segunda-feira, 30 de março de 2015

Totoloto


O Totoloto, longe do auge de popularidade de outros tempos, continua a ser dos mais populares jogos sociais para os portugueses, e ao longo das últimas décadas uma presença assídua nos nossos ecrãs e nos sonhos e esperanças de milhões de portugueses que aspiram a milionários. Afinal, "É fácil, é barato, dá milhões!"

O primeiro sorteio foi a 30 de Março de 1985, um Sábado, sendo distribuídos mais de 15 milhões de boletins; e o prémio de 18.682.341$30 escudos (cerca de 93.000 euros) foi repartido entre dois apostadores, que acertaram na combinação vencedora: 7, 10, 13, 21, 34, 39 e 12.
"Diário de Lisboa 30/03/1985"


Curiosamente, o jornal "Diário de Lisboa" da semana anterior já incluía o "Totoloto" na programação do Sábado 23 de Março:
"Diário de Lisboa 23/03/1985"

No dia útil seguinte, o primeiro sorteio teve honras de primeira página no "Diário de Lisboa":
"Diário de Lisboa 01/04/1985"

O casal Alzira e Octávio Santos, que ganhou metade dos 18 milhões de escudos, pensava "comprar um andarzinho, pôr o dinheiro a render, passear e gozar o resto da vida". O boletim preenchido por D. Alzira custou 60 escudos, mas rendeu 9 mil contos. "E, enquanto espera receber o dinheiro, comprar o andar e a televisão a cores, (...) já decidiu: "Estava a fazer favas para o almoço, mas quais favas...vou é almoçar fora com o meu marido"."

"Diário de Lisboa 01/04/1985"


"Diário de Lisboa 03/04/1985"


Novamente o casal, já mais arranjadinho, a dar a cara para publicitar o sorteio da semana seguinte, junto ao boletim preenchido pelo Sr. Anónimo de Seia:
"Diário de Lisboa 04/04/1985"

Versão recente da frente e verso do boletim:



No site Jogos da Santa Casa, algumas palavras por altura do 30º Aniversário:
"Lançado (...) numa época em que o Totobola, já com duas décadas de existência, apresentava alguns indícios de recessão e em que proliferavam, no mercado, outras formas de jogos de sorte e azar, o Totoloto veio promover um novo segmento de apostas e, consequentemente, de novos apostadores. Sendo um jogo do tipo loto, em que os participantes prognosticam resultados de sorteios de números para obter o direito a prémios em dinheiro, o Totoloto, ao contrário do Totobola, não implicava conhecimentos especiais que aumentassem a probabilidade de ganhar, possibilitando, por isso, a participação ativa do apostador na construção da sua “chave”. Estas características foram, desde logo, evidenciadas na popular assinatura “É fácil, é barato e dá milhões”, (...) recordado por várias gerações, e que perdurou até 2011, altura em foi substituída por “Mais vale um milhão na mão”."
 in "Totoloto: O jogo que “É fácil, é barato e dá milhões” celebra hoje 30 anos."

Um anúncio dos primórdios, a "prova dos seis":


"Desde o lançamento do Totoloto (...) até ao final de Fevereiro (de 2015), as vendas brutas deste jogo atingiram 8.902.920.764,49 euros, revelou o vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e (...) contou que o Totoloto chegou a Portugal “com 30 anos de atraso” em relação à Alemanha, onde o jogo nasceu em 1955. 
“Foi o primeiro loto de números que a Santa Casa lançou e rapidamente ocupou o primeiro lugar nas vendas. No final da década de 80, o Totoloto já era o jogo mais vendido, ultrapassando a Lotaria e o Totobola”(...)." in I Online: "Totoloto. Portugueses gastaram quase nove mil milhões de euros em 30 anos"


Recorde o momento insólito em que saiu o número zero como número suplementar, em finais dos anos 90:

A situação foi recentemente recuperada pelos Gato Fedorento, numa edição dos seus Tesourinhos Deprimentes:


Em 1995, o mais famoso mágico nacional, Luís de Matos adivinhou os números do sorteio com uma semana de antecedência:





Raramente jogo, mas quando era bem mais novo ás vezes preenchia algumas casotas das apostas para a minha mãe, usando os meus "números da sorte". Mas a minha maior ligação ao Totoloto ( e Totobola) consistia em utilizar as antigas folhinhas de papel químico dos boletins para fazer cópias dos meus desenhos e rascunhos.
Aproveito para recordar um dos invulgares aparelhómetros que serviam para gerar sugestões de palpites:
Mais no post da Enciclopédia de Cromos: "Gerador de Palpites para Totoloto".


Outras publicidades ao "Totoloto":

Dois reclames de 1988:




Em 1995, chegou o Joker, por mais 100 escudos:


1996, "O Quê? Ainda não fez o Totoloto?"


1992, "Nunca mais é Sábado":


1993, continuação do anterior:


1993, "Não bata com a cabeça nas paredes", anúncio ao serviço Totosorteio:



O site PSAZF inclui vários pormenores técnicos: "Totoloto - PSAZF", por exemplo:
"O primeiro sorteio do Totoloto foi realizado (...) com um total de 45 números. Em 02-01-1988 passou a 47 números. Em 19-05-1990 passou para 49 números. O primeiro sorteio do Loto2 foi realizado em 03-03-1997".

Na "Caderneta de Cromos" de Nuno Markl houve Jackpot! Rendeu não um, mas dois programas:

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sábado, 28 de março de 2015

Hits de Suzy Paula e as suas versões originais (1982-83)

por Paulo Neto

São muito poucos os dados biográficos disponíveis na internet sobre a cantora Suzy Paula. Por o exemplo o seu verdadeiro nome, apesar do artístico ter várias grafias (Susy e Suzi), e a sua idade. Sabe-se porém que é natural de Sabrosa, distrito de Vila Real, e faz anos a 23 de Junho. 
Iniciou a sua carreira na época áurea do nacional-cançonetismo dos anos 60 e, Wikipedia dixit, desde logo "escandalizou muitos com as suas mini-saias". Viveu e fez carreira no Brasil entre 1973 e 1981 e foi precisamente no seu regresso a Portugal que garantiu um lugar na história discográfica nacional com vários discos dedicados aos mais novos e que a tornaram numa precursora dos ídolos dessa faixa etária, de nomes como o Avô Cantigas, Ana Malhoa na fase Buéréré ou Xana Toc Toc.

Porém há que referir que muitos dos hits de Suzy Paula mais conhecidos são na verdade, adaptações portuguesas de temas estrangeiros. Por isso, será interessante comparar esses temas com os originais.


Para começar, não há como fugir ao maior de todos os sucessos de Suzy Paula. Editado em 1982, "O Areias", o camelo de duas bossas e muito pêlo já há muito tem seu lugar de honra no panteão das músicas infantis nacionais (apenas o "Eu Vi Um Sapo" da Maria Armanda terá maiores obséquios). Infelizmente não existe no YouTube a gravação original, pelo que mais parecido será esta actuação de Suzy Paula no programa "Parabéns" da RTP já na década de 90.


Além de ser o maior hit de Suzy Paula, é também o maior sucesso como letrista de Mário Contumélias, conceituado jornalista e professor, que entre os seus discípulos no Cenjor, contam-se nomes como Nuno Markl e Catarina Furtado. A versão original é em francês e data de 1979. Trata-se de "Bécassine", interpretado por Chantal Goya


Mesmo quem não percebe francês, deverá ter calculado que a versão original não fala em nenhum camelo. Fala sim de uma pretensa prima camponesa de Goya, de seu nome Bécassine. Nascida em 1942 em Saigão, Chantal Goya iniciou a sua carreira em meados dos anos 60 em pleno auge do movimento yé-yé e do cinema Nouvelle Vague em França, tendo mesmo protagonizado em 1966 o filme "Masculino/Feminino" de Jean-Luc Godard, onde sem surpresa, a sua personagem era uma cantora pop. A partir de 1975, Chantal Goya passou a gravar discos para crianças do qual este "Bécassine" é ainda a principal referência. Dado os percursos semelhantes de carreira, por detrás da gravação de "O Areias" haveria implícita uma tentativa de fazer de Suzy Paula a Chantal Goya nacional. Goya continua bastante activa e ainda hoje percorre toda a França com os seus espectáculos infantis. 


O outro grande hit de Suzy Paula foi "Visitas", também de 1982 cuja letra debitava praticamente todos os bonecos animados que faziam as delícias da criançada: Bana & Flapi, Tom & Jerry, Abelha Maia, Peter Pan, e et cetera. Eis o videoclip:


Mais uma vez, a letra era de Mário Contumélias. O original, "Visite", é franco-holandês e foi gravado em 1980 por Lenny Kuhr & Les Poppys



Também o original menciona alguns bonecos e heróis infantis como o Rato Mickey, o sapo Cocas, a Miss Piggy e o Tintin. Lenny Kuhr nasceu em Eindhoven, nos Países Baixos em 1950. Em 1969, foi uma das quatro vencedoras do Festival da Eurovisão desse ano com "De Trobadeur", já que então as regras do certame não previam nenhuma forma de desempate, pelo que a vitória foi repartida entre Holanda, França, Espanha e Reino Unido em ex-aqueo. A carreira Lenny Kuhr dividiu-se posteriormente entre o seu país e a França, daí que tenha gravado este tema com os franceses Les Poppys, um grupo infantil fundado em 1946 e que desde então já integrou dezenas de componentes na sua formação. 


Em 1983, Suzy Paula pretendia virar-se para um público mais crescido, mas ainda sem esquecer a sua maior fanbase. Daí o single de 1983 "Viva a Vida" que pretendia dar uma no cravo e outra na ferradura. Eis uma actuação no programa "O Foguete":

  

Com letra da versão portuguesa de António José, o original é alemão: "Viva la Mamma" de Ingrid Peters & July Paul. 




"Viva la Mamma" ficou em segundo lugar no equivalente alemão do Festival da Canção de 1983 (cuja vitória foi para os irmãos Hoffmann com o tema "Rucksicht" que assim representaram a Alemanha no Festival da Eurovisão desse ano, que teve lugar precisamente em solo alemão). No entanto, o tema foi um sucesso comercial, tendo chegado ao n.º 2 do top alemão. Ingrid Peters acabaria também por ter a chance de ir à Eurovisão, tendo sido a representante alemã em 1986 com o tema "Uber die Brucke geh'n". Peters continua activa na cena musical alemã. Durante anos dividiu-se entre as profissões de cantora e de professora de Educação Física.

O período de sucesso Suzy Paula continuou até 1985, incluindo temas como "Manhãs de Setembro" (versão de um tema da brasileira Vanusa), "No País da Gente", "Cangurik" (para cantar canções sobre animais começados por C  não havia como ela!) e a sua participação no disco/programa de televisão "ABBAcadabra" (1984), onde teve o papel de Alice No País das Maravilhas. Desde então, tem-se dedicado essencialmente a cantar fado. 
Em 2001 a editora Movieplay dedicou um dos discos da série "Parque Infantil" aos repertório infantil de Suzy Paula. Em 2007, em comemoração dos 25 anos da gravação de "O Areias", participou no musical do mesmo nome. 

Extras:

"Ontem Foi Ontem" (Programa "A Festa Continua", 1983)

   

"No País da Gente"


"Cangurik"







    
     

terça-feira, 24 de março de 2015

Roda de Fogo (1986-87)

por Paulo Neto


"Roda de Fogo" foi exibida no Brasil entre 1986 e 1987, mas só passou em Portugal em 1990, em substituição de "Vale Tudo". Talvez a escolha da RTP desta telenovela (que por cá foi exibida numa versão condensada de 90 episódios) tenha sido porque, tal como a antecessora, tinha como principais temas a corrupção, os crimes de colarinho branco e a sede do poder. Porém, para muitas pessoas incluindo eu, "Roda de Fogo" ficou na memória sobretudo pela história à volta do único alívio cómico. A telenovela foi o único projecto que partiu de um colectivo de autores denominado "Casa de Criação Janete Clair", em homenagem à lendária autora, que elaborou a sinopse, sendo posteriormente desenvolvida por Lauro César Muniz.





Tarcísio Meira foi o protagonista Renato Villar, um empresário de sucesso que nunca olhou a meios para alcançar a sua fortuna e ascensão. Renato é casado com Carolina (Renata Sorrah), uma união apenas mantida por conveniência e pelas ambições de ambos, que passam pela Presidência do Brasil. As coisas complicam-se quando surge em público um dossier denunciando o uso ilegal do capital de uma das empresas de Renato, que convoca o seu inescrupuloso advogado Mário Liberato (Cecil Thiré) para o defender. Porém dois acontecimentos acabam por virar por completo a vida de Renato: apaixona-se pela incorruptível juíza Lúcia Brandão (Bruna Lombardi) que dirige o processo, e descobre que tem um tumor cerebral.

Renato e Lúcia

Renato, Maura e Pedro
Carolina


Sabendo que tem no máximo seis meses de vida, Renato faz tudo para se regenerar e assim conquistar o amor de Lúcia. Termina o seu casamento com Carolina, encaminha os seus lucros para uma instituição de solidariedade, afasta os seus sócios e antigos parceiros de esquemas e reaproxima-se de Pedro (Felipe Camargo), o filho que resultou de uma relação com Maura Garcez (Eva Wilma), uma ex-guerrilheira. 

É então que Mário se afirma como o grande vilão elaborando um plano para destruir Renato, com a ajuda dos ex-sócios deste: o Benson (Carlos Koerber), abertamente racista mas com uma tara secreta por mulatas, Paulo Costa (Hugo Caravana), primo de Carolina e um ex-governante dos tempos da ditadura, Felipe D'Ávila (Paulo Castelli) um jovem ambicioso e presunçoso. 

Inesperadamente, Renato terá como principais aliadas as três mulheres da sua vida: Lúcia, Maura, que regressa do exílio em Itália, e Carolina, quando se apercebe que o plano também a atinge. No final, depois de limpar o seu nome e passar a direcção das empresas para Pedro, Renato morre feliz nos braços de Lúcia numa ilha paradisíaca.

Mário e Jacinto

"Roda de Fogo" foi uma das primeiras telenovelas brasileiras exibidas em Portugal que abordaram o tema da homossexualidade, pois nas cenas entre Mário e o seu criado Jacinto (Cláudio Curi), um antigo torturador da polícia política, dava-se a entender que a relação entre ambos não era apenas profissional. 

Patativa, Marlene, Bel e Tabaco

Já a outra trama da telenovela podia ser muito séria, se não fosse contada com muito humor. O motorista de Renato, Rosário Patalé, que todos tratam por Tabaco (Osmar Prado), elevava a fasquia da famosa canção do Marco Paulo, e tinha três amores e não sabia de qual gostava mais. Eram elas a sensual aderecista Patativa (Cláudia Alencar), a divertida telefonista Bel (Inês Galvão) a quem Tabaco chama "minha inventora do telefone" e a ingénua Marlene (Carla Daniel), empregada dos Villar. Além de estar dividido pelas três, Tabaco ainda arrasta a asa à japonesa Fátima (Cristina Sano). A situação chega a um tal ponto que Tabaco decide casar com Bel, Patativa e Marlene no mesmo dia mas em horas diferentes. Mas numa das cenas mais célebres, as três aparecem vestidas de noivas na igreja ao mesmo tempo e denunciam o pinga-amor por tentativa de bigamia. Afinal, as três sabiam umas das outras e elaboraram um plano para dar uma lição e obrigar Tabaco a escolher uma delas. Este fica tão traumatizado que acaba por perder a sua potência, recorrendo a um pai-de-santo para a recuperar, o que só acontece depois de ceder aos avanços de Alice (Sylvia Bandeira), uma amiga de Carolina, a quinta mulher que o bruxo vaticinara. 



Tabaco volta a recorrer ao pai-de-santo para o ajudar a escolher uma das sua mulheres, mas a escolha nunca se chega a concretizar: afinal Tabaco já era casado, tendo vindo para o Rio de Janeiro para sustentar a família no interior. No último capítulo, a mulher e os cinco filhos aparecem de surpresa, deixando o motorista sem outro remédio senão desistir da sua vida de Don Juan e entender-se com a família.

O elenco contava ainda com nomes conhecidos como Isabela Garcia (Ana Maria), Joana Fomm (Telma), Yara Cortes (Joana), Mayara Magri (Helena), Cássio Gabus Mendes (Celso), Paulo Goulart (Juiz Marcos), Lúcia Veríssimo (Laís) e Mário Lago (António).   

Genérico:



        

Os Estrumpfes - Caderneta de Cromos (1983)


Esta publicidade é de 1983, mas a edição da caderneta de cromos - "auto-colantes" - os "estrumpfocromos" das criações do belga Peyo"Os Estrumpfes" (como então os "Smurfs"/"Les Schtroumpfs" eram conhecidos em Portugal) é de 1982. Um "estrumpfolançamento" da APR (Agência Portuguesa de Revistas), composto por 180 cromos autocolantes em 32 páginas com 14 histórias diferentes. A caderneta custava 25$00 e cada carteirinha com 4 "estrumpfocromos" era vendida a 7$50. Quase certamente os cromos usam imagens retiradas da série animada da Hanna-Barbera, "The Smurfs" (1981-89).
Mais informações e fotos: Comics BD Portugal.

A capa da caderneta:
Comics BD Portugal



Publicidade retirada da revista Mundo de Aventuras Nº 505, de 1983. 
Uploader original desconhecido. Imagem Editada e Recuperada por Enciclopédia de Cromos.



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segunda-feira, 23 de março de 2015

Histórias Alegres do Pica-Pau - Caderneta de Cromos (1984)


Publicidade a mais uma das cadernetas de cromos da Agência Portuguesa de Revistas: "Histórias Alegres do Pica-Pau", de 1984.

O site "Comics BD - BD Portugal" tem mais informações sobre esta colecção de "200 sensacionais cromos", em 28 páginas: "APR - Pica-Pau". Como podem ver nessa página, a capa da caderneta é idêntica à do anúncio. O que não está na capa da caderneta é o rodapé com o compasso da marca IBU, um dos 1000 prémios incluídos na colecção. Segundo a base de dados do Mistério Juvenil, a arte dos cromos foi retirada dos fotogramas da série animada de sucesso protagonizada  pelo louco Pica-Pau (Woody Woodpecker) e a sua bizarra gargalhada.


Publicidade retirada da revista Condor Nº 598, de 1984. 
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sábado, 21 de março de 2015

Freaks and Geeks - A Nova Geração (1999-2000)

por Paulo Neto

Existem séries que duram anos a fio e geram todo um património audiovisual. E depois existem outras que nos seus dias passaram algo despercebidas mas com o tempo e apesar de apenas uma mão-cheia de episódios conseguem deixar um grande legado. Foi esse o caso de "Freaks and Geeks", uma série juvenil que revelou uma geração de jovens actores que viriam a dar cartas no cinema e na televisão. A série, exibida entre 1999 e 2000 nos Estados Unidos, teve apenas uma temporada. Aliás, apenas doze dos dezoito episódios gravados foram inicialmente exibidos pela NBC. Três episódios inéditos seriam posteriormente exibidos mas a série só foi emitida na íntegra aquando de uma reposição. Em Portugal, a série passou na SIC Radical em 2003 sob o título "A Nova Geração".



Criada por Paul Feig e produzida por Judd Apatow, "Freaks and Geeks" passava-se numa pequena cidade do Michigan no início dos anos 80 e capturava um pouco como era vida de um adolescente na América de então. A série seguia as aventuras e desventuras de dois irmãos adolescentes, Lindsay (Linda Cardellini) e Sam Weir (John Francis Daley).




Lindsay é uma jovem em tudo exemplar - boa aluna, filha obediente, craque das olimpíadas da Matemática - até que sofre uma crise de identidade após a morte da sua avó. A partir daí começa a questionar toda a sua vida desde então e a afastar-se dos hábitos antigos. No processo, Lindsay dá por si próxima de um grupo de jovens problemáticos da sua escola: o carismático Daniel Desario (James Franco), a temperamental Kim Kelly (Busy Phillips), o inconveniente Ken Miller (Seth Rogan) e o melancólico Nick Andopolis (Jason Segel). Após as fricções iniciais, Lindsay integra-se no grupo dos ditos "freaks", com os quais tem a oportunidade de dar largas ao seu lado mais ousado, se bem que nem sempre com os melhores resultados. À medida que os vai conhecendo, Lindsay descobre que todos eles têm um lado mais amistoso e que muito do seu comportamento errático é consequência das suas complicadas situações familiares. Mas apesar dessa rebeldia recém-descoberta, Lindsay mantém a sua inteligência e a sua integridade, acabando como agir como a voz da consciência do grupo.



Sam, o irmão mais novo de Lindsay, tem uma longa e forte amizade com Neal Schweiber (Samm Levine), que tem um fraquinho por Lindsay, e Bill Haverchuk (Martin Starr), o típico nerd com óculos de fundo de garrafa. Os três amigos formam um alegre trio de geeks, fanáticos de banda desenhada e ficção científica, mas ressentem-se da fraca aceitação dos colegas e do bullying que sofrem por causa disso. Fora do círculo de amigos, Sam é bastante tímido e lamenta o facto de ser demasiado baixo e pouco desenvolvido para a sua idade, o que impossibilita ser visto com outros olhos pelos outros, sobretudo por Cindy Sanders (Natasha Melnick), a bela cheerleader por quem tem uma paixoneta. Ao longo da série, os três amigos passam por grandes transformações: Neal sofre uma desilusão com o pai que idolatrava, Bill demonstra que apesar das suas fragilidades físicas tem uma personalidade mais forte do que todos julgam, e Sam, quando finalmente consegue conquistar Cindy, desilude-se por esta revelar-se uma rapariga arrogante e superficial. E durante algumas situações mais difíceis, muitos dos colegas e adultos que subestimam os três amigos acabam por demonstrar empatia por eles.


Confrontados com as mudanças na vida dos filhos, os pais de Sam e Lindsay, Harold (Joe Flaherty) e Jean (Becky Ann Baker) também acabam por se questionar a si próprios. Harold leva muito a sério o seu papel de chefe de família, educando os filhos com alguma exagerada severidade, se bem que algumas vezes também mostre o seu lado mais afectuoso. Não vê com bons olhos as mudanças de comportamento de Lindsay e não aprova os seus novos amigos, mas à medida que os conhece melhor acaba por simpatizar com eles, sobretudo com Nick. Jean é a típica dona de casa, devotada à sua família, que gradualmente vai perdendo o medo de impor a sua opinião e de exigir mais reconhecimento do marido e dos filhos pelos seus esforços para cuidar do lar.


Entre outras personagens, há ainda a destacar Millie Kentner (Sarah Hagan), a amiga religiosa e geek de Lindsay que se preocupa com as mudanças de comportamento desta, mas que num dos seus episódios tem ela própria a sua revolta; Jeff Rosso (Dave Gruber Allen) o conselheiro escolar hippie; Ben Fredricks (Tom Wilson), o professor de Educação Física que costuma dificultar a vida a Sam, Neal e Bill, mas que muda de atitude quando passa a namorar com a mãe solteira de Bill; e Amy Andrews (Jessica Campbell), a tocadora de tuba da banda da escola, cuja língua afiada atrai as atenções de Ken, com quem passa a namorar, mesmo depois de descobrir o segredo dela: é hermafrodita.
Pela série também passaram nomes como Shia LeBoeuf, Ben Foster, Jason Schwartzman, Samaire Armstrong, Matt Czuchry e Ben Stiller em participações especiais.

Apesar da sua efemeridade, "Freaks and Geeks" tornou-se rapidamente uma série de culto, pelos seus diálogos inteligentes, pelo fresco da América nos primeiros anos da era Reagan e pelos excelentes desempenhos do jovem elenco, fazendo regularmente parte das listas das melhores séries juvenis de sempre e das séries que foram canceladas cedo demais. A banda sonora, constituída pelo rock clássico do início dos anos 80 (como por exemplo "Bad Reputation" de Joan Jett, utilizada no genérico), é outra das suas características marcantes. A série já teve direito a duas edições em DVD e  à publicação dos guiões. 

Reunião do elenco em 2011

Mas claro está, o principal legado de "Freaks and Geeks" foram os talentos revelados no jovem elenco. O produtor executivo Judd Apatow tornou-se um nome de primeira linha em Hollywood. James Franco, neto de um madeirense, afirmou-se como um dos talentos da sua geração, tendo sido nomeado para o Óscar em "127 Horas", alternando a sua carreira entre blockbusters como "O Homem Aranha"e "Comer, Orar, Amar" e filmes independentes. Linda Cardellini foi a Velma nos filmes do "Scooby Doo" e notabilizou-se também em séries como "E.R." e "Mad Men". Além das diversas incursões do cinema, Jason Segel imortalizou-se como o Marshall de "Foi Assim Que Aconteceu". Seth Rogen tem sido presença regular no grande ecrã, destacando-se títulos como "Knocked Up - Um Azar do Caraças" e "50/50". John Francis Daley e Busy Phillips integram o elenco fixo de, respectivamente, "Ossos" e "Cougartown". Samm Levine entrou em "Sacanas Sem Lei" de Quentin Tarantino e Martin Starr continua bastante activo entre filmes independentes e em participações especiais em séries como "Hawaii Five-O" e "Sillicon Valley".

Genérico:


   

"Uma Árvore, Um Amigo! / Piquenique, Piquenique!" - Joel Branco (1984)

O Paulo Neto já falou, e muito bem, sobre este disco na Enciclopédia de Cromos: "Joel Branco - "Uma Árvore, Um Amigo", mas não podia evitar de abordá-lo novamente, pelo seu estatuto na memória de uma geração, porque hoje é o Dia Mundial da Árvore e porque tive a sorte de conseguir um exemplar deste single numa feira de velharias alguns meses atrás. Quero partilhar então as capas que digitalizei, para poderem apreciar melhor a deliciosa ilustração da capa frontal, um grupo de crianças a dançar de mão dada e redor de uma árvore com uma cara feliz. Junto ás crianças a mascote do Nesquik, o Cangurik e um miúdo bizarro com a cabeça do adulto Joel Branco.
Ao lado da placa cravada na testa da amigável árvore com o nome do tema principal "Uma Árvore, Um Amigo!", a rapariga de vestido verde diz num balão de diálogo a outra canção: "Piquenique, Piquenique!")

A direcção de orquestra e coros esteve a cargo de Shegundo Galarza, com os coros de elementos do Grupo Infantil da TAP. As canções foram obra de inimitável Carlos Paião e cantadas por Joel Branco ("O Romance da Raposa").


E na capa traseira, as letras das duas faixas para cantar enquanto se escutava o vinil a tocar no gira-discos.Curiosamente, não correspondem 100% à letra da música:

"Uma Árvore, Um Amigo!" [vídeo]
Uma árvore, um amigo
que devemos bem tratar
Um amigo de verdade
tão fiel como a amizade
que podemos cultivar.
Sabes que uma árvore
é um pouco de beleza
que protege a natureza
e purifica o nosso ar
Dá-nos a madeira
e tanta coisa que fascina
A cortiça ou a resina
mais a fruta no pomar
Oh! Vamos fazer uma floresta
vem, plantar amigo uma festa
tão rica e modesta
vamos semear
uma árvore, um amigo... (refrão)
Sabes que uma árvore
é um bem de toda a gente
Não estragues o ambiente
não lhe sujes o lugar
Vamos, vamos, vamos
defender a nossa vida
que uma árvore esquecida
pode ás vezes ajudar.
Sim, vamos fazer uma floresta
Vem, plantar amigo uma festa
tão rica e modesta
vamos semear

uma árvore, um amigo... (refrão)

"Piquenique, Piquenique!" [vídeo]

Piquenique, piquenique, piquenique, mais um piquenique
Piquenique, piquenique, piquenique, vamos passear
Piquenique, piquenique, piquenique, mais um piquenique
Piquenique, piquenique, piquenique, todos a cantar.
Talvez haja um pinheiro
que é bravo, altaneiro,
deixando a resina escorrer
ou um outro que é manso
mais sombra e descanso
com pinhas, pinhões p'ra comer
Eucaliptos a par
que nos deixam no ar
um cheirinho que só nos faz bem
Um sobreiro em repouso
de tronco rugoso
com cortiça e bolotas também
lá vamos
piquenique, piquenique... (refrão)
Castanheiros que dão
uns amigos que são
as castanhas que alguém assará
Um carvalho imponente
parece que é gente
Azinheiras, bolotas, sei lá!
E mais tarde, na hora
de irmos embora
apanhamos o lixo em redor
É bonito o asseio
sujar é tão feio
com tudo limpinho é melhor
lá vamos 
piquenique, piquenique... (refrão)
Como podem confirmar ao ouvir a música, a "Piquenique, Piquenique!" está recheada de pequenos apartes com exclamações apropriadas á situação: "Manel, não te esqueças do farnel!", "Isabel estás toda suja de mel", "Oh João não te sentes no chão", "Oh Zé não faças banzé!", "Oh Luís, tens uma formiga no nariz!", entre outras.  


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sexta-feira, 20 de março de 2015

Socidel (1974)


Na Enciclopédia já tinhamos visto publicidade à "Socidel" (Sociedade Comercial de Artigos de Desporto, Lda) de 1982 (aqui), mas neste "antepassado" de 1974, em vez de cartoon temos uma foto de um senhor com o obrigatório bigode a mergulhar de arpão na mão.


Veja também:



Publicidade retirada da revista Mundo de Aventuras Nº 40, de 1974. 
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quinta-feira, 19 de março de 2015

A Bela Adormecida (1963) Caderneta de Cromos

O filme de Walt Disney que retrata o conto de fadas "A Bela Adormecida" é de 1959, mas estreou em Portugal em 1961 e alguns anos depois esta colecção de cromos da Agência Portuguesa de Revistas chegou ás bancas, provavelmente na segunda edição.





No Youtube podem ver o filme na íntegra, dobrado em português de Portugal: "A Bela Adormecida Filme Completo PTPT".

Publicidade retirada da revista Mundo de Aventuras Nº 705, de 1963. 
Uploader original desconhecido. Imagem Editada e Recuperada por Enciclopédia de Cromos.



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terça-feira, 17 de março de 2015

Os Abismos da Meia-Noite (1984)


"Os Abismos da Meia-Noite" podia ter o subtítulo "Aquele filme em  que a Helena Isabel e o Rui Mendes aparecem em pelota". Mais coisas se passam no filme, mas pouco mais interessa ao público que ver duas estrelas nacionais nuas em cenários e situações surrealistas.


No século passado vi o filme - de título completo "Os Abismos da Meia-Noite ou as Fontes Mágicas de Gerénia" - na RTP 2, na altura em que foram emitidos outros do realizador como o "Emissários de Khalom" (que anseio por rever, pela temática de ficção cientifica, raríssima no cinema português). Vi o filme, mas pouco mais recordo que precisamente essa cena. Como mencionado acima, os protagonistas eram Helena Isabel e o Rui Mendes, este último ainda antes do sucesso "Duarte e Companhia", mas conhecido principalmente do teatro, da novela "Origens", "Retalhos da vida de um médico", por exemplo; e  Helena Isabel também já era uma figura bem familiar no pequeno ecrã, em papéis em "Vila Faia", "O Tal Canal" e participações no Festival da Canção (1974 "Canção Solidao"; 1980 "Um Abraço, Mais Nada"; 1983 "E afinal, Quem és tu?" a melhor classificação e umas ombreiras épicas, e 1984 "(Já) Pode ser tarde" ).
O IMDB indica a estreia na data de 27 de Janeiro de 1984 (o primeiro filme português a estrear nesse ano, segundo o "Diário de Lisboa") na semana em que estrearam "Staying Alive" (a esquecida sequela de "Saturday Night Fever"), "48 Horas" ou "Feliz Natal Mr. Lawrence".  O "Diário de Lisboa" desse dia adianta uma sinopse e um apelo à sua visualização:
"Realiza-o António Macedo sobre um argumento tecido em torno de uma história "fantástica": um casal que penetra através de uma porta mágica, que se abre uma vez por ano, nos confins de um castelo medieval. (...) uma produção cuidada e com algum fôlego comercial, Os abismos da meia-noite merece que se goste ou não mas não ser recebido com indiferença."
Logo no ínicio o espectador é confrontado com uma situação onírica, com elementos esotéricos e sexuais pouco subtis, para regressar ao mundo real e esses mesmo elementos voltarem a infiltrar-se as poucos na história. O "casal" da sinopse era Ricardo (Rui Mendes),um professor de história, conhecedor das lendas locais que auxilia Irene (Helena Isabel), uma agente de seguros a investigar a morte de um bibliotecário.
Olhando ao cartaz publicado no jornal, apesar da breve cena de nú frontal dos protagonistas, a película ganhou o selo "Maiores de 12 anos" ("A Lagoa Azul", em reposição na mesma época, era "não aconselhável a menores de 13 anos") e tentava os futuros espectadores com um sideboob de Helena Isabel:

Acho deliciosas as exclamações "Finalmente cinema na nossa língua", um reflexo do afastamento de décadas do público e das produções cinematográficas nacionais; e "Uma história fabulosa de amor e  "suspense"!" E no rodapé, chama-se a atenção para o lançamento da banda sonora, algo raríssimo para filmes portugueses. Falando nisso, a "banda musical" esteve a cargo de António de Sousa Dias ("Os Emissários de Khalom", "Chá Forte com limão"), filho do realizador e que se estreava na área da música para cinema. A peculiar fotografia foi responsabilidade de Elso Roque ("O Anel Mágico", "Manhã Submersa"), com cenografia de António Casimiro

Nota: Aspecto geral do LP da "música do filme". Fotos encontradas num site de vendas:

Excerto da Banda Sonora no Youtube:  Coração Já Repousavas (I) + Ante-Cântico (1983).
Consulte os títulos das faixas no Discogs.

O realizador António de Macedo, (que neste caso também escreveu e editou a longa metragem), parte do chamado "Novo Cinema Português",  construiu uma carreira repleta de OVNIs cinematográficos, algumas polémicas e luta contra a censura, arriscando em géneros desprezados e evitados pelos colegas e crítica como se tivessem a peste. Segundo o que li em várias fontes online, "Os Abismos.." alcançou um assinalável sucesso comercial, considerando que é um filme nacional.

Investigando na imprensa da altura, uma entrevista na RTP-1 a António de Macedo no programa "Viva a Cultura", no dia da estreia:
"Diário de Lisboa 27/01/1984"

"Diário de Lisboa 27/01/1984"
 A crítica de Jorge Leitão Ramos:
"Diário de Lisboa 28/01/1984"
 Outra crítica, em versão mais sintética:
"Diário de Lisboa 10/02/1984"
 "Na carreira de António de Macedo este filme é marcante. Pela primeira vez consegue harmonizar o pendor industrial que está subjacente a quase toda a sua obra e o seu universo filosófico pessoal, feito de referências orientalizantes mais ou menos esotéricas. Não sendo um excelente filme, é um trabalho tecnicamente muito cuidado onde todas as coisas funcionam sem nenhuma delas ser excepcional".

"Diário de Lisboa 03/02/1984"



Há algum tempo consegui uma cópia da película, mas não tive oportunidade de assistir. Entretanto, a  recente disponibilização na íntegra no Youtube fez-me resgatar os velhos rascunhos e completar o cromo.
O filme completo no Youtube, cortesia do CinemaXunga:



Se prefererim ver offline, podem encontrá-lo para download no excelente blog "My Two Thousand Movies - Os Abismos da Meia-Noite".


Nuno Markl dedicou ao filme não um, mas dois cromos da "Cadeneta de Cromos", com criação da campanha "Vamos ajudar o Markl a ver o Abismos da Meia-Noite", com direito a jingle e tudo!

Já em 2014 assistiu-se a angariação de fundos para completar o documentário "Nos Interstícios da Realidade – O Cinema de António de Macedo" (de João Monteiro) dedicado à obra do realizador. Podem saber mais detalhes no blog: "Die Elektrischen Vorspiele" e neste trailer:


Mais informação:
Cinecartaz - Público.
MyTwoThousandMovies


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