do estado de Nova Iorque já tinha acolhidos os Jogos de Inverno de 1932, mas 48 anos depois o evento tinha ganho proporções bem maiores, além das possibilidade organizativas de uma cidade tão pequena (cerca de 2500 habitantes). Houve vários problemas de logística desde espectadores que esperaram horas no gélido frio pelos transportes para os diferentes locais de competição à impossibilidade de não se poderem comprar bilhetes por vender porque as bilheteiras estavam em locais onde só aqueles que já tinham bilhetes podiam aceder! Os atletas também fizeram várias queixas às condições da Aldeia Olímpica, que mais tarde iria ser convertida numa prisão.
1072 atletas de 37 países, incluindo a União Soviética e seus aliados, competiram em 10 disciplinas de Inverno. A RDA foi o país que conseguiu um maior número de medalhas e a URSS um maior número de ouros, mas as seis medalhas de ouro dos Estados Unidos acabaram por ser dois grandes motivos de orgulho nacional.
O patinador de velocidade Eric Heiden, que prestara o juramento olímpico na cerimónia de abertura, dominou toda a competição vencendo as cinco provas masculinos (500m, 1000m, 1500m, 5000m e 10000m), tornando-se no primeiro atleta a ganhar cinco medalhas de ouro individuais em Jogos Olímpicos (quer de Inverno, quer de Verão). Heiden virou-se depois para o ciclismo e chegou a participar na Volta à França de 1986. A sua irmã Elizabeth também ganhou uma medalha de bronze nos mesmo Jogos, na prova de 3000m femininos.
E depois houve a inacreditável história da equipa americana de hóquei no gelo. Herb Brooks, que fez parte das equipas olímpicas americanas de 1964 e 1968 (e que falhou por pouco a selecção olímpica campeã em 1960), foi o seleccionador que teve a hercúlea tarefa de transformar uma equipa jovem (a idade média rondava os 22 anos) e inexperiente num colectivo capaz de ombrear com as maiores equipas do momento. Nove dos vinte jogadores eram da equipa da Universidade do Minnesota, treinada por Brooks. Conhecido como "o Khoimeni do gelo", Brooks levou a cabo um rigoroso método e forte disciplina para criar a coesão na equipa rendilhada. Um dos seus métodos de selecção foi um questionário psicológico de 300 perguntas para avaliar a capacidade de resolução dos jogadores sob pressão.
Mas as coisas não estavam fáceis, até porque na primeira fase os Estados Unidos mediam forças com as mais fortes selecções da Suécia e da Checoslováquia. No primeiro jogo, a Suécia ganhava 2-1 a um minuto do fim mas Brooks arriscou em abdicar do guarda-redes para colocar em jogo mais um avançado. A 27 segundos do fim, um golo de Bill Baker a 55m da baliza para o jogo terminar em empate. Contra a Checoslováquia (7-3), a Noruega (5-1) e a RFA (4-2), os Estados Unidos começaram o jogo a perder mas acabariam por assegurar a vitória. Aliás, de todos os sete jogos do torneio, foi apenas contra a Roménia que os Estados Unidos marcaram o primeiro golo.
Com o segundo lugar do grupo, os Estados Unidos apuraram-se para a poule de atribuição das medalhas com Suécia, Finlândia e União Soviética. Uma vez mais, os americanos empataram 2-2 contra a Suécia. Mas as expectativas estavam ao rubro no jogo com a URSS, com o recinto de 8500 lugares totalmente lotado e repleto de bandeiras americanas.
Em princípio, este jogo parecia um confronto entre Davids americanos contra Golias soviéticos. Para terem uma ideia, entre 1964 e 1976, a União Soviética ganhou os quatro torneios olímpicos, vencendo 27 dos 29 jogos disputados, com 175 golos marcados e apenas 44 sofridos. E na preparação para os Jogos de 1980, não só esmagaram 10-3 a selecção olímpica americana num jogo de exibição como também ganharam à equipa all-star da liga profissional americana! Além disso, a URSS vinha de cinco vitórias fáceis no seu grupo. O treinador soviético estava tão confiante que prescindiu do guarda-redes Vladislav Tretyak (tido como um dos melhores guarda-redes de sempre da história do desporto) por Vladimir Malyshin no início da segunda parte. E para não destoar, a URSS marcou primeiro e vencia por 3-2 à entrada para a 3.ª parte.
Mas nesse dia 22 de Fevereiro de 1980, com toda a nação já a par do percurso da equipa americana e acompanhar o jogo pela televisão (que curiosamente não foi transmitido em directo), o destino pareceu estar do lado das estrelas e listras. Animados por só estarem a perder por um golo a 20 minutos do fim, os americanos sentiam que a reviravolta era possível. E assim foi. Mark Johnson empatou, o capitão Mike Eruzione virou o marcador e o guarda-redes Jim Craig defendeu todos os contra-ataques soviéticos (39 defesas durante todo o jogo) até ao apito final. Ao que o comentador Al Michaels exclamou "Acreditam em milagres? SIM!" E assim acontecia o "Miracle On Ice" diante dos olhos de toda a América, eufórica por tão grande proeza no meio de tanta crise. Ainda hoje, tal como o assassinato do Kennedy e o 11 de Setembro, há quem pergunte nas terras do Tio Sam: "Onde é que estavas durante o Miracle On Ice?"
No entanto, tudo ainda estava a aberto. Dois dias mais tarde, havia o jogo final contra a Finlândia e uma derrota significava ainda a vitória da URSS e o terceiro lugar para os Estados Unidos. E os finlandeses estavam interessados em estragar a festa pois se perdessem ficavam fora das medalhas. E uma vez mais, os Estados Unidos entraram no terceiro tempo em desvantagem (2-1). Mas golos de Phil Verchota, Rob McClanahan e Mark Johnson fixaram o resultado em 4-2 e o ouro olímpico ia para os Estados Unidos. Enquanto os seus colegas abraçavam-se uns aos outros no ringue, o guarda-redes Jim Craig foi procurar o seu pai. Em 1992, Craig disse que ainda recebia 600 cartas de fãs a cada ano.
Em 1999, a revista Sports Illustrated considerou o "Miracle On Ice" como o acontecimento desportivo do século XX.
Quando os Jogos Olímpicos de Inverno regressaram aos Estados Unidos em 2002 em Salt Lake City, foram os membros da selecção de hóquei no gelo no 1980, vestidos com os seus equipamentos, que acenderam a chama olímpica. Nesses mesmos Jogos, Herb Brooks treinou a equipa americana que ganhou a medalha de prata, a primeira medalha americana no hóquei no gelo masculino desde 1980.
Infelizmente, Herb Brooks faleceria num acidente de viação no ano seguinte. Em 2005, o ringue onde se desenrolou o torneio olímpico de 1980 recebeu o nome de Herb Brooks Arena.
Logo em 1981, houve um telefilme sobre o "Miracle On Ice" com Steve Guttenberg no papel de Jim Craig. Em 2004, a Walt Disney produziu o filme "Miracle" com Kurt Russell no papel de Brooks.
Em 1998 ainda faltavam alguns anos para os telefones portáteis chegarem à minha casa de família, mas em finais dos anos 90 a nossa televisão já estava repleta de publicidade ás possíbilidades dessas pequenas engenhocas que pareciam ficção científica pouco mais de uma década antes mas que aos poucos entraram na vida dos portugueses.
O reclame televisivo mais famoso relacionado com telémoveis será sem dúvida o "Tou xim? É pra mim!", mas graças ao Facebook de Herman José pude rever as publicidades que o artista protagonizou (em dose dupla, ou tripla, em cada anúncio, a Maria e o Manel) para a Campanha Telecel de 1998. Na época, Herman estava em grande, com a genial "Herman Enciclopédia" no ar.
Não sei quem terá tido a ideia de lançar no mercado chupa-chupas (pirolito no Brasil) onde em vez do tradicional cabo simples, o rebuçado era colocado na extremidade de espadas ou espingardas em miniatura, feitas em plástico opaco ou semitransparente. Portanto, além de suportes para a petizada agarrar, tinham vida posterior como brindes.
Além das espingardas ou espadas, de vários estilos e modelos, creio recordar-me também de pás e guitarras, instrumentos ou o quer que se conseguisse representar num pausinho. Aposto que começou como forma de aproveitar palitos de cocktail. Ou vice versa? Um especialista em brindes que comente!
Falando por mim - e imagino que por muita petizada do século XX - além do mero acto de coleccionar os modelos diferentes, estes brindes eram muito úteis para armar as figuras de acção para as nossas brincadeiras. Quem diz que o He-Man não podia usar uma Metralhadora?!
Como não sobreviram nenhumas das que tive na minha posse, socorri-me de imagens online para ilustrar o post. E como tinha impressão, já existiam pelo menos na infância dos meus pais. Até acho que me recordo primeiro destes brindes do que os singelos pausinhos como os da Chupa-Chups por exemplo.
As Máscaras de Carnaval, ainda actualmente existem em grande variedade, nomeadamente as de borracha, mas hoje quero recordar aquelas máscaras de plástico quase tão finas e frágeis como uma folha de papel, seguradas na cara do folião com um simples fio elástico, furinhos para os olhos e nariz, e ás vezes para a boca.
A foto não é do Carnaval, e sim do Halloween americano, mas o efeito era o mesmo. No entanto, não me recordo de por cá as máscaras serem habitualmente vendidas junto com disfarce.
Tigres, macacos, Inspector Gadget ou Ulisses 31 (Estas imagens vieram de sites franceses, mas não me admira que algumas tenham sido comercializadas por cá)
Um pouco o upgrade daquelas que faziamos na escola em cartolina, igualmente presas com esses elásticos fininhos. Também se vendiam máscaras em cartão, mas acho que as de plástico em relevo eram mais interessantes, e tenho impressão que as vi ressurgir nas lojas do chineses.
Os temas incluiam figuras conhecidas dos desenhos animados ou banda desenhada, personagens e monstros de filmes de terror, figuras mais genéricas como palhaçõs, indios e cowboys dos westerns, etc.
No meio de piratas, diabos, bruxas, vemos por exemplo ALF, a Coisa do Outro Mundo.
Vários animais junto á bruxa, palaço, caveiras, etc.
O único tipo de máscara que recordo usar no Carnaval foi a mascarilha do Zorro, mas lembro-me que nunca gostei daquelas estilo Carnaval de Veneza, mas ficava fascinado com algumas dessas simples máscaras em plástico que via á venda.
Na retrosaria da minha tia ela teve por exemplo do Snoopy, ou uma do Ultraman, que só passado muitos anos reconheci a figura quando a RTP deu alguns episodios da clássica série japonesa. Na altura devo ter pensado que era da Guerra das Estrelas!