Há alguns meses o Paulo Neto falou do acidente que em 31 de Agosto de 1997 vitimou a Princesa Diana como o "acontecimento desse ano que mais abalou o mundo". E sou obrigado a concordar.
Recuando ao ano de 1981, o casamento do Príncipe Carlos e Diana Spencer trouxe um pouco do mundo dos contos de fadas para o mundo real, uma cerimónia transmitida a cores por satélite para cerca de 1000 milhões de espectadores [vídeo], numa década escura com a ameaça da guerra fria. Mas o conto de fadas da bela jovem que casou com o príncipe durou pouco. Apesar de nos primeiros anos publicamente tudo parecer bem, os boatos de complicações e traições encontraram o caminho das páginas dos tablóides. E em 1992 o casal separou-se oficialmente.
Como o acidente foi num Domingo eu soube provavelmente pela rádio, na ilha onde a família estava durante as férias grandes.
Na época fez-me muita impressão e pena tudo a que os filhos da ex-princesa foram sujeitos no meio do circo mediático.
Era muito novo para recordar o casamento mas ao longo dos anos vi certamente as imagens, mas imagino que a minha primeira lembrança a sério de Diana seja não dos sucessivos casos e escândalos (relatados desde finais dos anos 80 pela imprensa sensacionalista no Reino Unido e que eram ecoados na imprensa nacional, principalmente nas publicações "cor de rosa" que as senhoras da família compravam, e compram) mas pelo fascínio que a carinhosamente apelidada Lady Di exercia no "povo", das cerimónias onde fazia presença, a sua figura sempre elegante, no seus envolvimento com causas humanitárias e o seu activismo contra os flagelos da SIDA, das minas terrestres, etc.
Depois do casamento mais famoso do século - que deu frutos na forma dos Príncipes Harry e William - veio o divórcio mais famoso. Mas, ao contrário do que seria de esperar, toda a atenção e especulação em torno de Diana, ainda Princesa de Gales, não diminuiu depois do divórcio consumado, continuando a alimentar uma indústria que vive de boatos, escândalos, supostos amantes antes e depois do casamento. E nem na morte as teorias da conspiração pararam. Lembro-me bem das horas de transmissões em directo na televisão com os destroços do carro onde seguia Diana.
Além da Princesa também faleceram no desastre o seu namorado Dodi Al-Fayed (o empresário egípcio herdeiro dos famosos Harrods) e o condutor Henri Paul (que estaria ao volante sob efeito de álcool e anti-depressivos). O único sobrevivente foi o guarda-costas de Fayed, Trevor Rees-Jones que apesar do cinto de segurança lhe ter salvo a vida, não impediu graves ferimentos na cabeça.
Depois do casamento mais famoso do século - que deu frutos na forma dos Príncipes Harry e William - veio o divórcio mais famoso. Mas, ao contrário do que seria de esperar, toda a atenção e especulação em torno de Diana, ainda Princesa de Gales, não diminuiu depois do divórcio consumado, continuando a alimentar uma indústria que vive de boatos, escândalos, supostos amantes antes e depois do casamento. E nem na morte as teorias da conspiração pararam. Lembro-me bem das horas de transmissões em directo na televisão com os destroços do carro onde seguia Diana.
Além da Princesa também faleceram no desastre o seu namorado Dodi Al-Fayed (o empresário egípcio herdeiro dos famosos Harrods) e o condutor Henri Paul (que estaria ao volante sob efeito de álcool e anti-depressivos). O único sobrevivente foi o guarda-costas de Fayed, Trevor Rees-Jones que apesar do cinto de segurança lhe ter salvo a vida, não impediu graves ferimentos na cabeça.
Oficialmente, além da negligência do condutor também foram indicados como causa do acidente os sete papparazis que perseguiam de moto o carro até ao mesmo embater brutalmente num dos pilares de suporte do túnel da Ponte de L'Alma, em Paris. Até hoje, a classe dos papparazis nunca mais foram vistos do que como abutres capazes de tudo para uma foto.
Reportagens da SIC e TVI:
Mas o mau gosto e exploração da morte não se limitou à imprensa tablóide e à mainstream, como comprova esta reportagem sobre o aproveitamento do acidente numa campanha do representante da Volvo em Macau:
Outra forma que o desaparecimento da Princesa do Povo marcou o globo foi o monumental êxito da versão de "Candle in the Wind" que o amigo de Diana, Elton John cantou no funeral, em 6 de Setembro de 1997. A canção foi retocada a partir do tema que homenageava Marilyn Monroe.
"Candle in the Wind 1997":
Ao vivo nas cerimónias fúnebres:
E duas décadas passadas da morte de Diana, a sua vida ainda continua a vender livros, jornais e revistas, como prova mais um dos artigos recuperados recentemente, neste caso de promoção a uma biografia lançada em 2007, apostado em desmontar a imagem de ingénua e vítima da Princesa. Sábado - "O lado mais negro da princesa Diana".
A foto no topo do artigo foi gentilmente cedida por Bruno Duarte, do Grand Temple e Cine31.
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