domingo, 30 de julho de 2017

O Anel Mágico (1986-87)

por Paulo Neto

Mesmo uma memória televisiva vasta como a minha tem os seus lapsos e por isso, é com pena que tenho de afirmar que não tenho qualquer recordação desta série quando ela foi originalmente exibida, ainda que nesse altura eu já prestasse bastante atenção a quase tudo o que passava na TV, tendo-a só acompanhado recentemente na RTP Memória. E é estranho que eu não me recorde dela pois certamente uma série com um punhado de actores conhecidos, com uma intriga de mistério e sobrenatural e que tinha como tema principal um música tão popular da altura seria algo que o Paulo de 1986 guardaria no seu disco rígido mental. Mas vá-se lá saber como, tal não aconteceu e foi pelos olhos do Paulo de 2017 que acabei por vê-la. 



"O Anel Mágico" foi originalmente exibido no "Brinca Brincando" às quartas-feiras entre Outubro de 1986 e Janeiro de 1987, embora tenha sido gravada e produzida em 1985. As autora da mítica colecção de livros "Uma Aventura", Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, dividiram a autoria da série com Maria Teresa Ramalho e João Mattos e Silva, e a realização foi de Jorge Cabral.



Vasco Cunha (Tozé Martinho) é um professor de ginástica do Ginásio Clube Português que certo dia descobre no sótão do velho solar da sua família um anel, na posse da sua família há várias gerações, que quando nas mãos de um membro solteiro da família, confere poderes mágicos. Tudo isto é explicado a Vasco pelo fantasma do seu tio Afonso (Varela Silva no primeiro episódio, Luís Horta nos restantes). 

Entretanto, o mafioso italiano Luigi Ferratini (Carlos Wallenstein) pretende comprar a todo o custo o solar da família Cunha, uma vez que a sua proximidade do mar é ideal para levar a cabo os seus negócios sujos, como o tráfico de obras de arte. Mas tanto Irene (Irene Isidro), a avó de Vasco, e a sua irmã Beatriz (Mariana Rey Monteiro) não cedem às pressões de Ferratini. Vasco e Emília (Luísa Barbosa), a fiel empregada da família Cunha, também se opõem.

Por isso, Ferratini e seus comparsas Marcelo Pucci (Carlos César), Romano Calentano (Jorge Nery) e Mota (Henrique Pinho) decidem descobrir outros meios de fazer a família Cunha ceder. Além de saberem dos segredos do anel mágico após roubarem o diário da família, descobrem através de Óscar (Óscar Acúrcio), um detective privado de competência algo discutível, que a casa tem um subterrâneo, ideal para as suas operações ilícitas. 



Entretanto, Vasco lança-se em aventuras para impedir os planos de Ferratini. Para tal conta com a ajuda de Óscar, que passa para o seu lado e de Marta Vaz (Manuela Marle), a secretária de Ferratini, que ao conhecer Vasco, passa a fazer jogo duplo. Uma dessas jogadas passará por raptar o gato Fritz, por quem Ferratini tem uma grande devoção. 



O Paulo de 2017 viu "O Anel Mágico" rindo-se dos elementos de produção, rudimentares para os dias de hoje porém competentes para o Portugal de 1986, por isso não teve dúvida que se o Paulo de 1986 tivesse visto a série (às tantas até viu e esqueceu-se por completo) teria gostado bastante. Alguns dos pormenores mais divertidos para mim foi o facto de se ouvir Luciano Pavarotti a cantar sempre que alguma personagem mafiosa, como Ferratini ou Romano, entrava em cena, às vezes até se sobrepondo aos diálogos dos actores. 

Mas o principal problema de "O Anel Mágico" terá sido a sua continuidade, com várias pontas soltas na história e personagens que desapareciam para dar lugar a outras. Por exemplo, como refere o site "Brinca Brincando", Varela Silva foi o fantasma do tio Afonso no primeiro episódio mas Luís Horta desempenhou esse papel nos outros episódios; a personagem de Irene Isidro deixa de aparecer depois do terceiro episódio, sendo substituído por aquela de Mariana Rey Monteiro; Marcelo, o secretário de Ferratini, deixa de aparecer no segundo episódio, aparecendo depois Romano como o principal aliado de Ferratini. Aliás, nem sequer se fica a saber o que acontece a Ferratini, pois o último episódio consiste em Vasco a salvar Beatriz e Emília do sequestro de Romano nos subterrâneos e o plano de fuga deste até Nápoles a nado...sendo apanhado ainda em Cascais. O próprio Romano surgiu na série com vários looks diferentes. 

Tudo isto indica que as gravações da série decorreram ao longo de vários meses, com alguns tempos de intervalo, o que terá levado à indisponibilidade de alguns actores iniciais e às voltas do argumento.




O "Brinca Brincando" refere ainda que a casa que foi utilizada como o solar da família Cunha, na altura em avançado estado de degradação, foi entretanto recuperada e hoje a Casa da Guia é um conhecido espaço comercial de Cascais e que uma então desconhecida Custódia Gallego foi figurante no primeiro episódio, como uma das alunas de Vasco. 


O tema da série era "A Canção da Manhã" de Rão Kyao, um dos temas mais populares deste música, que fazia parte do disco "Estrada de Luz", que chegou a ser n.º 1 do top nacional. Além de Rão Kyao e das árias de Luciano Pavarotti, a série também incluiu temas de António Pinho Vargas, Heróis Do Mar, Taxi, Rita Lee e Xokmaiô.


        
"A Canção da Manhã" Rão Kyao


O último episódio:



quinta-feira, 27 de julho de 2017

O Caso Aquaparque (1993)

27 Julho 1993, a data da primeira morte, que no inicio se julgou um rapto. Mas dias depois, quando outra criança desapareceu, essa teoria foi posta de lado, e depois de vazar a piscina foram encontrados os corpos de Cristina Elizabeth Caldas e Frederico Mendonça Duarte, ambos de nove anos de idade, que morreram afogados após terem sido sugados para o interior de uma tubagem desprotegida.


Uma tragédia que infelizmente se estendeu ainda mais para os familiares das vítimas num processo que se arrastou  uma década em tribunais até serem pagas as indemnizações. Imagino que passadas mais de duas décadas ainda muito português tenho receio de frequentar ou levar os filhos a parques aquáticos por conta deste caso mediático que emocionou e revoltou a sociedade portuguesa.

Obviamente que a tragédia foi notícia "lá fora" e este artigo (de José Maria Moreiro) que recupero dos arquivos do jornal ABC faz um resumo razoável dos acontecimentos imediatos:
"Duas crianças morrem em um parque aquático em Lisboa em apenas 48 horas."


A minha tradução:
"Com um intervalo de quarenta e oito horas, duas crianças de nove anos morreram afogadas em um parque aquático no Restelo, um dos bairros mais elegantes de Lisboa, eventos que causaram consternação em toda a cidade. Um grande grupo de pessoas na madrugada de ontem exigiu explicações dos responsáveis pela instalações, resultando em distúrbios que obrigaram à intervenção das forças de segurança."

O artigo do ABC dá ainda conta de um outro acidente mortal noutro parque aquático português, no ano anterior.


Quando o processo avançava em tribunal contra os responsáveis do malfadado Aquaparque o caso foi dado como prescrito, salvando a administração e técnicos das acusações de homicídio involuntário. Demorou, mas a culpa não morreu solteira, sobrando para o Estado português que não tinha legislado sobre os parques aquáticos. A máquina do Estado recorreu e só em 2002, depois de ser novamente condenado pagou as indemnizações, uma "decisão histórica" (como define o Correio da Manhã) nove anos depois das mortes das crianças (artigo do Público).


Nesta reportagem da RTP é possível até ver os ataques de populares indignados que causaram alguns danos nas instalações do parque aquático:





Pode também aceder a uma transcrição desta reportagem aqui: "Caso Aquaparque - 1993".

Também existe no Youtube reportagem da época da SIC:


 E na TVI, com declarações do Ministro do Comércio de Turismo Faria de Oliveira e do Presidente da Câmara de Lisboa, Jorge Sampaio e algumas considerações sobre a falta de segurança nos parques aquáticos:



Uma das consequências do encerramento do Aquaparque foi por exemplo o fecho do concorrente Onda Parque na Costa da Caparica, que não resistiu às inspecções de segurança motivadas pela tragédia no Restelo, e alegadamente sem fundos para esse investimento fechou em 1996 com uma dívida de 100 mil euros ao município, segundo artido do Diário de Notícias. O Onda Parque foi inaugurado em 1988, veja o vídeo de promoção: "Ondaparque" e a reportagem de 2014 "Abandonados".

Em 2016, o DN adiantava que o local das antigas instalações do Aquaparque, que estiveram estas décadas abandonadas, iriam reabrir como um jardim. Se algum leitor de Lisboa nos esclarecer sobre o estado deste projecto, agradecemos.
O Correio da Manhã fez em 2016 uma compilação de imagens da inauguração do Aquaparque em 1989, mas no site só consta a imagem abaixo, creditada a António José: "Recorde a inauguração do Aquaparque do Restelo".



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segunda-feira, 17 de julho de 2017

RoboCop - O Polícia do Futuro (1987)

O ano era 1987. O ano em que o Porto ganhou a sua primeira Taça dos Campeões, Ayrton Senna venceu o Grand Prix do Mónaco, os U2 lançam o álbum "Joshua Tree" e Michael Jackson "Bad", Portugal e a China chegavam a acordo sobre a mudança de Macau para mãos chinesas, nasciam Maria Sharapova e Aaron Carter, morreu Andy Warhol e Dalida; e a população do planeta Terra alcançou os 5 mil milhões.

O ano em que uma pedrada atingiu o charco da sétima arte. Não vou falar dos hábitos intoxicantes das estrelas de Hollywood, mas de um clássico do cinema de acção : "RoboCop", do realizador holandês Paul Verhoeven ("Desafio Total", "Instinto Fatal", "Starship Troopers").


Na minha opinião um dos melhores filmes de acção de sempre, com forte componente de sátira e crítica social. Este post estava em rascunho quase desde o começo da Enciclopédia de Cromos.
A sinopse é rápida: Alex Murphy (Peter Weller, de "As Aventuras de Buckaroo Banzai na 8ª Dimensão"), pai de famíla e um bom polícia, é brutalmente assassinado pela escória criminosa que assola a cidade de  Detroit num "futuro próximo" (na época). O que resta do seu corpo é reconstruído pela omnipresente corporação OCP como um organismo cibernético, meio homem, meio máquina, nascendo assim o "polícia do futuro". Mas nem tudo é diversão e rebentar testículos de meliantes: aos poucos RoboCop começa a recuperar as memórias de Murphy e até tem que combater a sua programação para eliminar os seus assassinos e os cúmplices na OCP.


Conta a lenda, que a ideia para o filme surgiu de uma inversão de "Blade Runner: Perigo Iminente", em que um humano* caça robots, e que o design original era uma cópia do personagem de culto Judge Dredd, um polícia humano mas inflexível como uma máquina. O filme é uma hábil mescla de ultraviolência, acção, crítica social, humor negro e questionamentos sobre a relação homem-máquina. Pode um polícia massacrado por um gang ser refeito num corpo cyborg para ser o agente de autoridade perfeito e obediente? Ou a consciência de um homem bom pode ultrapassar o código da programação, e transformar uma máquina em algo mais?

Em Portugal estreou a 23 de Outubro de 1987, com a classificação para "Maiores de 18 Anos", e bem, tal o nível de ultraviolência da fita. A atenção que lhe foi dada no "Diário de Lisboa" foi tão grande que nem lhe deram a pontuação em "estrelas" ou uma crítica além de parte da frase de promoção: "Meio Homem, Meio Máquina, Todo Polícia!".

"Diário de Lisboa" [23-10-1987]

O anúncio ao filme em formato VHS, é claro:

"Diário de Lisboa" [01-04-1989]


Há alguns anos participei no Podcast "VHS" dedicado ao "RoboCop", podem ouver aqui:



Ao filme seguiram-se duas continuações - "Robocop 2" e "RoboCop 3" em qualidade descrescente, um remake em 2014, "RoboCop"; adaptações a banda desenhada, videojogos (consta que a versão para ZX Spectrum era das melhores) e claro: "Robocop: The Series" (1994) e "RoboCop: Prime Directives" (2001) as séries de imagem real. 

Existiram até desenhos animados para os mais novos: "RoboCop: The Animated Series" (1988) e "RoboCop: Alpha Commando" (1998-99)!

A banda sonora este a cargo do mestre Basil Poledouris ("Conan e os Bárbaros", "Starship Troopers", "A Lagoa Azul", entre outros). Está inteira no Youtube: "RoboCop".

* Este aspecto depende da interpretação de cada espectador ou das várias versões do Blade Runner que existem...


sábado, 15 de julho de 2017

Maia & Borges - Anúncio de Natal (1985)


Uma empresa nacional mítica como a "Maia & Borges" - em actividade desde 1976 - merece um cromo especial bem mais extenso, mas por enquanto ficamos com este pequeno anúncio de meia página numa revista Disney de 1985, que foi ilustrado com as figuras do Donald, Mickey e Pateta - escolhidos do extenso catálogo da empresa responsável por tanta colecção de PVC que fez as delicias da geração que cresceu nos anos 80 [Heidi, Abelha Maia, Dartacão, etc] - com a temática do Natal, que estava à porta quando esta revista foi colocada no mercado.

Além da foto dos pequenos PVCs, o logotipo da empresa - ainda hoje em uso - e no fundo a informação:
"Especializados em figuras de plástico PVC pintadas (Não Tóxicas) - Produtores e Exportadores - Telefone 9482962 - Telex 22844 - MAIBOR P NOGUEIRA - 4470 MAIA".



Imagens digitalizadas da revista "Disney Extra" Nº 4 (29/11/1985) e editadas por Enciclopédia de Cromos.
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domingo, 9 de julho de 2017

Tron (1982) A Estreia em Portugal




No começo da Enciclopédia recuperei um artigo do meu blog CINE31 sobre este clássico da sci-fi dos anos 80 e que só na altura que o escrevi visionei pela primeira vez "Tron" ("TRON" na grafia original), apesar de há muito ler sobre ele e a revolução que foi para os efeitos especiais no cinema: "Tron" (1982) - Enciclopédia de Cromos. Mais tarde acrescentei no post um video que gravei de uma cassete VHS, aquando da sua exibição na Primeira Matiné em 1991. Tenho na minha colecção um pequeno livro para os mais jovens, que era acompanhado de uma cassete audio. Conto brevemente passar o livro no scanner e juntá-lo ao acervo da Enciclopédia.



Se a estreia americana foi em 9 de Julho de 1982, em plena época dos blockbusters, em Portugal a estreia foi no dia 16 de Dezembro de 1982, já com a pequenada em Férias de Natal. Digo pequenada, visto que era um filme da Disney - em imagem real, mas da Disney - que no entanto estreou com o carimbo "Não aconselhável a menores de 13 anos". Creio que apesar da crescente popularidade dos computadores pessoais e videojogos, boa parte do público - com menos ou mais de 13 anos - não terá percebido todas as metáforas e simbolismos da linguagem informática que permeiam o filme, uma aventura dentro de um computador.

O leitor João Mestre enviou para a Enciclopédia este poster nacional de Tron:
"A grande aventura no espantoso universo video. O perigo, a perseguição, a luta, a libertação."




A estreia na capital, no cinema "Monumental":


"Diário de Lisboa" [16-12-1982]
No suplemento "Sete Ponto Sete" do "Diário de Lisboa", "Tron" foi brindado com 2 estrelas, como "Poltergeist" ou "Annie" por exemplo. Curiosamente, a primeira aventura de Indiana Jones, "Os salteadores da arca perdida" foi pontuado com 3 estrelas (Bom) e "E.T. - o Extra-Terrestre" com o máximo de 4 estrelas (Excepcional).
"Diário de Lisboa" [24-12-1982]
Das que li neste jornal, pelo menos no que toca a blockbusters paridos do imperialismo americano, esta será das críticas mais construtivas, ao apontar os pontos fracos mas também a sublinhar o arrojo do conceito e da execução da película. 
Clicar na imagem para aumentar:

"Diário de Lisboa" [24-12-1982]

Uns dias mais tarde, a crítica foi bem resumida da seguinte forma, que subscrevo:

"Diário de Lisboa" [31-12-1982]
E décadas depois da sua estreia cá estamos a falar sobre ele.

Como não encontrei ainda a versão nacional, o poster do topo do post é o espanhol.

"Tron" (1982) - Enciclopédia de Cromos


segunda-feira, 3 de julho de 2017

Regresso Ao Futuro (1985) A estreia em Portugal



"Regresso Ao Futuro" é um dos meus filmes favoritos, que não deve existir português que nunca tenha visto, tantas as vezes que a trilogia passou nas nossas TVs. Tenho em casa um box em DVD, várias cassetes VHS com o filme e as continuações (filmadas em simultâneo). A saga aliás merece um cromo mais extenso, mas como no dia de hoje se comemora mais um aniversário da estreia deste primeiro capítulo nos EUA - a 3 de Julho de 1985 - fui vasculhar os arquivos onde guardo material que recolho da Internet, e lá estavam algum apontamentos da imprensa da altura em que este clássico estreou em Portugal, a 19 de Dezembro de 1985, mesmo ao queres da época natalícia. A primeira vez que o vi foi na RTP, mas é daquelas maravilhas que nunca cansa o espectador, com a sua mistura perfeita de ficção científica, comédia, nostalgia, um grande elenco encabeçado por Michael J. Fox ("Quem Sai Aos Seus") e Christopher Lloyd ("A Família Addams"), banda sonora e realização de um dos "aprendizes" de Steven Spielberg (aqui produtor), Robert Zemeckis ("Quem tramou Roger Rabbit?", "Em Busca da Esmeralda Perdida" ou o meu favorito "Contacto"). Vamos ver então o que se disse em Portugal sobre as desventuras de um teenager dos anos 80 que viaja aos anos 50 na máquina do tempo do seu excêntrico amigo inventor.


O quadro com "as estrelas", as pontuações dos filmes em exibição nos cinemas nacionais, do jornal "Diário de Lisboa":
"Diário de Lisboa" [20-12-1985]
O nosso herói Marty McFly safou-se com apenas 3 estrelas. A continuação de um clássico de acção dos anos 80, "Rambo - A Vingança do Herói" foi corrido bolinha preta!

No suplemento "Cartaz":

"Diário de Lisboa" [20-12-1985]

"As ficções com a marca de Spielberg na aurela continuam a dominar o êxito e a congregar aplausos. É como se ele tivesse descoberto uma fórmula mágica que fabricasse entretenimento com um simples estalar de dedos". 
Como esperado, o tradicional pessimismo da crítica portuguesa conclui que apesar de todos os pontos positivos que lista: "Mas... Mas o cinema pode ser só isto?".


A crítica de Jorge Leitão Ramos, que elabora em mais detalhe não sobre o filme mas o rumo a que os sucesso dos filmes de Spielberg e Lucas poderiam conduzir o cinema. Interrogações legítimas, um 'debate' que mais de 3 décadas depois ainda continua. Este texto podia ter sido escrito na segunda década do século XXI por algum dos meus colegas bloggers preocupados com os blockbusters actuais. Sem querer parecer outro velho do Restelo, queria eu que Spielberg e Lucas ainda fossem o padrão para o cinema de entretenimento...

Clicar para aumentar:

"Diário de Lisboa" [31-12-1985]


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