tag:blogger.com,1999:blog-32418490163752120492024-03-19T08:48:52.314+00:00Enciclopédia de Cromos"Enciclopédia de Cromos" - A Enciclopédia da Nostalgia dos anos 70, 80 e 90.David Martinshttp://www.blogger.com/profile/06603595935219816891noreply@blogger.comBlogger1680125tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-25472995512757617532024-03-08T14:14:00.001+00:002024-03-11T13:40:32.196+00:00Festival RTP da Canção de 1984<p></p><div style="text-align: justify;">No dia de mais uma aniversário da RTP, recordamos uma edição do <b>Festival RTP da Canção</b>, desta feita a 21.ª edição que teve lugar há quarenta anos (<b>7 de Março de 1984</b>) no Auditório Europa em Campo de Ourique, Lisboa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQbTUUIhH5B98E0_XCZMCkVP1FLSFLhdTo_y1W5T5jB0BgFKsVKNiw30gZ9CYQmeMmfqxWMWM6P3KG-t6sBb1Df0ydhlpoVG-bUjHu-IKnjwvberLpZcnHaHJrWteXnXQbm187kY9YQBae8w6UlXoy63Q48WGnrLUZ2jcF9sEGYpJ-uR8ZTgGoivSFj5w/s1365/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20124542.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="902" data-original-width="1365" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQbTUUIhH5B98E0_XCZMCkVP1FLSFLhdTo_y1W5T5jB0BgFKsVKNiw30gZ9CYQmeMmfqxWMWM6P3KG-t6sBb1Df0ydhlpoVG-bUjHu-IKnjwvberLpZcnHaHJrWteXnXQbm187kY9YQBae8w6UlXoy63Q48WGnrLUZ2jcF9sEGYpJ-uR8ZTgGoivSFj5w/w400-h264/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20124542.png" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi uma edição bastante particular pois em vez do método habitual de votação por parte de júris distritais, desta vez a escolha da canção que iria representar Portugal no Festival da Eurovisão desse ano a ter lugar no Luxemburgo esteve a cargo de um júri de dezoito personalidades da vida cultural portuguesa, nove deles convidado pela RTP e os outros nove por um conjunto de autores. O júri era composto por <b>Ana Bola</b>, <b>António Macedo</b>, <b>Carlos Cruz</b>, <b>Beatriz Costa</b>, <b>Herman José</b>, <b>Maluda</b>, <b>Tonicha</b>, <b>Rui Mendonça</b>, <b>Teresa Silva Carvalho</b>, <b>Carlos Pinto Coelho</b>, <b>Carlos Ventura Martins</b>, <b>Henrique Mendes</b>, <b>Luís Vilas Boas</b>, <b>Jorge Costa Pinto</b>, <b>Tomás Taveira</b>, <b>Yvette Centeno</b> e <b>Virgílio Teixeira</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Fialho.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Fialho.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manuela Moura Guedes e Fialho Gouveia foram os apresentadores</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A apresentação esteve a cargo de <b>Fialho Gouveia</b> e <b>Manuela Moura Guedes</b>. Os dois anunciaram que a RTP também estava a preparar outro tipo de festival de música, que se pretendia não-competitivo, descentralizado e destinado a um público mais jovem, mas a ideia acabaria por não se concretizar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXgvDEwVJfeoxHLGtMwYFLh2-3aJspCSjUBQwYxDFQJZ-5zqPfE638OdGXFvH2s7KT2p7zktgjOFj31Hm5YzHyjEtfHrnhTSjkRypySepuGHrniWkQA-gWEBXJZIaHkPsRWlSZIX6dPy7LjxbOfzN7uAhhH6iUF_cSaNZqL3eTrn-VKJlxkiijUmlQePc/s1409/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133736.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="886" data-original-width="1409" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXgvDEwVJfeoxHLGtMwYFLh2-3aJspCSjUBQwYxDFQJZ-5zqPfE638OdGXFvH2s7KT2p7zktgjOFj31Hm5YzHyjEtfHrnhTSjkRypySepuGHrniWkQA-gWEBXJZIaHkPsRWlSZIX6dPy7LjxbOfzN7uAhhH6iUF_cSaNZqL3eTrn-VKJlxkiijUmlQePc/w400-h251/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133736.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As 18 figuras públicas que compuseram o júri</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Além do júri com tantas figuras ilustres, também foram muitas as caras conhecidas que estiveram na competição desse ano, sendo que vários desses intérpretes já tinham participado antes no Festival e alguns até já o tinham vencido antes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsamqMAPm6hJeKyxWjKfOL8YAfCscCQ1btnfjYcTM1M2oktac4K3uF8wTZcQ8JWLZpbhE-XX_9YS0foqceSUQ3fWwskTuXQKb8Gx7xsdyQcUroxtTOlPTOjXLWfvwyaKLmfRQGYlTdCQG3zx5TjlxFrWkizHohSbv-mM6s1chq-AgTfomqlnCTjZppNDc/s1274/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20124457.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="889" data-original-width="1274" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsamqMAPm6hJeKyxWjKfOL8YAfCscCQ1btnfjYcTM1M2oktac4K3uF8wTZcQ8JWLZpbhE-XX_9YS0foqceSUQ3fWwskTuXQKb8Gx7xsdyQcUroxtTOlPTOjXLWfvwyaKLmfRQGYlTdCQG3zx5TjlxFrWkizHohSbv-mM6s1chq-AgTfomqlnCTjZppNDc/w400-h279/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20124457.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Linda de Suza foi a convidada musical</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A actuação da primeira parte esteve a cargo de <b>Linda de Suza</b>, a célebre artista portuguesa consagrada em terras francesas, onde não faltou o seu grande hit "Un Portugais" e um improviso de "Tia Anica de Loulé". Linda de Suza presidiu ao júri mas sem direito a voto. (Aquando do seu falecimento a 28 de Dezembro de 2022, esta edição do Festival foi disponibilizada na RTP Arquivos em jeito de homenagem.) Seria também nesse ano de 1984, que Linda de Suza publicaria a sua autobiografia "A Mala de Cartão" que mais tarde seria adaptada para uma série televisiva. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Devido a uma greve dos músicos, as dezasseis canções (com uma notória excepção) em concurso foram interpretadas sob música pré-gravada. Numa primeira fase, cada membro do júri indicava quais dessas canções que queriam que passasse à fase final com seis canções. A maioria dos jurados indicaram seis canções, mas Carlos Pinto Coelho indicou apenas cinco enquanto Herman José e Carlos Ventura Martins indicaram sete. </div><div style="text-align: justify;">Na fase final, cada membro do júri pontuava as seis canções finalistas de 1 a 10, com a vitória para a canção mais pontuada.</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Segue-se uma breve retrospectiva das canções em concurso por ordem inversa da classificação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/2xw0HX-fWw0/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/2xw0HX-fWw0/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Num Olhar", interpretado por Marisa, foi<br />uma das quatro canções sem quaisquer pontos</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quatro das dezasseis canções não obtiveram qualquer ponto do júri na primeira fase. Foram elas:</div><div style="text-align: justify;">- <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=2xw0HX-fWw0" target="_blank">"Num Olhar"</a></b>, interpretada por <b>Marisa</b>, nome artístico de Maria José Almeida.</div><div style="text-align: justify;">- <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=mM2PnF54FVM" target="_blank">"(O Nosso) Reencontro"</a></b>, interpretada por <b>Isabel Soares</b>, que somava quatro participações no Festival como membro do grupo Bric-À-Brac (do qual também fazia parte o seu marido Manuel José Soares) bem como uma participação a solo em 1979 com "Cantiga De Amor".</div><div style="text-align: justify;">- <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=E2utNXQ2jXA" target="_blank">"Este Quadro"</a></b>, uma das três canções interpretadas por <b>Samuel</b> nesse ano, esta em dueto com <b>Cristina</b>.</div><div style="text-align: justify;">- <a href="https://www.youtube.com/watch?v=VQ_K1C0Ereo" target="_blank"><b>"Cidade Mar"</b> </a>na voz de <b>José Campos e Sousa</b>, um dos membros fundadores da Banda Do Casaco e que integrou o grupo A Fantástica Aventura nas participações nos Festivais de 1977 ("A Flor E O Fruto") e de 1980 ("Ai, Ai, Tão, Tão").</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpMpDLMvTNibX4jyBLf4E9g4kd6So4rofgWDMCa6KvQU6XGkYx9K6Okj3TF9IVGXxj-JSuFhdRNI74Y2iMnylpE8QDw8CDAeYoVDGMBGA52L0uyXaHqFN1cPgCAVdzoB5xXwIXrHyyCCZXYK-kTF7o76bQseKYECjbAUbKj3lUb3Iag9yADLtLE-xBYRk/s1370/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20125600.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="955" data-original-width="1370" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpMpDLMvTNibX4jyBLf4E9g4kd6So4rofgWDMCa6KvQU6XGkYx9K6Okj3TF9IVGXxj-JSuFhdRNI74Y2iMnylpE8QDw8CDAeYoVDGMBGA52L0uyXaHqFN1cPgCAVdzoB5xXwIXrHyyCCZXYK-kTF7o76bQseKYECjbAUbKj3lUb3Iag9yADLtLE-xBYRk/s320/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20125600.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rita Ribeiro cantou "Notícias Vêm, Notícias Vão"</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Apenas Beatriz Costa votou na canção <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=vwqHD2rd0_4" target="_blank">"Notícias Vêm, Notícias Vão"</a></b> na voz de <b>Rita Ribeiro</b>. Então já uma consagrada actriz, a filha do lendário Curado Ribeiro também já tinha demonstrado os seus dotes de cantora. Esteve na formação dos Green Windows que participou em dose dupla no Festival de 1974 com "No Dia Em Que O Rei Fez Anos" e "Imagens" e na das Cocktail com Maria Viana e Fernanda "Ágata" de Sousa que participou em 1979 com "Amanhã Virás". A acompanhar Rita Ribeiro esteve um coro de cinco vozes, incluindo uns muito jovens José Raposo e Maria João Abreu. Infelizmente, esta foi a única das dezasseis canções que não teve edição em disco. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/4Rck0gVu3iU/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/4Rck0gVu3iU/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As Doce ao leme do "Barquinho da Esperança"</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Depois de terem ganho em 1982, as <b>Doce</b> regressavam ao Festival pela quarta vez, agora num registo diferente com a balada <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=4Rck0gVu3iU" target="_blank">"O Barquinho Da Esperança"</a></b>, da autoria de Miguel Esteves Cardoso e Pedro Ayres Magalhães. A canção já conheceu algumas versões nomeadamente de Sara Tavares (que chegou a ter Laura Diogo como sua manager). Porém, desta feita, "O Barquinho da Esperança" só conseguiu os votos de Jorge Costa Pinto e Tomás Taveira. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/9PsvLElC2wQ/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/9PsvLElC2wQ/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fernando Tordo no seu "Canto De Passagem"</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Presença regular no Festival nos anos 70, incluindo duas vitórias em 1973 e em 1977 (como membro de Os Amigos), <b>Fernando Tordo</b> participou nesse ano pela última vez como intérprete com a canção <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=C2gYNuT8An0" target="_blank">"Canto De Passagem"</a></b>, com música do próprio e letra de Joaquim Pessoa, recebendo seis indicações do júri. <br />Duas canções receberam oito indicações do júri, e uma delas foi também da autoria de Fernando Tordo e Joaquim Pessoa, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=dTuWEfovWNI" target="_blank">"Tricot De Cheiros"</a></b> interpretado por <b>Zélia Rodrigues</b>, na sua terceira participação no Festival após 1980 e 1981. A outra foi mais uma das canções interpretadas por <b>Samuel</b>, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=pcsT1uBGKu8" target="_blank">"Maneira de Ser"</a></b>.</p><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwr6Jb9jm_wysW3mC0ekgI4xHoVr8lnOD_kbx5KZiwQzvps9j_fEGr80fHSitubNK4rICzXYONtQPxhEu4p-EFIvedl2g0z2VWwN7TrPy1glNUGQjxF0RCvaeBGwSdn9aqbux9qnKpf_p1M4haLAMQeAYGvDa75hEyLXopDMFbDikT5h8HVs1Nqhd_yJY/s1340/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20130315.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="934" data-original-width="1340" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwr6Jb9jm_wysW3mC0ekgI4xHoVr8lnOD_kbx5KZiwQzvps9j_fEGr80fHSitubNK4rICzXYONtQPxhEu4p-EFIvedl2g0z2VWwN7TrPy1glNUGQjxF0RCvaeBGwSdn9aqbux9qnKpf_p1M4haLAMQeAYGvDa75hEyLXopDMFbDikT5h8HVs1Nqhd_yJY/w400-h279/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20130315.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Quinteto Paulo de Carvalho esteve muito perto de passar à fase final</td></tr></tbody></table><br /><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com nove pontos e falhando por pouco a passagem à fase final com nove indicações foi a canção <b>"<a href="https://www.youtube.com/watch?v=xmS79oApOQs" target="_blank">(Já) Pode Ser Tarde"</a></b> do <b>Quinteto Paulo de Carvalho</b> que além do próprio continha Helena Isabel, André Sarbib, Miguel Braga e Carlos Araújo. Paulo de Carvalho, como é bem sabido, tinha duas vitórias no Festival em 1974 com o literalmente histórico "E Depois Do Adeus" e em 1977 como um de Os Amigos de "Portugal Na Coração". Mas também Helena Isabel teve diversas passagens pelo Festival em 1974, em 1980 (a solo e como parte dos grupos S.A.R.L. e As Alegres Comadres) e 1983. Desta vez os dois juntaram vozes nesta canção, além de ser assaz conhecido o facto de terem durante muito tempo feito outro tipo de música cuja obra mais conhecida foi o filho Bernardo (que é como quem diz, o Agir). Este projecto de Quinteto não foi além deste tema, mas no ano seguinte Paulo de Carvalho conheceria outro dos seus pontos mais altos na carreira com o sucesso do álbum "Desculpem Qualquer Coisinha", que tinha o hit "Os Meninos do Huambo". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbiEdWZcajZgRSRgdIHKtvRXDcMBg23el00g1LFNFWe2nsXTZ6UiZq71HqY9EcVRd9OScjhJ9wj6f6j4cpFdL8TbrSy9e7vEYY3clYmlGWtuuQY220u8wb2krckhZkfaL0-T45tXDNiO7v4B9nmbu_ScmDTegjo582r2eokFmjiqMkpL5EXK9kMAaJIQE/s1083/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133648.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="806" data-original-width="1083" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbiEdWZcajZgRSRgdIHKtvRXDcMBg23el00g1LFNFWe2nsXTZ6UiZq71HqY9EcVRd9OScjhJ9wj6f6j4cpFdL8TbrSy9e7vEYY3clYmlGWtuuQY220u8wb2krckhZkfaL0-T45tXDNiO7v4B9nmbu_ScmDTegjo582r2eokFmjiqMkpL5EXK9kMAaJIQE/s320/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133648.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A tecnologia de ponta da RTP em 1984</td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikG9Jl7YnTerAam7iwKgrzEuJWKyJ6Hj9uA_d8teNY9MYY425SKSKrNRMpaPOBWz1fKpZdSJfjEs_2ogAYplm1iqofzUd9l19CUMcAfrHg6tCkTRED64pbCw1aiVFRDD9a1BaeZfCisNGSlUavXwiVEVTYHogx2gfKp7gJrGkYO6bkvek5xzs2_7QyY0w/s1253/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133809.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="959" data-original-width="1253" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikG9Jl7YnTerAam7iwKgrzEuJWKyJ6Hj9uA_d8teNY9MYY425SKSKrNRMpaPOBWz1fKpZdSJfjEs_2ogAYplm1iqofzUd9l19CUMcAfrHg6tCkTRED64pbCw1aiVFRDD9a1BaeZfCisNGSlUavXwiVEVTYHogx2gfKp7gJrGkYO6bkvek5xzs2_7QyY0w/s320/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133809.png" width="320" /></a><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpaMIn3zzRcZFYwh5lehpOswVF9KJL97vZq3IMb3SybybQAL6tE6DSGUfIRhQc6Qab__hFM5qlJNYqqwHrMrskLVuKCUhzqMuvqGJyVXohIi4CTc0jVSAkOF5NTMagFzg7POhL89YO2wTltj6Fwsdg16K54-ZOYggjt_jLBbYwMIr0KeaWVLoZHD5ynl0/s1258/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133816.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="888" data-original-width="1258" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpaMIn3zzRcZFYwh5lehpOswVF9KJL97vZq3IMb3SybybQAL6tE6DSGUfIRhQc6Qab__hFM5qlJNYqqwHrMrskLVuKCUhzqMuvqGJyVXohIi4CTc0jVSAkOF5NTMagFzg7POhL89YO2wTltj6Fwsdg16K54-ZOYggjt_jLBbYwMIr0KeaWVLoZHD5ynl0/s320/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20133816.png" width="320" /></a></div><br /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estas foram as seis canções que avançaram para a fase final:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/BIlaEOKf9L8/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/BIlaEOKf9L8/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">António Sala trouxe "Uma Canção Amiga"</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em sexto lugar, com 10 indicações e depois 82 pontos, ficou <b>"Uma Canção Amiga"</b> interpretada por <b>António Sala</b>. Então já uma figura célebre na rádio, na televisão e na sua carreira musical (a solo, com a esposa Elisabete e com os Maranata), António Sala participava pela segunda vez no Festival como intérprete depois de concorrer em 1980 em dueto com Alexandra em "Uma Razão De Ser". Esta "Canção Amiga" tinha música do próprio Sala para letra de Carlos Castro. (Sim, esse mesmo, o cronista social que viria a ter um celebremente horrífico fim de vida no início de 2011.)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/f-CbW4GIWKU/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://i.ytimg.com/vi/f-CbW4GIWKU/hqdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">5.º lugar e o prémio de Melhor Interpretação para Adelaide Ferreira</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Em quinto lugar, com 11 indicações e 109 pontos na fase final, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=f-CbW4GIWKU" target="_blank">"Quero-te, Choro-te, Odeio-te, Adoro-te"</a></b> na voz de <b>Adelaide Ferreira</b>, cujo desempenho valeu-lhe o prémio de melhor interpretação que teve o nome de Ary dos Santos, em homenagem ao lendário poeta e letrista desparecido no início desse ano. Adelaide Ferreira estivera no Festival de 1980 como parte do grupo all star As Alegres Comadres que também incluía a sua irmã Mila, Helena Isabel e Ana Bola. Embora tenha surgido no panorama musical nacional como roqueira com hits como "Baby Suicida" e "Trânsito", os seus opus mais célebres nos anos vindouros seriam <i>powerballads</i> como "O Papel Principal", "Dava Tudo" e claro, "Penso Em Ti (Eu Sei)" com que ganharia o Festival do ano seguinte. Ainda nesse ano de 1984, Adelaide Ferreira representou Portugal no Festival da OTI com "Vem No Meu Sonho" com que obteria o segundo lugar, a melhor classificação de sempre do nosso país nesse certame. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/K1GPd4_o1SU/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/K1GPd4_o1SU/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paco Bandeira com "Que Coisa É Esta Vida"</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">Em quarto lugar, com 11 indicações e depois 110 pontos, ficou <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=K1GPd4_o1SU" target="_blank">"Que Coisa É Esta Vida"</a></b> defendida por <b>Paco Bandeira</b>. Tal como Fernando Tordo e Paulo de Carvalho, o cantor natural de Elvas tivera várias participações no Festival ao longo dos anos 70 (destacando-se os dois segundos lugares em 1972 e 1973) e tinha aqui a sua derradeira presença como intérprete. A sua canção falava dos lamentos de uma dona de casa e não faltavam menções às telenovelas "Pai Herói" e "Gabriela" que estavam em exibição na altura na RTP (a segunda em reposição na RTP2). Foi também nesse ano de 1984 que Paco Bandeira lançou o álbum "Semibreves" que incluía o grande hit "A Ternura Dos Quarenta".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBNPm7Lp6oVu77tgsK-vJZwFLvk7THLlkMplTheU3qNHrR8hMO_ZeQNAWpMTr2uV2V5pDRe8PmzEbDkwHXSKNzzY7PT-kkcrWjWu4re2nAtItBIDoXHCcb6ln7fn0XZsOR_0LWkvGC65s3ZERbAEpg6MOcyOxgK7IbEP0AGjBTrfoT21D10PH1_52UXgs/s1354/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20131014.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="993" data-original-width="1354" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBNPm7Lp6oVu77tgsK-vJZwFLvk7THLlkMplTheU3qNHrR8hMO_ZeQNAWpMTr2uV2V5pDRe8PmzEbDkwHXSKNzzY7PT-kkcrWjWu4re2nAtItBIDoXHCcb6ln7fn0XZsOR_0LWkvGC65s3ZERbAEpg6MOcyOxgK7IbEP0AGjBTrfoT21D10PH1_52UXgs/w400-h294/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20131014.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vestidos a rigor, a Banda Tribo cantou "A Padeirinha de Aljubarrota"</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Em terceiro lugar com 12 indicações e 113 pontos na fase final ficou a proposta que mais soava a 1984, ainda que falasse de uma célebre figura do século XII que se tornou uma lenda da História de Portugal. <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=M9IR6SwBtdA" target="_blank">"A Padeirinha de Aljubarrota"</a></b> foi interpretada pela <b>Banda Tribo</b> composta pelos irmãos José Gonçalo e Fernando Amaral Gomes, José Manuel de Oliveira, Mário Jorge Ferreira e João Paulo Pereira, acompanhados por Ana Sofia Cid. (Sendo esta filha de José Cid e os dois primeiros sobrinhos do cantor de "A Minha Música".) Os seis apareceram em palco trajados a rigor, eles de pajens e ela como a titular padeirinha, José Gonçalo Amaral Gomes participaria mais três vezes a solo no Festival; em 1988 com "Cai Neve Em Nova Iorque" (cuja versão do tio seria um hit nesse ano) e depois, sob o nome de Gonçalo Tavares, em 2010 e 2015. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/pcsT1uBGKu8/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/pcsT1uBGKu8/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Samuel interpretou três canções neste Festival,<br />sendo que "Pelo Fim Da Tarde" ficou em segundo lugar.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em segundo lugar, a terceira canção defendida por <b>Samuel</b> neste Festival, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=uYGGV2baBIQ" target="_blank">"Pelo Fim Da Tarde"</a></b> com 14 indicações e 140 pontos na fase final. Samuel Quedas, mais conhecido por Samuel <i>tout-court</i>, iniciara a sua carreira em 1972 com o EP "O Cantigueiro" e esteve associado ao género de canção de intervenção até que gradualmente foi transitando para a música ligeira. Além destas três canções deste ano, tinha também várias presenças nos Festivais desde 1979, tanto a solo como integrando os S.A.R.L. Nesse ano de 1984, Samuel participaria na versão portuguesa do musical "ABBAcadabra" que versionava várias músicas dos ABBA, quer no disco quer no subsequente telefilme no papel do Soldadinho de Chumbo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/aqOGScSUXL0/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="360" src="https://i.ytimg.com/vi/aqOGScSUXL0/hqdefault.jpg" width="480" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Maria Guinot foi a grande vencedora com "Silêncio E Tanta Gente"</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Porém nesse ano, o troféu foi parar indiscutivelmente às mãos de <b>Maria Guinot</b> com aquela que seria o seu <i>magnum opus</i> <b>"Silêncio E Tanta Gente"</b>. Na primeira fase, a canção recebeu a indicação de 17 dos 18 membros do júri (o único que não o fez foi Herman José!) e na fase final obteve 150 pontos. Maria Guinot tivera uma breve estreia na música em 1968 e após de alguns anos afastada dessas lides, regressara em 1981 apresentando-se no Festival desse ano com "Um Adeus, Um Recomeço". Mas seria em 1984 que viveria com esta vitória o seu ponto mais alto, tendo sido a única que tocou ao vivo ao piano, acompanhada no refrão por Inês Martins, membro do coro da Gulbenkian. É assaz consensual que "Silêncio E Tanta Gente" é uma das melhores canções que levámos à Eurovisão e o 11.º lugar que obteve no certame desse ano no Luxemburgo foi deveras injusto (ainda que tenha sido o melhor resultado de Portugal entre 1981 e 1990 inclusivé). Maria Guinot continuou a sua carreira até meados dos anos 2000, quando começou a enfrentar vários problemas de saúde, vindo a falecer em 2018 aos 73 anos. Mas para sempre ficou esta gloriosa vitória no Festival RTP da Canção de 1984 e a sua belíssima canção. Será que mais alguém trocaria a sua vida por um dia de ilusão? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghywiJDOwmrxTT_zEchPr5zG_-VjXz3IBw885Zc8Q84VlX4T_j3bwHGNVDsTfe8y_qDYlboQ-H15FCh6rTWtS9gVeCiOUR16ZkMmO98N-LvTD3AAbkRMBKdh7F1QNVymSMIxxS2H1dOWlkBIfV6oKIeqcHQm5B7foi6LDsRksGSPcWDd5iRydAQ8I3gq4/s1321/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20134317.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="922" data-original-width="1321" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghywiJDOwmrxTT_zEchPr5zG_-VjXz3IBw885Zc8Q84VlX4T_j3bwHGNVDsTfe8y_qDYlboQ-H15FCh6rTWtS9gVeCiOUR16ZkMmO98N-LvTD3AAbkRMBKdh7F1QNVymSMIxxS2H1dOWlkBIfV6oKIeqcHQm5B7foi6LDsRksGSPcWDd5iRydAQ8I3gq4/w400-h279/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202024-03-08%20134317.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Linda de Suza cumprimentando Maria Guinot pela sua vitória</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Festival RTP da Canção 1984</b><br />Na RTP Play Palco: <a href="https://www.rtp.pt/play/palco/p12950/festival-da-cancao-1984">https://www.rtp.pt/play/palco/p12950/festival-da-cancao-1984</a><br />Na RTP Arquivos: <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/festival-rtp-da-cancao-1984-parte-i/" target="_blank">Parte 1</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/festival-rtp-da-cancao-1984-parte-ii/" target="_blank">Parte 2</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/festival-rtp-da-cancao-1984-parte-iii/" target="_blank">Parte 3</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>"Silêncio E Tanta Gente" Maria Guinot (Festival RTP da Canção 1984)</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/aqOGScSUXL0" width="320" youtube-src-id="aqOGScSUXL0"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>O videoclip filmado na Madeira</b>:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/toUkeNGkcNg" width="320" youtube-src-id="toUkeNGkcNg"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Actuação no Festival da Eurovisão 1984</b><br /><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/H9QwSkpDtoY" width="320" youtube-src-id="H9QwSkpDtoY"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><i>Uma vez mais uma palavra de agradecimento ao site Festivais da Canção e aos autores do livro "Portugal 12 pts", João Carlos Calixto e Jorge Mangorrinha. </i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-70007440805313377852024-01-26T21:51:00.006+00:002024-01-27T12:47:46.425+00:00Vale Tudo (1988-89)<p></p><div style="text-align: justify;">Será a honestidade sempre o melhor caminho para viver a vida? Ou será que se trata de um valor ultrapassado e para se subir na vida vale tudo, sobretudo quando se vive num país tão cheio de contrastes e desníveis sociais como é o Brasil? O conflito entre essas duas ideias foi um dos temas principais da telenovela <b>"Vale Tudo"</b>, da autoria de <b>Gilberto Braga</b> em parceria com <b>Aguinaldo Silva</b> e <b>Leonor Bassères</b>.</div><div style="text-align: justify;">A versão original no Brasil, exibida entre 1988 e 1989, teve 204 capítulos, mas em Portugal passou a versão internacional encurtada com somente 140 capítulos. A telenovela passou na RTP1 em substituição de "Sassaricando" entre 6 de Dezembro de 1989 e 22 de Junho de 1990. Além do número de capítulos, os genérico das duas versões tinham algumas diferenças, nomeadamente o tema de abertura, "Brasil" interpretado por <b>Gal Costa</b>, passar na versão instrumental (à excepção de três capítulos, incluindo o último). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDMwhCMZqVyRS8l2xSBKO4MsvLP_Ph-PaUbm7XpXdryAPr9v7PFXiD8miqoD3x1-8BedHp6ZuzchKvMgPaXMk2thDPjtjXMX-J91s4qPb0kBktjPxXihZap_OC3C14zgS4IGQTZrekaK0J/s625/vale-tudo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="625" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDMwhCMZqVyRS8l2xSBKO4MsvLP_Ph-PaUbm7XpXdryAPr9v7PFXiD8miqoD3x1-8BedHp6ZuzchKvMgPaXMk2thDPjtjXMX-J91s4qPb0kBktjPxXihZap_OC3C14zgS4IGQTZrekaK0J/s320/vale-tudo.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">No centro da trama e do confronto moral que a percorre estão mãe e filha, Raquel Aciolli (<b>Regina Duarte</b>) e Maria de Fátima (<b>Glória Pires</b>) que quando começa a telenovela moram juntas em Foz do Iguaçu. Raquel guia a sua vida pela honestidade e a ética enquanto Fátima está decidida a subir na vida a qualquer preço sem olhar a quem tem de passar por cima. Como tal, quando o seu avô materno morre, Fátima vende a casa em que viviam (e que o avô deixara em nome da neta) e parte para o Rio de Janeiro, deixando Raquel sem nada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s2-memoriaglobo.glbimg.com/f2mkw1tuddWBVykQ00qBebd_5P4=/0x0:1531x991/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ee6202d7f3f346a7a5d7affb807d8893/internal_photos/bs/2022/q/V/mKO9V9T7ylcIKQKBOU6g/vale-tudo-regina-duarte-gl-c3-b3ria-pires-13.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="518" data-original-width="800" height="259" src="https://s2-memoriaglobo.glbimg.com/f2mkw1tuddWBVykQ00qBebd_5P4=/0x0:1531x991/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ee6202d7f3f346a7a5d7affb807d8893/internal_photos/bs/2022/q/V/mKO9V9T7ylcIKQKBOU6g/vale-tudo-regina-duarte-gl-c3-b3ria-pires-13.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Raquel e Maria de Fátima</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegada ao Rio, Fátima envolve-se com César (<b>Carlos Alberto Ricelli</b>), um antigo modelo e surfista que agora ganha a vida como gigolô, que se torna seu cúmplice nos seus esquemas para subir na vida. Para poder conquistar Afonso Roitman (<b>Cássio Gabus Mendes</b>), herdeiro de um grande império empresarial, Fátima faz-se amiga da namorada dele, Solange Duprat (<b>Lídia Brondi</b>) com quem passa a morar. Solange é uma elegante produtora de moda numa revista que ajuda Fátima a integrar-se no Rio de Janeiro até que esta a trai armando uma situação em que faz Afonso acreditar que Solange está envolvida com César. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://images.virgula.me/2010/11/06/217879.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="560" height="233" src="https://images.virgula.me/2010/11/06/217879.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Afonso e Solange</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Enquanto isso, Raquel também vem para o Rio de Janeiro em busca da filha, onde rapidamente faz grandes amigos como Audálio (<b>Pedro Paulo Rangel)</b>, cujo optimismo inquebrável lhe vale a alcunha de Poliana. Raquel começa por vender sanduíches na praia mas gradualmente vai conseguindo estabelecer um negócio próspero na restuaração ao mesmo tempo que se apaixona por Ivan Meirelles (<b>António Fagundes</b>), que trabalha na companhia de aviação TCA, uma das maiores empresas do grupo Roitman. Ivan é recém-separado de Leila (<b>Cássia Kis</b>) com quem tem um filho adolescente Bruno (<b>Danton Mello</b>), e vive com o seu pai Bartolomeu (<b>Cláudio Correia e Castro</b>) mais a segunda mulher deste, Eunice (<b>Íris Bruzzi</b>) e a filha dela, Fernanda (<b>Flávia Monteiro</b>). Ivan tem bom fundo mas acredita que nem sempre a honestidade é o melhor caminho e que por vezes há que se desviar dela para subir na vida, algo que vai levantar problemas na sua relação com Raquel.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/736x/1d/86/e5/1d86e54ef124c90efd3f6bbf0de632a5.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="642" data-original-width="642" height="400" src="https://i.pinimg.com/736x/1d/86/e5/1d86e54ef124c90efd3f6bbf0de632a5.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Raquel e Ivan</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://ogimg.infoglobo.com.br/in/22786221-99e-ce7/FT1086A/760/A-vila-Odete-Roitman-Beatriz-Segall-era-amante-do-mau-carater-Cesar-Carlos-Alberto-Riccelli.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="800" height="240" src="https://ogimg.infoglobo.com.br/in/22786221-99e-ce7/FT1086A/760/A-vila-Odete-Roitman-Beatriz-Segall-era-amante-do-mau-carater-Cesar-Carlos-Alberto-Riccelli.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">César e Odete</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Fátima acaba por ficar noiva de Afonso, cuja mãe Odete (<b>Beatriz Segall</b>) é a dona do império dos Roitman. Odete é a típica milionária arrogante que se acha superior a todos, até mesmo ao próprio Brasil, pelo que raramente evita ir ao seu país de nascença, preferindo viver em Paris. Para conquistar a confiança da futura sogra, Fátima alinha no plano de Odete para separar Raquel de Ivan, com quem pretende casar a sua filha Helena (<b>Renata Sorrah</b>).</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s2.glbimg.com/RGozWJhDiUGexTOLOCg0YYOgg1E=/645x388/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2018/11/12/41680938_2310.1988_-_arquivo_-_irineu_barreto_-_cromo_-_ext_nx_-_novela_vale_tudo_-_atriz_nathalia_t.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="388" data-original-width="645" height="241" src="https://s2.glbimg.com/RGozWJhDiUGexTOLOCg0YYOgg1E=/645x388/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2018/11/12/41680938_2310.1988_-_arquivo_-_irineu_barreto_-_cromo_-_ext_nx_-_novela_vale_tudo_-_atriz_nathalia_t.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Celina, Eugénio e Helena</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Helena é pintora e tem um problema grave de alcoolismo, no qual se refugiou desde a morte do seu outro irmão, num acidente do qual ela se crê culpada. Helena foi casada com Marco Aurélio (<b>Reginaldo Faria)</b>, o vice-presidente do Grupo Roitman e director da TCA, de quem teve um filho, Tiago (<b>Fábio Villa Verde</b>). Marco Aurélio é um homem arrogante e desonesto que nunca ligou para a ex-mulher e que despreza o filho, cuja sensibilidade do rapaz e o seu interesse pelas artes o levam a pensar que Tiago é gay. No entanto, Tiago acabará por se apaixonar por Fernanda e namorar com ela. Da família Roitman faz ainda parte Celina (<b>Natália Thimberg</b>), que ao contrário da irmã Odete, é uma mulher bondosa e a grande protetora dos sobrinhos, desconfiando das intenções da Fátima.</p><p style="text-align: justify;">Fátima tem a sua grande oportunidade quando Ivan e Raquel acham uma mala com dinheiro que Marco Aurélio desviou da TCA. Raquel quer devolver o dinheiro enquanto Ivan é tentado a ficar com ele porque ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Fátima descobre a mala e foge com ela, levando a mãe a crer que foi Ivan e causando a ruptura da relação. Como tal, Fátima tem a benção de Odete para casar com Afonso e até aplaude as atitudes da futura nora quando Raquel descobre tudo e desmascara Fátima. Ivan também acaba por casar com Helena, mas prontamente arrepende-se e procura de novo Raquel, mas Odete está disposta a tudo para os separar e elabora um plano de sabotagem para arruinar o negócio de Raquel.</p><p style="text-align: justify;">Fátima casa com Afonso e passa a viver no maior dos luxos, sustentando também César, e acaba por engravidar. Mas quando a relação de Fátima e César é descoberta, a rapariga é desprezada por Afonso e Odete e colocada sob vigilância até se saber quem é o pai do filho. E assim que fica provado que o pai é César, Fátima é expulsa da casa dos Roitman e fica completamente sozinha, até porque César entretanto se envolve com Odete. Raquel também lhe nega auxílio, aceitando apenas cuidar do neto. Fátima decide então aproximar-se de Marco Aurélio e vingar-se dos Roitman dando um grande golpe. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogs.correiobraziliense.com.br/proximocapitulo/wp-content/uploads/sites/27/2020/07/vale_tudo1-1024x555.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="434" data-original-width="800" height="217" src="https://blogs.correiobraziliense.com.br/proximocapitulo/wp-content/uploads/sites/27/2020/07/vale_tudo1-1024x555.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marco Aurélio e Leila</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Também as coisas começam a correr mal para Odete: apaixonada por César, decepciona-se quando descobre que ele ainda se encontra com Fátima. E no mesmo dia em que descobre de todos os roubos e desvios que Marco Aurélio fez na TCA, é assassinada a tiro. O mistério sobre quem terá sido o assassino domina a recta final da novela até que no último episódio é revelado que tinha sido Leila, que entretanto casara com Marco Aurélio e que desconfiava do envolvimento dele com Fátima, sendo esta o seu alvo e não Odete. </p><p style="text-align: justify;">Se não estou em erro, "Vale Tudo" foi ainda a primeira telenovela a incluir um casal lésbico que vivia junto abertamente: Cecília (<b>Lala Deheinzelin</b>) e Laís (<b>Cristina Prochaska</b>) vivem juntam há doze anos e gerem uma pousada em Búzios, além de serem investidoras no negócio de Raquel. Cecília é irmã de Marco Aurélio que nunca aceitou a sua homossexualidade, mas tal não lhe impede de, quando ela morre num acidente, de tentar ficar com a herança da irmã e deixar Laís sem nada.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/foto/0,,43829163,00.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="400" height="280" src="https://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/foto/0,,43829163,00.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cecília e Laís</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">No final, Raquel consegue recuperar os seus negócios depois de terem quase falido depois das sabotagens orquestradas por Odete e fazer a cadeia de restaurantes prosperar de novo. Porém, Ivan é condenado a um ano de prisão pelo seu envolvimento em algumas falcatruas da TCA, ao longo do qual, escreve um livro chamado "Vale Tudo" denunciando as corrupções de que foi testemunha no mundo empresarial. Após cumprir a pena, Ivan e Raquel ficam finalmente juntos e felizes, criando em conjunto o filho de Fátima. Afonso e Solange reconciliam-se e têm uma filha. Helena conhece William (<b>Dennis Carvalho</b>), um ex-alcoólico que lhe incentiva a frequentar os Alcoólicos Anónimos e dá os seus primeiros passos rumo à recuperação, descobrindo também que fora vítima do <i>gaslighting</i> de Odete, a verdadeira responsável do acidente que vitimou o irmão. E Laís vê a justiça a dar-lhe razão na sua luta pela herança de Cecília e volta encontrar o amor junto de outra mulher, Marieta. </p><p></p><div style="text-align: justify;">Porém os vilões também têm final feliz. Marco Aurélio consegue fugir do Brasil e dos golpes que cometeu, chegando a fazer um manguito ao país enquanto foge no avião (uma cena que foi cortada da versão que passou em Portugal) e Fátima arranja um casamento de conveniência com um príncipe homossexual e César segue com eles. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outras personagens marcantes foram Aldeíde Candeias (<b>Lília Cabral</b>), irmã de Poliana e secretária da TCA, que sonha em ser rica e famosa até que consegue casar com um português rico; Eugénio (<b>Sérgio Mamberti</b>) o chefe da criadagem dos Roitman que adora fazer referências cinematográficas: Sardinha (<b>Otávio Müller</b>), colega e melhor amigo de Solange; e Renato (<b>Adriano Reys</b>), director da revista onde trabalham Solange e Sardinha e primo de Marco Aurélio. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s03.video.glbimg.com/x216/6739410.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="216" data-original-width="279" height="216" src="https://s03.video.glbimg.com/x216/6739410.jpg" width="279" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aldeíde e Consuelo</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Do elenco fizeram ainda parte actores como <b>Rosane Gofman</b> (Consuelo), <b>Maria Gladys </b>(Lucimar), <b>Daniel Filho</b> (Rubinho), <b>Stepan Nercessian</b> (Jarbas), <b>Marcos Palmeira</b> (Mário Sérgio) e na sua estreia na Globo, <b>Marcello Novaes</b> (André). </p><p style="text-align: justify;">"Vale Tudo" foi uma telenovela muito bem conseguida em toda a linha, tendo tido grande sucesso tanto no Brasil como em Portugal, com excelentes desempenhos de todo o elenco e a mestria já habitual de Gilberto Braga, sendo considerada uma das melhores obras do célebre teledramaturgo. Regina Duarte, António Fagundes, Lídia Brondi, Glória Pires e Carlos Alberto Ricelli desempenharam habilmente os vários pontos do espectro da ética ou da falta dela mas sem dúvida que foi Beatriz Segall quem mais brilhou como Odete Roitman, que ficaria eternizada como uma das vilãs mais icónicas e odiadas da história das telenovelas brasileiras. Até porque um dos seus traços principais era o ódio ao Brasil. Lembro-me que na cena do seu funeral, algumas personagens comentavam que ser enterrada no Brasil e não num país que Odete considerava mais desenvolvido e digno de si foi o pior castigo que a megera poderia ter tido. </p><p>Em 2002, "Vale Tudo" teve uma adaptação latino-americana co-produzida pela Rede Globo e a Telemundo, na altura em que ainda era raro ver telenovelas brasileiras adaptadas para esse público. A telenovela portuguesa "Tempo De Viver" de 2006, protagonizada por Alexandra Lencastre e Margarida Vila-Nova, também foi claramente inspirada por "Vale Tudo" que também contrapunha uma mãe honesta e trabalhadora contra uma filha pérfida e interesseira, à caça de um noivo rico e envolvida com um gigolô. </p><p>Genérico de abertura (versão original):</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WRks7c0K7MA" width="320" youtube-src-id="WRks7c0K7MA"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Genérico na versão internacional:</b></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/MxJ6y_uu6ck" width="320" youtube-src-id="MxJ6y_uu6ck"></iframe></div><br /><p><br /></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-26487150471087956602024-01-01T00:43:00.003+00:002024-02-21T21:50:10.965+00:0020 coisas que aconteceram há 20 anos (2004)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.leme.pt/magazine/efemerides/0612/0200.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="504" data-original-width="800" height="252" src="https://www.leme.pt/magazine/efemerides/0612/0200.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os dias são longos mas os anos são curtos. Sem se saber como, num eterno desfiar de longos dias, eis que chegamos ao outrora longínquo ano de 2024 e de repente já se passaram vinte anos desde o outrora recente ano de 2004. Creio que para muitos portugueses, 2004 é um ano que carrega uma mística especial, sobretudo por causa de um determinado evento mas foram muitas mais as razões que fizeram de 2004 um ano épico.</div><div style="text-align: justify;">Como já é tradição aqui na Enciclopédia de Cromos, vamos recordar 20 coisas que aconteceram há 20 anos, no ano de dois mil e quatro. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>1. O maior desastre natural do século XXI devastou a Ásia</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.noaa.gov/sites/default/files/2022-09/bandaaceh2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="261" data-original-width="400" height="261" src="https://www.noaa.gov/sites/default/files/2022-09/bandaaceh2.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">26.12.2004: O maremoto no Oceano Índico foi <br />um dos desastres naturais mais mortíferos de sempre</td></tr></tbody></table><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Infelizmente, 2004 não foi épico apenas por bons motivos. Isto porque no dia 26 de Dezembro, <b>um maremoto ao largo da costa norte da ilha de Sumatra na Indonésia</b> desencadeou toda uma cadeia de sismos e tsunamis que causou a morte de mais de 200 mil pessoas, tornando-se um dos maiores desastre naturais alguma vez registados no planeta e ainda hoje, o maior do século XXI e o de sempre na Ásia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/cysl0rucrI0" width="320" youtube-src-id="cysl0rucrI0"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Particularmente devastador foi o tsunami originado pelo terramoto que em algumas zonas chegou a atingir 30 metros de altura e assolou tudo no seu caminho. Os seus efeitos chegaram até à África Oriental e causaram alguns tsunamis menores até mesmo em países distantes do epicentro como México e Canadá. </div><div style="text-align: justify;">As respostas rápidas de ajuda humanitária vindas de todo o mundo ajudaram a minimizar alguns efeitos posteriores do terramoto como fome generalizada e a propagação de epidemias.</div><div style="text-align: justify;">O terramoto de 2004 no Oceano Índico também gerou várias e incríveis histórias de sobrevivência como a da espanhola Maria Belón e sua família que inspiraria o filme "O Impossível" de 2012 e a de Martunis Sarbini, um menino indonésio de sete anos, que foi descoberto após ter andado vários dias perdido vestindo uma camisola de Portugal, o que sensibilizou a Federação Portuguesa de Futebol e Cristiano Ronaldo que doaram dinheiro para a reconstrução da sua casa e para a sua educação. Martunis veio depois algumas vezes a Portugal e chegou a integrar a academia do Sporting. Actualmente, tem um canal no YouTube. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>2. Pânico e destruição em Madrid e Beslan</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://ichef.bbci.co.uk/news/624/mcs/media/images/73498000/jpg/_73498875_efb3e7d6-8558-4583-9c7f-19ff4b3e6453.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" height="225" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/624/mcs/media/images/73498000/jpg/_73498875_efb3e7d6-8558-4583-9c7f-19ff4b3e6453.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">11.3.2004: atentados à bomba em Madrid</td></tr></tbody></table><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A 11 de Março, precisamente dois anos e meio após os ataques de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, a vizinha Espanha foi palco de um atentado terrorista quando <b>dez explosõe</b>s aconteceram em vários pontos do sistema ferroviário de Madrid, sobretudo na <b>estação de Atocha</b>, causando 193 mortos e mais de dois mil feridos. A autoria dos atentados nunca foi confirmada, mas vários indivíduos com ligações à Al Qaeda terão declarado que esta estaria por detrás deles, em retaliação ao envolvimento de Espanha na invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos. Na altura, Espanha estava em campanha para as eleições legislativas e os atentados terão sido importantes para a derrota na urnas do governo de José Maria Aznar (que inicialmente declarara que os atentados tinham sido obra da ETA) e, como tal, ascensão do candidato do PSOE José Luís Zapatero como o novo primeiro-ministro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://ichef.bbci.co.uk/news/976/cpsprodpb/AE80/production/_95627644_gettyimages-71745936.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/976/cpsprodpb/AE80/production/_95627644_gettyimages-71745936.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em Setembro de 2004, 333 pessoas perderam a vida <br />num tiroteio numa escola de Beslan na Rússia</td></tr></tbody></table><br /><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Outro ataque terrorista marcante em 2004 ocorreu na cidade russa de <b>Beslan</b>, localizada na república da Ossétia do Norte. A 1 de Setembro, no início do novo ano lectivo na Rússia, uma milícia separatista chechena invadiu uma das escolas da cidade e aprisionou mais de mil pessoas presentes no recinto, incluindo 777 crianças, aprisionando-as no ginásio da escola que estava armadilhado com explosivos. Ao fim de três dias, entre explosões e execuções, o cerco resultou na morte de 333 pessoas, incluindo 186 crianças e 31 dos invasores. O massacre de Beslan é ainda hoje tido como o mais mortífero tiroteio numa escola de sempre em todo o mundo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>3. O jogo final de Miki Fehér</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/225558/800" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="400" height="330" src="https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/225558/800" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Miklós Fehér: 20.7.1979 - 25.1.2004</td></tr></tbody></table><br /></div><div style="text-align: justify;">O futebolista húngaro <b>Miklós Fehér</b> veio para o futebol português em 1998 onde ingressou no FC Porto, pelo qual esteve vinculado até 2002, com passagens pela equipa B, o Salgueiros e o Sporting de Braga. Após um desentendimento entre Pinto da Costa e José Veiga, o agente do jogador, Fehér transferiu-se para o Benfica. E foi precisamente durante um jogo das águias contra o Vitória no renovado Estádio D. Afonso Henriques que Miki Fehér deixou abruptamente este mundo com apenas 24 anos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/rc2wsYG_Y4w" width="320" youtube-src-id="rc2wsYG_Y4w"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A cerca de dez minutos do final do jogo com o Benfica a ganhar 1-0, onde assistiu para o único golo da partida, Fehér viu um cartão amarelo e logo a seguir sentiu-se mal e caiu de costas inanimado. Os seus colegas e a equipa médica rapidamente se aperceberam que se tratava de uma paragem cardíaca, tendo-lhe sido prestada reanimação em campo e sendo depois encaminhado para o hospital. Porém antes da meia-noite, foi confirmado o seu óbito. Daí o corpo seguiu para o Estádio da Luz onde foram prestadas as últimas homenagens em Portugal antes de ser enviado para a Hungria, onde foi sepultado na cidade natal do jogador. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A morte do futebolista chocou o país pela forma como aconteceu, em pleno jogo, ainda por cima com transmissão televisiva em directo na Sport TV. (Eu lembro-me de ter ficado muito impressionado com as imagens de Fehér a perecer de um momento para outro e cair no chão como se fosse um boneco que tinha ficado sem pilhas.) Aos 24 anos, Miklós Fehér conquistara um título, uma Taça e uma Supertaça pelo FC Porto e fez 156 jogos e 56 golos no futebol português, bem como 25 jogos e sete golos pela selecção da Hungria. O Benfica retirou a camisola número 29, com que Fehér jogava, e nunca mais um jogador encarnado jogou com este número. Também há um memorial a ele dedicado no Estádio da Luz. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>4. Outras mortes em 2004</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outra morta chocante no nosso país em 2004, foi a de <b>António Sousa Franco</b>, ex-ministro das Finanças e que era o cabeça de lista do PS nas eleições para o Parlamento Europeu. Em plena acção de campanha na lota de Matosinhos, Sousa Franco teve um ataque cardíaco e veio pouco tempo depois a falecer. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://cdn.cmjornal.pt/images/2008-09/img_432x243$2008_09_20_21_39_00_115426.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="423" height="243" src="https://cdn.cmjornal.pt/images/2008-09/img_432x243$2008_09_20_21_39_00_115426.jpg" width="423" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sousa Franco faleceu durante a campanha para as Eleições Europeias de 2004</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também em 2004 morreram o magnata <b>António Champallimaud</b>, <b>Maria Lurdes Pintassilgo</b>, até hoje a única mulher que liderou um governo português, a grande poetisa <b>Sophia de Mello Breyner Andersen</b>, a <b>Rainha Juliana</b>, antiga monarca dos Países Baixos, o ex-presidente americano e ex-actor de Hollywood <b>Ronald Reagan</b>, o líder palestiniano <b>Yasser Arafat</b>, os actores <b>Marlon Brando</b>, <b>Peter Ustinov</b> e <b>Christopher Reeve</b>, a actriz de "King Kong" <b>Fay Wray</b>, os músicos <b>Ray Charles</b>, <b>Barry White</b> e <b>Carlos Paredes</b>, a cantora <b>Laura Brannigan</b>, os apresentadores <b>Henrique Mendes</b> e <b>Fialho Gouveia</b>, a escritora francesa <b>Françoise Sagan</b>, a empresária e cosmetologista <b>Estée Lauder</b> e o ciclista <b>Marco Pantani</b>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://api-assets.ua.pt/v1/image/resizer?imageUrl=https://www.ua.pt/%2Fcontents%2Fimgs%2Fabout%2Fhonoris_1998_sofia_andersen.png&width=1200" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="611" data-original-width="600" height="320" src="https://api-assets.ua.pt/v1/image/resizer?imageUrl=https://www.ua.pt/%2Fcontents%2Fimgs%2Fabout%2Fhonoris_1998_sofia_andersen.png&width=1200" width="314" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://peterburnett.info/images/brando/waterfront/on_the_waterfront_05.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="621" height="244" src="https://peterburnett.info/images/brando/waterfront/on_the_waterfront_05.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.visionker.com/wp-content/uploads/2019/06/musico-con-glaucoma-Ray-Charles.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="274" data-original-width="447" height="196" src="https://www.visionker.com/wp-content/uploads/2019/06/musico-con-glaucoma-Ray-Charles.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2020/03/hm.png?ixlib=php-1.1.0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="596" data-original-width="800" height="238" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2020/03/hm.png?ixlib=php-1.1.0" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">RIP 2004: Sophia de Mello Breyner, Marlon Brando, Ray Charles, Henrique Mendes</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>5. As estrelas que nasceram em 2004</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por outro lado, 2004 assistiu ao nascimento de estrelas como os actores de "Stranger Things" <b>Millie Bobby Brown</b> e <b>Noah Schnapp</b>, o actor de "Heartstopper" <b>Kit Connor</b>, os futebolistas <b>João Neves</b> e <b>Pablo Gavi</b>, a cantora <b>Grace VanderWaal</b>, a tenista <b>Coco Gauff</b> e a patinadora campeã olímpica <b>Anna Shcherbakova</b>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://t.ctcdn.com.br/ZBhS8ADh22Jw5cKwMpDNnZDvVh8=/640x360/smart/i609346.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" height="180" src="https://t.ctcdn.com.br/ZBhS8ADh22Jw5cKwMpDNnZDvVh8=/640x360/smart/i609346.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn.i-scmp.com/sites/default/files/styles/768x768/public/d8/images/canvas/2022/11/07/c07f315a-2b5d-4683-b63f-4b92a3fa483e_be046468.jpg?itok=0QIAZ4zx&v=1667815531" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="768" height="320" src="https://cdn.i-scmp.com/sites/default/files/styles/768x768/public/d8/images/canvas/2022/11/07/c07f315a-2b5d-4683-b63f-4b92a3fa483e_be046468.jpg?itok=0QIAZ4zx&v=1667815531" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://images.impresa.pt/sicnot/2022-12-21-Joao-Neves.jpg-bbfab48b/original" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="706" data-original-width="800" height="282" src="https://images.impresa.pt/sicnot/2022-12-21-Joao-Neves.jpg-bbfab48b/original" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.dailymail.co.uk/1s/2023/12/08/00/78718773-0-image-a-54_1701996437799.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="423" data-original-width="634" height="214" src="https://i.dailymail.co.uk/1s/2023/12/08/00/78718773-0-image-a-54_1701996437799.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Geração 2004: Millie Bobby Brown, Kit Connor, João Neves, Coco Gauff</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>6. Adeus, Durão, olá, Santana.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A nível da política em Portugal, a grande mudança foi a tomada de posse de <b>Pedro Santana Lopes como primeiro-ministro</b> após Durão Barroso ter abdicado do cargo para assumir a presidência da Comissão Europeia. Na posição de vice-presidente PSD, Santana Lopes sucedeu-lhe no cargo, demitindo-se por sua vez da presidência da Câmara Municipal de Lisboa, que passou a ser presidida por Carmona Rodrigues. A liderança de Santana Lopes no governo ficou marcada por várias instabilidades, demissões e renovações nos diferentes ministério, mas a maior polémica foi quando no mês de Outubro Marcelo Rebelo de Sousa deixou o seu espaço de comentário na TVI, sob acusações de pressão por parte do governo de Santana Lopes ao canal devido às críticas de Marcelo. Devido a esse e outros incidentes, o governo liderado por Pedro Santana Lopes seria dissolvido pelo presidente Jorge Sampaio em 2005.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:2000/c:2000:1384:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2014/07/51849949.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="800" height="277" src="https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:2000/c:2000:1384:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2014/07/51849949.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedro Santana Lopes assumiu o cargo de primeiro-ministro<br />após a saída de Durão Barroso</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como foi referido anteriormente, em 2004 houve também as eleições para o Parlamento Europeu, cuja campanha foi marcada pelo súbito falecimento de Sousa Franco, cabeça de lista do PS. O Partido Socialista (com o seu novo cabeça de lista António Costa) venceu elegendo 12 deputados, contra 9 da coligação PSD-CDS, 2 da CDU e um do Bloco de Esquerda, que assim elegia o seu primeiro deputado europeu. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>7. Música para todos os gostos no primeiro Rock In Rio de Lisboa</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre 28 de Maio e 6 de Junho, o parque da Bela Vista tornou-se pela primeira vez na Cidade do Rock ao receber a <b>primeira edição do Rock In Rio Lisboa</b>, a primeira franchise internacional do festival brasileiro.</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/zauqejl1W78" width="320" youtube-src-id="zauqejl1W78"></iframe></div><br /> <br /><br />O ex-Beatle Paul McCartney abriu as hostes no primeiro dia no palco principal, seguindo-se Peter Gabriel, Ben Harper, Jet, Gilberto Gil e Rui Veloso no dia seguinte, Foo Fighters, Evanescence, Kings Of Leon, Charlie Brown Jr. e Xutos & Pontapés a 30 de Maio. 4 de Junho foi a noite do heavy metal com Metallica, Incubus, Slipknot, Sepultura e Moonspell, enquanto o dia seguinte foi para o público mais jovem com Nuno Norte (um dos prémios da sua vitória no "Ídolos"), João Pedro Pais, Sugababes, Daniela Mercury, Black Eyed Peas e Britney Spears. Para encerrar, no dia 6 actuaram Sting, Alicia Keys, Ivete Sangalo, Luís Represas, Alejandro Sanz e Pedro Abrunhosa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.nit.pt/wp-content/uploads/2019/05/7e5968ecccda11f1291d125a4d8d9770.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="535" data-original-width="800" height="268" src="https://www.nit.pt/wp-content/uploads/2019/05/7e5968ecccda11f1291d125a4d8d9770.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">2004 foi o ano do primeiro Rock In Rio Lisboa no Parque da Bela Vista</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Além do palco principal, havia outros recintos com actuações musicais como a Tenda Electrónica (onde passaram DJs como os famosos Jeff Mills e Carl Cox), o Palco Raízes dedicado à world music (onde por exemplo estiveram a fadista Mariza e a diva africana Angélique Kidjo) e o Palco Mundo Melhor onde se realizaram colóquios mas também actuações de artistas como Fafá de Belém. Havia ainda um recinto dedicado a actividades radicais e zonas comerciais. Como um dos patrocinadores do evento, a SIC fez uma cobertura intensiva do Rock In Rio nos seus canais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://nit.pt/wp-content/uploads/2019/05/e9cc3e162269b9b36b764850f2586a87.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="615" height="400" src="https://nit.pt/wp-content/uploads/2019/05/e9cc3e162269b9b36b764850f2586a87.jpg" width="308" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era de longe a maior concentração de estrelas musicais que Portugal acolhera até então e apesar dos preços do bilhetes (53 euros por um dia), a afluência do público foi grande. Desde então o Rock In Rio Lisboa tem decorrido a cada dois anos (excepto em 2020 por razões óbvias) na Bela Vista (e todas elas com a presença de Ivete Sangalo!), sendo que a edição de 2024 será realizado no Parque Tejo que acolheu as Jornadas Mundiais da Juventude no ano passado. Mas arrisco a dizer que nenhuma teve o impacto e o star power da primeira. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>8. Madonna actuou em Portugal pela primeira vez.</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://todayinmadonnahistory.files.wordpress.com/2017/09/re-invention-tour-10-600.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="549" height="400" src="https://todayinmadonnahistory.files.wordpress.com/2017/09/re-invention-tour-10-600.jpg" width="275" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Madonna actuou pela primeira vez em Portugal<br />em Setembro de 2004</td></tr></tbody></table><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi também em 2004 que <b>Madonna</b> finalmente actuou em solo português, com os dois últimos concertos da sua <b>Re-Invention Tour</b> a 13 e 14 de Setembro no então Pavilhão Atlântico. (Chegou a haver algumas incertezas quanto à realização dos concertos porque a Igreja Maná teria reservado o local nas mesmas datas.) Se a estreia da rainha da pop em Portugal pecou por tardia, o certo é que com ela sucedeu o mesmo que inúmeros artistas internacionais quando descobrem que o nosso país não é uma província de Espanha e se deixam conquistar pelo público português, tornando Portugal ponto de passagem obrigatório em digressões vindouras. Desde então, como se sabe, não só várias tournées de Madonna passaram por cá como a própria assentaria residência em Lisboa entre 2017 e 2021.</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>9. Um ano cheio de grande música</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://preview.redd.it/qa5ifr2an0w71.jpg?width=640&crop=smart&auto=webp&s=5526d7d1fa65c34cc0e9128046145ccde77a6d22" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="400" src="https://preview.redd.it/qa5ifr2an0w71.jpg?width=640&crop=smart&auto=webp&s=5526d7d1fa65c34cc0e9128046145ccde77a6d22" width="400" /></a></div><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2004 foi o ano dos álbuns homónimos de estreia dos Franz Ferdinand e dos Scissor Sisters, assim como os primeiros álbuns de Kanye West ("The College Dropout"), Keane ("Hopes And Fears"), The Killers ("Hot Fuss"), Arcade Fire ("Funeral"), James Blunt ("Back To Bedlam"), Gwen Stefani ("Love Angel Music Baby"),Velvet Revolver ("Contraband"), e John Legend ("Get Lifted")</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Também lançaram álbuns Incubus ("A Crow Left On The Murder"), Norah Jones ("Feels Like Home"), Prince ("Musicology"), Green Day ("American Idiot"), Morrissey ("You Are The Quarry"), Avril Lavigne ("Under My Skin"), Beastie Boys ("To The 5 Buroughs"), The Cure ("The Cure"), The Prodigy ("Always Outnumbered, Never Outgunned"), Björk ("Medulla"), Usher ("Confessions"), R.E.M. ("Around The Sun"), Rammstein ("Reise, Reise"), Kelis ("Tasty"), Eminem ("Encore"), dose dupla de Nelly ("Sweat" e "Suit") e U2 ("How To Dismantle An Atomic Bomb")</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para o melhor e para o pior, foram hits em 2004: "Fuck It (I Don't Want You Back)" de Eamonn, "Dragostea Din Tei" dos O-Zone, "Broken" dos Seether com Amy Lee dos Evanescence, "Leave (Get Out)" de JoJo, "We Are" de Ana Johnson, "These Words" de Natasha Bedingfield, "I Don't Wanna Know" de Mario Winans, "Lola's Theme" dos Shapeshifters e "Call On Me" de Eric Prydz. E em Dezembro foi lançada uma nova versão de "Do They Know It's Christmas" vinte anos depois do original.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.discogs.com/n8UTjBwRsGKbidsIoxi1PnrRItXHmR-yMtSou-XdlBs/rs:fit/g:sm/q:90/h:583/w:600/czM6Ly9kaXNjb2dz/LWRhdGFiYXNlLWlt/YWdlcy9SLTU3MjY2/NzUtMTU1NTY4MjAz/MC0xNzk4LnBuZw.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="583" data-original-width="600" height="311" src="https://i.discogs.com/n8UTjBwRsGKbidsIoxi1PnrRItXHmR-yMtSou-XdlBs/rs:fit/g:sm/q:90/h:583/w:600/czM6Ly9kaXNjb2dz/LWRhdGFiYXNlLWlt/YWdlcy9SLTU3MjY2/NzUtMTU1NTY4MjAz/MC0xNzk4LnBuZw.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por cá, também não faltaram músicas nacionais a bombar em 2004. Só para dizer dez: "Re-Tratamento" dos Da Weasel, "Carta" dos Toranja, "Gotta Get Away" dos Fonzie, "E Tudo Vai Mudar" das Non Stop, "Feeling Alive" de Gomo, "Back To Discos" dos Loto, "In Fiction" dos Plaza, "Picture Of My Own" dos Fingertips e "Para Mim Tanto Me Faz" dos D'ZRT. </div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>10. Justin Timberlake deixou Janet Jackson de teta à mostra</b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.instyle.com/thmb/QZ5VoaX-0cLTToOgil0Ozz0VxEM=/1500x0/filters:no_upscale():max_bytes(150000):strip_icc()/011718-justin-janet-649c03647aea40fa9985b8e658e4c1eb.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="657" data-original-width="800" height="329" src="https://www.instyle.com/thmb/QZ5VoaX-0cLTToOgil0Ozz0VxEM=/1500x0/filters:no_upscale():max_bytes(150000):strip_icc()/011718-justin-janet-649c03647aea40fa9985b8e658e4c1eb.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Justin Timberlake e Janet Jackson momentos<br />antes do "nipplegate"</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Embora a febre do futebol americano só em poucos espaços extravasa para fora dos States, o mundo inteiro já está assaz ciente do acontecimento que é a <b>final do Superbowl</b>, não tanto pelo jogo em si, mas pelo show do intervalo onde actuam grandes estrelas da música. Em 2004, o show foi estrelado por P. Diddy, Nelly, Kid Rock e Janet Jackson. Esta subiu ao palco no número final acompanhada com a aparição surpresa de Justin Timberlake, cujo sucesso do seu primeiro álbum a solo o catapultara para ainda maior fama, cantando "Rock Your Body" quando no final, Timberlake rasgou um pedaço de tecido do fato de Jackson, expondo-lhe o seio que estava adornado com um elaborado piercing. Antes das câmaras de televisão cortarem para o fogo de artifício, viu-se Janet a cobrir o seio com ar chocado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O chamado <b>"nipplegate"</b> causou uma onda de indignação nos Estados Unidos (já se sabe que volta e meia a malta lá arma-se em púdica) e Janet Jackson foi o alvo principal, impactando duramente a sua carreira justamente quando tinha um álbum novo prestes a sair, enquanto Justin Timberlake passou relativamente incólume. Ambos negaram que aquele momento tinha sido intencional, apontando para uma falha de guarda-roupa ou "<i>wardrobe malfunction</i>" que passou a ser um termo popularizado. Surgiram também teorias de conspiração como o incidente ter sido criado para distrair dos acontecimentos no Iraque ou Timberlake querer superar a sensação dos MTV Video Awards do ano anterior em que a ex-namorada Britney Spears beijou Madonna. A MTV apanhou por tabela, tendo sido banida de voltar a produzir novamente o show do Superbowl.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>11. Britney Spears casou-se… duas vezes!</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://m.i.uol.com.br/rockinriolisboa/photo20040605125831.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="369" data-original-width="500" height="295" src="https://m.i.uol.com.br/rockinriolisboa/photo20040605125831.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Britney Spears: dois casamentos e uma passagem por Portugal em 2004</td></tr></tbody></table><b><br /></b></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Por falar em <b>Britney Spears</b>, já se referiu que ela actuou no Rock In Rio Lisboa, naquela que continua a ser a sua única passagem por Portugal. Mas embora a sua música continuasse a fazer sucesso, pois em 2004 bombaram dois dos seus mais famosos hits, "Toxic" e "Everytime", nesse ano foi notícia por outros motivos, nomeadamente os seus dois casamentos.</div><div style="text-align: justify;">Logo a 3 de Janeiro, surgiu a notícia que Britney tinha casado por impulso com o seu amigo de infância Jason Allen Alexander após um fim-de-semana de borga em Las Vegas, com o casamento a ser anulado 55 horas depois. (A 6 de Janeiro de 2021, Alexander seria visto entre a multidão de apoiantes de Donald Trump que invadiu o Capitólio.) E em Julho de 2004, Spears começou a namorar com o bailarino Kevin Federline (que acabava de se separar da actriz Shar Jackson quando esta estava grávida do segundo filho de ambos) e a 18 de Setembro, os dois casaram-se mas a união só foi validada alguns dias depois após conclusão do acordo pré-nupcial. A união durou até 2007 após muitos momentos conturbados e extrema perseguição dos media e gerou os dois filhos de Spears. <br />Spears casaria pela terceira vez em 2022 com Sam Asghari após um namoro de seis anos e a sua libertação da conservatória jurídica imposta pelo seu pai, mas a união durou menos de um ano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>12. Muitos bons filmes para ver no cinema</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/7/78/Shrek_2_Poster.jpg/230px-Shrek_2_Poster.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="230" height="340" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/7/78/Shrek_2_Poster.jpg/230px-Shrek_2_Poster.jpg" width="230" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 2004 nos cinemas muitas sequelas de sucesso como "Shrek 2", "Spiderman - O Homem Aranha 2", "Kill Bill - Parte 2", "Ocean's Twelve", "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", "Uns Compadres do Pior" e o "Diário da Princesa 2: Noivado Real". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.pluggedin.com/wp-content/uploads/2019/12/mean-girls-1024x573.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="800" height="224" src="https://www.pluggedin.com/wp-content/uploads/2019/12/mean-girls-1024x573.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi também o ano do controverso "A Paixão de Cristo", de grande animação como "O Gangue dos Tubarões", "O Expresso Polar" e "Os Incríveis", de comédias como "Mean Girls - Giras E Terríveis", "Romance Arriscado", "A Minha Namorada Tem Amnésia", "Loiras À Força", "De Repente Já Nos Trinta!" e "A Miúda Do Lado", de épicos de acção como "As Crónicas de Riddick" e "O Dia Depois De Amanhã", e do terror arrepiante do primeiro "Saw", "The Grudge - A Maldição", "Van Helsing" e "Resident Evil: Apocalipse", para não falar de um novo remake de "Dawn Of The Dead" e da sua paródia "Shaun Of The Dead". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://diversao.foleto.com/wp-content/uploads/2022/08/Million-Dollar-Baby-e-um-estudo-de-caso-sobre-como.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="780" height="225" src="https://diversao.foleto.com/wp-content/uploads/2022/08/Million-Dollar-Baby-e-um-estudo-de-caso-sobre-como.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tom Hanks integrou "O Quinteto da Morte" e esteve retido num "Terminal de Aeroporto", Ryan Gosling e Rachel McAdams apaixonaram-se dentro e fora do ecrã em "O Diário da Nossa Paixão", Ethan Hawke e Julie Delpy reencontraram-se nove anos depois "Antes Do Anoitecer" e John Cho e Kal Penn disseram "Que Grande Moca, Meu!"; Anne Hathaway foi "Ella Encantada", Leonardo DiCaprio foi "O Aviador" e Jamie Foxx "Ray" Charles; Johnny Depp andou "A Procura da Terra Do Nunca" e Nicolas Cage de "O Tesouro"; Michael Moore fez a administração Bush arder a "Fahrenheit 9/11", Renee Zellweger deu-nos a ler "O Novo Diário de Bridget Jones", Julia Roberts e Natalie Portman estiveram "Perto Demais" e Hilary Swank combateu rumo ao segundo Óscar em "Million Dollar Baby".</div><p></p><p style="text-align: justify;">Em Portugal destaque para filmes como "Noite Escura", "O Milagre Segundo Salomé", "Tudo Isto É Fado", "Portugal S.A.", "Kiss Me" e "Sorte Nula".</p><p style="text-align: justify;"><b>13. Novidades na televisão</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/OLiPyeABszo/maxresdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/OLiPyeABszo/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></div><p></p><div style="text-align: justify;">Em termos de televisão, 2004 foi ano de várias transformações na RTP. A 4 de Outubro foi lançada a <b>RTP Memória</b>, ao passo que a 5 de Janeiro a RTP 2 foi renomeada <b>:2</b> (designação que manteria até 2007), e a NTV foi reformulada como <b>RTPN</b> (até que em 2015 passou chamar-se RTP 3). A RTP1 também ganhou um novo logótipo e a RTP e a RDP fundiram-se sob a denominação Rádio e Televisão de Portugal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://alcateialouca.blogs.sapo.pt/arquivo/celebridades2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="320" height="240" src="https://alcateialouca.blogs.sapo.pt/arquivo/celebridades2.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em termos de programas, o destaque vai para a primeira edição de <b>"A Quinta das Celebridades"</b>, o reality-show que pôs famosos a lidar com a dura realidade de trabalhar no campo e que foi marcada pela inesperada dupla do socialite José Castelo Branco e do actor brasileiro Alexandre Frota (que entretanto passara das telenovelas para o porno), para além de nomes como Ana Maria Lucas, Cinha Jardim e o autarca Avelino Ferreira Torres. A apresentação era de Júlia Pinheiro, apoiada por José Pedro Vasconcelos, mas os momentos mais divertido eram aqueles em que nos resumos diários, Júlia interagia com o burro Pavarotti (com voz do actor Victor Emanuel). </div><div style="text-align: justify;">Na TVI, estrearam também em 2004 as telenovelas "Mistura Fina" e "Baía das Mulheres", a segunda temporada de "Morangos Com Açúcar" (a do Simão, da Ana Luísa e dos D'ZRT), as séries "Inspector Max" e o humor de "Os Batanetes" e "O Prédio do Vasco", assim como o "Você Na TV" que gerou a mitológica dupla Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrEb_xiPMkfM8JRVk9ez0oMWw_zLCx3dLrzsJc783OPcbemM-l2JarBx_dB2aEfHuZI_yN_1sWp34y8-oTnSo-Ryu4juSx4XQO4houDkn2PQyzW8KHVg7Ya67zEqezmflemKwkbRAXAHRt/s857/Mar%C3%A9+alta.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="454" data-original-width="857" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrEb_xiPMkfM8JRVk9ez0oMWw_zLCx3dLrzsJc783OPcbemM-l2JarBx_dB2aEfHuZI_yN_1sWp34y8-oTnSo-Ryu4juSx4XQO4houDkn2PQyzW8KHVg7Ya67zEqezmflemKwkbRAXAHRt/w400-h213/Mar%C3%A9+alta.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Eu quero voltar para a ilha!"</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na SIC recordo sobretudo o programa "Maré Alta" com um elenco rotativo cheio de grandes nomes, que passava num paquete de luxo, e que continha sketches como os de Carlos Cunha que usava o pretexto de um detector de metais para despir as passageiras mais belas ("<i>Parou, parou, parou!</i>"), os do mórbido Felizardo Boanova (Jorge Mourato) a quem sempre morriam familiares e conhecidos seus das formas mais inesperadas ("<i>Mor-reu!</i>"), o náufrago (Carlos Areia) que é resgatado mas que lança borda fora quando sabe do estado em que está Portugal ("<i>Eu quero voltar para a ilha!</i>") e as aventuras das exuberantes Maria do Amparo (Fátima Preto), Maria do Carmo (Raquel Loureiro) e Maria da Graça (Marta Pereira) ("<i>Eeeeeh!</i>"). Houve também a segunda edição do "Ídolos", vencida por Sérgio Domingues e por onde passou uma então desconhecida Luciana Abreu. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já na RTP, destaco as séries "A Ferreirinha" e "O Segredo", e em ano de Euro 2004, quem se lembra do "Soccastars" que era uma espécie de "Ídolos" do futebol? </div><p></p><p style="text-align: justify;">Lá fora estreavam programas "Donas De Casa Desesperadas", "Lost", "Doutor House", "Entourage", "The Apprentice", "The L Word", "Stargate Atlantis", "Entourage", "Veronica Mars", a versão britânica de "Shameless" e "Laguna Beach", e passaram os últimos episódios de "Friends" e "O Sexo E A Cidade". Recordo também a telenovela brasileira "Senhora Do Destino" e os remakes de "Cabocla" e "A Escrava Isaura". </p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>14. O Festival da Eurovisão passou a ter uma semifinal</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2013/01/Eurovision-2004-logo-Istanbul.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="600" height="300" src="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2013/01/Eurovision-2004-logo-Istanbul.jpg" width="600" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A final do <b>49.º Festival da Eurovisão</b> decorreu a 15 de Maio no Abdi Ipekçi Arena em <b>Istambul </b>na Turquia, numa edição que marcou várias mudanças no certame como a introdução de um logótipo fixo, com a palavra Eurovision com o V em forma de um coração contendo a bandeira do país anfitrião e por baixo as palavras "Song Contest" e o ano e a cidade da respectiva edição, ou a passagem do copyright de cada edição a passar a ser propriedade da EBU e não da estação de televisão que realizou cada edição como era o caso até então. Mas a mudança mais óbvia foi a da introdução de uma semifinal realizada três dias antes da final, uma solução tomada para acolher o sempre crescente número de países interessados em participar ou a regressar ao Festival.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/4t2aNdDdJ0c" width="320" youtube-src-id="4t2aNdDdJ0c"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao todo 36 países participaram, com destaque para as estreias de Andorra, Albânia e Bielorrússia, e o regresso do principado do Mónaco, que participara pela última vez em 1979. De regresso estava também a República Federal da Jugoslávia agora denominada de Sérvia & Montenegro, que participara pela última vez em 1992 quando a antiga Jugoslávia já se resumia apenas a essas duas repúblicas.</div><div style="text-align: justify;">Todos esses cinco países estreantes ou regressados juntaram-se a mais dezassete outros na semifinal da qual dez foram apurados para a final. Não foi o caso de Portugal, representado por Sofia Vitória com a canção "Foi Magia" que ficou em 15.º lugar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://media.gettyimages.com/id/50842214/photo/istanbul-turkey-ukraines-ruslana-shows-off-her-trophy-after-winning-the-eurovision-song-contest.jpg?s=612x612&w=gi&k=20&c=nvXJbA7SWNggKsqwdFwB9mvpzNidAgFgg0owZvdEKX8=" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="612" height="314" src="https://media.gettyimages.com/id/50842214/photo/istanbul-turkey-ukraines-ruslana-shows-off-her-trophy-after-winning-the-eurovision-song-contest.jpg?s=612x612&w=gi&k=20&c=nvXJbA7SWNggKsqwdFwB9mvpzNidAgFgg0owZvdEKX8=" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A ucraniana Ruslana com os seus troféus</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os dez países apurados (Albânia, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Chipre, Grécia, Macedónia, Malta, Países Baixos, Sérvia & Montenegro e Ucrânia) juntaram-se na final aos dez países mais bem classificados do ano anterior e aos países do big 4 (Alemanha, Espanha, França e Reino Unido). A vitória acabou por sorrir à Ucrânia que participava apenas pela segunda vez, com o tema "Wild Dances" interpretado por Ruslana Lyzhchko, enquanto a Sérvia & Montenegro (que tinha sido primeira na semifinal) ficou em segundo lugar e a Grécia em terceiro. </div><p></p><p style="text-align: justify;">A segunda edição da Eurovisão Júnior decorreu a 20 de Novembro em Lillehammer na Noruega e a Espanha venceu na voz de Maria Isabel de nove anos com a canção "Antes Muerta Que Sencilla".</p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>15. O nascimento do Facebook</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.insider.com/513cbd916bb3f76c45000019?width=1024&format=jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="573" data-original-width="800" height="287" src="https://i.insider.com/513cbd916bb3f76c45000019?width=1024&format=jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mark Zuckerberg tinha apenas 19 anos <br />quando lançou o site então chamado <i>thefacebook</i> </td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em Janeiro de 2004, o estudante da Universidade de Harvard <b>Mark Zuckerberg</b>, de 19 anos, codificou o website "thefacebook" que pretendia ser uma espécie de diretório online de todos os estudantes da Universidade. A adesão massiva não se fez esperar e quatro colegas de Zuckerberg ajudaram-no a desenvolver ainda mais o projecto e a fazer crescer o projecto. Ainda em 2004, o site estendeu-se a outras Universidades até que 2006, qualquer pessoa com mais de 13 anos e um e-mail válido pôde-se juntar à rede entretanto renomeada de <b>Facebook</b>. Em 2022, mais de três mil milhões de pessoas no mundo inteiro têm conta no Facebook com tudo de bom e mau que isso implica. </div><div style="text-align: justify;">Uma das razões pelas quais o azul é a cor de marca do Facebook é porque se trata da cor que Mark Zuckerberg consegue identificar melhor uma vez que sofre um tipo de daltonismo que lhe causa dificuldade em distinguir o verde do vermelho. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>16. O casamento dos futuros reis de Espanha Felipe e Letizia</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/6/2020/02/2364854RTRK3NN-708x537.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="537" data-original-width="708" height="303" src="https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/6/2020/02/2364854RTRK3NN-708x537.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">22.5.2004: o futuro D. Felipe VI de Espanha <br />casou-se com Letizia Ortiz</td></tr></tbody></table><br /></div><div style="text-align: justify;">A 22 de Maio, o então Príncipe das Astúrias <b>Felipe de Borbón y Grecia</b> casou-se em Madrid com a jornalista <b>Letizia Ortiz Rocasolano</b>. Os dois ter-se-ão conhecido em Novembro de 2002 no rescaldo do naufrágio do petroleiro Prestige ao largo da costa da Galiza, quando ele colaborava nos esforços da comunidade para minimizar os efeitos do desastre ambiental causado pelo naufrágio e ela fazia a cobertura dos acontecimentos para a CNN Espanha.</div><div style="text-align: justify;">O noivado foi anunciado a 1 de Novembro de 2003 e causou alguma surpresa porque a relação tinha passado despercebida aos olhos da comunicação social que sempre escrutinou a vida amorosa do infante (quanto mais não fosse porque aquela que ele levaria ao altar seria certamente a futura rainha) e tinha uma certa fama de playboy. As suas relações anteriores mais conhecidas foram com a aristocrata Isabel Sartorius e a modelo norueguesa Eva Sanum. Rapidamente veio-se a saber que Letizia, natural das Astúrias, já tinha sido brevemente casada uns anos antes.</div><div style="text-align: justify;">A cerimónia teve lugar na Catedral Almudena do Palácio Real e as cerimónias incluíram uma homenagem às vítimas do atentado terrorista de Madrid dois meses antes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde então, Felipe e Letizia tiveram duas filhas, Leonor (que caso ainda houver monarquia em Espanha na altura será a primeira rainha regente do país em 200 anos) e Sofia e em 2014, após abdicação de Juan Carlos II, tornaram-se os reis de Espanha. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>17. Outros acontecimentos de 2004</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.cvce.eu/content/publication/2007/2/21/60dd7dfe-1bc2-44dc-ad64-23e6c59516c8/publishable.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="595" data-original-width="800" height="297" src="https://www.cvce.eu/content/publication/2007/2/21/60dd7dfe-1bc2-44dc-ad64-23e6c59516c8/publishable.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Polónia foi um dos dez países que se juntaram à União Europeia em 2004</td></tr></tbody></table><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">- A 1 de Maio, a <b>União Europeia teve o seu maior alargamento</b> ao passar de 15 para 25 países-membros. Os dez novos membros foram Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa. </div><div style="text-align: justify;">- <b>George W. Bush foi reeleito presidente</b> dos Estados Unidos vencendo o candidato do Partido Democrata John Kerry. Diz-se que um dos factores mais importantes para a sua reeleição foi o surgimento durante a campanha de um vídeo de Osama Bin Laden em que este assumia abertamente pela primeira vez ter estado por detrás dos ataques do 11 de Setembro. </div><div style="text-align: justify;">- A australiana <b>Jennifer Hawkins</b> foi coroada Miss Universo, enquanto a coroa da Miss Mundo foi parar à cabeça da peruana <b>Maria Julia Mantilla</b>. </div><div style="text-align: justify;">- Num caso que chocou a opinião pública em Portugal, a 12 de Setembro, <b>Joana Cipriano</b> de oito anos desapareceu da localidade algarvia de Figueira, no concelho de Portimão. Embora o seu corpo nunca tenha sido encontrado, a sua mãe Leonor Cipriano e o irmão desta João foram acusados da morte da criança e condenados por homicídio e ocultação de cadáver. <br />- Foram lançada a <b>Nintendo DS</b>, bem como jogos como Grand Theft Auto: San Andreas, Halo 2, Need For Speed 2: Underground, Sonic Heroes, World Of Warcraft, The Sims 2, Doom 3, Far Cry e Singstar.</div><p></p><div style="text-align: justify;"><b>18. Três medalhas para Portugal nos Jogos Olímpicos de Atenas</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/originals/33/7b/e4/337be4b67edd3e3ec89b3c5fe682b889.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="620" height="271" src="https://i.pinimg.com/originals/33/7b/e4/337be4b67edd3e3ec89b3c5fe682b889.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">13.8.2004: momento da cerimónia de abertura<br />dos Jogos Olímpicos em Atenas</td></tr></tbody></table><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Os Jogos da XXVIII Olimpíada</b> tiveram lugar em Atenas entre 13 e 29 de Agosto. Como pátria-berço dos Jogos Olímpicos da Antiguidade e dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1896, foi um verdadeiro regresso às raízes. Mais de 10500 atletas de 201 países competiram em 28 desportos. Pela primeira vez, houve competição feminina na luta livre e na disciplina do sabre na esgrima. As provas de lançamento do peso em ambos os sexos decorreram no local da Antiga Olímpia onde se disputaram os Jogos Olímpicos da Antiguidade. Como então o evento estava vedado às mulheres, foi a primeira vez que mulheres competiram desportivamente nesse local. O Estádio Panatenaico que foi palco dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1896 acolheu as provas de tiro com arco e foi o local de chegada para as maratonas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre as performances desportivas, destaque para as oito medalhas (6 de ouro e duas de bronze) de Michael Phelps na natação, os duplos triunfos da britânica Kelly Holmes (800m e 1500m) e do marroquino Hicham El Guerrouj (1500m e 5000m), a façanha da canoísta alemã Birgit Fischer que se tornou a primeira atleta a ganhar medalhas de ouro em seis Jogos Olímpicos diferentes, as vitórias da Argentina nos torneios masculinos de futebol e basquetebol e o drama do brasileiro Vanderlei de Lima que foi atacado por um tresloucado padre irlandês quando liderava a corrida da maratona, tendo recuperado para ainda ganhar a medalha de bronze. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/306425?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG&share=1&o=BarraFacebook_Publico.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="428" height="280" src="https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/306425?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG&share=1&o=BarraFacebook_Publico.png" width="428" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sérgio Paulinho no pódio olímpico com Paolo Bettini e Axel Merckx</td></tr></tbody></table><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://images.impresa.pt/olimpia/2019-08-21-GettyImages-51205788--1-.jpg-1/original/mw-860" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="516" data-original-width="800" height="258" src="https://images.impresa.pt/olimpia/2019-08-21-GettyImages-51205788--1-.jpg-1/original/mw-860" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O voo de Francis Obikwelu para a medalha de prata nos 100m</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/CqnbsugWEAAgXeX.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="740" data-original-width="740" height="320" src="https://pbs.twimg.com/media/CqnbsugWEAAgXeX.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rui Silva obteve a medalha de bronze nos 1500m</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Portugal apresentou-se em Atenas com 81 atletas e pela primeira vez desde 1984, conseguiu três medalhas. Logo no primeiro dia, <b>Sérgio Paulinho</b> surpreendeu tudo e todos na prova de estrada do ciclismo onde aguentou-se com o consagrado Paolo Bettini na frente da prova, só perdendo para o italiano no esforço final e alcançando a medalha de prata. <b>Francis Obikwelu</b> voou para outra medalha de prata nos 100m em 9:86 segundos, um recorde da Europa que se manteria na sua posse até 2021 nos Jogos de Tóquio. Por fim, <b>Rui Silva</b> sprintou nos 1500m e chegou ao bronze. Alberto Chaíça na maratona, Vanessa Fernandes no triatlo, Emanuel Silva na canoagem e João Rodrigues, Gustavo Lima e a dupla Álvaro Marinho e Miguel Nunes na vela obtiveram também bons resultados. A maior decepção foi a participação da seleção masculina de futebol que tinha nomes como Moreira, Raúl Meireles, Fernando Meira, Hugo Almeida, Carlos Martins, Fréchaut, Luís Boa-Morte, Bosingwa, Danny e até um Cristiano Ronaldo fatigado pelo Euro 2004, mas que teve uma fraca prestação com a eliminação na fase de grupos após derrotas com o Iraque e a Costa Rica e somente uma vitória contra Marrocos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seguiram-se depois os <b>Jogos Paralímpicos</b> entre 17 e 28 de Setembro. Portugal participou com 28 atletas e alcançou doze medalhas (2 de ouro, 5 de prata e 5 de bronze), graças a João Paulo Fernandes, Fernando Ferreira, Cristina Gonçalves, António Marques, Pedro Silva, Bruno Valentim e Fernando Pereira no boccia, Carlos Ferreira e José Alves no atletismo e João Martins e Susana Barroso na natação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>19. O FC Porto de Mourinho conquistou a Champions</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://editorial.uefa.com/resources/0250-0e6c207700a0-45084a729f40-1000/2004_fc_porto.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://editorial.uefa.com/resources/0250-0e6c207700a0-45084a729f40-1000/2004_fc_porto.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Depois da Taça UEFA em 2003, <br />FCP levantou o troféu das Champions em 2004</td></tr></tbody></table><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois da conquista da Taça UEFA no ano anterior, o <b>FC Porto comandado por José Mourinho</b> chegou à mais alta das glórias em 2004, ao não só dominar a Liga Portuguesa a seu bel-prazer como sobretudo a vencer o Mónaco por 3-0 na final da Liga dos Campeões a 26 de Maio na cidade alemã de Gelsenkirchen para ganhar o seu segundo título europeu. E a 12 de Dezembro no Japão ainda venceu aquela que seria a última final da Taça Intercontinental, batendo nos pénaltis os colombianos do Once Caldas. Um raro desaire portista foi na Taça de Portugal, onde perdeu na final para o Benfica for 1-2.</div><div style="text-align: justify;">O Valencia venceu o Marselha por 2-0 em Gotemburgo para ganhar a Taça UEFA, também conquistando o campeonato espanhol e a Supertaça Europeia contra o Porto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há que também destacar outros feitos do desporto nacional em 2004 como o título mundial de Naide Gomes em pista coberta no pentatlo e o quinto lugar de José Azevedo na Volta À França. </div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>20. Como uma força que só a Grécia pôde parar</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/pyjuDbBw63M/maxresdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/pyjuDbBw63M/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Mas não há como negar, se 1998 em Portugal foi o ano da Expo, <b>2004 em Portugal foi o ano do Euro</b>. Após cinco anos de preparação, o país engalanou-se para receber as outras quinze equipas e respectivos adeptos que iriam cá disputar o Campeonato Europeu de Futebol em Lisboa (Luz e Alvalade), Porto (Dragão e Bessa), Aveiro, Braga, Coimbra, Guimarães, Leiria e Algarve. Como desejado, foi um torneio emocionante e com uma organização exemplar em vários aspectos (ao que parece as forças armadas nacionais até terão conseguido neutralizar um ataque terrorista), os adeptos europeus renderam-se à hospitalidade portuguesa e só uns distúrbios de adeptos ingleses em Albufeira deixaram nota negativa.</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static.globalnoticias.pt/dn/image.jpg?brand=DN&type=generate&guid=675f71ff-0535-47d3-8bf9-43e211c58ec3" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="396" data-original-width="800" height="198" src="https://static.globalnoticias.pt/dn/image.jpg?brand=DN&type=generate&guid=675f71ff-0535-47d3-8bf9-43e211c58ec3" width="400" /></a></div><br /><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">A seleção das Quinas, comandada por <b>Luiz Felipe Scolari</b>, era composta por <b>Ricardo</b>, <b>Quim</b>, <b>Moreira</b>, <b>Paulo Ferreira</b>, <b>Rui Jorge</b>, <b>Jorge Andrade</b>, <b>Fernando Couto</b>, <b>Nuno Valente</b>, <b>Miguel</b>, <b>Beto</b>, <b>Ricardo Carvalho</b>, <b>Costinha</b>, <b>Luís Figo</b>, <b>Petit</b>, <b>Rui Costa</b>, <b>Maniche</b>, <b>Tiago</b>, <b>Deco</b>, <b>Pauleta</b>, <b>Simão Sabrosa</b>, <b>Cristiano Ronaldo</b>, <b>Nuno Gomes</b> e <b>Hélder Postiga</b>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O primeiro jogo no dia 12 de Junho no Estádio do Dragão contra a Grécia seria uma triste exibição e premonição. À partida, a Grécia parecia ser um adversário bem acessível até porque esta era apenas a terceira grande competição em que se qualificava e tinha tido prestações fracas nas duas anteriores (Europeu 1980 e Mundial 1994); porém, os mais atentos sabiam que a selecção grega comandada pelo alemão Otto Rehhaggel tinha tido uma fase de qualificação muito forte, tendo vencido o grupo e obrigado a Espanha a ir ao play-off; e meses antes, no jogo de inauguração do Estádio de Aveiro, fez Portugal suar num empate a uma bola. E logo aos sete minutos, Karagounis marcava golo e no início da segunda parte, Basinas marcava outro e um Portugal desnorteado só conseguiu diminuir a vantagem num golo de Cristiano Ronaldo nos descontos. Mas após algumas alterações à equipa inicial, Portugal entrou nos eixos e venceu os dois jogos seguintes: 2-0 à Rússia e 1-0 à Espanha, garantindo o primeiro lugar do grupo e o acesso aos quartos de final. Nos outros grupos, França e Inglaterra contiveram Croácia e Suíça, Suécia e Dinamarca fizeram uma aliança nórdica para eliminar Itália e Bulgária e a República Checa e os Países Baixos deixaram de fora uma decepcionante Alemanha e a estreante Letónia. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Nos quartos de final, Portugal e Inglaterra protagonizaram aquele que foi o melhor jogo do torneio. Michael Owen marca os três minutos, Postiga empata aos 83. No prolongamento, Rui Costa e Frank Lampard marcaram e após um golo anulado de Hargreaves, os penáltis com o show de Ricardo que defende sem luvas e marca o penálti que nos enviou às meias finais com os Países Baixos, que também precisou de grandes penalidades para bater a Suécia. O grego Charisteas (presságio!) deixou a França de fora e a República Checa deu três secas à Dinamarca. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na meia-final, o futuro CR7 despe a camisola 17 depois de marcar o primeiro golo contra os laranjas e Maniche marca o segundo golo e nem o autogolo de Jorge Andrade assusta. Enquanto isso, a Grécia derruba uma República Checa que tinham até então feito uma campanha brilhante (com cinco golos, o avançado Milan Baros foi o melhor marcador do torneio) com um golo de prata no prolongamento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/D5YzKu5fm40" width="320" youtube-src-id="D5YzKu5fm40"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/GUkBa7uMIqU" width="320" youtube-src-id="GUkBa7uMIqU"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E por fim no dia de 4 de Julho, o país está todo com a Selecção com bandeiras nacionais multiplicadas nas janelas, as imagens das televisões seguem o autocarro de Alcochete até ao Estádio da Luz. Portugal está pela primeira vez na final de um Europeu de futebol, e em território nacional, após exibições emocionantes, redimiu-se da derrota no jogo inicial e vai ajustar contas com a Grécia. Como canta Nelly Furtado no show antes do jogo, somos "como uma força que ninguém pode parar", certo? Mas aos 55 minutos, Angelos Charisteas remata na rede de Ricardo e a tragédia grega instala-se. Portugal chora com Cristiano Ronaldo enquanto a Grécia celebra o inesperado triunfo. Só doze anos depois em Paris, agora do outro lado da barricada como intruso de uma festa que se previa bem francesa (e também ainda com Cristiano Ronaldo e Ricardo Carvalho), Portugal irá contrariar esta sina do quase lá. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=MzI0AUCC8TtbxF7ivbwXlYIZfRma9rr8Pu22AdUIr3qgskN0R8Wsah4PRVnQ6m75Z8RXW7ByFbN31KkjPBD6j4TjODVriHEEZABA4azH904ZZpA=" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="690" height="320" src="https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=MzI0AUCC8TtbxF7ivbwXlYIZfRma9rr8Pu22AdUIr3qgskN0R8Wsah4PRVnQ6m75Z8RXW7ByFbN31KkjPBD6j4TjODVriHEEZABA4azH904ZZpA=" width="276" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As lágrimas de Cristiano Ronaldo…</td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://icdn.cultofcalcio.com/wp-content/uploads/2021/05/Capture-51.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="800" height="226" src="https://icdn.cultofcalcio.com/wp-content/uploads/2021/05/Capture-51.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">…e a alegria da Grécia.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;">E vocês, que memórias têm do ano 2004? Contem tudo nos comentários ou na nossa página de Facebook. Para todos, um feliz ano de 2024! </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/BnLijMIDpxU" width="320" youtube-src-id="BnLijMIDpxU"></iframe></div><br />Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-10841113846348858952023-12-11T19:33:00.000+00:002023-12-11T19:33:13.574+00:00O Natal dos Hospitais 1985<p style="text-align: justify;">Este blogue já dedicou diversos artigos a essa instituição de todos os Natais que é "O Natal dos Hospitais", essa clássica telemaratona presente na história da RTP desde os anos 70 e que tem decorrido todos os anos desde então sem interrupção, se bem que com umas e outras alterações (por exemplo nos anos COVID, foi no estúdio da RTP e não numa instituição hospitalar como era hábito) pelo caminho. E se actualmente o programa não tem a mesma mística de outras quadras natalícias, para quem cresceu nos anos 80 e 90, era mais um dos vários ingredientes que tornavam tão apetecível a quadra natalícia rumo à noite da Consoada.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm1DqnZIxC4Xi665ukE6LeBA0hs0wD1W-57sNL-l7STPQX_4niMZcLTLfVV8-aIiMjjziDHKdZtmBfU8-tutEjly8XkaXjsdZRLbxc9F7Nlc2nXTg255SUIIXlGJdSNN-70oiUixsiaB_K_sc7xvoEFy33LBQ-2kMZfAnPVoekKFOHCGF6SlzcyoYB-Tg/s1224/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202023-11-28%20190935.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1224" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm1DqnZIxC4Xi665ukE6LeBA0hs0wD1W-57sNL-l7STPQX_4niMZcLTLfVV8-aIiMjjziDHKdZtmBfU8-tutEjly8XkaXjsdZRLbxc9F7Nlc2nXTg255SUIIXlGJdSNN-70oiUixsiaB_K_sc7xvoEFy33LBQ-2kMZfAnPVoekKFOHCGF6SlzcyoYB-Tg/w400-h261/Captura%20de%20ecr%C3%A3%202023-11-28%20190935.png" width="400" /></a></div><p><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">No início deste ano, o portal de arquivos da RTP disponibilizou algumas edições de "O Natal dos Hospitais" e eu pensei em analisarmos uma delas, a saber a de 1985, que foi transmitida no dia 20 de Dezembro desse ano com o palco principal no Hospital Militar de Lisboa, mas que contou com ligações ao Porto, à Madeira e aos Açores. Como era habitual, esta iniciativa do jornal "Diário de Notícias" que contava com o apoio da Philips portuguesa, bem como o da RDP e da RTP. (No segmento do Porto, Ivone Ferreira referiu que nesse ano fazia dez anos que a RTP transmitia o "Natal dos Hospitais", pelo que a primeira transmissão televisiva terá sido em 1975.)</div><div style="text-align: justify;">Eu não me recordo desta edição mas de certeza que o meu eu de cinco anos deve ter visto com a Dona Corina, a senhora madeirense que foi como a minha terceira avó.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Horta.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Horta.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p><b>Parte 1:</b> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-i/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-i/</a><br /></p><div style="text-align: justify;">O primeiro bloco é no arquipélago dos Açores, mais precisamente na Horta na ilha do Faial, com a participação dos artistas locais, a quem a ausência de um apresentador impediu de serem identificados: um rancho folclórico, grupos musicais com músicas de Natal e cantigas tradicionais, uma jovem a declamar um poema natalício e uma cantora cuja cara não me é estranha mas que não me vem o nome.</div><br /><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Madeira.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Madeira.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></div><br /><p><b>Parte 2:</b> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-ii-2/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-ii-2/</a><br /></p><div style="text-align: justify;">Já na ligação à Madeira, houve dois apresentadores: <b>Rui Barreto</b> e <b>Arminda Abreu</b>.</div><div style="text-align: justify;">- A começar, o <b>coro infantil do Colégio de Santa Terezinha</b> com uma cantiga de Natal. </div><div style="text-align: justify;">- Seguiu-se <b>João Fernandes</b>, uma figura habitual nos palcos e casas de fado madeirenses, com a sua versão de "Os Meninos de Huambo" acompanhado pelo conjunto de guitarras de Fernando Silva.</div><div style="text-align: justify;">- Dirigido pelo professor <b>João Atanásio,</b> o Coro do Conservatório de Música da Madeira.</div><div style="text-align: justify;">- O <b>Grupo Folclórico da Cruz de Carvalho</b> trouxe "O Baile dos Romeiros".</div><div style="text-align: justify;">- <b>Maria Aurora</b> declama o poema "Serenidade" de Raúl de Carvalho.</div><div style="text-align: justify;">- Com instrumentos típicos madeirenses, os <b>Algozes</b> cantam "Da Serra Veio O Pastor". </div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Porto-1.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Porto-1.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></div><p><b><br /></b></p><p><b>Parte 3:</b> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iii/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iii/</a><br /></p><div style="text-align: justify;">Passa-se agora a ligação ao Hospital de São João no Porto (mais concretamente no Salão de Estudantes da Faculdade de Medicina), onde sob condução de <b>Ivone Ferreira</b> e <b>Álvaro Nazaré</b>, desfilaram artistas da Cidade Invicta.</div><div style="text-align: justify;">- Para começar a cantora de origem suíça <b>Gabriela Schaaf</b>, famosa pelo seu hit de 1979 "Um Homem Muito Brasa", que cantou "Posta Restante".</div><div style="text-align: justify;">- Depois o eterno casal Maria José e José Carlos Gorgal, que é como quem diz, os <b>Broa De Mel</b>, com o seu hit em que tentavam adivinhar "Será Menino? Será Menina?"</div><div style="text-align: justify;">- Desde 1980 que os <b>Raízes</b> se dedicavam a recolher e a interpretar cantares minhotos, como este "Diabo do Belho".</div><div style="text-align: justify;">- Já <b>Fernando Pedro</b> trazia uma canção novinha em folha, "A Nossa Melodia".</div><div style="text-align: justify;">- Com 25 anos de actividade e mais de 200(!) discos gravados, o <b>Trio Boreal </b>com "Força de Amar".</div><div style="text-align: justify;">- O <b>Grupo de Cantares da Faculdade de Porto</b> com um cantar transmontano, "Marião". </div><div style="text-align: justify;">- O <b>Dr. Miguel Matos</b>, director do Hospital de São João, deixa a sua mensagem.</div><div style="text-align: justify;">- Para terminar, o <b>Coral Ligeiro da Academia de Musical de Vilar do Paraíso</b> canta "Petersburger Schlittenfahrt", mais conhecido como "Schöne ist in Winter" (ou como eu em petiz achava, "Felice Vita"), cuja versão de 1976 pelo coro alemão Fischer foi ubíqua nos Natais do início dos anos 80, sobretudo nas vinhetas da RTP.</div><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/AntonioSala.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/AntonioSala.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></div><p><br /></p><p><b>Parte 4:</b> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iv/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iv/</a><br /></p><div style="text-align: justify;">E eis-nos por fim no palco principal em Lisboa, mais concretamente no anexo de artilharia do Hospital Militar Principal. <b>Eládio Clímaco</b> e a saudosa <b>Alice Cruz</b> são os apresentadores principais que nos dão as boas-vindas. Após a mensagem do Diário de Notícias lida por Eládio, iniciou-se o desfile dos artistas:</div><div style="text-align: justify;">- Para começar, o <b>Coro Juvenil do Clube TAP</b> dirigido por Teresa Paula Ferreira, com "Arco-Íris". uma canção que assim que eu ouvi, lembrei-me vagamente dela ("espuma de luz, íris de sabão, olha as sete cores que lindas que são").</div><div style="text-align: justify;">- Após a mensagem da RDP lida pela lendária apresentadora <b>Maria Leonor</b>, uma actuação do violinista <b>Vasco Barbosa</b> acompanhado ao piano por <b>Grazi Barbosa</b>, seguindo-se a actriz <b>Carmen Dolores</b> com dois poemas natalícios: "Natal" de Fernando Pessoa e "Canto de Natal" de Manuel Bandeira e dos bailarinos da Companhia de Bailado de Lisboa, <b>Sílvia Nevjinsky</b> e <b>Benvindo Fonseca</b>, no <i>pas de deux</i> de "Cinco Cantos do Mar". No final deste bloco, Maria Leonor chama ao palco todos os artistas que acabaram de actuar.</div><div style="text-align: justify;">- Outro elemento habitual era o sorteio de televisores Philips para vários hospitais e estabelecimentos de saúde pelo país fora. Para uma distribuição mais igualitária de televisores pelo país, cada um dos doze potes continham subscritos com instituições de dois ou três distritos. Neste ano, com alguns dos pacientes do Hospital que estavam presentes no anexo em pleno palco, estes participaram nos sorteios, como foi o caso de Armando, 39 anos, natural de Moçambique e o de António, 23 anos, da Ponte de Sôr que sortearam televisores respectivamente para o Lar de Terceira Idade de Monção e para o Hospital de Chaves. Artur Agostinho apresentou o bloco seguinte. </div><div style="text-align: justify;">- A <b>Banda Tribo</b> cantou "Andas Loquinha Por Mim". Este grupo é sobretudo conhecido pela sua participação no Festival da Canção de 1984 com o tema "A Padeirinha de Aljubarrota", acompanhados por Ana Sofia Cid, filha de José Cid. O vocalista Gonçalo Tavares, ele próprio sobrinho de José Cid, enveredaria mais tarde por uma carreira a solo que dura até hoje. </div><div style="text-align: justify;">- Os então muito jovens irmãos <b>Nuno e Henrique Feist</b> com "Tão, Tão, Tão". Nesse ano, eles tinham ficado em terceiro lugar no Festival da Canção com "Meia de Conversa". </div><div style="text-align: justify;">- Eles ainda estavam a três anos da sua mais célebre obra conjunta, o filho Bernardo que viria a ser conhecido como Agir, mas aqui <b>Paulo de Carvalho </b>e<b> Helena Isabel</b> uniram vozes para cantar "Já Pode Ser Tarde", canção que participou no Festival da Canção de 1984, sob a designação de "Quinteto Paulo de Carvalho" num agrupamento que além deles os dois tinha também André Sarbib, Carlos Araújo e Miguel Braga. </div><div style="text-align: justify;">- Mas claro, 1985 foi o ano em que Paulo de Carvalho teve um dos maiores picos da sua carreira com o álbum "Desculpem Qualquer Coisinha", sobretudo com o hit "Os Meninos do Huambo" (mais conhecido como "os meninos à volta da fogueira"), pelo que não podia faltar Paulo de Carvalho levar também esta canção, acompanhado por Alcino Frazão e Mário Pacheco. </div><div style="text-align: justify;">- <b>Vitorino </b>levou a "Leitaria Garrett", faixa-título do seu álbum de 1984. Precisamente nesse mês de Dezembro de 1985, saía o álbum seguinte "Sul".</div><div style="text-align: justify;">- Hoje são conhecidos pelo grande hit "Yolanda", um dos hinos do boom do kizomba por estas bandas nos anos 2000, mas nesta encarnação de 1985 os <b>Irmãos Verdade</b> alinhavam mais numa onda pop-r&b a fazer lembrar os Jacksons ou os Five Star com este "Eu Aposto No Amor". </div><div style="text-align: justify;">- Rui Veloso cantou a "Balada da Fiandeira" do álbum "Fora de Moda" de 1982.</div><div style="text-align: justify;">- Após novo recap dos artistas que actuaram, <b>Carlos Pinto Coelho</b> deixa a sua mensagem de Natal. Segue-se novo sorteio conduzido por Alice Cruz de um televisor a cores (sim, ainda estávamos no tempo em que importava referir que era "a cores") Philips, com um paciente natural de Vila Nova de Gaia (e com sotaque a condizer) a sortear um dito aparelho para o Hospital de Arganil e outro oriundo de Viseu para...o Hospital de Vila Nova de Gaia. </div><div style="text-align: justify;">- Actuação da pequena <b>Sara Margarida</b>, acompanhada pelo Coro Saltitão, que cantam sobre "<i>o David que caiu e rasgou o seu calção"</i>. </div><div style="text-align: justify;">- Após um plano da então Primeira Dama Manuela Eanes presente na assistência, uma rábula de humor com os actores <b>Vítor Rosado</b> e um bem jovem <b>José Raposo</b>. O primeiro afirma que o segundo andava a falar dele por aí e quer dar-lhe a oportunidade de lhe dizer tudo na cara, mas na verdade nem sequer lhe dá a chance de lhe abrir a boca, interrompendo-o a todo o momento (e até se queixa que o outro é que não para de falar)!</div><div style="text-align: justify;">- Ainda faltavam uns bons anos até ter sido eleita por Jesus Cristo para lhe ditar mensagens e livros, e nem sequer ainda esteva no seu primeiro momento de fama televisiva como apresentadora dos programas "Jaquitá" e "Estude-O", mas <b>Alexandra Solnado</b> marcou presença cantando "Odeon" (referido aqui como "O Chourinho"), tema interpretado por Nara Leão para a abertura da telenovela brasileira "A Sucessora", que passara na RTP2 nesse ano.</div><div style="text-align: justify;">- Ainda vivendo o auge da carreira com o grande hit "Uma Árvore, Um Amigo" em 1984, <b>Joel Branco</b> trazia "São Quase Dois Mil Anos". </div><div style="text-align: justify;">- Antes de actuar, <b>António Sala</b> também quis deixar a sua mensagem de Natal e fazer um momento de stand up comedy, ou pelo menos o mais parecido isso em 1985.</div><div style="text-align: justify;">- E depois, sim é a vez de António Sala cantar acompanhado da esposa <b>Elisabete Sala</b>, o "Aleluia" que não só foi um hit de quando ambos integraram o grupo Maranata como, claro, é uma versão em português da canção vencedora do Festival da Eurovisão de 1989 por Israel, interpretado pelo grupo Milk & Honey.</div><div style="text-align: justify;">- Após o agradecimento de Eládio Clímaco ao Hospital Miltar e a figuras de proa das Forças Armadas pela organização do evento, tempo para a música africana com <b>Hilário Bioce</b>, ele próprio um ex-paciente do Hospital Militar, e "Gri Gri", acompanhado pelo grupo de dançarinas As Cumbucas. </div><div style="text-align: justify;">- <b>António Calvário</b>, essa lenda do mundo artístico nacional, interpreta "Amanhã Saberás",</div><div style="text-align: justify;">- <b>Alexandra</b> foi uma das cantoras portuguesas mais proeminentes nos anos 80 (e só há pouco tempo descobri que tal como eu, ela também festeja o seu aniversário a 25 de Abril). A este "Natal dos Hospitais", levou o seu então mais recente single "Só Para Mim". </div><div style="text-align: justify;">- A fechar este bloco e esta parte da transmissão, mais um momento de dança folclórica com o "Pregão do Baile" do <b>Grupo Cultural e Desportivo do Banco Pinto & Sotto Mayor</b>. </div><br /><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Marco.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Marco.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></div><br /><p><b>Parte 5</b>: <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-v/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-v/</a><br /></p><div style="text-align: justify;">Antes de analisar esta parte, achei curioso que nesta edição "Natal dos Hospitais" haver tanta proximidade entre os artistas e os doentes hospitalizados, com alguns destes colocados à volta do palco, ao contrário do que era costume eu ver noutras edições, com um palco elevado onde actuavam os artistas e os pacientes em baixo na assistência. E também fiquei meio sentido com os relatos de alguns pacientes que estavam já há anos internados e com os apresentadores visivelmente divididos, querendo lhes desejar rápidas melhoras mas também intuindo que a condição daqueles pacientes deveria ser bastante séria. </div><div style="text-align: justify;">- <b>Júlio Isidro</b> conduz o próximo sorteio de televisores Philips, fazendo referência ao Live Aid, um dos acontecimentos mais marcantes desse ano de 1985. Um 1.º Sargento do staff do Hospital Militar e um paciente chamado Amadeu (internado no hospital há cinco anos!) tiraram os envelopes correspondentes às Santas Casas da Misericórdia de Cabeço de Vide e Pinhel. </div><div style="text-align: justify;">- Será eternamente recordada como um dos mais célebres rostos de apresentação e locução de continuidade da RTP nos anos 80, mas na altura <b>Ana Paula Reis</b> também teve uma breve incursão como cantora, sobretudo com o single "Utopia" de 1984. Mas aqui, levou outro tema, "Espelho Meu" acompanhada por três bailarinos.</div><div style="text-align: justify;">- Seguiu-se o cantor madeirense <b>Luís Filipe</b> com "O Mundo". </div><div style="text-align: justify;">- Tempo agora para o fado, com <b>Luz Sá Bandeira</b> (aparentemente não usa o "da" no nome artístico) a cantar "A Balada do Encantamento". Apesar de então já ter 48 anos e de cantar fado há vários anos, só no ano anterior é que a fadista (que é tia da actriz Sofia Sá da Bandeira) tinha gravado o seu primeiro disco. À guitarra estava o célebre virtuoso Fernando Alvim (o músico, não o apresentador da "Prova Oral"). </div><div style="text-align: justify;">- Ainda no fado, seguiu-se <b>Nuno da Câmara Pereira</b> com "Pode Ser Saudade". Ao contrário de Luz Sá da Bandeira, Nuno da Càmara Pereira já tinha então alguma considerável discografia, em especial o álbum homónimo editado nesse ano. Mas o seu maior auge comercial viria no ano seguinte com o álbum "Mar Português" que incluía os hits "Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo" e "Estou Velho". </div><div style="text-align: justify;">- Já na altura era uma presença imprescindível em cada "Natal Dos Hospitais" e como tal, <b>Marco Paulo</b> veio ao palco com "Se Deus Quiser", tema do seu álbum "Romance" de 1984, que incluía também "Só Falei Para Dizer Que Te Amo", versão em português de "I Just Called To Say I Love You" de Stevie Wonder. </div><div style="text-align: justify;">- Infelizmente foi nesse ano de 1985 que faleceu Milo MacMahon do Duo Ouro Negro, pelo que <b>Raúl Indipwo</b> (aqui apresentado como Raúl Ouro Negro) se apresentou sozinho para cantar "À Beira Mar". </div><div style="text-align: justify;">- Depois foi tempo de aquecer com as <b>Doce</b> e o seu último grande hit "Quente, Quente, Quente". Com Fátima Padinha a deixar o grupo nesse ano, em seu lugar esteve Fernanda de Sousa, ou seja, a artista futuramente conhecida como Ágata. Mas o destaque foi para Laura Diogo a sensualizar para uma câmera. </div><div style="text-align: justify;">- <b>Fernando Pereira</b> num número musical que incluiu uma versão de "Feelings" que a certa altura resvala para referências gastronómicas.</div><div style="text-align: justify;">- Depois de Eládio Clímaco chamar de novo ao palco todos os artistas que actuaram neste bloco, tempo para mais um sorteio de televisores Philips, desta vez conduzido por <b>Carlos Cruz</b>, que foram para a Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, o Lar de Idosos de Alhos Vedros e a Fundação Dr. Francisco Cruz da Praia do Ribatejo. </div><div style="text-align: justify;">- Regresso às actuações, agora com um grupo de bailarinos da <b>Oficina Coreográfica</b> na "Suite das Castanholas". </div><div style="text-align: justify;">- Os <b>Trio Odemira</b> perguntaram cantando "Quem É O Louco?"</div><div style="text-align: justify;">- É mais conhecido como actor, mas <b>Carlos Quintas</b> sempre também teve um pé nas cantigas. Aqui cantou "Ó Ai O Linda", acompanhado ao piano por Jorge Machado.</div><div style="text-align: justify;">- <b>Maria Armanda</b> (a fadista, não a jovem cantora de "Eu Vi Um Sapo" do mesmo nome) cantou "Violeta Do Chiado".</div><div style="text-align: justify;">- Acompanhado por um grupo de crianças, <b>Carlos Paião</b> levou o seu então mais recente single "Arco-Íris". (Quem diria que infelizmente ele estava então a menos de três anos de deixar este mundo!)</div><div style="text-align: justify;">- <b>Cândida Branca-Flor </b>não trouxe nenhum tema do seu aclamado disco "Cantigas Da Minha Escola", lançado nesse ano, mas sim "A Nossa Serenata", com dois bailarinos clássicos no fundo.</div><div style="text-align: justify;">- Outra dupla de bailarinos, <b>Adriana e Pedro Palma</b> do grupo de bailado Olissipo, dançaram um salero ao som da célebre medley de El Chato. </div><div style="text-align: justify;">- Por fim, outro sketch humorístico onde <b>Nicolau Breyner</b> está ao telefone para enviar um telegrama apaixonado mas esbarra nas inúmeras questões da telefonista (voz de <b>Isabel Mota</b>) e uma chamada dos artistas ao palco.</div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Rao.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="286" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/12/Rao.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="524" /></a></div><p><br /><br /><b>Parte 6</b>: <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-vi/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-vi/</a><br /></p><div style="text-align: justify;">E chegamos por fim à última parte.</div><div style="text-align: justify;">- <b>Melo Pereira</b>, que era então chefe do Departamento de Programas Recreativos da RTP e, como referiu Alice Cruz, responsável pela produção do Natal dos Hospitais, foi convidado a sortear televisores Philips para o Hospital do Concelho da Povoação na Ilha de São Miguel nos Açores e o Hospital Cruz de Carvalho na Madeira. O último televisor sorteado com a ajuda de <b>Fernando Pessa</b> foi para o Hospital da Lagoa no Algarve. </div><div style="text-align: justify;">- Fernando Pessa deixa a sua "carta ao Pai Natal" e apresenta os artistas do bloco final. (E não, não terminou com o lendário "<i>E esta, hein?</i>")</div><div style="text-align: justify;">- Já se viu antes dois dos seus bailarinos, mas agora o <b>grupo de bailado Olissipo</b> actuou todo junto, dançando ao som de Carlos Paredes e Amália Rodrigues. </div><div style="text-align: justify;">- O artista nascido com o nome João Maria Gorjão Jorge mas sobejamente conhecido como <b>Rão Kyao</b> pegou na flauta para actuar com o tema "Dança Da Folia" do seu álbum "Oásis", que sucedeu ao êxito de "Estrada Da Luz". </div><div style="text-align: justify;">- "Nesta Festa Portuguesa" foi a canção trazida pela sempre jovem <b>Tonicha</b>.</div><div style="text-align: justify;">- A cantora e atriz <b>Maria Da Graça</b> ficou eternizada pelo seu papel homónimo da filha da Dona Rosa no filme "O Pátio Das Cantigas". Mas se na altura do filme, ela ainda nunca tinha ido ao Brasil, em 1946 acabaria por reviver a história da sua personagem ao ir fazer um espectáculo no país-irmão e por lá fazer larga carreira. Em 1985, estava a ter um pequeno <i>comeback</i> em Portugal ao estrelar numa revista à portuguesa onde cantava o tema que levou a este Natal dos Hospitais, "Giestas". </div><div style="text-align: justify;">- Outra lenda da música nacional, <b>Tony de Matos</b>, que de boina na cabeça foi "À Procura do Amor". </div><div style="text-align: justify;">- E agora outro ponto alto dos "Natais dos Hospitais" da minha infância e juventude: a chegada de <b>Herman José</b> com um sketch humorístico e uma cantiga do seu repertório. Desta vez, veio acompanhado do habitual comparsa <b>Vítor de Sousa</b> que, apesar dos esforços de Herman para o mandar embora, insiste em exercitar os seus talentos de <i>diseur</i> recitando um poema de Natal de Miguel Torga. Por fim, Herman cantou um dos temas de Serafim Saudade, "Mentirosa", com direito até um momento de patinagem no gelo como nunca antes se viu!</div><div style="text-align: justify;">- Em 1985 como em todos os anos anteriores e seguintes, não poderia haver outra forma de terminar o "Natal dos Hospitais" que não com o <b>Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras</b>, sob direcção do maestro César Batalha, a cantar "A Todos Um Bom Natal". Eu pessoalmente sempre gostei muito mais desta versão mais ritmada dos anos 80 do que aquela actual versão, instituída em 1996, e é pena que a primeira esteja praticamente desaparecida dessas internets. Em 1985, os pequenos membros do coro ainda não tinham as míticas fardas azuis e brancas e a meio da canção distribuíram flores pelos pacientes presentes em palco, ficando apenas as cinco meninas que cantavam as estrofes a solo. (Daí a poucos anos, alguns destes pequenos cantores iriam ser os membros inaugurais dos Ministars.)</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Embora não me lembre desta edição do "Natal dos Hospitais" (a primeira da que terei algumas memórias terá sido a do ano seguinte), o seu visionamento trouxe-me muita nostalgia por memórias dos meus Natais de infância com sabor a coscorões e por alguns artistas que já não estão entre nós.</div><br />Outros artigos no blogue sobre "O Natal dos Hospitais"<br />Parte 1: <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/12/o-natal-dos-hospitais.html">https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/12/o-natal-dos-hospitais.html</a><br />Parte 3: <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/12/natal-dos-hospitais-parte-3.html">https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/12/natal-dos-hospitais-parte-3.html</a><br />Parte 5: <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2017/12/natal-dos-hospitais-parte-5.html">https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2017/12/natal-dos-hospitais-parte-5.html</a><br />Partes 2, 4 e 6 (redux): <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2021/12/natal-dos-hospitais-partes-2-4-e-6-redux.html">https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2021/12/natal-dos-hospitais-partes-2-4-e-6-redux.html</a><p></p><p>Outras edições de "O Natal dos Hospitais" disponíveis na RTP Arquivos<br />1988: <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-i-3/" target="_blank">Parte 1</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-ii-3/" target="_blank">Parte 2</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iii-3/" target="_blank">Parte 3</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iv-3/" target="_blank">Parte 4</a><br />1990: <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-i-2/" target="_blank">Parte 1 (Porto)</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-ii/">Parte 2 (Açores e Madeira)</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iii-2/" target="_blank">Parte 3</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-iv-2/" target="_blank">Parte 4</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-v-2/" target="_blank">Parte 5</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-vi-2/" target="_blank">Parte 6</a> <a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/natal-dos-hospitais-parte-vii/" target="_blank">Parte 7</a></p><p><br /></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-50753797290641427062023-11-10T23:44:00.004+00:002023-11-12T11:56:18.836+00:00Sessão Da Noite (1990-1994)<p style="text-align: justify;">Setembro de 1990. O meu eu de dez anos regressava de umas férias no Algarve e estava prestes a iniciar uma nova etapa de vida condizente com a nova idade de dois dígitos: a transição da escola primária para o 5.º ano do ciclo preparatório (actual 2.º ciclo), que como se sabe era a transição mais radical na instrução de cada petiz: de apenas uma sala de aulas, um professor e um horário fixo, para toda uma rotação de salas, professores, horários e disciplinas. Mas não era só eu que passava então por uma nova etapa: com uma nova grelha, a RTP1 mudava novamente de visual e adoptava a designação de Canal 1. O início dessa era que duraria até Abril de 1996, quiçá já antevendo o embate com as privadas, foi bastante forte em termos de conteúdos e autopromoção, e esse novo <i>branding</i> foi tão marcante que ainda hoje há quem ainda se refira à RTP1 como o Canal 1. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHxQP4J84b95mS1LXYo_jupO6TXhZv0hcww9Kh6d2Cq1P6vc_BM9dL49Ci9Tq31uk1NzoqPH1UagAY5oIS3t5n6KSudQYam_r2P58DOhuTd09SDKVkJKWyCZn8RLwnv6RNsc7vDUZLqzz7llXV8URp_5ZuSOP7akomeL_0vxHPtU7Mu5D3Gil-752TVlo/s1446/Sess%C3%A3o%20da%20Noite.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="988" data-original-width="1446" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHxQP4J84b95mS1LXYo_jupO6TXhZv0hcww9Kh6d2Cq1P6vc_BM9dL49Ci9Tq31uk1NzoqPH1UagAY5oIS3t5n6KSudQYam_r2P58DOhuTd09SDKVkJKWyCZn8RLwnv6RNsc7vDUZLqzz7llXV8URp_5ZuSOP7akomeL_0vxHPtU7Mu5D3Gil-752TVlo/w400-h274/Sess%C3%A3o%20da%20Noite.png" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Mas de entre as várias novidades dessa nova grelha do Canal 1, como as estreias de vários concursos como "A Roda da Sorte", "Casa Cheia" e "O Preço Certo", aquela que mais me marcou foi um novo espaço de cinema nas noites de sexta-feira: a <b>"Sessão Da Noite"</b>. Claro que antes já havia outro célebre espaço de cinema nesse dia, o "Pela Noite Dentro" mas era no final de emissão e geralmente incluía filmes com um conteúdo mais puxado (como cinema de terror ou thrillers mais violentos e/ou com carga erótica) mas com a nova grelha esse espaço transitou para o final da emissão das noites de sábado sob o título "Última Sessão". </p><p></p><div style="text-align: justify;">Já a "Sessão da Noite", à semelhança da "Lotação Esgotada" nas quartas-feiras, ia para o ar a seguir à telenovela e era outro espaço para o cinema mais popular, dando primazia aos blockbusters dos anos 70 e 80, nomeadamente comédias e filmes de acção/aventura, mas por vezes também havia alguns melodramas e alguns títulos menos conhecidos. </div><div style="text-align: justify;">Era absolutamente extasiante a ideia de sair das aulas à sexta-feira com não só a perspectiva de ter todo um fim-de-semana pela frente como também, para iniciar o dito em beleza, havia um bom filme para ver nas noites de sexta-feira. (E geralmente logo a seguir ao filme havia também uma boa série para ver depois como "Querido John" ou "Cheers - Aquele Bar".) E que maravilhoso era este genérico!</div><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/p5I_yC6fQnk" width="320" youtube-src-id="p5I_yC6fQnk"></iframe></div><br /><p style="text-align: justify;">Como na altura ainda não tinha o hábito de ir ao cinema, a "Sessão da Noite" complementado com os filmes que os meus pais alugavam no clube de vídeo, ajudaram a despertar o cinéfilo em mim nessa idade tão marcante que é a pré-adolescência. Não é por acaso que vários dos filmes sobre os quais escrevi aqui no blogue vi-os originalmente na "Sessão da Noite". O primeiro filme exibido na "Sessão da Noite" foi "Crocodilo Dundee" a 21 de Setembro de 1990 e o último foi "O Trunfo É De Copas" a 8 de Abril de 1994, quando o espaço foi substituído pelo regresso do concurso "1, 2, 3" (da era António Sala). Nessa recta final, eu já não prestava muita atenção à "Sessão da Noite" até porque surgiu outro chamariz para as minhas noites de sexta-feira: o "Chuva de Estrelas" na SIC. </p><p style="text-align: justify;">Infelizmente ainda hoje, não existem na internet muitas fontes que permitam uma consulta cómoda, abrangente e gratuita da programação das TVs no início dos anos 90, mas há dias, o seguidor da Enciclopédia de Cromos <b>Chico Xico Bragança</b> providenciou-me com algo que há já muito tempo eu tinha rogado aos deuses da internet: uma lista dos filmes exibidos na "Sessão da Noite". É uma lista incompleta mas muito mais composta do que os poucos dados que conseguira reunir até então.</p><p style="text-align: justify;">Os filmes que eu lembro de me ver pela primeira vez na "Sessão Da Noite" (alguns já tinha visto antes) estão sublinhados. </p><p>21 Set 90 Crocodilo Dundee (1986)<br />28 Set 90 Vidas Em Jogo (Against All Odds, 1984)<br />05 Out 90 Blue Thunder (1983)<br />12 Out 90 <u>O Momento da Verdade </u>(Karaté Kid, 1984)<br />19 Out 90 O Alvo (Target, 1985)<br />26 Out 90 <u>Arizona Júnior</u> (Raising Arizona, 1987)<br />02 Nov 90 <u>O Fio do Suspeito</u> (Jagged Edge, 1985)<br />09 Nov 90 Aliens - O Recontro Final (1986)<br />16 Nov 90 <u>Os Olhos de Laura Mars</u> (Eyes Of Laura Mars, 1978)<br />23 Nov 90 Depois Do Amor (Shoot The Moon, 1982)<br />30 Nov 90 <u>Gremlins - O Pequeno Monstro</u> (1984)<br />07 Dez 90 No Limiar Da Realidade (Twilight Zone: The Movie, 1983)<br />14 Dez 90 <u>Um Lugar No Coração</u> (Places In The Heart, 1984)<br />21 Dez 90 <u>Três Homens E Um Bebé</u> (Three Men And A Baby, 1988)<br />28 Dez 90 <u>A Boneca Mecânica</u> (Cherry 2000, 1988)</p><p><br />04 Jan 91 <u>O Rei Dos Gazeiteiro</u> (Ferris Bueller's Day Off, 1986)<br />11 Jan a 08 Fev 91 ???<br />15 Fev 91 <u>Ternos Laços</u> (Table For Five, 1983)<br />22 Fev & 01 Mar 91 ???<br />08 Mar 91 <u>A Difícil Arte de Amar </u>(Heartburn, 1986)<br />15, 22, 29 Mar 91 ???<br />05 Abr 91 <u>A Cor Do Dinheiro</u> (The Color Of Money, 1986)<br />12 Abr 91 Arco Do Triunfo (Arch Of Triumph, 1984)<br />19 Abr 91 A Rua Do Adeus (84 Charing Cross Road, 1987)<br />26 Abr 91 <u>Debaixo De Olho</u> (The Lookout, 1987)<br /><br /></p><p>10 Mai 91 <u>Uma Mulher Dos Diabos </u>(Jumpin' Jack Flash, 1986)<br />17 Mai 91 <u>Morto À Chegada</u> (D.O.A., 1988)<br />24 Mai 91 Gandhi (1982)<br />31 Mai 91 <u>As Aventuras de Jack Burton nas Garras do Mandarim</u> (Big Trouble In Little China, 1986)<br />07 Jun 91 ???<br />14 Jun 91 <u>Não Há Duas Sem Três</u> (The Goodbye Girl, 1977)<br />21 Jun 91 O Abismo (The Deep, 1977)<br />28 Jun 91 Os Duros (Tough Guys, 1986)<br />05 Jul 91 <u>Norma Rae</u> (1979)<br />12 Jul 91 Monsenhor (Monsignor, 1982)<br />19 Jul 96 ???<br />26 Jul 91 Bob & Carol & Ted & Alice (1969)</p><p>02 Ago 91 <u>Desgraças de um Citadino</u> (The Prisoner of Second Avenue, 1975)<br />09 Ago 91 <u>Fuga Sangrenta</u> (The Rescue, 1988)<br />16 Ago 91 <u>Os Bons e Os Maus</u> (Smokey And The Bandit, 1977)<br />23 Ago 91 <u>Um Dia A Casa Vai Abaixo </u>(The Money Pit, 1986)<br />30 Ago 91 <u>Namorada Aluga-se</u> (Can't Buy Me Love, 1987)<br />06 Set 91 O Homem Carácter (Angel City, 1980)<br />13 Set 91 New York, New York (1977)<br />20 Set 91 Bom Dia Vietname (Good Morning Vietnam, 1987)<br />27 Set 91 O Menino de Ouro (The Golden Child, 1986)</p><p>04 Out 91 O Nome Da Rosa (The Name Of The Rose, 1986)<br />11 Out 91 <u>A Esposa Surpresa</u> (Hello Again, 1987)<br />18 Out 91 <u>La Bamba</u> (1987)<br />25 Out 91 <u>Antes Só Que Mal Acompanhado</u> (Planes, Trains & Automobiles, 1987)<br />01 Nov 91 ???<br />08 Nov 91 A Guerra das Estrelas (Star Wars Episode IV; A New Hope, 1977)<br />15 Nov 91 O Regresso do Jedi (Star Wars Episode VI; The Return of the Jedi, 1983)<br />22 Nov 91 Q<u>ue Sorte Danada!</u> (Outrageous Fortune, 1987)<br />29 Nov 91 Destinos Opostos (Five Easy Pieces, 1970)<br />06 Dez 91 <u>Hotel New Hampshire</u> (1984)<br />13 Dez 91 <u>Um Vagabundo Na Alta Roda</u> (Down And Out In Beverly Hills, 1986)<br />20 Dez 91 <u>Quem Tramou Roger Rabbitt</u> (Who Framed Roger Rabbit, 1988)<br />27 Dez 91 ???<br /><br />3, 10 Jan 92 ???<br />17 Jan 92 <u>Maxie E A Outra</u> (Maxie, 1985)<br />24 Jan 92 Os Três Fugitivos (Three Fugitives, 1989)<br />31 Jan 92 <u>Agnes De Deus </u>(Agnes Of God, 1985)<br />07 Fev 92 Mas Que Vizinhos! (Neighbours, 1981)<br />14 Fev 92 <u>Histórias de Nova Iorque</u> (New York Stories, 1989)<br />21 Fev 92 <u>O Segredo Do Meu Sucesso</u> (The Secret Of My Success, 1987)<br />28 Fev 92 Tootsie - Quando Ele Era Ela (1982)<br />06 Mar 92 <u>Amigos & Detectives </u>(Turner & Hooch, 1989)<br />13 Mar 92 A Última Saída (Miles From Home, 1988)<br />27 Mar 92 Blaze - Amor Proibido (1989)<br />03 Abr 92 Made In L.A. (L.A. Takedown, 1989)<br />10 Abr 92 A Caravana da Coragem (Caravan Of Courage: An Ewok Adventure, 1984)<br />24 Abr 92 Invasores Espaciais (Spaced Invaders, 1990)</p><p>01 Mai 92 ???<br />08 Mai 92 Fuga Para A Felicidade (Le Choc, 1982)<br />15 Mai 92 Por Favor, Matem A Minha Mulher (Ruthless People, 1986)<br />05 Jun 92 Um Homem Inocente (An Innocent Man, 1989)<br />26 Jun 92 Os Ídolos Intocáveis (Heartbreak Hotel, 1988)<br />03 Jul 92 Corações Do Oeste (Hearts Of The West, 1975)<br />17 Jul 92 <u>Country - Minha Terra</u> (1984)<br />24 Jul 92 <u>Malditas Férias</u> (Summer Rental, 1985)<br />31 Jul 92 A Ponte de Brooklyn (Over The Brooklyn Bridge, 1984)<br />07 Ago 92 <u>Paragem De Autocarro</u> (Bus Stop, 1956)<br />21 Ago 92 Viagens Com A Minha Tia (Travels With My Aunt, 1972)<br />28 Ago 92 Adeus Inocência (Racing With The Moon, 1984)<br />11 Set 92 <u>Nasce Uma Estrela</u> (A Star Is Born, 1976)<br />18 Set 92 Silverado (1985)<br />25 Set 92 <u>O Momento Da Verdade II</u> (Karate Kid II, 1986)<br /><br />02 Out 92 Electric Dreams - Amor E Música (1984)<br />09 Out 92 <u>Assalto Ao Arranha Céus</u> (Die Hard, 1988)<br />16 Out 92 <u>Querida, Eu Encolhi Os Miúdos</u> (Honey, I Shrunk The Kids, 1989)<br />23 Out 92 <u>Bi</u>g (1988)<br />30 Out 92 <u>Dirty Dancing - Dança Comigo</u> (1987)<br />06 Nov 92 Projecto Científico (My Science Project, 1986)<br />13 Nov 92 Alta Ansiedade (High Anxiety, 1977)<br />20 Nov 92 <u>Academia De Polícia</u> (Police Academy, 1984)<br />27 Nov 92 Aracnofobia (Aracnophobia, 1990)<br />04 Dez 92 <u>Academia De Polícia 2: A Primeira Missão</u> (Police Academy 2: Their First Assignment, 1985)<br />11 Dez 92 Um Peixe Chamado Wanda (A Fish Called Wanda, 1988)<br />18 Dez 92 Pretty Woman - Um Sonho De Mulher (1990)<br />25 Dez 92 Três Homens E Uma Menina (Three Men And A Little Lady, 1990)</p><p>08 Jan 93 Gémeos (Twins, 1988)<br />22 Jan 93 O Preço Da Paixão (The Good Mother, 1988)<br />05 Fev 93 Rapto Em Teerão (Not Without My Daughter, 1991)<br />12 Fev 93 Esta Loira Mata-Me (The Marrying Man, 1991)<br />19 Fev 93 Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão (Mad Max 3: Beyond Thunderdome, 1985)<br />26 Fev 93 Tudo Boa Gente (SOB, 1981)<br />05 Mar 93 <u>O Milagre da Rua 8</u> (Batteries Not Included, 1987)<br />12 Mar 93 007 Ordem Para Matar (From Russia With Love, 1963)<br />19 Mar 93 Cenas Conjugais (Scenes From A Mall, 1991)<br />26 Mar 93 <u>Aeroplano</u> (Ariplane!, 1980)<br />02 Abr 93 007 Contra Goldfinger (Goldfinger, 1964)<br />09 Abr 93 A Águia Solitária (The Spirit Of Saint Louis, 1957)<br />16 Abr 93 Olha Quem Fala! (Look Who's Talking!, 1989)<br />23 Abr 93 <u>Um Amor Inevitável</u> (When Harry Met Sally, 1989)<br />30 Abr 93 (ou será 21 Mai 93) <u>Aeroplano 2: A Loucura Continua</u> (Airplane Two!, 1982)<br /><br />14 Mai 93 007 Operação Relâmpago (Thunderball, 1965)<br />28 Mai 93 Os Intocáveis (The Untouchables, 1987)<br />04 Jun 93 Mr. Destiny (1990)<br />11 Jun 93 007 Só Se Vive Duas Vezes (You Only Live Twice, 1967)<br />18 Jun 93 <u>Que Loucura De Mulher </u>(Weird Science, 1985)<br />25 Jun 93 O Casamento de Betsy (Betsy's Wedding, 1990)<br />02 Jul 93 Oscar, A Mala Das Trapalhadas (1991)<br />09 Jul 93 <u>A Escolha De Sofia</u> (Sophie's Choice, 1982)<br />16 Jul 93 Legend - A Lenda Da Floresta (1985)<br />23 Jul 93 Milionário Instantâneo (Taking Care Of Business, 1990)<br />30 Jul 93 007 Ao Serviço de Sua Majestade (On Her Majesty's Secret Service, 1969)<br />06 Ago 93 Uma Mulher De Sucesso (Working Girl, 1988)<br />13 Ago 93 Fugir À Morte (Run, 1991)<br />20 Ago 93 Pulsações Explosivas (Shattered, 1991)<br />27 Ago 93 Entre Primos (Cousins, 1989)<br /><br />03 Set 93 Fuga À Meia Noite (Midnight Run, 1988)<br />10 Set 93 Nadine - Amor à Prova de Bala (1987)<br />17 Set 93 Top Gun - Ases Indomáveis (1986)<br />24 Set 93 Os Salteadores Da Arca Perdida (Raiders Of The Lost Ark, 1981)<br />01 Out 93 Indiana Jones E A Última Cruzada (Indiana Jones & The Last Crusade, 1989)<br />08 Out 93 As Aventuras de Rocketeer (Rocketeer, 1991)<br />15 Out 93 Dias De Tempestade (Days Of Thunder, 1990)<br />22 Out 93 Dad - Meu Pai (1989) <br />29 Out 93 Billy Bathgate (1991)<br />05 Nov 93 Os Últimos Dias Do Paraíso (Medicine Man, 1992)<br />12 Nov 93 Pela Borda Fora (Overboard, 1987)<br />19 Nov 93 Aonde É Que Para A Polícia (The Naked Gun, 1988)<br />26 Nov 93 <u>Cocoon: A Aventura dos Corais Perdidos </u>(1985)<br />03 Dez 93 <u>Cocoon II: O Regresso</u> (1988)<br />10 Dez 93 <u>O Que Se Passa Com O Bob?</u> (What About Bob?, 1991)<br />17 Dez 93 <u>Tartarugas Ninja II: O Segredo Da Lama Verde</u> (Teenage Mutant Ninja Turtles II: The Secret Of The Ooze, 1991)<br />24 Dez 93 E.T. - O Extraterrestre (1982)<br /><br />07 Jan 94 O Expresso de Chicago (Silver Streak, 1976)<br />14 Jan 94 Esperança Parte 2 (Part 2, Sounder, 1976)<br />21 Jan 94 <u>O Refúgio Dos Renegados</u> (não achei informação)<br />28 Jan 94 O Segredo Do Meu Sucesso (não sei se é novamente o filme de 1987 ou o filme do mesmo título de 1965)<br />04 Fev 94 Polícias Da Pesada (Dragnet, 1987)<br />11 Fev 94 A Corrida Mais Louca Do Mundo (The Cannonball Run, 1981)<br />18 Fev 94 Corações De Aço (Casualties Of War, 1989)<br />25 Fev 94 Duelo Imortal (Highlander, 1986)<br />04 Mar 94 Gente Vulgar (Ordinary People, 1980)<br />11 Mar 94 Nunca Enganes O Teu Marido (Sibling Rivalry, 1990)<br />18 Mar 94 Ultra Secreto (Top Secret!, 1984)<br />25 Mar 94 Cavalgada Para A Morte (Young Guns II, 1990)<br />01 Abr 94 Dias Do Paraíso (Days Of Heaven, 1978)<br />08 Abr 94 O Trunfo É Copas (Queen of Hearts, 1989)<br /><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Nos dias 3 de Maio de 1991, 22 de Maio de 1992 e 7 de Maio de 1993, não houve "Sessão Da Noite", sendo no seu lugar transmitida a eleição da Miss Portugal do respectivo ano. No dia 31 de Dezembro de 1993, em vez da "Sessão Da Noite" foi transmitida uma emissão especial do programa "Parabéns" que serviu de gala para a passagem de ano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu recordo-me de ver os filmes "Os Exploradores" (1985) e "Cuidado Com As Gémeas" (1988) na "Sessão Da Noite" mas estes filmes não contavam na lista do Francisco (a quem porém volto a agradecer). Se alguém souber da data exacta em que estes filmes foram exibidos ou de outros filmes que preencham as lacunas desta lista, não hesitem em dizer aqui nos comentários ou na página do Facebook da "Enciclopédia De Cromos"! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ACTUALIZAÇÃO: Obrigado a Vasco Ferreira por me ter informado dos filmes exibidos em Dezembro de 1990. (Ao contrário do que eu pensava o primeiro "Regresso Ao Futuro" não foi exibido na Sessão da Noite mas numa emissão especial no dia de Natal de 1990.)</div><p><br /></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-35228845564026259122023-11-03T22:19:00.006+00:002023-11-10T14:09:52.493+00:00Agora Escolha (1986-94) - Parte 2<p style="text-align: justify;"> <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2015/07/agora-escolha-1986-1994.html" target="_blank">Em 2015, o David Martins fez um artigo sobre este mítico programa</a> mas porque não revisitá-lo oito anos depois? </p><p style="text-align: justify;">Mesmo tendo apenas seis anos, eu apercebi-me que em Outubro de 1986 a RTP anunciara a sua nova grelha para a <i>rentrée</i> desse ano com mudanças significativas. Aquelas que eu mais notei foram precisamente as que seriam mais evidentes um miúdo de seis anos: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=EpxLXse9BLs" target="_blank">o novo logótipo da RTP1 com as formas geométricas</a> (embora há que dizê-lo nos anos 80 a RTP fartava-se de mudar de logótipos e vinhetas), a adaptação das histórias da <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/04/mafalda-1982.html" target="_blank">Mafalda em série animada</a> a seguir ao Telejornal e a "História ao Fim Do Dia" seguida do Vitinho após a telenovela (que na altura era "Corpo A Corpo", a tal em que uma das personagens seria o Diabo <i>himself</i>). Mas também fui reparando em outras como o slogan "<i>Há coisas novas no segundo canal… e no primeiro também!</i>" e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=DZ7mvMH8JOI">a animação nebulosa</a> utilizada para destaques de programação em locução voz-off (que duraria até aos tempos da era Canal 1) sobretudo durante o turno matinal do Porto. (<a href="https://imgbb.com/cbHbHpb" target="_blank">Este artigo de "A Capital"</a> fala de outras novidades do dia da estreia da nova grelha a 13 de Outubro de 1986, como o novo fecho de emissão em que a bandeira ao vento foi substituída por <a href="https://www.youtube.com/watch?v=CaD30P-e-3Q" target="_blank">imagens da Praia da Adraga e uma animação 3D </a>ao som do hino nacional.)</p><p style="text-align: justify;">Outra novidade foi a aparição de três novas locutoras de continuidade, que a TV Guia apelidou de <a href="https://brincabrincando.com/locucao-de-continuidade/" target="_blank">"as três mosqueteiras da nova televisão"</a>: Lúcia Soares, Serenella Andrade e <b>Vera Roquette</b>. Da primeira, há muito que não sei nada; a segunda não tardaria a transitar para a apresentação de programas e ainda hoje está nos quadros da RTP, e claro está, a terceira, seria durante oito anos o rosto e a alma do <b>"Agora Escolha"</b>. </p><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><a href="https://maisopiniao.com/wp-content/uploads/14767641_af1lq.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://maisopiniao.com/wp-content/uploads/14767641_af1lq.jpeg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">A dinâmica do programa é sobejamente conhecida: a cada dia os telespectadores da RTP podiam escolher entre dois blocos - bloco A e bloco B - contendo cada qual um conteúdo televisivo, ligando para os números de telefone indicados no início da emissão. Durante a votação, era exibido o episódio de uma série e no canto superior esquerdo, era visível a contagem dos votos de cada bloco. No final, o bloco mais votado era exibido. Inicialmente estava previsto que vários tipos de programas estivessem em compita, como por exemplo documentários e espectáculos de artes de palco, mas conforme o resultado do primeiro programa profetizou, com um episódio da série "Espaço 1999" a triunfar sobre o espectáculo de ballet "La Sylphide", não tardou em que as disputas entre blocos fossem quase exclusivamente entre episódios de séries de televisão. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como já disse aqui várias vezes, na minha casa a RTP2 só foi sintonizada em 1992, pelo que inicialmente via o "Agora Escolha" em casa alheia, como a da minha avó ou a do meu tio e padrinho. A minha memória mais marcante do "Agora Escolha" foi no Verão de 1988 quando a série que era exibida durante a votação foi <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/06/o-verao-azul-1981-1982.html" target="_blank">"O Verão Azul"</a>: como eu era ainda demasiado pequeno na exibição original na RTP em 1982 e na reposição de 1983, foi aí que eu descobri a série. Escusado será dizer que durante vários dias desse Verão, o ponto alto era chegar a casa da minha avó ou do meu tio, sentar-me para ver o "Agora Escolha" e vibrar com as aventuras de Javi, Pancho, Quique, Bea, Desi, Piranha e Tito, ao ponto de ficar indiferente à votação entre os dois blocos. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Não me recordo se alguma vez liguei para votar no "Agora Escolha", só me lembro de uma vez um primo meu ter ligado da casa da nossa avó mas o número estava interrompido. Segundo o site Brinca Brincando (a quem devo um milésimo agradecimento), e isto era algo que não sabia, era possível votar antes do programa começar, bastava ligar para os números habituais e as telefonistas da RTP informavam quais eram os dois blocos desse dia. As chamadas eram tantas que a partir de 1988, foi preciso criar outro sistema sedeado no Porto com mais dois números disponíveis. </div><div style="text-align: justify;">Há quem se recorde de haver dias em que um dos blocos tinha zero votos, mas eu não; lembro-me sim de dias em que um bloco esmagava o outro com até dez vezes mais votos e que não era raro um dos blocos começar na frente e eventualmente o outro bloco ultrapassar na votação e ganhar. </div><div style="text-align: justify;">Na sua recta final, o "Agora Escolha" passou para a RTP 1 onde ficou de 13 de Setembro de 1993 a 7 de Janeiro de 1994. Por essa altura, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=xvXCJ3BOeZs" target="_blank">o tema do genérico era "Moon Dance" de <b>Andreas Wollenweider</b></a>, que anos antes já tinha sido utilizado <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2020/06/falar-portugues-1989.html" target="_blank">no programa "Falar Português"</a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://img.bertrand.pt/images/agora-escolha-vera-roquette/NDV8MTEyNTc4Mjh8NjgyODgzOHwxMzgzNTgxMzk5MDAw/500x" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="710" data-original-width="500" height="400" src="https://img.bertrand.pt/images/agora-escolha-vera-roquette/NDV8MTEyNTc4Mjh8NjgyODgzOHwxMzgzNTgxMzk5MDAw/500x" width="282" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Após o final do programa, Vera Roquette deixou a televisão e desde então, tem-se destacado mais pela escrita. Em 2002, lançou o livro de crónicas "Escrito Na Areia", seguindo-se três livros infantis e em 2011, no auge do revivalismo desencadeado pela "Caderneta de Cromos" da Rádio Comercial, editou <b>"Agora Escolha! Cromos À Desgarrada"</b>, um livro onde compendiou "cromos" de várias gerações. Em 2014, protagonizou uma campanha da Vodafone por ocasião do Dia Mundial da Televisão. <br /></p><p style="text-align: justify;">Em 1994, a TVI teve um espaço semelhante intitulado "A Escolha É Sua" com apresentação por Carmen Godinho (ao que parece a TVI convidou Vera Roquette para apresentar, mas esta recusou). A mesma dinâmica interactiva foi também mais tarde utilizada no espaço infantil da TVI "A Hora do Recreio". A premissa do "Agora Escolha" foi ainda recuperada com o mesmo nome num espaço da RTP Memória em 2011 e da RTP1 no Verão de 2015. </p><p style="text-align: justify;">Foram vários os motivos que fizeram do "Agora Escolha" um caso de sucesso e longevidade, mas sem dúvida que um dos motivos principais era a própria Vera Roquette, que desde o início soube estabelecer uma ligação com o público, sobretudo o mais jovem. (Lembro-me de ler numa entrevista que além de apresentar o programa, Vera dava explicações de Inglês e Filosofia.) Era como se fosse uma simpática tia que nos visitava e com a qual partilhávamos um delicioso lanche. Tornou-se habitual a apresentadora ler várias cartas e mostrar desenhos enviados pelos telespectadores. </p><p style="text-align: justify;">Tal era a cumplicidade estabelecida que por vezes Vera Roquette via-se compelida a dar algumas palavras de conforto a quem dele necessitasse. Foi o caso deste momento de uma emissão de Março de 1989, em que a apresentadora, denotando esse sentimento nas cartas enviadas por alguns espectadores, fala sobre a solidão, reflectindo sobre as suas consequências mais nefastas mas também apontando que por vezes momentos de solidão podem ser uma oportunidade para se aprender a sentir-se bem sozinho e ser-se uma boa companhia para si próprio, até porque vai haver sempre momentos de solidão ao longo da vida, sobretudo lá mais para o final dela. (<i>Falando como alguém a quem a solidão sempre o acompanhou ao longo da vida, eu posso de facto testemunhar que aprender a estar-se bem na nossa própria companhia e a acreditar que mesmo sós podemos construir a nossa felicidade, sem depender de mais ninguém, é algo de valor inestimável na vida.</i>) </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/PX1vd4XTFNA" width="320" youtube-src-id="PX1vd4XTFNA"></iframe></div><br /><p><br /></p><p style="text-align: justify;">Este vídeo aliás foi o primeiro do <a href="https://www.youtube.com/@AgoraEscolha" target="_blank">canal do YouTube "Agora Escolha"</a>, um projecto a partir do arquivo pessoal da própria Vera Roquette, que em parceria com o canal Máquina Do Tempo, Afonso Gageiro e João Costa (do site "Brinca Brincando"). Para aqueles que acompanhavam o "Agora Escolha", decerto que vão (re)descobrir belas memórias! </p><p style="text-align: justify;">Outros vídeos do programa:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/takhn7nud98" width="320" youtube-src-id="takhn7nud98"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/025t4fkK9Qg" width="320" youtube-src-id="025t4fkK9Qg"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oln5jFqoAUM" width="320" youtube-src-id="oln5jFqoAUM"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/uRxpMZ1wwRg" width="320" youtube-src-id="uRxpMZ1wwRg"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-12673572681996394702023-10-16T11:00:00.003+01:002023-11-02T11:46:21.410+00:00Intervalos publicitários do primeiro dia da SIC (Outubro 1992)<div style="text-align: justify;">A Enciclopédia de Cromos tem o hábito de recordar momentos da SIC no mês de Outubro, e como tal temos algo especial: vamos analisar cinco blocos publicitários de 6 de Outubro de 1992, precisamente o primeiro dia de emissões da SIC! Estes blocos foram transmitidos durante a exibição do filme "A Guerra Das Rosas", comédia negra protagonizada por Michael Douglas e Kathleen Turner, e do programa de Benny Hill.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/J3b1yhFMV7c" width="320" youtube-src-id="J3b1yhFMV7c"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Uma vez mais, os nossos agradecimentos ao excelente canal <b>Máquina Do Tempo</b> e ao espólio de <b>Afonso Gageiro </b>pela disponibilização dos vídeos no YouTube.</div><br /><br /></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="246" src="https://www.youtube.com/embed/QBpsVKLJZAc?si=3Yy-2QGxMwInrWGs" title="YouTube video player" width="320"></iframe></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>0:00 </b>Cena do filme "A Guerra das Rosas" e a mítica vinheta rotativa da SIC.</div><div style="text-align: justify;"><b>0:06</b> Helena Ramos e uma beldade loura (que não é Helena Ramos, embora também tenha sido uma notória beldade loura) são respectivamente a voz e a cara do anúncio ao champô <b>Nivea Forma Plus</b>. Iremos ver este anúncio no início de vários blocos. </div><div style="text-align: justify;"><b>0:26</b> O automobilista italiano Alessandro Nannini é o protagonista deste anúncio ao <b>Alfa Romeo 155</b>. Uma jornalista aborda Nannini para uma entrevista, ao que este acede quando ela sugere fazer a entrevista dentro da viatura supracitada. Por esta altura, Alessandro Nannini já não estava na Fórmula 1 (onde ganhou o Grande Prémio do Japão em 1989) mas continuava noutros circuitos de corridas pela Alfa Corse, a sucursal de corridas da Alfa Romeo. (De referir ainda que Alessandro é o irmão mais novo da cantora Gianna Nannini.)</div><div style="text-align: justify;"><b>0:55</b> Braga tinha na altura o maior parque de diversões do país, a mítica <b>Bracalândia</b>. O parque permaneceu em Braga até 2007, quando a autarquia local decidiu não renovar o contrato de propriedade, tenso sido transferido para Penafiel em 2010 e renomeado de Magikland em 2012. Segundo um comentário no YouTube, a música utilizada no anúncio é de uma série animada sul-coreana chamada Larva. </div><div style="text-align: justify;"><b>1:14</b> Um artístico anúncio a preto e branco da <b>água do Alardo</b> com pessoas de várias idades em descomplexada nudez. Destaque para a jovem que olha sedutoramente para a câmara enquanto bebe um copo de água, com uma caneta numa mão e segurando um diário na outra. </div><div><div style="text-align: justify;"><b>1:43</b> Eles gritam por mais! Mais quê? O anúncio não revela, mas tratava-se de um spot teaser para as <b>pastilhas Trident</b>. </div><div style="text-align: justify;"><b>1:59</b> O lendário anúncio ao <b>chocolate Lion</b> protagonizado pelo actor William Baldwin, com o ainda mais lendário jingle interpretado por Gustavo Sequeira: "<i>Selvagem, uma dentada em Lion!</i>"</div></div><div style="text-align: justify;"><b>2:19</b> Perante a iminência de um golo, um guarda-redes monta uma inviolável barreira na sua baliza, mas afinal o remate foi ao posto. Anúncio à <b>companhia de seguros Victoria.</b></div><div style="text-align: justify;"><b>2:30</b> Uma versão abreviada às tintas Colormix da CIN. Noutro bloco veremos a versão completa.</div><div><div style="text-align: justify;"><b>2:45</b> Na altura, a <b>Olivetti</b> era uma das principais marcas de computadores pessoais (que em 1992 podiam ser adquiridos a partir de uns módicos 179 mil escudos, cerca de 580 euros). Actualmente a empresa italiana produz smartphones e tablets.</div><div style="text-align: justify;"><b>3:06</b> Uma agente da guarda fronteiriça não acredita que um misterioso errante com barba de três dias é o mesmo que está na fotografia do passaporte. Mas basta ele fazer a barba com uma lâmina <b>Shick FX</b> para não só comprovar que é mesmo ele, mas também para deixar a agente bem acesa.</div><div style="text-align: justify;"><b>3:38 Citroen ZX</b>, um automóvel campeão, vencedor do raid Paris-Pequim! Com entrada a partir de 264 contos (cerca de 1120 euros) ou mensalidade de 32 contos (160 euros). </div></div><div><div style="text-align: justify;"><b>4:05</b> Promo ao programa <b>"Benny Hill Show"</b>, protagonizado pelo célebre comediante inglês que falecera em Abril desse ano aos 68 anos. Hill encabeçou as várias encarnações do seu programa, famoso pelos seus sketches de humor burlesco, entre 1955 e 1989, sendo que algumas das temporadas produzidas entre finais dos anos 70 e 80 foram exibidas na RTP e agora reexibidas na SIC, com um primeiro episódio logo a seguir à transmissão do filme "A Guerra das Rosas". </div><div style="text-align: justify;"><b>4:36</b> "Noite de Estreia", a rubrica de cinema na qual estava a ser exibida o dito filme, tinha o patrocínio de RTA VIP Centro de Lazer. Mais sobre isso num bloco mais adiante. </div></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/hq6tp1J58LI" width="320" youtube-src-id="hq6tp1J58LI"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>0:00</b> Kathleen Turner e Michael Douglas numa cena tensa do filme, vinheta SIC e outra vez o anúncio de Nivea Forma Plus</div><div style="text-align: justify;"><b>0:27</b> A passagem de um <b>Renault 19</b> deixa todos a quererem fechar os olhos, mas um padre cai na "irresistível tentação". O tema do anúncio tem uma interpolação de "Johnny And Mary" de Robert Palmer, que foi utilizado em vários anúncios da Renault nos anos 80.</div><div style="text-align: justify;"><b>0:58</b> Está melhor? Mas a que preço? Anúncio aos seguros de saúdes da <b>seguradora Bonança</b>.</div><div style="text-align: justify;"><b>1:06</b> Um solarengo anúncio do <b>Martini Bianco</b> cheio de gente bonita à beira de uma piscina, onde de um momento de calmaria de repente desponta uma festa. (O meu momento favorito é quando um dos homens começa a tocar xilofone!)</div><div style="text-align: justify;"><b>1:37</b> Os testemunhos de clientes do <b>hipermercado Feira Nova</b> de Braga, o primeiro desta franchise subsidiária do grupo Jerónimo Martins inaugurado em 1989. Em 1992, ainda só havia outros Feira Nova em Aveiro e no Barreiro, mas nos anos seguintes não tardaram a abrir por todo o país até que em 2010, todos os hiper e supermercados Feira Nova (incluindo um em Torres Novas) passaram à denominação uniformizada do Pingo Doce. (Eu não conhecia este primeiro logótipo com as letras FN.)</div><div style="text-align: justify;"><b>2:07</b> Um <b>Peugeot 405 </b>percorrendo várias paisagens.</div><div style="text-align: justify;"><b>2:37</b> O Douro vinhateiro é o cenário deste anúncio à <b>Sogrape Vinhos</b> que em 1992 comemorava os 50 anos da sua fundação. Actualmente esta sociedade vinícola tem sucursais de produção e distribuição nos cinco continentes, da Argentina à Nova Zelândia e engloba marcas como Offley, Sandeman, Gazela e Porto Ferreira. </div><div style="text-align: justify;"><b>3:07 </b>Uma versão abreviada aos penso higiénicos Stayfree. Veremos noutro bloco a versão completa.</div><div style="text-align: justify;"><b>3:15</b> Desde de 1963 que a <b>PréNatal </b>é uma das principais marcas de puericultura em Portugal. Em 1996, foi adquirida pelo grupo Artsana (que por exemplo detém a marca Chicco), passando a ser uma marca revendedora. Em 1992, decerto ninguém achou nada de mais, mas se fosse hoje, certas pessoas veriam algumas "doutrinações subliminares" naquele ovo com cores do arco-íris.</div><div style="text-align: justify;"><b>3:27</b> Tchi, eu lembro-me bem deste anúncio ao <b>Opel Corsa</b> com Tom e o Jerry! (E pelos vistos na altura, um carro com um catalisador era uma novidade!)</div><div style="text-align: justify;"><b>3:56</b> Com a saúde não se brinca! Mais um anúncio aos <b>seguros de saúde da Bonança</b>. Nesse ano de 1992, essa seguradora tinha sido privatizada e adquirida pelo grupo Mello. Em 2000, fundiu-se com a seguradora Império. </div><div style="text-align: justify;"><b>4:05</b> Promo ao <b>MTV Prime</b>, o espaço da SIC dedicado à programação do mítico canal (outrora) dedicado exclusivamente à música, que era apresentado por Catarina Furtado. Nesta promo, podemos ver, entre outros, excertos de videoclips de Roxette, Simple Minds, Prince, Erasure, INXS e Manic Street Preachers. </div><div style="text-align: justify;"><b>4:34</b> O MTV Prime era patrocinado pelo <b>Twix</b>, que no ano anterior tinha tomado esta denominação em vez de Raider). </div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/pw-VUbLnPtA" width="320" youtube-src-id="pw-VUbLnPtA"></iframe></div><br /><div><div style="text-align: justify;"><b>0:00</b> Depois de um breve excerto do filme, a vinheta e novamente o anúncio do champô Nivea… </div></div><div style="text-align: justify;"><b>0:27</b> … eis então a versão completa do anúncio aos <b>pensos higiénicos Stayfree Plus</b>, com várias e atraentes caras femininas a louvar as suas vantagens, nomeadamente as suas abas protectoras, e um inevitável plano onde se compara a sua capacidade de absorção com a de um penso vulgar.</div><div style="text-align: justify;"><b>1:00</b> Um paralelo entre o passado e o presente neste anúncio ao <b>Toyota Corolla</b>. </div><div style="text-align: justify;"><b>1:44</b> Em 1992, quando a internet ainda era uma miragem distante, poder tratar de questões bancárias por telefone parecia um grande avanço tecnológico. Era o que propunha o grupo bancário britânico <b>Barclays</b>, que chegara a Portugal em 1990, com um banco telefónico à distância de um número telefónico. Em 2016, após uma profunda reestruturação e venda do grupo Barclays que levou à cessação da sua actividade em países como Portugal, as suas sucursais portuguesas passaram para o Bankinter.</div><div style="text-align: justify;"><b>2:15</b> Hoje em dia, anúncios publicitários de um minuto de duração são praticamente impensáveis, mas em 1992 ainda existiam. É o caso deste anúncio ao lendário <b>vinho verde Casal Garcia</b>, a dois anos de ser imortalizado na canção "Festa" dos Despe & Siga. ("<i>Só fico eu mais a Maria com a garrafa de Casal Garcia...</i>")</div><div style="text-align: justify;"><b>3:14 </b>E agora a versão completa do anúncio às <b>tintas Colormix da CIN</b> e o seu célebre jingle: "<i>Só lilases são quarenta, de amarelos outro tanto…</i>"</div><div><div style="text-align: justify;"><b>3:45</b> Promo ao programa <b>"Aventura"</b>, a ser exibido no dia seguinte. Tratava-se de uma série documental de viagens e actividades desportivas e radicais, que como se pode ver, ia aos quatro cantos mundos e tinha locução do saudoso Christopher Reeve.</div><div style="text-align: justify;"><b>4:14</b> "Aventura" era patrocinado pelo <b>Mars</b>, e eish! Há tanto tempo que eu não via este anúncio do Mars em que um jovem executivo auxilia uma jovem beldade de longos e volumosos cabelos que entra num elevador carregada com uma enorme pilha de livros com uma barra de Mars no topo, e para impressioná-la, oferece-se para carregar a dita pilha, esforçando-se ao máximo para esconder o desconforto da situação. O que vale é que, pelo sorriso rasgado da rapariga, ela parece apreciar o gesto e a intenção. </div></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/jEIjR0yQ7dk" width="320" youtube-src-id="jEIjR0yQ7dk"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>0:00</b> Uma cena do filme com Danny DeVitto, vinheta SIC e novamente os anúncios do champô Nivea e do Renault 19.</div><div style="text-align: justify;"><b>1:01</b> Anúncio dos <b>relógios Parsifal </b>de Raymond Weil em animação 3D.</div><div><div style="text-align: justify;"><b>1:30 </b>Mais um anúncio clássico desta altura! O do <b>Whiskey J&B</b> em que mostravam várias duplas cujas iniciais dos nomes eram as mesmas do uísque: John & Brenda, Joana & Bernardo, Jack & Bob e a favorita de todos, José & Beatriz. </div><div style="text-align: justify;"><b>2:02</b> A inconfundível e incomparável voz de Edith Piaf neste colorido e rodopiante anúncio ao p<b>erfume Amarige da Givenchy</b>.</div></div><div style="text-align: justify;"><b>2:32</b> Três lindíssimas modelos neste anúncio às <b>colorações Expression da Garnier</b>. Como não podia deixar de ser, é uma loira, uma morena e uma ruiva, ou como diz a voz-off "canela, ameixa e acobreado". Tudo neste anúncio: música, cenário, iluminação, roupa e penteados das manequins parece gritar "<i>Primeira metade dos anos 90!</i>"</div><div style="text-align: justify;"><b>3:03</b> Uma corrida na praia entre pai e filho ilustra este anúncio aos produtos <b>Becel</b> que já não se ficavam apenas pela manteiga, tendo por exemplo também uma maionese. </div><div style="text-align: justify;"><b>3:23</b> A febre sobe, mais, mais, mais! Mas <b>Panadol</b> apareceu e a febre desceu!</div><div style="text-align: justify;"><b>3:22</b> <b>Seguro Vivo da Eaglestar.</b></div><div style="text-align: justify;"><b>3:42</b> Outra vez o anúncio da Sogrape. Bem artístico o plano final com um modelo de camisa aberta segurando ao alto um cacho de uvas, qual Baco dos tempos modernos. </div><div><div style="text-align: justify;"><b>4:12</b> A Rede Globo foi um dos sócios fundadores da SIC, detendo 15% do capital, e o exclusivo dos seus produtos de ficção, em especial as telenovelas, seriam nos anos seguintes essenciais para alicerçar a ascensão da SIC. Mas nos primeiros dias de emissão da SIC, a presença do Globo ficou-se apenas por uma telenovela dos anos 80 inédita em Portugal, "Plumas & Lantejoulas", exibida ao fim da tarde, e a série "Tereza Batista" para depois do "Jornal da Noite".</div><div style="text-align: justify;">Adaptada do romance de Jorge Amado, <b>"Tereza Batista"</b> foi uma série de 28 episódios que tinha sido exibida no Brasil meses antes, com Patrícia França no papel da protagonista titular. Como se ouve na promo, Tereza é uma jovem vendida como escrava pelos próprios tios ao temível Coronel Justo (Herson Capri). Mas apesar de todas as crueldades do Coronel, Tereza recusa se submeter a ele e não desiste de procurar a sua liberdade e o amor, que encontrará junto do pescador Jereba (Humberto Martins). O elenco da série contou ainda com nomes como Jorge Dória, Zilka Salaberry, Stephan Nercessian, Maria Gladys e Hugo Gross. </div></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/CdPZs0NAlRc" width="320" youtube-src-id="CdPZs0NAlRc"></iframe></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>0:00</b> Os créditos finais do filme "A Guerra das Rosas" com uma locução em voz-off a promover o programa "Crimes", a ser exibido no dia seguinte depois de "Tereza Batista" e a seguir, o humor inconfundível de Benny Hill.</div><div style="text-align: justify;"><b>0:40</b> E por fim um anúncio ao primeiro patrocinador do espaço de cinema "Noite de Estreia": o <b>RTA VIP Centro de Lazer</b> no meio da paisagem bucólica da região de Amarante. </div><div style="text-align: justify;"><b>1:10 </b>Vinheta e dois anúncios que já vimos antes, aos computadores Olivetti e ao Citroen ZX. </div><div style="text-align: justify;"><b>2:03</b> Um simpático chimpanzé neste anúncio às <b>sanduicheiras da Ufesa</b>.</div><div><div style="text-align: justify;"><b>2:14</b> Outro anúncio desta altura de que me recordo muito bem. Num exemplo do ditado "a galinha da vizinha é mais gorda que a minha", um senhor tenta sempre superar o vizinho do lado: se o vizinho aparece com um carro novo, ele surge com um Rolls Royce, se o vizinho compra um barco, ele compra o iate. Mais difícil é quando o vizinho compra uma televisão nova, até perceber que melhor que um <b>Black Trinitron</b>, só dois Black Trinitrons! ("It's a Sony!") </div></div><div style="text-align: justify;"><b>2:44</b> Um anúncio sui-generis com um quadro de um nu para anunciar <i><b>A Noiva Judia</b></i>, o romance de estreia de <b>Pedro Paixão</b>, que não tardaria a se afirmar como um dos mais importantes escritores portugueses. </div><div style="text-align: justify;"><b>2:55</b> Estreado nos Estados Unidos em 1989, "Cops" (que seria exibido na SIC com o título <b>"Crimes")</b> é considerado um dos primeiros "reality shows" televisivos tal como esse termo é hoje entendido. O programa seguia as actividades de várias forças policiais americanas, como buscas, emboscadas e detenções, não recuando perante momentos de grande tensão e perigo. Sem narrações nem efeitos sonros ou música (excepto o tema de abertura, "Bad Boys" dos Inner Circle), apenas os comentários e conversas dos agentes e das pessoas com quem eles entram em contacto, o programa dava a sensação ao espectador de estar lá mesmo na acção. O programa ainda passa na televisão americana onde já vai na 35.ª temporada. A estreia na SIC estava marcada para o dia seguinte.</div><div style="text-align: justify;"><b>3:27</b> A inconfundível vinheta da <b>Thames Television</b>, que além de ser a franchise da estação britânica ITV na região de Londres, também produzia programas para difusão nacional e internacional (por exemplo, lembro-me de ver esta vinheta antes da série animada "O Ventos Nos Salgueiros"), como é o caso do <b>"Benny Hill Show"</b> que iria agora ser transmitido. Foi precisamente nesse ano de 1992 que a Thames Television perdera a franchise da ITV, continuando apenas como produtora de programas. Actualmente, pertence ao grupo Fremantle. </div><div><br /></div><div><br /></div><div><div><br /></div></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZnS7l-65YI4?si=5bE4rAfIZ-peicMr" title="YouTube video player" width="320"></iframe></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>0:00</b> Momentos finais do "Benny Hill Show" e vinheta SIC.</div><div style="text-align: justify;"><b>0:23 </b>A inconfundível voz de Ruy de Carvalho promovendo a luxuosa coleção <b>"As Moedas dos Reis"</b>, lançada pelo <b>Banco Totta & Açores</b>, recriando diversas moedas cunhadas pelos nossos antigos monarcas. </div><div style="text-align: justify;"><b>1:24</b> Outra vez o anúncio à agua do Alardo</div><div style="text-align: justify;"><b>1:53</b> Promoção à <b>Festa do Vinho e das Vindimas</b> em Bucelas, no concelho de Loures, que teria lugar nesse próximo fim de semana. </div><div style="text-align: justify;"><b>2:02</b> Pergunta a mulher deste anúncio aos <b>pensos higiénicos Ausónia Seda</b>: "<i>Julga que um penso já não a pode surpreender?</i>" Como não faço parte do público-alvo, não posso responder, mas admito que houve sempre em mim um certo fascínio pelos anúncios a pensos higiénicos pelo simples facto de evocarem todo um universo ao qual nunca poderei verdadeiramente entender ou descobrir por razões óbvias. </div><div style="text-align: justify;"><b>2:23</b> Promo à série <b>"Batalhas Conjugais"</b> ("Civil Wars") sobre as vidas e os casos de dois advogados especializado em divórcios litigiosos, interpretados por Mariel Hemingway e Peter Onorati. Como diz a locução, a série foi produzido pelo célebre Steven Bochco, o homem responsável por séries lendárias como "A Balada de Hill Street", "As Teias da Lei" e "O Menino Doutor". "Batalhas Conjugais" teve duas temporadas de dezoito episódios, exibidas nos Estados Unidos entre 1991 e 1993. Duas das personagens do elenco transitaram para "As Teias da Lei". </div><div style="text-align: justify;"><b>2:53</b> Agora o <b>espaço da meteorologia</b>, patrocinado por <b>Colgate</b>… </div><div style="text-align: justify;"><b>3:08</b> E olhem quem ela é! Bem se pode dizer que <b>Ana Marques</b> está na SIC literalmente desde o primeiro dia! Na altura, Marques tinha 21 anos e era estudante de Comunicação Social quando foi uma entre três selecionados para apresentar a meteorologia na SIC (sendo que um deles é a outra eterna cara da SIC José Figueiras). Como se pode ver, o primeiro dia SIC foi um dia de frio e chuva na Europa, excepto na Península Ibérica onde imperou o céu limpo e temperaturas veraneantes. (Um indício de que Outubro em Portugal estava a passar de ser um mês outonal para se tornar todo um epílogo, por vezes extenso, do Verão como se verificaria em anos vindouros.) Como se sabe, Ana Marques (assim como José Figueiras) não tardaria a saltar da meteorologia para a apresentação de um número incontável de programas ao longo dos 31 anos de existência da SIC.</div><div style="text-align: justify;"><b>5:12</b> Um senhor de óculos escova energicamente os dentes para evitar a placa bacteriana, mas talvez seja mais fácil bochechar com <b>Colgate Plax</b>!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Revendo e analisando estes blocos, senti uma vez mais com nostalgia pela SIC dos anos 90. E se nesta fase inicial, como que a tactear o terreno, a estação de Pinto Balsemão não revelava ainda enormes ambições e pretensões (que certamente já as teria), não é difícil vez que logo no primeiro dia, a SIC estava decidida a dar a conhecer outra forma de fazer televisão, bem distinta daquela que Portugal conhecia durante 36 anos de RTP. </div>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-86778730043552311202023-08-01T21:41:00.003+01:002023-08-01T21:41:45.376+01:00Aqua "Barbie Girl" (1997)<p></p><div style="text-align: justify;">Se me dissessem que o primeiro filme que eu iria ver ao cinema pós-pandemia COVID era o filme da Barbie, eu responderia "O QUÊ?", mas foi o que aconteceu há dias. (Curiosamente o último filme que fui ver ao cinema pré-pandemia foi "As Mulherzinhas", também da Greta Gerwig.) </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.billboard.com/wp-content/uploads/2022/02/Aqua-Barbie-Girl-screenshot-2022-billboard-1548.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="529" data-original-width="800" height="265" src="https://www.billboard.com/wp-content/uploads/2022/02/Aqua-Barbie-Girl-screenshot-2022-billboard-1548.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Seja como for, o filme está a ser um fenómeno e, talvez inevitavelmente, trouxe de volta memórias de uma canção que, embora não faça parte da banda sonora (pelo menos não na versão original), tem sido indelevelmente associada com a boneca mais famosa do mundo desde que escalou os tops pelo mundo afora nos idos de 1997. Falo obviamente de <b>"Barbie Girl"</b> da banda pop dinamarquesa <b>Aqua</b>. Goste-se ou deteste-se, não há como negar que esta é uma das canções mais icónicas da segunda metade dos anos 90 e que é um must nas festas temáticas dedicadas a esse decénio. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/4/4c/Aquabarbie.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="306" data-original-width="306" height="306" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/4/4c/Aquabarbie.jpg" width="306" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Aliás, a primeira vez que ouvi "Barbie Girl" foi uns meses antes do seu sucesso internacional, quando a popularidade ainda estava basicamente circunscrita ao reino da Dinamarca. Foi quando estava a ver na RTP o concurso de manequins Elite Model Look de 1997 (cuja vencedora foi uma muito jovem Soraia Chaves) e um dos convidados musicais eram precisamente os Aqua, com os apresentadores (não me recordo quem) a descreverem o seu estilo musical como "happy pop". Foi aí que ouvi pela primeira vez "Barbie Girl" onde certas partes como "<i>I'm a Barbie girl, in a Barbie world</i>" e "<i>Come on, Barbie, let's go party</i>" ficaram-me logo no ouvido. Lembro-me de achar que, apesar da combinação bizarra de um Ken careca com voz de Monstro das Bolachas e de uma Barbie bem menos comedida e angelical que a prototípica boneca (se bem que igualmente atraente) com voz de balão de hélio, ou talvez precisamente por causa disso, era uma canção extremamente divertida com o seu quê de subversiva, pelo que não fiquei surpreendido quando meses mais tarde "Barbie Girl" rodava nas rádios e na MTV e afins, rumo ao sucesso planetário. </p><p></p><div style="text-align: justify;">Mas comecemos pelo princípio. Corria o ano de 1994, quando dois jovens compositores e amigos de infância, <b>Soren Rasted</b> e <b>Claus Norreen</b>, foram encarregados de criar a banda sonora para um filme infantil dinamarquês: "Fraekke Frida og de frygtlose spionner" (traduzindo, é qualquer coisa como "Frida Marota e os Espiões Temerários"). Para algumas das canções, recrutaram a colaboração de um DJ de seu nome <b>René Dif</b>, que andava pelo mesmo estúdio. Os três gostaram de trabalhar juntos e começaram a congeminar a ideia de formar uma banda juntos. Foi então que Dif sugeriu que também entrasse no projecto uma jovem norueguesa que ele tinha conhecido quando a viu a cantar num ferry que fazia a travessia entre a Noruega e a Dinamarca e com a qual começaria a namorar pouco depois. Essa jovem era <b>Lene Nystrom</b>, que conjugava a sua carreira de cantora com trabalhos como manequim e assistente de concursos televisivos (ao que uma vez li, chegou a ser uma das Ruth Ritas da versão norueguesa de "A Roda Da Sorte"). Rasted e Norreen acederam e em 1995, o quarteto lançaria o seu primeiro single sob o nome de <b>Joyspeed</b>, uma versão da cantilena infantil "Itsy Bitzy Spider". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.discogs.com/KlEuEFh620xiHRiujQRq0ksL8rwa0YD0wOpcljoIiSU/rs:fit/g:sm/q:90/h:600/w:598/czM6Ly9kaXNjb2dz/LWRhdGFiYXNlLWlt/YWdlcy9SLTEzMTY5/Mi0xMjkxMjI1NjYx/LmpwZWc.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="598" height="400" src="https://i.discogs.com/KlEuEFh620xiHRiujQRq0ksL8rwa0YD0wOpcljoIiSU/rs:fit/g:sm/q:90/h:600/w:598/czM6Ly9kaXNjb2dz/LWRhdGFiYXNlLWlt/YWdlcy9SLTEzMTY5/Mi0xMjkxMjI1NjYx/LmpwZWc.jpeg" width="399" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Contudo foi no ano seguinte, com um novo contrato e a mudança de nome para Aqua, que o grupo iniciou o seu caminho rumo ao sucesso. O seu primeiro single, <b>"Roses Are Red",</b> foi n.º 1 do top dinamarquês e valeu-lhes uma nomeação para os prémios da música dinamarquesa. O single seguinte "My Oh My" e o álbum <b>"Aquarium" </b>saíram no início de 1997 mas seria o terceiro single "Barbie Girl" a catapultá-los para um sucesso além-fronteiras. Sim, havia a irresistível batida eurodance, havia a bizarra mas eficaz química entre essa Barbie e esse Ken inconvencionais (ainda que por esta altura Lene e René já não namorassem), mas claro que o ingrediente especial era a provocação a todo o imaginário dessa instituição que é a boneca Barbie. Um imaginário e uma instituição tão presentes na cultura pop que até aqueles como eu que nunca tiveram nenhum interesse em brincar com Barbies (nem sequer para as despir ou danificar) estão bem cientes deles. </div><p></p><p style="text-align: justify;">Desde praticamente a sua criação que Barbie tem sido alvo de vários ataques desde as suas medidas corporais irrealistas ao apelo ao consumismo, passando pelo alegado feminismo performativo. Também praticamente desde a mesma altura que a sua empresa criadora e fabricante, a Mattel, tem feito o possível para desmentir ou menorizar as críticas à sua joia da coroa e conferir-lhe toda a dignidade. E com versos como "<i>you can brush your hair, undress me everywhere</i>" ou "<i>I can act like a star, I can beg on my knees</i>", dignidade não era bem o que "Barbie Girl" pretendia elevar em relação à sua boneca-musa e claro que isso enfureceu a Mattel.</p><p style="text-align: justify;">A Mattel já movera no passado acções judiciais contra artistas que fizeram intepretações subversivas da Barbie (como por exemplo a cantora luso-belga Lio nos anos 80) mas o processo que moveu contra os Aqua via a sua editora nos Estados Unidos foi de longe o mais famoso, arrastando-se até 2002 com a decisão judicial a favor do grupo. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.redd.it/4cnv6zkuceb81.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="800" height="207" src="https://i.redd.it/4cnv6zkuceb81.jpg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;">Mas se o processo acabou por refrear o sucesso dos Aqua nos Estados Unidos, no resto do mundo "Barbie Girl" foi n.º 1 dos tops de inúmeros países. Por exemplo, contando apenas vendas tradicionais, é ainda hoje o 16.º single mais vendido de sempre no Reino Unido. E na verdade, a maioria das pessoas esteve-se nas tintas para as conotações sexuais e miúdos e graúdos trauteavam, uns alegremente, outros como ironia, a canção. Uma das minhas memórias mais ternas com a "Barbie Girl" foi no baile de Carnaval da minha escola secundária: quando tocava a canção, os rapazes gritavam de um lado "<i>Come on Barbie, let's go party!</i>" ao que as raparigas respondiam com "<i>Ah ah ah yeah!"</i> e "<i>Uh oh uh, uh oh uh!</i>".</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZyhrYis509A" width="320" youtube-src-id="ZyhrYis509A"></iframe></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Tudo isto sem ainda termos falado do icónico videoclip filmado no maior estúdio cinematográfico de Copenhaga, com a cenografia a recriar deveras fielmente, pese uma ou outra subversão, o universo da Barbie à escala humana. Creio mesmo que estaria muita próxima da cenografia que teria a Barbie Land se o filme da Barbie tivesse sido feito em 1997. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1998, os Aqua tiveram mais dois singles no top britânico: o single subsequente <b>"Doctor Jones"</b> e aquela que é para mim de longe a obra-prima dos Aqua, a sublime balada <b>"Turn Back Time"</b>, incluída na banda sonora do filme "Sliding Doors - Instantes Decisivos". Isto para além de outros hits como o reeditado <b>"My Oh My"</b>, <b>"Lollipop (Candyman)"</b> (o seu único outro hit nos Estados Unidos) e <b>"Good Morning Sunshine"</b>. E paralelamente o álbum "Aquarium" foi campeão de vendas e colecionou discos de ouro e platina por todo o mundo (Portugal incluído). É o terceiro álbum mais vendido de sempre na Dinamarca, com 350 mil cópias - impressionante se pensarmos que na altura o país tinha basicamente metade da população de Portugal. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://e.snmc.io/i/1200/s/ff0fe33e4ac1a3c9b08d9dc669d0edce/2580738" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="500" height="400" src="https://e.snmc.io/i/1200/s/ff0fe33e4ac1a3c9b08d9dc669d0edce/2580738" width="395" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Em 2000, saiu o segundo álbum dos Aqua, <b>"Aquarius"</b>, e mesmo sem o sucesso estrondoso do primeiro, também gerou alguns hits como <b>"Cartoon Heroes"</b>, <b>"Around The World"</b> e <b>"We Belong To The Sea"</b>. Em 2001, no Festival da Eurovisão desse ano em Copenhaga, os Aqua (acompanhados pelos Safri Duo) foram os convidados especiais, interpretando uma medley dos seus hits, destacando-se alguma linguagem profana por parte Lene Nystrom.</p><p></p><div style="text-align: justify;">Nos anos seguintes, a banda fez um hiato. Num rasgo à la Fleetwood Mac, em 2001 Lene Nystrom casou-se com Soren Rasted e os dois mudaram-se para Londres onde tiveram dois filhos (a união durou até 2017). Em 2003, Lene lançou o álbum a solo "Play With Me", do qual o single "It's Your Duty" teve alguma rotação no Sol Música e na Rádio Cidade. Por altura dos MTV Europe Music Awards em 2006 em Copenhaga, vi num programa da MTV que René Dif era então dono da discoteca mais chique da capital dinamarquesa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://metro.co.uk/wp-content/uploads/2016/06/aqua-facebook.jpg?quality=80&strip=all" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="491" data-original-width="713" height="275" src="https://metro.co.uk/wp-content/uploads/2016/06/aqua-facebook.jpg?quality=80&strip=all" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os Aqua em 2016</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim em 2009, os Aqua reuniram-se para promover um álbum best of com o single inédito <b>"Back To The 80's"</b> e desde então têm actuado ao vivo e lançado música intermitentemente, com o terceiro álbum de originais "Megalomania" a sair em 2011. Desde 2016, os Aqua têm actuado como trio depois da saída de Claus Norreen. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Entretanto, "Barbie Girl" manteve-se um clássico incontornável. Eventualmente a Mattel até utilizou variações do tema (obviamente com outra letra) em algumas suas campanhas da Barbie e multiplicaram-se várias versões por parte de nomes tão díspares como Faith No More, Kelly Key e Ludacris. Recordo-me também, ainda nos anos 90, de passar um videoclip no Sol Música, de um cantor nórdico a cantar uma versão em estilo de bossa nova, mas não me lembro do nome dele.</div><div style="text-align: justify;">E claro, foi actualmente samplado para um dos temas da banda sonora do filme da Barbie, "Barbie World" de Nicki Minaj e Ice Spice que, ao creditar os Aqua, trouxe-os de novo para os tops. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Selecção de temas dos Aqua e relacionados</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>"Doctor Jones"</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-1jPUB7gRyg" width="320" youtube-src-id="-1jPUB7gRyg"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p><b>"Turn Back Time"</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Ls0WfopgR9k" width="320" youtube-src-id="Ls0WfopgR9k"></iframe></div><br /><p><b>"Cartoon Heroes"</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Q_LPJllaogU" width="320" youtube-src-id="Q_LPJllaogU"></iframe></div><br /><p><b>"Around The World"</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/maUPpTiU-mo" width="320" youtube-src-id="maUPpTiU-mo"></iframe></div><br /><p><b>"Back To The 80's"</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/qUbxFeqRZwI" width="320" youtube-src-id="qUbxFeqRZwI"></iframe></div><br /><p><b>Lene "It's Your Duty"</b></p><p><b><br /></b></p>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Tf8kNuxgWR4" title="YouTube video player" width="320"></iframe></div><div><br /></div><div><b>Nicki Minaj & Ice Spice with Aqua "Barbie World"</b></div><div><br /></div><div><br /></div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/CUj2AWEJnwQ" title="YouTube video player" width="320"></iframe>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-1119447500326040042023-07-18T15:04:00.000+01:002023-07-18T15:04:12.525+01:00Despedida De Solteiro (1992-93)<p style="text-align: justify;">O algoritmo do Facebook tem-me sugerido páginas e imagens dedicadas à teledramaturgia brasileira e há uns tempos, dei com um post dedicado a esta telenovela, que eu não acompanhei mas que lembro da minha mãe ver. </p><p style="text-align: justify;">No início dos anos 90, para além da habitual faixa para as telenovelas da noite de segunda a sexta-feira, a RTP também exibiu algumas telenovelas ao fim-de-semana, começando com "Kananga Do Japão", seguindo-se "Araponga" e "Felicidade". <b>"Despedida De Solteiro"</b> ocupou depois o lugar desta última aos fins-de-semana, porém com a ascensão da SIC, que tinha na sua pareceria com a Rede Globo um dos seus principais trunfos, sensivelmente a meio da trama passou também a dar durante a semana. Aliás foi a antepenúltima telenovela da Globo a passar na RTP (depois só "Mandala" e "Fera Ferida"). </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/e/e9/Novela_Despedida_de_Solteiro_1992.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="534" height="263" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/e/e9/Novela_Despedida_de_Solteiro_1992.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPCVKjXLe8eF3YnKoago0hw_QpM7Q7zJE7s-SvSj_SnmCOoGLue937ScuLPzRL_2lft2gWhRhoYzomeWfd8EAtT_LnNbL3Tiic7he-W8O8QVDhQfHBPybM79YF0-wAYvc-bWT3M_bgLP8/s793/despedida+de+solteiro.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="793" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPCVKjXLe8eF3YnKoago0hw_QpM7Q7zJE7s-SvSj_SnmCOoGLue937ScuLPzRL_2lft2gWhRhoYzomeWfd8EAtT_LnNbL3Tiic7he-W8O8QVDhQfHBPybM79YF0-wAYvc-bWT3M_bgLP8/w400-h336/despedida+de+solteiro.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Da autoria de <b>Walter Negrão,</b> "Despedida De Solteiro" foi originalmente exibida no Brasil entre 1992 e 1993 na faixa das 18 horas, e em Portugal entre 1993 e 1994. Foi um projecto que avançou às pressas, uma vez que a produção de "Mulheres De Areia", prevista para ocupar a faixa horária, foi adiada devido à gravidez de Glória Pires. Aliás, a cidade cenográfica inicialmente concebida para "Mulheres De Areia" acabou por ser utilizada em "Despedida De Solteiro". </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s2-memoriaglobo.glbimg.com/t2xCJaJ7NSSTIdf2LeedEzPtHQc=/0x98:1552x1045/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ee6202d7f3f346a7a5d7affb807d8893/internal_photos/bs/2023/l/O/7bAulJScu44Zlp5PepSw/despedida-de-solteiro-eduardo-galvao-joao-vitti-paulo-gorgulho-felipe-camargo-02-bc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="488" data-original-width="800" height="244" src="https://s2-memoriaglobo.glbimg.com/t2xCJaJ7NSSTIdf2LeedEzPtHQc=/0x98:1552x1045/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ee6202d7f3f346a7a5d7affb807d8893/internal_photos/bs/2023/l/O/7bAulJScu44Zlp5PepSw/despedida-de-solteiro-eduardo-galvao-joao-vitti-paulo-gorgulho-felipe-camargo-02-bc.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pasqual Papagaio. Xampu, Pedro e João Marcos</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A trama era sobre quatro amigos em busca de justiça após terem sido condenados por um crime que não cometeram e que abalou toda a cidade de Remanso. Prestes a casar-se com Lenita (<b>Tássia Camargo</b>), o amor da sua vida, João Marcos (<b>Felipe Camargo</b>) prepara-se para uma festa de despedida de solteiro de arromba com os seus três melhores amigos: Pedro (<b>Paulo Gorgulho</b>), o líder do grupo, Pasqual (<b>Eduardo Galvão</b>), conhecido como Papagaio e Matheus (<b>João Vitti</b>), alcunhado de Xampu devido aos cuidados com a sua longa melena loura. Mas após uma noite de borga regada a álcool que culminou com um banho de cascata, a tragédia acontece: Salete (<b>Gabriela Alves</b>), uma prostituta que acompanhava os amigos, é encontrada morta junto à cascata e João Marcos é preso com os outros três durante a cerimónia do casamento. Com todos os indícios contra eles, João. Pedro, Pascoal e Xampu são condenados a 21 anos de prisão.</p><p style="text-align: justify;">Porém, sete anos mais tarde, os quatro saem em liberdade condicional, decididos a limpar o seu nome a provar a sua inocência. Ao saírem, encontram uma cidade ainda muito abalada pelo acontecimento e dividida entre aqueles que os desprezam e aqueles que acreditam neles. Mas infelizmente, pouco depois, Xampu, que contraiu Hepatite B na prisão, acaba por morrer, mas antes ainda casa-se com Bianca (<b>Rita Guedes</b>), com quem namorava informalmente antes de ser preso. <br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/A-eB8fkzBsw/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/A-eB8fkzBsw/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Flávia</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Endurecido pelo tempo na prisão, além de limpar o seu nome, Pedro também está determinado a lutar pelo amor de Flávia (<b>Lúcia Veríssimo</b>), a irmã de Xampu, que assumiu a direção das empresas da família e que também sempre gostou dele. Mas a mãe dela, Emília (<b>Lolita Rodrigues)</b>, culpando Pedro por tudo o que aconteceu ao filho, tenta por tudo para impedir o romance. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s2-memoriaglobo.glbimg.com/CdxMokzZNxYzuR4MrPu2xxjGZJw=/0x0:2443x1725/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ee6202d7f3f346a7a5d7affb807d8893/internal_photos/bs/2022/4/0/AgleSBTsGd6vv6EsjNGg/despedida-de-solteiro-elias-gleiser-patrick-de-oliveira-02-acervo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="565" data-original-width="800" height="226" src="https://s2-memoriaglobo.glbimg.com/CdxMokzZNxYzuR4MrPu2xxjGZJw=/0x0:2443x1725/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ee6202d7f3f346a7a5d7affb807d8893/internal_photos/bs/2022/4/0/AgleSBTsGd6vv6EsjNGg/despedida-de-solteiro-elias-gleiser-patrick-de-oliveira-02-acervo.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vitório e Léo</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Pasqual trabalhava no armazém do seu pai mas depois de ter sido preso, a sua irmã Marta (<b>Lucinha Lins</b>) regressou do Rio de Janeiro e transformou o negócio da família num restaurante self-service. Marta acaba por ser revelar a chave de um dos mistérios da trama: é ela a mãe de Léo (<b>Patrick de Oliveira</b>), o menino órfão acolhido pelo velho excêntrico Vitório Da Vinci (<b>Elias Gleizer</b>), o pai adoptivo de Pedro. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/EZeW7kLXQAQyspa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://pbs.twimg.com/media/EZeW7kLXQAQyspa.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bibi, Sérgio e Lenita</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Mas é João Marcos que apanha o maior choque quando descobre que Lenita casou-se com Sérgio Santarém (<b>Marcos Paulo</b>), o advogado de defesa dos quatro amigos no seu julgamento, do qual teve uma filha, Bibi (<b>Fernanda Nobre</b>). No entanto, ela é infeliz no casamento devido à brutalidade e ao vício de cocaína do marido. Além disso, Lenita nunca deixou de amar João Marcos e os dois lutam para ficar juntos, sofrendo com as maldades de Sérgio, o grande vilão da história, que fará tudo para que João e os amigos voltem para a prisão. Aliás, vem-se a saber que, apesar de supostamente os defender no julgamento, foi ele quem se certificou que os quatro amigos seriam condenados. </p><p style="text-align: justify;">João, Pedro e Pascoal acabam por ganhar um grande aliado em Mike (<b>Jayme Periard</b>). um misterioso viajante que chega à cidade e que vem-se a descobrir ser advogado. Investigando em conjunto, descobrem que Sérgio Santarém e até mesmo que ele esteve envolvido da morte de Salete. Além disso, vem-se a saber que isso era uma etapa no seu plano contra a família de Xampu e Flávia, pois é na verdade um filho bastardo do pai deles. <br />No final, Sérgio é condenado pelo rapto de Bibi e Léo, e acaba por morrer envenenado pela sua amante Glória (<b>Cinira Camargo</b>), deixando João Marcos e Lenita finalmente livres para iniciar uma vida a dois, assim como Pedro e Flávia. Já Pasqual, dividido entre Socorro (<b>Cristina Mullins</b>), a irmã de João Marcos, e Carol (<b>Leila Lopes</b>), a dona do ginásio da cidade, decide-se por esta. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbOtFgsp5M-n0BDRI51DPO2ozXHrpx2aJfTQxSLEIESwX2XRJ86w7ULQQ6bENxytycdRaHbMPhSY_uVDzkyX8Y7OF7-y8dCMn5W7MoMTKxkn-wFGsL05jqOmn5oq_n85kCSfr6hKAJ0Qo/s280/mundonovelas_despedidadesolteiro71.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="226" data-original-width="280" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbOtFgsp5M-n0BDRI51DPO2ozXHrpx2aJfTQxSLEIESwX2XRJ86w7ULQQ6bENxytycdRaHbMPhSY_uVDzkyX8Y7OF7-y8dCMn5W7MoMTKxkn-wFGsL05jqOmn5oq_n85kCSfr6hKAJ0Qo/w320-h258/mundonovelas_despedidadesolteiro71.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bianca e Soraya</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Outro núcleo marcante é o da família de Bianca. A sua mãe Soraya (<b>Ana Rosa</b>) sempre teve sonhos de grandeza mas nunca perdeu a pacovice, pelo que instiga a filha a subir na vida a todo o custo. Já o pai Sirineu (<b>Mauro Mendonça</b>) e a sua irmã Nina (<b>Helena Ranaldi</b>), que gerem uma oficina automóvel que sustenta a família, acreditam no trabalho honesto. Bianca namorava com Xampu com olho na fortuna da família do rapaz e depois de se casar com ele, revela-se uma verdadeira vilã disposta a tudo para levar a sua avante, chegando a aliar-se a Sérgio Santarém. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibESj7iVkxmPORhZmK7wrZnZ2U0kDZDzTCuSkOQ8D3Ve6OdFx-5VQDDw_GRMSPg9Gxk82eFVW0Oic-Rx7posLhap6tNQKiDbLi9mOU9ic7ce3q92KUxldM5mNzw1VwV695fyzYFjJVGanw/s650/globo__Despedida+de+Solteiro-Helena+Ranaldi+e+Mauro+Mendon_a+bc__gallefull.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="650" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibESj7iVkxmPORhZmK7wrZnZ2U0kDZDzTCuSkOQ8D3Ve6OdFx-5VQDDw_GRMSPg9Gxk82eFVW0Oic-Rx7posLhap6tNQKiDbLi9mOU9ic7ce3q92KUxldM5mNzw1VwV695fyzYFjJVGanw/s320/globo__Despedida+de+Solteiro-Helena+Ranaldi+e+Mauro+Mendon_a+bc__gallefull.JPG" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nina e Sirineu</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Além de ser a primeira telenpovela de Rita Guedes, Helena Ranaldi e João Vitti, "Despedida De Solteira" marcou a estreia em telenovelas <b>Letícia Spiller</b>, no papel de Debbie, personagem do núcleo jovem da trama.</p><p style="text-align: justify;">Mas aquilo que me lembro melhor da telenovela é o genérico de abertura, imitando um jogo de vídeo de 8 bits, sendo que também é das raras telenovelas da Globo com um tema estrangeiro na abertura, neste caso uma versão euro-dance de "Sugar Sugar" dos The Archies. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/2qxvImheMu0" width="320" youtube-src-id="2qxvImheMu0"></iframe></div><br /><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-81842022592550500272023-06-25T19:03:00.006+01:002023-06-26T17:16:33.586+01:00As Lições Do Tonecas (1996-99)<div style="text-align: justify;">Com a recente e triste notícia do falecimento de <b>Luís Aleluia</b>, muito se tem recordado o seu papel mais emblemático. </div><div style="text-align: justify;">O actor natural de Setúbal tinha um extenso currículo em televisão, em programas como "O Sétimo Direito", "O Cacilheiro Do Amor", "O Posto", "Sai Da Minha Vida", "Filha Do Mar" ou "Bem-vindos a Beirais". Mas na memória de todos está a personagem titular de <b>"As Lições Do Tonecas"</b>, a série humorística exibido na RTP entre 1996 e 1999. Curiosamente, a primeira vez que me lembro de ver Luís Aleluia em televisão foi no programa da RTP "Estúdio 4" (1988-89), apresentado por Luís Pereira de Sousa, num sketch onde fazia de um rapazinho que relatava uma aventura sua numa casa assombrada, uma espécie de esboço do que viria a ser o seu desempenho como o Tonecas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/K8xQftahw-s/hqdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/K8xQftahw-s/hqdefault.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"As Lições Do Tonecas" surgiu pela primeira vez como um conjunto de sketches humorísticos radiofónicos da autoria de <b>José Oliveira Cosme</b>, sobre um aluno sempre com uma resposta despropositadas às perguntas do seu professor, constantemente em palpos de aranha com a insolência do pupilo. Os sketches apareceram pela primeira vez em 1934 no programa "O Senhor Doutor" da Rádio Clube Português, com o próprio Oliveira Cosme como o professor e Henrique Samorano como Tonecas. Em 1945, Oliveira Cosme recuperou os sketches no RCP com João Pereira e Sousa a fazer a voz do aluno. Os diálogos foram posteriormente publicados em vários livros, possibilitando a sua encenação nas escolas e nos centros recreativos. Eu próprio tive a oportunidade de encarnar o Tonecas no meu 4.º ano ao interpretar uns desses diálogos na festa de final de ano lectivo (que depois reprisei agora como o professor no meu ATL de férias desse ano). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://img.wook.pt/images/as-licoes-do-tonecas-jose-de-oliveira-cosme/MXwxNTY3NjkxOHwxMTE3MTMyNHwxMzk2NDU1MDI0MDAw/500x" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="766" data-original-width="500" height="400" src="https://img.wook.pt/images/as-licoes-do-tonecas-jose-de-oliveira-cosme/MXwxNTY3NjkxOHwxMTE3MTMyNHwxMzk2NDU1MDI0MDAw/500x" width="261" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas aquela que viria a ser a iteração definitiva de "As Lições do Tonecas" foi nos anos 90, na adaptação para série na RTP, estreada a 4 de Setembro de 1996 e que se estenderia por quatro temporadas. Tal foi o sucesso que nunca mais foi fácil imaginar mais alguém no papel de Tonecas e do professor do que Luis Aleluia e <b>Morais e Castro</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/K8xQftahw-s" width="320" youtube-src-id="K8xQftahw-s"></iframe></div><br /> <br /><br /><div style="text-align: left;"><a href="https://static.globalnoticias.pt/storage/DN/2016/big/ng7551813.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="612" height="261" src="https://static.globalnoticias.pt/storage/DN/2016/big/ng7551813.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em vez de reproduzir os diálogos originais de Oliveira Cosme, a série era adaptada às realidades da altura. Lembro-me por exemplo de um episódio onde o professor ensinava os países recém independentes que saíram do desmembramento da Jugoslávia e da União Soviética (acho que foi mesmo aí que eu soube pela primeira vez que a capital do Montenegro era Podgorica). O cenário com a sala de aula também permitiu a presença de várias crianças como figurantes, embora estas pouco mais fizessem na série do que rir das piadas do Tonecas. Para a história ficaram os acessos de frustração do professor com Morais e Castro a rosnar na sua inconfundível voz ("<i>Menino Tonecas, menino Tonecas!</i>") e os gritos estridentes quando o Tonecas finalmente compreendia algo, ("<i>AAAAAAAAAAAHHH!</i>"). Rui Luís, Linda Silva e Luísa Barbosa também foram aparecendo como respectivamente o pai, a mãe e a avó do Tonecas. Houve também muitas participações especiais de outros actores, como <b>Ana Bola</b>, <b>Ana Zanatti</b>, <b>José Raposo</b>, <b>Helena Isabel</b>, <b>Herman José</b>, <b>Maria Vieira</b>, <b>Maria João Abreu</b> e <b>Vítor de Sousa</b>, alguns até reprisando os papéis de outras séries da RTP, como <b>Fernando Mendes</b> no papel do mítico Beto de Nunes de "Nós, Os Ricos" e até de estrelas como <b>Quim Barreiros </b>e os <b>Excesso</b>.</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://mb.web.sapo.io/ae94e7758141d04c5dd00ffc7a84a7e755d1da4f.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="800" height="200" src="https://mb.web.sapo.io/ae94e7758141d04c5dd00ffc7a84a7e755d1da4f.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Além da série, Luís Aleluia também gravou um disco como Tonecas, fez uma digressão pelo país com Morais e Castro num espectáculo que recuperava alguns episódios da série e encarnou a personagem em vários programas da RTP (lembro-me de um especial de fim de ano da RTP em que houve um sketch em que o Tonecas ia parar ao colégio da série "Riscos") e apresentou <a href="https://arquivos.rtp.pt/programas/o-recreio-do-tonecas/" target="_blank">"O Recreio do Tonecas"</a> em 2000, até retirar a personagem em 2006. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>No Instagram oficial de Luís Aleluia, <a href="https://www.instagram.com/p/CLbz_8wnz0d/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MTI1ZDU5ODQ3Yw==" target="_blank">eis um sektch feito nas instalações do Sporting</a>, com Aleluia a fazer de professor, o jogador Nelson como o menino Necas e um muito jovem Cristiano Ronaldo como figurante.<div><br /></div><div>Alguns episódios no YouTube<br /><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/f3yOeS1kQvo" width="320" youtube-src-id="f3yOeS1kQvo"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Jb_smopjFFM" width="320" youtube-src-id="Jb_smopjFFM"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/aVfBjPLJ3Mk" width="320" youtube-src-id="aVfBjPLJ3Mk"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/_AQVclDYV4c" width="320" youtube-src-id="_AQVclDYV4c"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div><br /></div></div>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-23122468555172444222023-06-06T16:30:00.004+01:002023-06-06T16:30:53.708+01:00As Aventuras do Pequeno Koala (1984)<p style="text-align: justify;"> <b>"As Aventuras do Pequeno Koala"</b> foi uma série japonesa de animação produzida em 1984 pelo estúdio Tohokushinsha Films e exibida em Portugal na RTP1 em 1991 às segundas-feiras no espaço "Brinca, Brincando" em 26 episódios, cada um com duas histórias. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://s4.anilist.co/file/anilistcdn/media/anime/cover/medium/3723.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="159" data-original-width="225" height="226" src="https://s4.anilist.co/file/anilistcdn/media/anime/cover/medium/3723.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A série foi produzida no mesmo ano em que a Austrália doou alguns koalas ao Japão, o que levou a um interesse do público japonês por estes animais. Por coincidência, em 1991, o ano em que a série foi exibida na RTP, o Jardim Zoológico de Lisboa recebeu uma família de koalas vinda da Austrália. (Foi também nesse ano de 1991 que eu visitei o Jardim Zoológico pela primeira vez.)</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2020/07/as-aventuras-do-pequeno-koala-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="246" data-original-width="350" height="246" src="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2020/07/as-aventuras-do-pequeno-koala-01.jpg" width="350" /></a></div><p></p><div style="text-align: justify;">Mas se no mundo real, os koalas são notórios por passarem grande parte do seu tempo a dormir, o protagonista da série, Roberto (Kokki no original japonês, Roobear na versão americana), é um koala bem activo que gosta de desporto e de inventar brincadeiras com os amigos. </div><div style="text-align: justify;">Roberto vive numa aldeia algures na Austrália com os seus pais e a sua irmã mais nova Laura. Os seus amigos são dois coelhos, Mimi e Orelhas (este sempre com headphones na cabeça) e dois pinguins, Zeca a e Guida, (que faça o tempo que fizer, estão sempre de cachecol), bem como a sua namorada, uma linda koala chamada Betty. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas por vezes, Roberto e os amigos têm desavenças com os irmãos canguru, Walter, Joca e Luger. Walter é o líder, exímio lançador de boomerang, e a sua animosidade para com Roberto tem um motivo secreto: é apaixonado por Betty e num dos episódios é revelado que ele lhe escreveu mais de setenta cartas de amor. Mas claro, tudo isso é algo que Walter tem vergonha em revelar (até porque seria um amor impossível por serem de espécies diferentes).Também Guida tem um paixoneta não-correspondida por Roberto e num dos episódios, tenta interferir num momento romântico entre Betty e Roberto.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.animenewsnetwork.com/images/encyc/A1044-2916717684.1442353061.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="239" data-original-width="314" height="239" src="https://www.animenewsnetwork.com/images/encyc/A1044-2916717684.1442353061.jpg" width="314" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na aldeia vivem outros animais de espécies típicas da Austrálásia: o Kiwi, um kiwi de óculos sempre à procura duma profissão que o realize (num dos episódios, Kiwi descobre uma máquina fotográfica antiga que demora dez minutos a tirar uma foto mas as suas tentativas de a usar não correm muito bem porque ninguém aguenta estar assim tempo na mesma pose), Tempo, um misterioso dingo que consegue prever o estado do tempo, Martinho, um petauro-do-açúcar inseparável de Tempo, Migos, um lagarto coscuvilheiro e Bico Peninha, um ornitorrinco que gosta de criar coisas com desperdícios. Outros koalas da aldeia são a Menina Luísa, a editora do jornal da aldeia, para o qual o pai de Roberto trabalha como fotógrafo, e o Dr. Voo, o médico da aldeia que se desloca num bizarro avião, a Caranguejola. </div><p style="text-align: justify;">A dobragem portuguesa foi dirigida por <b>Jorge Melo</b> e o tema do genérico foi interpretado por <b>Rosa Quiroga</b> (que também era a voz da Menina Luísa):</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/MdvdWJbzHGk" width="320" youtube-src-id="MdvdWJbzHGk"></iframe></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;"><i>Um e dois, dois e três,</i></div><i><div style="text-align: justify;"><i>Era um vez</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Um koala esperto</i></div><div style="text-align: justify;"><i>De seu nome Roberto</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Pelo o ar, sob o mar,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Em qualquer lugar</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Não há nada melhor do que brincar</i></div></i><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><i>Venham ver para crer</i></div><i><div style="text-align: justify;"><i>Que grande emoção</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Um koala num balão</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Muitos amigos ter</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Para dar e vender</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Enche o coração</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Um e dois, dois e três</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Esta é de vez</i></div><div style="text-align: justify;"><i>A história vai começar</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Eu até quero ver</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Quem não vai querer ser</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Koala e brincar</i></div></i><p></p><p style="text-align: justify;">Apesar do alto dos onze anos que tinha na altura, eu já achar a série um bocado infantil demais para mim, os bonecos era tão engraçados, sobretudo os pinguins, que eu costumava ficar a ver.</p><p> </p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-70548431180645983292023-05-24T20:42:00.000+01:002023-05-24T20:42:40.504+01:00Festival da Eurovisão 2003 <p style="text-align: justify;">A edição deste ano em Liverpool ainda está bem presente, mas sugiro que recuemos vinte anos no tempo e recordemos uma edição passada do Festival da Eurovisão, que viria a ter um papel determinante no rumo que o certame viria a tomar nos anos seguintes. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/d/d3/Eurovision_Song_Contest_2003_logo.svg/250px-Eurovision_Song_Contest_2003_logo.svg.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="116" data-original-width="250" height="148" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/d/d3/Eurovision_Song_Contest_2003_logo.svg/250px-Eurovision_Song_Contest_2003_logo.svg.png" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Com cada vez mais países a quererem participar, e com vários países descontentes com as diferentes regras de relegação que obrigavam os países com pior resultado no ano anterior a esperar dois anos para voltarem a participar, a ampliação do Festival para além de uma única noite de competição era inevitável. Segundo consta, já em Junho de 2002 a EBU começou a debater a ideia do Festival passar a ter duas noites de competição: uma semifinal a meio da semana onde os países menos bem colocados do ano anterior e eventuais países estreantes e retornados disputariam dez vagas para a final no sábado, juntando-se aos países do top 10 do ano anterior, bem como os quatro países do Big 4 (Alemanha, Espanha, França e Reino Unido) finalistas automáticos por serem aqueles com maior contribuição financeira para a EBU. </div><div style="text-align: justify;">Aparentemente, alguns países como a Alemanha, eram a favor da introdução desse novo formato já em 2003, o que permitiria a estreia de países interessados como Albânia, Andorra, Bielorrússia, Bulgária e Ucrânia no Festival, bem como o regresso da República Federal da Jugoslávia, entretanto renomeada de Sérvia & Montenegro. </div><div style="text-align: justify;">Porém, as preparações para a edição de 2003 já estavam suficientemente avançadas para não ser possível acomodar uma mudança tão radical, pelo que decidiu-se que esse novo formato só avançaria em 2004, conforme foi anunciado pela escrutinadora da EBU durante o Festival de 2003. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Como tal, o <b>48.º Festival da Eurovisão</b> teve lugar no <b>Skonto Hall</b> em <b>Riga</b>, capital da Letónia, a 24 de Maio de 2003 (precisamente 47 anos depois da primeira edição) e foi a última edição a ter apenas uma noite de competição. </div><div style="text-align: justify;">Depois da Estónia em 2002, outro país ex-soviético da zona do Mar Báltico acolhia o Festival, após a surpreendente vitória da Letónia no ano transacto naquela que era apenas a sua terceira participação.</div><div style="text-align: justify;">Enquanto Andorra, Bielorrússia, Albânia e Sérvia & Montenegro aceitaram esperar até 2004 para participar (apesar destes dois últimos países terem uma canção pronta para participar já em 2003), a Ucrânia insistiu em estrear-se no Festival neste ano e a EBU acabou por aceder. Como tal um número recorde de 26 países participaram, com Portugal, Países Baixos, Polónia, Irlanda, Islândia e Noruega a regressarem após ausência em 2002, enquanto Dinamarca, Finlândia, Lituânia, Macedónia e Suíça ficaram de fora devido aos seus baixos resultados no ano anterior.</div><div style="text-align: justify;">Os apresentadores foram Marija Naumova ou <b>Marie N.</b>, que tinha trazido a vitória para o país no ano anterior, e <b>Renars Kaupers</b>, o líder da banda Brainstorm que representara a Letónia na sua estreia em 2000 obtendo o terceiro lugar. Os comentários para a RTP estiveram a cargo de <b>Margarida Mercês de Melo</b> (que confundiu algumas vezes o nome do país anfitrião Letónia com Lituânia e Polónia) e <b>Helena Ramos</b> foi a porta-voz dos votos de Portugal. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2022/07/img_6699-5.jpg?w=1024" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="590" data-original-width="800" height="236" src="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2022/07/img_6699-5.jpg?w=1024" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os apresentadores saudando Helena Ramos,<br />porta-voz dos votos de Portugal</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Segundo consta, a organização da televisão letã LTV foi bastante atribulada, com um jornal dinamarquês a reportar planeamentos deficientes, incumprimento de prazos e má gestão financeira, ao ponto da EBU ter até chegado ameaçar atribuir a organização a outro país, levando ao despedimento do produtor executivo da LTV. A EBU também reprovou o conceito inicial para os <i>postcards</i>, e dava para ver que aqueles que se viram foram feitos à pressa. A maioria dos <i>postcards</i> mostrou os representantes de cada país a visitar um ponto da cidade de Riga ou das suas imediações (no caso de Portugal, um farol), mas outros como os da Croácia e da Rússia eram imagens dos ensaios dos artistas na arena, o da Islândia foi com imagens da chegada da cantora ao aeroporto de Riga, e o do Reino Unido parecia que foi feito durante as gravações do "Letónia Radical" lá do sítio.</p><p></p><div style="text-align: justify;">No entanto, na noite do Festival, o resultado final foi bastante satisfatório, com uma produção bem moderna para a época, um palco impressionante e pormenores interessantes, como animações em <i>claymotion</i>. Além disso foram integrados três elementos que viriam a ser quintessenciais em edições seguintes do Festival da Eurovisão: a integração da <i>green room</i> dos artistas no palco, o uso de ecrãs LED no chão do palco e sobretudo, um quadro de votações que actualizava a classificação à medida que as votações iam sendo anunciadas. (De referir ainda que, tal como no ano anterior, o segmento da recapitulação das actuações da noite com os números de telefone para a votação foi feita em ordem inversa à da actuação, da última para a primeira, algo que foi depois descontinuado.) </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2022/07/img_6710-1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="592" data-original-width="800" height="237" src="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2022/07/img_6710-1.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O quadro da classificação após os votos de Portugal</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Como é habitual, analisaremos as canções por ordem inversa de classificação:</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/C8kLJ-kMDrQ/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/C8kLJ-kMDrQ/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jemini (Reino Unido)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O <a href="https://www.youtube.com/watch?v=MTUckZmxmGU" target="_blank"><b>Reino Unido</b> </a>foi uma das maiores potências do Festival ao longo do século XX, mas nesse ano provou pela primeira vez o sabor amargo dos zero pontos (e não seria a última!). O duo Jemini (não confundir com os nossos Gemini de "Dai-Li-Dou") era composto por Chris Cromby e Gemma Abbey, ambos naturais de Liverpool, e cantou "Cry Baby". Na Velha Albion, não faltou quem, como o comentador da BBC Terry Wogan, justificasse o descalabro com a participação britânica na invasão do Iraque no início desse ano que teve duras críticas de vários países europeus, mas para a maioria a razão principal foi basicamente uma canção medíocre com uma actuação fraca. Ainda assim, o single chegou ao n.º 15 do top britânico e os Jemini têm actuado esporadicamente desde então. Em 2016, Gemma Abbey teve problemas com a lei devido a fraudes na segurança social, sendo condenada a um ano de prisão com pena suspensa. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/1QrQLYrMgN4/hqdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCOADEOgC8quKqQMa8AEB-AG-FoAC8BCKAgwIABABGD8gUChlMA8=&rs=AOn4CLCBLtKomDzN43vdd4vpQ8jsuwFMSQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/1QrQLYrMgN4/hqdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCOADEOgC8quKqQMa8AEB-AG-FoAC8BCKAgwIABABGD8gUChlMA8=&rs=AOn4CLCBLtKomDzN43vdd4vpQ8jsuwFMSQ" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lynn Chricop (Malta)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=w4KbadM72Vc" target="_blank">Malta</a></b> ficou em 25.º lugar com 4 pontos (3 da Irlanda e 1 de Portugal). Lynn Chircop cantou "To Dream Again". Segundo a Wikipedia em inglês, além da música, Lynn é advogada especializada em Direitos Humanos. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/gz-FA3IWAdE/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/gz-FA3IWAdE/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">F.L.Y. (Letónia)</td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=9ZgA-UZw25I" target="_blank">Letónia</a></b>, o país anfitrião, ficou-se pelo 24.º e antepenúltimo lugar com 5 pontos (vindos da Estónia). A representá-lo esteve o trio F.L.Y. e a canção "Hello From Mars". O nome deste grupo era composto pelas iniciais dos três membros: (Martins) Freimanis, Lauris (Reiniks) e Yana (Kay), que depois tiveram carreiras em separado. Infelizmente, Martins Freimanis faleceu em 2011 com apenas 33 anos quando uma gripe prejudicou gravemente os seus problemas de fígado. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/KTtOfzAY2B4/maxresdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCIAKENAF8quKqQMa8AEB-AG-B4AC0AWKAgwIABABGCogQSh_MA8=&rs=AOn4CLBoVF1Ay3QPqsst9ff1VVviEhlQwA" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/KTtOfzAY2B4/maxresdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCIAKENAF8quKqQMa8AEB-AG-B4AC0AWKAgwIABABGCogQSh_MA8=&rs=AOn4CLBoVF1Ay3QPqsst9ff1VVviEhlQwA" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Karmen Stavec (Eslovénia)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZNsSUzrZX3I" target="_blank">Eslovénia</a></b> foi o último país a actuar mas não foi além do 23.º lugar com 7 pontos. Esta edição do Festival foi das poucas sem nenhum artista que já tinha participado antes como intérprete principal, mas a representante eslovena Karmen Stavec tinha feito coro na canção da Eslovénia de 1998. Karmen nasceu em Berlim Ocidental, filha de pais eslovenos. No pré-selecção eslovena do ano anterior, a sua canção "Se In Se" tinha sido a vencedora destacada do televoto mas devido ao voto do júri, quem venceu foi o trio de drag queens Sestre, pelo que a sua vitória em 2003 com o tema "Nanana" foi uma espécie de compensação. Karmen ainda está activa na música, tendo voltado a participar na pré-selecção eslovena de 2008, mas o seu último álbum ainda data de 2003.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/l_pF-fQdEm4/hqdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCOADEOgC8quKqQMa8AEB-AG-FoAC8BCKAgwIABABGGUgUyhEMA8=&rs=AOn4CLAp3RSghwOzQ114JVibjcmwX5TfFw" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/l_pF-fQdEm4/hqdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCOADEOgC8quKqQMa8AEB-AG-FoAC8BCKAgwIABABGGUgUyhEMA8=&rs=AOn4CLAp3RSghwOzQ114JVibjcmwX5TfFw" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rita Guerra (Portugal)</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=M_olsZuSMFE" target="_blank">Portugal</a> </b>podia ter participado no Festival de 2002, uma vez que apesar de ser um dos países relegados, surgiram duas vagas disponíveis, mas a RTP recusou o convite da EBU citando razões financeiras, para além da reestruturação que passava na altura sob a tutela do então ministro Nuno Morais Sarmento. (Essa vaga passaria para a Letónia que viria a ganhar!) Sendo assim, Portugal regressava após um ano de ausência. Inicialmente a ideia era escolher o intérprete para a Eurovisão através dos concorrentes da primeira edição da "Operação Triunfo", mas com o adiamento do programa, a RTP acabou por convidar Rita Guerra para ser a representante, com a sua canção a ser escolhida através de candidaturas públicas. Foi a segunda vez que um intérprete indigitado iria cantar todas as canções em competição, depois de Carlos do Carmo em 1976. </div><div style="text-align: justify;">Três canções foram seleccionadas para serem interpretadas por Rita Guerra durante uma gala da "Operação Triunfo": "Prazer No Pecado", "Estes Dias Sem Fim" e "Deixa-me Sonhar (Só Mais Uma Vez)", com esta última, da autoria de Paulo Martins, a ser a escolhida com uns esmagadores 75% de televotos. Em Riga, a canção foi apresentada numa versão bilingue, inicialmente cantada em português e com a parte final em inglês. No entanto, apesar da excelente prestação vocal de Rita Guerra, Portugal não foi além do 22.º lugar com 13 pontos (6 da França, 3 da Ucrânia e 2 de Espanha e Irlanda).</div><div style="text-align: justify;">Rita Guerra era já uma cantora bastante conhecida do público, tendo iniciado a sua carreira em 1989 e além de três álbuns, tinha participado em vários projectos como "As Canções do Século" com Lena D'Água e Helena Vieira e a banda sonora nacional de "O Príncipe Do Egipto". Mas apesar do modesto resultado, esta participação na Eurovisão foi o início de um novo pico na sua carreira, que culminaria no álbum "Rita" de 2005, que foi duplo disco de platina e n.º 1 do top nacional. Destaque ainda para a presença no coro do cantor Beto, habitual parceiro musical de Rita Guerra, nomeadamente no hit "Brincando Com O Fogo", infelizmente falecido em 2010. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/foK_HYuVCPY/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/foK_HYuVCPY/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruffus (Estónia)</td></tr></tbody></table><br /> </div><div style="text-align: justify;">Um lugar acima e com mais um ponto que Portugal ficou a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=K1px4aab5y8" target="_blank">Estónia</a></b>, representada pelo grupo Ruffus e o tema "Eighties Coming Back". Mas embora a canção falasse do regresso dos anos 80, pessoalmente acho que tinha mais ecos sónicos dos anos 70. Os Ruffus começaram em 1997 sob o nome de Claire's Birthday e terminariam nesse ano de 2003. O vocalista Vaiko Eplik tem tido uma carreira a solo desde 2006. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/Xu0VZzYYgQg/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/Xu0VZzYYgQg/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Stellios Constantas (Chipre)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=bL_-Rd6WjJY" target="_blank">Chipre</a></b> ficou em 20.º lugar com 15 pontos, incluindo os inevitáveis 12 pontos da Grécia. O seu representante foi Stellios Constantas com o solarengo tema "Feeling Alive". </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/oOTFEzSZvGE/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/oOTFEzSZvGE/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lior Narkis (Israel)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Lior Narkis representou <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=oOTFEzSZvGE" target="_blank">Israel</a></b> com a canção "Words For Love", obtendo 17 pontos e o 19.º lugar. Narkis iniciou a sua carreira ainda em criança e lançou o seu primeiro álbum em 1992 com 16 anos. Porém as grandes estrelas da actuação foram as cinco bailarinas que o acompanharam em palco, que pelo meio da coreografia foram fazendo várias mudanças de vestuário, revelando a frase "amo-te" escrita em russo, francês, espanhol, grego e hebraico nos seus tops e no fim formando a frase "LOVE U". </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/gSpveze56Us/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/gSpveze56Us/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Louisa (França)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=gYuc67k-wYc">França</a></b> foi representada por Louisa Baileche, que tal como a nossa Rita Guerra, surgiu em palco com um vestido de Fátima Lopes. Nascida na região parisiense e com ascendências italianas e argelinas, Louisa Balileche tinha vasta experiência como cantora e bailarina em vários palcos de Paris. Em Riga, cantou "Monts Et Merveilles", ficando em 19.º lugar com 18 pontos.</p><p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/gNJ3XgelGUU/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/gNJ3XgelGUU/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mando (Grécia)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Adamantia Stamatopoulou, ou simplesmente Mando, foi a representante da <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=i1OBgbeYInk">Grécia</a></b>. Uma artista consagrada no seu país desde o final dos anos 80, foi também coautora da canção "Where You Are", gravada por Jessica Simpson e Nick Lachey. Em Riga, Mando cantou a balada "Never Let You Go", envergando um ousado corpete negro. A Grécia ficou em 17.º lugar com 25 pontos, incluindo os inevitáveis 12 pontos de Chipre. </div><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/G-hdnw3FIHk/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/G-hdnw3FIHk/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mija Martina (Bósnia-Herzegovina)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Em 16.º lugar com 27 pontos (12 da Turquia) ficou a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=KPFjADXmEPo" target="_blank">Bósnia-Herzegovina</a></b>. Mija Martina Barbaric cantou em croata e inglês "Ne brini" ("não te preocupes"). Além da música, Mija Martina também trabalhou para o Ministério do Turismo e Ambiente do seu país.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/ASya97TyraY/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/ASya97TyraY/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Claudia Beni (Croácia)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=4ZsVBPI05Ng" target="_blank">Croácia</a> </b>ficou em 15.º lugar com 29 pontos. A seis dias de completar 17 anos, Claudia Beni era a mais nova dos intérpretes que competiram este ano, interpretando numa vibe muito Britney Spears, o tema "Vise nisma tvoja" ("já não sou tua"). Esta foi a primeira de seis canções com música do compositor croata Andrej Babic que competiram no Festival entre 2003 e 2012 em representação de quatro países, com óbvio destaque para as canções portuguesas de 2008 e 2012.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/C0r1Vh4hbFc/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/C0r1Vh4hbFc/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Oleksandr Ponomaryov (Ucrânia)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Como já foi referido, este ano foi a primeira participação da <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=RMZihMsDeBA" target="_blank">Ucrânia</a></b>. Para este estreia, foi escolhido um dos cantores mais populares do país, distinguido sete vezes como cantor do ano, Oleksandr Ponomaryov que cantou "Hasta La Vista". Em palco, foi acompanhado por dois cantores de coro, duas bailarinas e uma contorcionista. A Ucrânia ficou no 14.º lugar com 30 pontos, mas logo no ano seguinte obteria um resultado bem melhor…</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/L4EeAlVcvmM/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/L4EeAlVcvmM/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Esther Hart (Países Baixos)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Esther Hart foi a representante dos <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=DDhIqI4kvMw" target="_blank">Países Baixos</a></b> com o tema "One More Night", que ficou em 13.º lugar com 45 pontos. Mas Hart também poderia ter representado outro país nesse ano, já que tinha também concorrido com outra canção "Wait For The Moment" na pré-seleção do Reino Unido, tendo eventualmente desistido para apostar em representar o seu próprio país. Segundo mais uma vez a Wikipedia, em 2008 Esther Hart passou uma noite na cadeia para chamar a atenção para a causa da reintegração de ex-reclusos na sociedade. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/h-ugWuJsugI/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/h-ugWuJsugI/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mickey Harte (Irlanda)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=NZ9jfwOcmro" target="_blank">Irlanda</a></b> e a Alemanha ficaram em 11.º lugar com 53 pontos cada. Pelas cores irlandesas, esteve Mickey Harte, que ganhou o direito de representar o país após vencer o programa "You're A Star", semelhante a um "Ídolos". Em Riga, cantou "We've Got The World", que apesar do resultado a meio da tabela foi o single mais vendido na Irlanda em 2003. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/r2wExJFygeQ/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/r2wExJFygeQ/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lou (Alemanha)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Já pela <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=r2wExJFygeQ" target="_blank">Alemanha</a></b>, esteve Louise Hoffner, ou Lou, que com 39 anos era a intérprete mais velha em competição, que cantou "Let's Get Happy", tema escrito por Ralph Siegel e Bernd Meinunger, a mesma dupla que escreveu "Ein Bisschen Frieden", a canção que deu a vitória à Alemanha em 1982. Entre os cinco bailarinos/cantores de coro que a acompanharam em palco esteve uma brasileira, Claudete de Moura. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/Iit7rwMyDGg/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/Iit7rwMyDGg/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nicola (Roménia)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Inaugurando o top 10, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Iit7rwMyDGg" target="_blank">Roménia</a></b> ficou em 10.º lugar com 73 pontos. Nicoleta Alexandru, ou simplesmente Nicola, cantou "Don't Break My Heart", um tema de inspiração <i>drum & bass</i> (com algumas parecenças com "Freestyler" dos Bomfunk MCs) composto pelo seu então marido Mihai. A acompanhar Nicola em palco esteve um DJ e três bailarinos cuja coreografia incluiu várias mudanças de vestuário. O videoclip da canção encenava uma possível vitória mas um segundo top 10 consecutivo não foi mau resultado para a Roménia. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/yZmpY7enVGY/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/yZmpY7enVGY/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Birgitta (Islândia)</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">Com 81 pontos, Espanha e Islândia partilharam o 8.º lugar, com duas das minhas canções preferidas deste ano. Coube à <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=tX2uR5nRe-E" target="_blank">Islândia</a></b> abrir os desfile das canções com a canção "Open Your Heart" na voz de Birgitta Haukdal. Islândia recebeu pontuações máximas de Malta e Noruega.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/rWwPyz0ly4Y/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/rWwPyz0ly4Y/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Beth (Espanha)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já pela vizinha <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Kue6PTpjI8g" target="_blank">Espanha</a></b> esteve a catalã Elisabeth Rodergas, ou simplesmente Beth, que tinha sido terceira classificado na segunda edição da "Operación Triunfo", onde se tinha destacado não só pela sua voz mas também pelo seu look com <i>dreadlocks</i>. Tal como no ano anterior, os três primeiros classificados do programa integraram a pré-seleção espanhola interpretando cada um três canções, tendo sido escolhido o tema "Dime" cantado por Beth, Tratava-se de um solarengo tema euro-dance, que valeu 12 pontos de Israel e Portugal. Beth lançou nesse mesmo ano o seu álbum de estreia "Otra Realidad" tendo editado mais três álbuns desde então além de ter trabalhado como actriz de teatro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/BjdTj6G37ow/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/BjdTj6G37ow/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ich Troje (Polónia)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Com 90 pontos, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=CdfCZRLocTk" target="_blank">Polónia</a></b> subiu ao sétimo lugar, o melhor resultado deste país desde o segundo lugar na sua estreia em 1994. O grupo Ich Troje, composto por Michal Wisniewski, Justyna Majkowska e Jacek Lagwa, levou o tema "Keine Grenzen / Zadnych granic", uma balada dramática cantada em três idiomas: alemão, polaco e russo. A presença da língua alemã deve ter agradado aos espectadores da Alemanha que lhe deram 12 pontos. Os Ich Troje regressariam à Eurovisão em 2006.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.missioneurovision.co.uk/wp-content/uploads/2017/04/greatesthits-weildermensch.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="423" data-original-width="800" height="211" src="https://www.missioneurovision.co.uk/wp-content/uploads/2017/04/greatesthits-weildermensch.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alf Poier (Áustria)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Twea_xAC67M" target="_blank">Áustria</a></b> trouxe a proposta mais bizarra da noite com "Weil der Mensch zählt" ("porque a raça humana é que conta"), interpretado por Alf Poier no dialecto da região da Estíria. Poier era na altura dos comediantes mais populares da altura no seu país e a sua participação no Festival foi feita sob o signo da paródia. Apesar disso, a Áustria conseguiu o seu melhor resultado desde 1989, com o sexto lugar e 101 pontos (nem acredito que Portugal deu 10 pontos!). </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/R5-xAgdBsuw/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/R5-xAgdBsuw/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fame (Suécia)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Vários nomes de peso estiveram presentes na pré-seleção sueca de 2003, conhecida como Melodifestivalen, como os grupos euro-dance Alcazar (do hit internacional de 2001 "Crying At The Discotheque) e Da Buzz, cantores que já tinha representado o país antes como Jan Johansen (1995), Nanne Grönvall (1996) e Jill Johnson (1998), e Afro-Dite e Sahlene, que representaram respectivamente a Suécia e a Estónia em 2002. (O tema de Sahlene, "We're Unbreakable", obteve algum sucesso em Portugal ao ter sido usado nos "Morangos Com Açúcar"). Mas quem ganhou o direito a representar as cores da <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=BLOQk3inpkY" target="_blank">Suécia</a></b> em Riga foi o duo Fame, composto por Magnus Backlund e Jessica Andersson que tinham participado no programa "Fame Factory" (um formato semelhante ao de "Academia de Estrelas" que passou na TVI), e o tema "Give Me Your Love" que ficou em 5.º lugar com 107 pontos. O duo ainda tentou representar a Suécia no ano seguinte mas desde então Backlund e Andersson seguiram carreiras a solo. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/PrlRI8FyGdA/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/PrlRI8FyGdA/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jostein Hasselgard (Noruega)</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">Em quarto lugar ficou a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=i31eCYekOTQ" target="_blank">Noruega</a> </b>com 123 pontos, um resultado surpreendente já que não figurava entre os principais favoritos. Sentado ao piano, Jostein Hasselgard cantou "I'm Not Afraid To Move On". Mais uma vez segundo a Wikipedia, antes de fazer carreira na música, Hasselgard trabalhou como educador de infância. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/RAhNR3NNqvQ/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://i.ytimg.com/vi/RAhNR3NNqvQ/hqdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">tATu (Rússia)</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">A vitória foi disputadíssimo entre três países, com apenas três pontos a separarem o vencedor do terceiro classificado. Terceiro lugar esse que foi para a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=b8aI_EO28B4" target="_blank">Rússia</a></b> com 164 pontos. No entanto, nesse ano o país apostava claramente na vitória, ao levar as tATu, o duo pop que se tinha tornado uma sensação internacional graças a hits globais como "All The Things She Said" e "Not Gonna Get Us", mas sobretudo devido às controversas performances das duas jovens integrantes, Elena Katina e Yulia Volkova, que assumiam os papéis de um jovem casal lésbico, com beijos e carícias a condizer. Mas por esta altura, já se tinha descoberto que não passava tudo de actos performativos e que a relação de Katina e Volkova era puramente musical. Para a Eurovisão, levaram um tema em russo, "Nje vjer, nje bojsa" ("não acredites, não temas"). Em Riga, multiplicaram-se os relatos das péssimas atitudes das tATu, desde chegarem tarde para os ensaios a insultos à cantora da Alemanha. Elas também chegaram a ameaçar que se iriam despir durante a actuação, mas quando a dita cuja aconteceu não só não se despiram como também não se beijaram. Aliás, até preteriram os seus habituais trajes de colegiais por simples outfits de t-shirt branca e calças de ganga. Infelizmente, não se lembraram de cantar afinadas (o que é pena pois até gosto da versão de estúdio). Com tanta má onda, não era de admirar que as tATu tivessem sido vaiadas tanto na actuação como quando recebiam pontuações altas nas votações. </div><div style="text-align: justify;">Mais a tarde a Rússia acusou a Irlanda de manipular os resultados que impediram o país de ganhar, uma vez que o televoto irlandês não foi validado devido a problemas técnicos e o júri de recurso não deu pontos à Rússia. Porém a televisão irlandesa revelou os números do televoto e se esses tivessem sido declarados válidos, a Rússia não ganharia na mesma, embora subisse ao segundo lugar.</div><div style="text-align: justify;">Elena Katina e Yulia Volkova ainda actuam esporadicamente juntas embora não tenham lançado mais nenhum material novo enquanto tATu desde 2009, dedicando-se sobretudo às respectivas carreiras a solo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/I-z-ebfr9F8/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/I-z-ebfr9F8/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Urban Trad (Bélgica)</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;">Com 165 pontos, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=L9cgwul9uaQ" target="_blank">Bélgica</a></b> ficou em segundo lugar, o melhor resultado deste país desde aquele que é ainda a sua única vitória em 1986. O grupo folk Urban Trad primou pela originalidade ao levar um tema cantado numa língua imaginária, "Sanomi" e com inspirações celtas e da música galega, tendo aliás na sua banda uma vocalista natural da Galiza, Veronica Codesal. (Segundo consta, uma outra vocalista tinha sido afastada sob advertência dos serviços secretos belgas por alegadas simpatias com a extrema-direita, o que mais tarde se revelou infundado.) Apesar de não lançarem álbuns desde 2007, os Urban Trad continuam no activo com a maioria dos membros que integravam a formação em 2003. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2014/04/Sertab-Erener-Feet-404605.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="600" height="274" src="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2014/04/Sertab-Erener-Feet-404605.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sertab Erener (Turquia)</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">Quando faltava saber os votos de um país, a Eslovénia, a Bélgica estava em primeiro lugar, com a Turquia a cinco pontos e a Rússia a dez, pelo que cada um deste três países ainda podia ganhar. O porta-voz esloveno ajudou ao suspense, desaparecendo por breves momentos. Mas no fim, com a Eslovénia, ao receber dez pontos contra somente três para a Bélgica, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=OKNDjFS0vWE" target="_blank">Turquia</a></b> assegurou por apenas dois pontos a sua primeira vitória. E fez sentido ser com uma das mais populares cantoras turcas, Sertab Erener, que tinha uma carreira consagrada desde 1992. Apesar de treinada no canto lírico, Erener Sertab começou por enveredar pelo pop-rock, juntando mais tarde elementos de música étnica e folk turco, tendo também gravado duetos com Placido Domingo e Ricky Martin. Em Riga, Sertab Erener defendeu "Every Way That I Can", um tema etno-pop que convidava a uma dança do ventre, e cuja actuação incluía uma elaborada coreografia com fitas saídas do seu vestido manobradas pelas quatro bailarinas-coristas. "Every Way That I Can" foi também um hit internacional tendo chegado ao n.º 1 dos tops na Grécia e na Suécia e ao top 10 em vários outros países europeus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.12puan.com/wp-content/uploads/2019/03/Eurovision-Turkey-Sertap-Erener-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="398" data-original-width="497" height="320" src="https://www.12puan.com/wp-content/uploads/2019/03/Eurovision-Turkey-Sertap-Erener-1.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Turquia tinha-se estreado no Festival da Eurovisão em 1975 e, à parte o terceiro lugar em 1997, não tinha obtido grandes resultados até então, pelo que esta vitória foi bastante celebrada dentro e fora do país. Mas nos anos seguintes, graças a mobilização da diáspora turca em vários países europeus, a Turquia foi conseguindo outros excelentes resultados, sobretudo o segundo lugar em 2010. Infelizmente, com o regime vigente na Turquia a afastar-se paulatinamente da Europa e a ganhar contornos mais isolacionistas e fundamentalistas, a Turquia não participa mais no Festival desde 2012, e são muitos os fãs eurovisivos que sonham com o dia em que o país regressará ao certame. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>Festival da Eurovisão 2003 (sem comentários):</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/P1VDoDv5a8E" width="320" youtube-src-id="P1VDoDv5a8E"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><i>I want to give a special thank you to John a.k.a. Mr. JDS, the author of a website about the Eurovision Song Contest scoreboards throughout the years, not only for the images of Portugal's votes and spokesperson that were used to illustrate <a href="https://euroscoreboards.wordpress.com/2022/07/08/riga-2003/" target="_blank">the article on the 2003 contest</a>, but also for the information on the said article, especially the one about whether a semifinal/preliminary round had been considered already for this year.</i></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-16744869588412581062023-05-24T19:44:00.001+01:002023-05-24T19:44:25.480+01:00Nuts & Milk<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaREZiAlol9AyEwua-5IieicGxTYFMtuBovT5Z1zZ4QKrPlaHD0CvJMHQajw3jPyMRtjooLftK4YeBxbwy4QKeNR3RRzPDGuqbdytkg7EnlaAJl0gBSf4hVyo4ddOwpj8INUju5BPx8r9Ur91DlPXN0iADOAFS4S9aA_Ib-HmwrSwTt5diCRN8S_P_qg/s800/Nuts_%2526_Milk_-_01.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="489" data-original-width="800" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaREZiAlol9AyEwua-5IieicGxTYFMtuBovT5Z1zZ4QKrPlaHD0CvJMHQajw3jPyMRtjooLftK4YeBxbwy4QKeNR3RRzPDGuqbdytkg7EnlaAJl0gBSf4hVyo4ddOwpj8INUju5BPx8r9Ur91DlPXN0iADOAFS4S9aA_Ib-HmwrSwTt5diCRN8S_P_qg/w640-h392/Nuts_%2526_Milk_-_01.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"<b><a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/Nuts_%26_Milk" target="_blank">Nuts & Milk</a></b>" foi um daqueles jogos que tanto me deliciou no início dos anos 90 agarrado aos comandos do meu <b>Family Game</b> pirata. Incluído nalgum daqueles multi-cartuchos com "100 em 1" ou algo do género, só redescobri o título ao ver um vídeo de retrogaming no YouTube.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpJB0CYRtD0cn-7M13xO1YtJBtEzHOZnNR2vIwb9yUeeka6vc0wSAb71LR2Lhvm80lnpbVHOxq4LwAv7EpJcwdBTj_V24cDonTYokw02OVDqxdinXq_OcV0JPjoPj2Iigs-fOzSEg4ESqcUQm4Kw5XjFmCdFbUOdB04PymQkJG6tCF2pVjYqG8HCaK8g/s480/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpJB0CYRtD0cn-7M13xO1YtJBtEzHOZnNR2vIwb9yUeeka6vc0wSAb71LR2Lhvm80lnpbVHOxq4LwAv7EpJcwdBTj_V24cDonTYokw02OVDqxdinXq_OcV0JPjoPj2Iigs-fOzSEg4ESqcUQm4Kw5XjFmCdFbUOdB04PymQkJG6tCF2pVjYqG8HCaK8g/s16000/hqdefault.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A opção para editar níveis (apenas na versão para o Famicom japonês) era dos meus elementos favoritos de jogos como este ou o <b>Lode Runner</b>. Actualmente, só jogo Minecraft no modo de edição...</div>
<div><div style="text-align: justify;">Como podem ver neste vídeo do jogo, parece uma mistura de Pac-Man com Supermario ou Donkey Kong:</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/UEVCicmkcXE" width="560"></iframe><br /></div>
<div><br />
<br /><div style="text-align: justify;">A mecânica era simples, assim como o objectivo: o jogador controla "Milk" que tem que percorrer o ecran a colectar frutas e a escapar aos "Nuts" azuis e chegar em segurança à casa onde "Yogurt" está (prisioneira?) e "fazer o amor" aparentemente...cortesia da companhia japonesa <b>Hudson Soft</b> (Bomberman, Donkey Kong 3, R-Type, <a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/List_of_Hudson_Soft_games" target="_blank">etc</a>).</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl7ONKMaTyI-4xjY5c0SVYdLTVmAZglEu0_TIrFofRcCvOgAruXpA7lBxTJQOYnbJDMOD1xwfn1vvyLZhSsDylIilIYoB_j1rnpnh5DNq0i9zuhMX44r88KYbSOYWOqeFOHRe3YTVZcFEoVNJtgOBlxX8_RpEQ7xlMAqdO2zzW_zBWF1hGRC_NEXyQEw/s1154/nut.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1154" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl7ONKMaTyI-4xjY5c0SVYdLTVmAZglEu0_TIrFofRcCvOgAruXpA7lBxTJQOYnbJDMOD1xwfn1vvyLZhSsDylIilIYoB_j1rnpnh5DNq0i9zuhMX44r88KYbSOYWOqeFOHRe3YTVZcFEoVNJtgOBlxX8_RpEQ7xlMAqdO2zzW_zBWF1hGRC_NEXyQEw/w640-h400/nut.jpg" width="640" /></a></div><br /><div><br />
<br />
Podem jogar uma versão online do jogo no site <a href="https://www.retrogames.cz/play_086-NES.php" target="_blank"><b>Retrogames</b></a>.<br /></div>
</div>
</div>
David Martinshttp://www.blogger.com/profile/06603595935219816891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-13877438675630571032023-05-20T15:58:00.005+01:002023-05-22T21:12:10.699+01:00 Império dos Sentidos na RTP (1991)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLQMbX2HYbXk4kCiee51qKHa6PWe1sKXzgAm2SqVcX3sBH_nTFhbxEyOopeeo_Ei8OkO9RjSTL0CU1XWPRN78IiXPLOh8rQSXliQU2zvgw37-KWTsf8ofEqWQBuWxV5gkHC1JDOenXzpVwZVGUipMGUFS1mTykRSQL2AiiCPuVnR5M6Itg6jacWtyApw/s750/oimperiodossentidosrtpainokorida1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="531" data-original-width="750" height="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLQMbX2HYbXk4kCiee51qKHa6PWe1sKXzgAm2SqVcX3sBH_nTFhbxEyOopeeo_Ei8OkO9RjSTL0CU1XWPRN78IiXPLOh8rQSXliQU2zvgw37-KWTsf8ofEqWQBuWxV5gkHC1JDOenXzpVwZVGUipMGUFS1mTykRSQL2AiiCPuVnR5M6Itg6jacWtyApw/w640-h454/oimperiodossentidosrtpainokorida1.jpg" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Em 19 de Fevereiro de 1991, Portugal já tinha saído do nevoeiro salazarista há quase duas décadas, mas ainda não estava preparado para um filme artístico com sexo explicito ser exibido na televisão do Estado, o mítico <b>"O Império dos Sentidos" ["Ai no korîda"]</b> de 1976, o vigésimo-terceiro filme de <b>Nagisa Oshima</b> [1932-2013], livremente baseado numa historia real do Japão da década de trinta. A película colocou Oshima no radar e esteve proibida em vários países. Em terras lusas o arcebispo conservador Eurico Nogueira declarou "<i><b><a href="https://observador.pt/2014/05/20/morreu-o-arcebispo-emerito-de-braga/" target="_blank">em entrevista ao Expresso: “Aprendi mais em meia-hora a ver O Império dos Sentidos do que em 67 anos de vida”, disse, acrescentando ter tido “horríveis vómitos”. Ao Público sugeriu que o melhor horário para “filmes assim” seria “às duas ou três da noite, que será hora adequada para marginais e certos doentes”</a></b></i>. Imagino que a RTP tenha recebido muitos telefonemas e cartas furiosas da parte dos defensores da moral e dos bons costumes. Sem adiantar mais detalhes, posso afirmar que nunca mais olhei para ovos da mesma forma...</p><p style="text-align: justify;">Como o <b>Paulo Neto</b> recordou <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/12/hermanias-fim-de-ano-199192.html" target="_blank"><i><b>há alguns anos, na passagem de ano o Hermanias</b></i></a> não deixou <i><a href="https://youtu.be/2JIIl5pptbs" target="_blank">passar a polémica em branco</a></i>.</p><p style="text-align: justify;"><b>TRAILER</b>:</p><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/pbP5eKcLhIw" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><p style="text-align: justify;">Praticamente no inicio da Enciclopédia <i><u><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/05/caderno-tv-cinema-na-tv-1992.html" target="_blank">publiquei uma página da programação para a noite em questão</a></u></i>.</p><p style="text-align: justify;">Realmente, antigamente não existia a noção de <b>SPOILERS</b>, contanto o final do filme à bruta:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzsnIHGa5QWhtnEHuuMy7g7Cr2xSx0p_tiwdLjwHH8WTAaVqBuk_m8U97eJ-11ayYt7Cm58NZudhV8rEY6gIhNErAe6DhgZO3yx5IrLN7xkIx22BH7NGMfY3tJtDAFkEK2xaZItibmLTKdJJ5-0miOpnpHU9AI6Op-TylPJi5VVnLYnemSOA3H2GKyTg/s640/Screenshot_2020-11-10%20cadernotvmaria640-1991%2002%20cinemanatv_01%20jpg%20(imagem%20JPEG,%201500%20%C3%97%201012%20pixeis).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="640" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzsnIHGa5QWhtnEHuuMy7g7Cr2xSx0p_tiwdLjwHH8WTAaVqBuk_m8U97eJ-11ayYt7Cm58NZudhV8rEY6gIhNErAe6DhgZO3yx5IrLN7xkIx22BH7NGMfY3tJtDAFkEK2xaZItibmLTKdJJ5-0miOpnpHU9AI6Op-TylPJi5VVnLYnemSOA3H2GKyTg/w640-h268/Screenshot_2020-11-10%20cadernotvmaria640-1991%2002%20cinemanatv_01%20jpg%20(imagem%20JPEG,%201500%20%C3%97%201012%20pixeis).png" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><b>"Um homem casado, Kichizo, seduz Sada, uma criada. Aquilo que no inicio era uma simples relação sexual vai-se tornando a pouco e pouco numa relação erótica intensa para ambos, atingindo uma dimensão a que o amor não e alheio. A cada minuto, esse amor exige a redescoberta de novos prazeres, gestos, apetências e êxtases, levando o casa a procurar ir cada vez mais longe no campo do erotismo, que se identifica pela perpetua erecção de Kichizo e pelo desejo insaciável de Sada. Este ritual de prazer acaba, no entanto, por trazer consequências nefastas quando, num momento de loucura, Sada mutila o seu amante, cortando-lhe o sexo e passeando com o mesmo pela rua."</b></p><p style="text-align: justify;">Eu, na época um adolescente de 12 anos, não perdi a hipótese de ver um filme com badalhoquice, embora eu pudesse jurar que só o tinha visto anos mais tarde que esta data. E o leitor, viu esta emissão histórica, ou fez parte do grupo de indignados?</p>David Martinshttp://www.blogger.com/profile/04390707592100508324noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-44070229840002064742023-05-03T16:12:00.003+01:002023-05-03T16:16:18.827+01:00Paulo, O Duende (1974-75)<p style="text-align: justify;">Um dos primeiros cromos aqui da Enciclopédia foi o da série animada <a href="http://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/03/david-o-gnomo.html" target="_blank">"David, O Gnomo"</a>, obviamente devido ao nome comum à personagem titular e ao criador do blogue, David José Martins. Mas só recentemente abriu-se uma porta na minha mente que me fez recordar que existiu uma série infantil que passou na RTP nos anos 80 em que o nome da personagem titular é o mesmo daquele que vos escreve estas linhas. E não, não é "O Carteiro Paulo", da qual só me lembro de passar na televisão já no século XXI (embora aparentemente também tenha dado em 1990). </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://tvtunesquiz.com/wp-content/uploads/paulus_de_boskabouter.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://tvtunesquiz.com/wp-content/uploads/paulus_de_boskabouter.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Falo sim de <b>"Paulo, o Duende"</b>. (Já agora, qual é a diferença entre um duende e um gnomo?). Tratava-se de uma série de marionetes holandesa que passou na RTP em 1988. Na verdade, houve duas séries com essa personagem produzidas nos Países Baixos, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=QnDHhcyDZJs" target="_blank">a primeira nos anos 60 (1967-1968)</a> com bonecos feitos pelo criador da personagem, <b>Jean Dulieu</b>, que também fez todas as vozes. Mas suponho que a série que passou em Portugal foi a que foi produzida nos anos 70 (1974-75), com bonecos feitos pelos irmãos Slabbers, e que lembro de já achar datada para 1988. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/02/Jean_Dulieu_(1962).jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="600" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/02/Jean_Dulieu_(1962).jpg" width="240" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jean Dulieu</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Como foi referido, a personagem titular, no original "<i>Paulus, de boskabouter</i>", foi criada por Jean Dulieu, pseudónimo de Jan van Oort (1921-2006). Começou em 1946 como tira de banda desenhada num jornal e depois em revistas de BD, e também teve uma série radiofónica entre 1955 e 1964, com Dulieu a fazer as vozes de todas as personagens, excepto a de uma princesa, que era a da sua filha Dorinde. Nos anos 70, as histórias do duende também foram publicadas em livros infantis, algo que foi recuperado a partir de 2003. A última tira de BD saiu em 1984. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/736x/24/e2/c3/24e2c3cf837272e1af1e415008319c24--book-series-gnomes.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="700" height="187" src="https://i.pinimg.com/736x/24/e2/c3/24e2c3cf837272e1af1e415008319c24--book-series-gnomes.jpg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;">A personagem titular é um duende que zela pela tranquilidade num bosque onde é amigo de todos os animais que lá habitam e que é sempre chamado quando existe alguma siatuação para resolver, geralmente causada pela sua némesis, a bruxa Eucalipta. Entre os seus amigos animais contam-se o texugo Gregório e o corvo Santana, mas a personagem que eu lembro de mais gostar era a do mocho Ubu, que falava sempre num tom dramático. Quando um episódio terminava num <i>cliffhanger,</i> era costume Ubu aparecer a dizer solenemente "<i>Continua no próximo episódio!</i>"</p><p style="text-align: justify;">A dobragem para a RTP esteve a cargo a quatro actores sediados no Porto, <i>habitués</i> nesta função: <b>Jorge Paupério</b>, <b>Rosa Quiroga</b>, <b>Jorge Mota</b> e <b>Rui Oliveira</b>. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/6mxV0y-GHSE" width="320" youtube-src-id="6mxV0y-GHSE"></iframe></div><br /><p><br /></p><p>E eis a canção do genérico:<br /><br /><i>Já conheces Paulo, o duende<br />Que vive num lindo bosque<br />Onde as horas já são tantas <br />Que até tem as barbas brancas<br />E livros todos diferentes<br /><br />Cada dia vai contar<br />Histórias para sonhar <br />E atenção que lá vem ele...<br /><br />Na hora certa (Na hora certa)<br />Para te embalar (Para te embalar)<br />Uma nova aventura (Anda já!)<br />Paulo, poh lá lá </i></p><p><br /></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-13173000168338502712023-04-29T22:09:00.002+01:002023-04-29T22:09:35.960+01:00Top Model (1989-90)<div style="text-align: justify;">Durante uma parte de 1991, as três telenovelas da Rede Globo exibidas na RTP começavam por T. Na RTP2, dava "Ti Ti Ti", no horário nobre da RTP1 "Tieta" e â hora do almoço, <b>"Top Model"</b>. Aliás estas duas últimas foram também exibidas quase em simultânea no Brasil entre 1989 e 1990. </div><div style="text-align: justify;">Da autoria de <b>Walter Negrão</b> e <b>António Calmon</b>, como o próprio título indica, "Top Model" abordava o mundo da moda, mas outros temas fulcrais foram o conflito entre o idealismo dos anos 60 e o capitalismo dos anos 80, a diversidade de dinâmicas familiares e questões da adolescência. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/7/7f/Top_Model_Remaster.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="300" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/7/7f/Top_Model_Remaster.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://s2.glbimg.com/gmYbSmvthmimDDXWUFOuZJfIL3s=/1200x/smart/filters:cover():strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e84042ef78cb4708aeebdf1c68c6cbd6/internal_photos/bs/2019/q/u/V802hsSS2xL1zdFRIqng/malu-desfilando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="800" height="270" src="https://s2.glbimg.com/gmYbSmvthmimDDXWUFOuZJfIL3s=/1200x/smart/filters:cover():strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e84042ef78cb4708aeebdf1c68c6cbd6/internal_photos/bs/2019/q/u/V802hsSS2xL1zdFRIqng/malu-desfilando.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><b>Malu Mader </b>encarnou a protagonista, Maria Eduarda Pinheiro ou Duda, uma bela e ambiciosa jovem que tem a sua grande oportunidade de vingar como manequim quando assina contrato com a prestigiada marca de confecções Covery, propriedade da família Kundera. Ao mudar-se para o Rio de Janeiro, a jovem conhece os irmãos Gaspar (<b>Nuno Leal Maia</b>) e Alex Kundera (<b>Cecil Thiré</b>), que sempre viveram em eterno conflito sobre tudo, até nas atenções da mãe de ambos, Morgana (<b>Eva Todor</b>). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://rd1.com.br/wp-content/uploads/2020/10/20201027-rd1-top-model-cecil-thire-e-malu-mader.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="620" height="271" src="https://rd1.com.br/wp-content/uploads/2020/10/20201027-rd1-top-model-cecil-thire-e-malu-mader.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Duda e Alex</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5ccb050e809d8e130ff3433f/1592933767225-6IBBD750DARXJAHQI6G5/kundera.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="309" data-original-width="452" height="309" src="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5ccb050e809d8e130ff3433f/1592933767225-6IBBD750DARXJAHQI6G5/kundera.jpg" width="452" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gaspar e os cinco filhos Ringo, Olívia, Jane, Lennon e Elvis</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gaspar é um eterno "menino do Rio", antigo surfista que vive na praia com os cinco filhos que teve de quatro mulheres. Do primeiro casamento com a americana Bárbara Ellen (<b>Susana Vieira</b>), nasceu Elvis (<b>Marcelo Faria</b>), sucessor do pai nas glórias do surf. Com a esotérica Maria Regina ou Bellatrix (<b>Rita Lee</b>), teve a temperamental Jane Fonda (<b>Carol Machado</b>) e o espertalhão Ringo Starr (<b>Henrique Farias</b>). No seu terceiro casamento com Florinda (R<b>egina Duarte</b>), uma fotógrafa ocupada a correr o mundo, Gaspar coadoptou a doce Olívia (<b>Gabriela Duarte</b>), que se integrou perfeitamente na família. E com a arrivista Marisa (<b>Maria Zilda Bethlem</b>), teve o pequeno Lennon (<b>Igor Lage</b>). E como se estes cinco não fossem já confusão que chegue, há ainda o cão Maradona. Felizmente, para pôr tudo minimamente em ordem, Gaspar conta com a ajuda de Náná (<b>Zézé Polessa</b>). Náná é secretamente apaixonada por Gaspar, mas não só sabe que ele ainda continua a suspirar por Marisa, que o trocou pelo irmão, como não quer ser apenas mais uma na sua lista de conquistas. Outro amigo de Gaspar que também o ajuda com as questões dos filhos é Saldanha (<b>Evandro Mesquita</b>), um ex-surfista que tem um bar na praia e que também já foi apaixonado por Bellatrix. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s02.video.glbimg.com/x216/8823433.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="216" data-original-width="384" height="216" src="https://s02.video.glbimg.com/x216/8823433.jpg" width="384" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Naná</td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/onRHITNp-oo/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://i.ytimg.com/vi/onRHITNp-oo/hqdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Saldanha</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já Alex é o oposto do irmão, frio, materialista e controlador. Apesar de ser duro para com os que rodeia, no trabalho e na família, quando quer tem um lado encantador e sedutor. Quando Marisa se aproximou dele, desiludida com a vida com Gaspar e desejosa de ascensão social, não hesitou em roubá-la ao irmão. A frieza com que Alex trata o filho Alex Jr. (<b>Rodrigo Penna</b>), leva este a procurar afecto junto do tio Gaspar e dos primos, tendo até um fraquinho pela prima Jane. Apaixonado em criar top models, mas não pelas pessoas que elas são, Alex encanta-se com Duda a quem promete uma vida de luxo. Só que o coração dela bate forte por Lucas Pasolini (<b>Taumaturgo Ferreira</b>), um jovem artista de grafitti que Gaspar contrata para desenhar as pranchas de surf que fabrica. Lucas tem um segredo: fugiu de São Paulo para o Rio de Janeiro após se ter envolvido num assalto com qual pretendia pagar um tratamento para a doença grave da sua mãe Suzana (Marília Pera), que acabou por morrer. Segundo uma pista deixada pela mãe antes de morrer, Gaspar ou Alex poderão ser o pai do rapaz. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiasClcvhNEZQswDT2rWo2pUmI6VfgLnQmKdXQ0WoxtGK_nZybQgaM1ugK-LH6AO0hzYyoH4ncQSkRb97LQ90Kg2UpVRmhBebeVJOYCOQYc3FUIk7YBBDYZ2H7mjmC-FBasS6QDNYGsUEo/s385/mundonovelas-top-model-casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="266" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiasClcvhNEZQswDT2rWo2pUmI6VfgLnQmKdXQ0WoxtGK_nZybQgaM1ugK-LH6AO0hzYyoH4ncQSkRb97LQ90Kg2UpVRmhBebeVJOYCOQYc3FUIk7YBBDYZ2H7mjmC-FBasS6QDNYGsUEo/s320/mundonovelas-top-model-casal.jpg" width="221" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lucas e Duda</td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://m.extra.globo.com/incoming/24758809-f35-58f/w488h275-PROP/adriana-esteves-e-flavia-alessandra-em-top-model.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="488" height="225" src="https://m.extra.globo.com/incoming/24758809-f35-58f/w488h275-PROP/adriana-esteves-e-flavia-alessandra-em-top-model.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tininha e Tânia</td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRUP9bE_tlUTMdkWb4uwdcLtTaNliOpaTIFtXupGzw4gFFPYiu7lG3VmfZvjPdJ0WtDKkELRniBtv6-6mav4BSBVn_04aSGQ4uWVh45mpfM26e6hBOJQRnicfFTkFCNq4tCio4YkIUhtpY/s620/topmodel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="620" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRUP9bE_tlUTMdkWb4uwdcLtTaNliOpaTIFtXupGzw4gFFPYiu7lG3VmfZvjPdJ0WtDKkELRniBtv6-6mav4BSBVn_04aSGQ4uWVh45mpfM26e6hBOJQRnicfFTkFCNq4tCio4YkIUhtpY/s320/topmodel.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olívia e Artur</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outras personagens marcantes foram Artur (Jonas Torres), com quem vive um grande amor adolescente com Olívia, marcado pela oposição dos pais deles e mais tarde por uma doença grave; Tininha (<b>Adriana Esteves</b>), a namorada de Elvis e a amiga desta, Tânia (<b>Flávia Alessandra</b>); Cleide (<b>Suzana Faini</b>), a neurótica mãe de Duda; Milú (<b>Cinira Camargo</b>), uma manicure que é alvo das fantasias de Ringo; Baby (<b>Felipe Carone)</b>, parceiro nos esquemas de Morgana; Simone (<b>Jacqueline Laurence</b>), a governanta da casa de Alex; Raúl (<b>Alexandre Frota</b>), fotógrafo bonitão casado com a modelo Carla (<b>Suzy Rêgo</b>); Giulia (<b>Alexandra Marzo</b>), que vai disputa o coração de Lucas com Duda; e Cida (<b>Drica Moraes</b>), a divertida empregada da casa de Alex, que me lembro de numa cena cantar o tema de abertura da telenovela "Tieta" ("<i>Vem meu amor, vem com calor...</i>")</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://s2.glbimg.com/WMeCopDW3sHRUcP-W35UdGQacto=/s.glbimg.com/et/gs/f/original/2015/11/19/drica_top_model.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="690" height="232" src="https://s2.glbimg.com/WMeCopDW3sHRUcP-W35UdGQacto=/s.glbimg.com/et/gs/f/original/2015/11/19/drica_top_model.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cida</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A telenovela ainda contou com actores como <b>Vera Holtz</b>, <b>Maria Gladys</b>, <b>Jonas Bloch</b> e <b>Denise Del Vecchio</b>, bem como participações especiais de <b>Marcelo Novaes</b>, <b>Mário Gomes</b>, <b>Eduardo Moscovis</b>, <b>Zilka Salberry</b> e, antes de se tornarem actrizes, <b>Ingra Liberato</b> e <b>Alexia Deschamps</b> apareceram como manequins dos desfiles da Covery. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.ofuxico.com.br/img/galeria/2020/11/maradona_445871.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="682" height="225" src="https://www.ofuxico.com.br/img/galeria/2020/11/maradona_445871.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jane e Lennon com o Maradona</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tanto no Brasil como em Portugal, o sucesso da telenovela esteve principalmente no núcleo de Gaspar e seus filhos. Nele foram abordados alguns assuntos da adolescência como a menstruação, a masturbação e a gravidez precoce. Recordo também uma cena divertida em que Lennon se interessa por uma japonesinha chamada Yoko Ono, mas quando convida os pais dela lá a casa, Gaspar aparece embriagado e estraga tudo. O cão Maradona, misto de labrador com <i>golden retriever,</i> também conquistou os telespectadores: na verdade foram usados dois cães, Kauê e Kiwi, sendo que esta era uma fêmea. </div><div style="text-align: justify;">A banda sonora também foi marcante, nomeadamente o tema do genérico de abertura "Eu Só Quero Ser Feliz" dos Buana 4 e a versão em português de "Hey Jude" por Kiko Zambinachi, assim como "Right Here Waiting" de Richard Marx que ilustrava as cenas românticas entre Duda e Lucas ou "Don't Wanna Lose You" de Gloria Estefan nas de Olívia e Artur. </div><div><br /></div><div>Promo da novela (semelhante à que foi utilizada na RTP)</div><div> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/FmibYy5Z4Yo" width="320" youtube-src-id="FmibYy5Z4Yo"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Genérico de abertura</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/S6nU7IsNHik" width="320" youtube-src-id="S6nU7IsNHik"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-49790493962787321812023-04-22T09:59:00.003+01:002023-04-24T12:04:58.163+01:00Festival da Eurovisão 1978<p>Tempo para voltar o hino da Eurovisão ("Te Deum - Marche En Ronde" de Marc-Antoine Charpentier) e recordar mais um Festival.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2e/ESC_1978_logo.PNG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="173" data-original-width="227" height="305" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2e/ESC_1978_logo.PNG" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O <b>23.º Festival Eurovisão da Canção</b> teve lugar a 22 de Abril de 1978 no Palácio de Congressos de Paris. Apesar de ter então cinco vitórias, esta era apenas a terceira edição em França, após as edições de 1959 e 1961 em Cannes. Pela primeira houve uma dupla de apresentadores: <b>Denise Fabre</b> (1942-) e <b>León Zitron</b>e (1914-1995), sendo que este era o primeiro apresentador masculino do Festival desde a edição inicial. Também pela primeira vez atingiu-se as duas dezenas de países participantes, pois aos dezoito países que competiram no ano anterior, assinalou-se o regresso da Dinamarca, que não participava desde 1966, e a da Turquia pela primeira vez desde a sua estreia em 1975. Esta foi também a primeira de onze edições em que <b>Eládio Clímaco</b> esteve a cargo dos comentários para a RTP. <b>Isabel Wolmar</b> foi a porta-voz dos votos de Portugal. </p><p></p><div style="text-align: justify;">Esta edição é considerada uma das menos memoráveis da história do Festival da Eurovisão sobretudo devido a dois motivos: o nível muito mediano das canções concorrentes e a falta de empenho da televisão francesa (na altura a TF1) na organização. Segundo relatos da imprensa da época, várias delegações queixaram-se do escalonamento dos ensaios e com a ineficácia do staff da organizações, e alguns jornalistas tiveram dificuldade em encontrar o local do certame na zona noroeste de Paris. Durante a noite da exibição, foram notórios problemas de som, nos arranjos da orquestra e nos planos de câmara. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2021/08/img_3644.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="580" data-original-width="800" height="290" src="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2021/08/img_3644.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas também houve alguns aspectos positivos: o palco gigante com a orquestra numa plataforma rotativa era visualmente impressionante e, ao contrário dos três anos anteriores, as votações decorrerem sem problemas (e foi o único ano entre 1976 e 1979 em que as pontuações finais apresentadas após as votações estavam correctas). Como o quadro das pontuações não estava presente no local (provavelmente estaria noutro estúdio do complexo), foi mostrado amiúde um écran tripartido com o quadro, os apresentadores e a <i>green room</i> onde estavam os artistas ao mesmo tempo, uma inovação para a época. E embora muita gente não goste, eu até acho piada aos postcards desse ano que eram basicamente a câmara a seguir os artistas de cada país a caminho do palco, geralmente encontrando no caminho os artistas que tinham actuado imediatamente antes e que os saudavam.</div><p></p><p style="text-align: justify;">Como é habitual, falaremos de cada canção pela ordem inversa de classificação.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/dVj8tlXQ1Vg/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/dVj8tlXQ1Vg/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jahn Teigen (Noruega)</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">Pela primeira vez desde a introdução do novo sistema de votação, conhecido como o sistema dos "douze points", uma canção não conseguiu obter qualquer ponto. Essa canção foi a da <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=uRCxlZnDgCg" target="_blank">Noruega</a></b>, "Mil etter mil" ("milha após milha"), com a interpretação exuberante de Jahn Teigen (1949-2020) a não convencer os júris europeus. No entanto, esse falhanço acabou por tornar a canção ainda mais popular na Noruega, e Teigen acabaria por dar ao álbum subsequente o título de "This Year's Loser". Jahn Teigen voltaria a representar a Noruega na Eurovisão em 1982 e 1983 (com melhores resultados). </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/By44-7_5afM/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/By44-7_5afM/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seija Simola (Finlândia)</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">Com somente dois pontos cada, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=fNkyi5Lg7VI" target="_blank">Finlândia</a></b> e a Turquia ficaram em 18.º lugar, Pelas cores finlandesas esteve Seija Simola (1944-2017) que cantou "Anna rakkaudele tilaisuus" ("deem uma chance ao amor"), que teve apenas dois pontos da Noruega. Com a sua carreira iniciada em 1970, Seija Simola foi uma das cantoras mais populares do seu país. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://img.youtube.com/vi/JD1yShQZHq4/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://img.youtube.com/vi/JD1yShQZHq4/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nilüfer & Nazar (Turquia)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=JD1yShQZHq4" target="_blank">Turquia</a></b> tinha-se estreado no Festival em 1975 mas esteve ausente nos dois anos seguintes devido à participação da Grécia, com quem o país esteve em conflito devido à questão de Chipre. Só em 1978 as tensões amainaram ao ponto dos dois países poderem participar no Festival. Para a sua segunda participação, a Turquia levou o tema "Sevince" ("quando se ama"), interpretado por um quarteto composto por Nilüfer Yumlu, Daghan Baydur, Olcayto Tugsuz e Zeynep Tugsuz, actuando sob o nome de Nilüfer & Nazar. A canção turca obteve um ponto da Noruega e outro do Reino Unido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/bMHdGZ7HEVs/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/bMHdGZ7HEVs/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gemini (Portugal)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Um lugar acima e com cinco pontos (quatro de Itália e um de Espanha) ficou <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=cZl-hjA0QPQ" target="_blank">Portugal</a></b>. Mas apesar do parco resultado, a canção é sobejamente conhecida, mesmo 45 anos depois: o "Dai-Li-Dou" dos Gemini. O quarteto foi formado em 1976 por Tozé Brito, Mike Sergeant, Teresa Miguel e Isabel Ferrão e rapidamente obtiveram um hit com "Pensando Em Ti". Em 1977, interpretaram a outra versão de "Portugal No Coração" no Festival da Canção desse ano e mais tarde, Fátima Padinha substituiu Isabel Ferrão. Para o Festival da Canção de 1978, a RTP indigitou três intérpretes para cantaram cada um quatro canções a concurso: além de "Dai-Li-Dou", os Gemini interpretaram "Ano Novo, Vida Nova", "O Circo E A Cidade" e "Tudo Vale A Pena", enquanto José Cid cantou "O Meu Piano", "Porquê, Meu Amor, Porquê?", "O Largo Do Coreto" e "Aqui Fica Uma Canção" e Tonicha "Canção Da Amizade", "Pela Vida Fora", "Uma Dia, Uma Flor" e "Quem Te Quer Meu Bem". A canção vencedora foi escolhida através de um júri de doze personalidades que incluía Simone de Oliveira, Nicolau Breyner, Florbela Queiróz, Igrejas Caeiro, Fialho Gouveia e a lenda da música brasileira Elis Regina que também foi a atração convidada. "Dai-Li-Dou" tinha letra de Carlos Quintas, música de Vítor Mamede e orquestração de Thilo Krassmann e no coro estava uma tal de Helena Águas, que não tardaria a se tornar muito conhecida sob o nome de Lena D'Água. E claro, em 1982 Fátima Padinha e Teresa Miguel regressaram à Eurovisão com as Doce.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/c1beyeUnM14/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="226" src="https://i.ytimg.com/vi/c1beyeUnM14/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mabel (Dinamarca)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Doze anos depois, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=c1beyeUnM14" target="_blank">Dinamarca</a></b> regressava ao Festival. Não foi um regresso auspicioso uma vez que ficou-se pelo 16.º lugar com 13 pontos. Mas levou uma canção bem-disposta, "Boom Boom", interpretada pela banda Mabel, e não é preciso saber dinamarquês para adivinhar que o título referia-se ao bater de um coração apaixonado, até porque um dos membros levava um bombo com um coração pintado. Um dos vocalistas, Michael Trempenau, então com 17 anos, tornar-se-ia uma voz de referência do hard rock sob o nome de Mike Tramp, ao ser vocalista das bandas White Lion e Freak Of Nature.</div><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.eurovisionuniverse.com/wp-content/uploads/2019/11/Springtime-500x388.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="388" data-original-width="500" height="248" src="https://www.eurovisionuniverse.com/wp-content/uploads/2019/11/Springtime-500x388.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Springtime (Áustria)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Com mais um ponto, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=2u-6AOrkEHg" target="_blank">Áustria</a></b> ficou um lugar acima. Este país também levou uma banda, os Springtime, que interpretaram "Mrs. Caroline Robinson", que segundo a letra, se tratava de uma bruxa que voa de balão em vez de vassoura, em que a sua feitiçaria é o seu sex-appeal e o seu ponto fraco é a moda. Um dos membros da banda, Norbert Niedermeyer, tinha tido experiência eurovisiva seis anos noutra banda, os Milestones.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://img.youtube.com/vi/71t1Uu19KX4/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://img.youtube.com/vi/71t1Uu19KX4/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Björn Skifs (Suécia)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=71t1Uu19KX4" target="_blank">Suécia</a></b> foi o último país a actuar, na voz de Björn Skifs (1947-), Entre diversos projetos, a solo ou em grupos, Skifs alcançou êxito internacional com a banda Blue Swede que chegou ao n.º1 do top americano de 1974 com uma versão de "Hooked On A Feeling". Em Paris, interpretou a canção "Det blir alltid värre frame natten" ("é sempre pior ao anoitecer"), sendo que a atuação foi marcada por um momento caricato: ao princípio, Björn Skifs balbuciou algo que não era o primeiro verso da letra. Ao que parece, Skifs estava descontente por não poder cantar a canção em inglês e pretendia fazê-lo, mesmo tal sendo contra as regras, mas mudou de ideias assim que começou a cantar. Seja como for, a Suécia ficou 14.º lugar com 26 pontos. Björn Skifs voltaria a representar a Suécia em 1981, onde curiosamente voltaria a ser o último a actuar. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/dKshx-5kmTo/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/dKshx-5kmTo/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Harmony (Países Baixos)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Os <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=pbmjQo8avVU" target="_blank">Países Baixos</a></b> foram representados pelo trio Harmony, composto por Donald Lieveld, Rosina Louwaars e Ab van Woudenberg. Um grupo multicultural já que Lieveld tinha raízes afro-americanas e Louwaars ascendência indonésia. Em Paris, defenderam o tema "t is OK", ficando em 13.º lugar com 37 pontos, com um doze de Israel. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://eurofestivalitalia.net/wp-content/uploads/2011/02/Ricchi-e-poveri.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="471" data-original-width="640" height="236" src="https://eurofestivalitalia.net/wp-content/uploads/2011/02/Ricchi-e-poveri.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ricchi E Poveri (Itália)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Pela <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=dwGdbclFXvo" target="_blank">Itália</a></b> esteve o quarteto vocal Ricchi E Poveri. Formado em Génova em 1967 e composto por Angelo Sotgiu, Angela Brambati, Franco Gatti e Marina Occhiena, já gozava de grande popularidade dentro e fora das fronteiras transalpinas, nomeadamente com o hit de 1971 "Che sarà", com que ficaram em segundo lugar no Festival de San Remo desse ano. Em Paris, cantaram "Questo amore", ficando em 12.º lugar com 53 pontos. Em 1981, ano em que Marina Occhiena deixou o grupo para uma carreira a solo, obtiveram o seu maior sucesso internacional com "Sará Perché Ti Amo" que foi n.º 1 em França e cuja versão em espanhol fez grande sucesso na América Latina. Os Ricchi E Poveri continuam no activo sendo que desde de 2016 têm sido reduzidos a um duo, só com Brambati e Sotgiu. No entanto em 2020 e 2021, a formação original reuniu-se para umas quantas actuações. Em 2022, Franco Gatti faleceu aos 80 anos. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.eurovisionuniverse.com/wp-content/uploads/2019/11/Co-Co-500x322.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="322" data-original-width="500" height="206" src="https://www.eurovisionuniverse.com/wp-content/uploads/2019/11/Co-Co-500x322.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Co-Co (Reino Unido)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Choque! Pela primeira vez no Festival, o <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=2jPa3yanTNo" target="_blank">Reino Unido</a></b> ficou fora dos dez primeiros! Com uns visuais a fazer lembrar vestes circenses, os Co-Co levaram o tema "Bad old days", mas não foram além do 11.º lugar com 61 pontos. O grupo tinha sido formado em 1974 sob o nome Mothers Pride, tendo em 1976 mudado o nome para Co-Co. Na altura da sua participação na Eurovisão o grupo era composto por Josie Andrews, Terry Bradford, Keith Hasler, Cheryl Baker, Paul Rogers e Charlie Brennan. Pessoalmente, eu acho estava longe de ser a pior canção que o Reino Unido tinha levado até então mas acabou por ser a primeira vez que o país ficou fora do top 10, aliás a única até 1987. (Se então se soubesse dos diversos fracos resultados que o Reino Unido obteria no século XXI!) Nesse ano, os Co-Co lançaram o seu único álbum mas a banda terminaria pouco depois. Em 1980, alguns membros ainda se reuniram para um novo projecto, The Main Event, e Terry Bradford e Keith Hasler continuam ainda a formar uma parceria musical até hoje. E em 1981, Cheryl Baker teria uma bem mais gloriosa segunda participação na Eurovisão, como membro dos Bucks Fizz que venceram nesse ano. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRc0QG0hpxq535AR5R81d5vaZF0rkJTZtbkwlHEyEA8sMzB7P0dWOIxNHCdqaRYRixkDuw&usqp=CAU" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="172" data-original-width="172" height="200" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRc0QG0hpxq535AR5R81d5vaZF0rkJTZtbkwlHEyEA8sMzB7P0dWOIxNHCdqaRYRixkDuw&usqp=CAU" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carole Vinci (Suíça)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Com 65 pontos, Espanha e Suíça ficaram empatadas no nono lugar. Pela <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=do85uApIf38" target="_blank">Suíça</a></b>, esteve Carole Vinci (1950-), cantora natural de Genebra, que cantou "Vivre". Segundo a página alemã da Wikipedia sobre ela, outras profissões que Carole Vinci exerceu além da música foram professora de Educação Física e administradora de uma fábrica de queijos.</p><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/vO5sHorZy0s/maxresdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCIAKENAF8quKqQMa8AEB-AGuB4AC0AWKAgwIABABGGUgZShlMA8=&rs=AOn4CLCjJKZkkZKhE-8nRB4bFJK5BE7BnQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/vO5sHorZy0s/maxresdefault.jpg?sqp=-oaymwEmCIAKENAF8quKqQMa8AEB-AGuB4AC0AWKAgwIABABGGUgZShlMA8=&rs=AOn4CLCjJKZkkZKhE-8nRB4bFJK5BE7BnQ" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">José Velez (Espanha)</td></tr></tbody></table><br /><p></p><div style="text-align: justify;">A vizinha <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=I2qOAmqB_0s" target="_blank">Espanha</a></b> apostava forte na canção "Bailemos un vals", na voz de José Velez (1951-). Natural de Telde, nas Ilhas Canárias, Velez tinha-se mudado em 1967 para Madrid para seguir uma carreira na música até que em 1974 conseguiu um grande hit com "Vino Griego", uma versão em espanhol de "Griechisher Wein" de Udo Jurgens (que mais tarde Paulo Alexandre adaptaria com sucesso para português com "Verde Vinho") e a sua carreira descolou. "Bailemos un vals" tinha vários pontos em comum com "La La La", a canção com que Espanha ganhara o Festival dez anos antes, nomeadamente os mesmos autores e compositores (Ramón Arcusa e Manuel de la Calva) e o mesmo coro formado por Dolores Arenas, Mercedes Valimaña e Maria Jesus Aguirre, conhecido como o Trio La La La, e um refrão cheio de "la la las". Também havia alguns paralelos com "Gwendolyne", a canção com que Julio Iglesias tinha representado a Espanha em 1970, que também teve o Trio La La La no coro e uma letra sobre um romance vivido com uma francesa. Uma vez li algures, mas não sei se foi mesmo verdade, que a deslocação de Velez até Paris foi feita sob fortes medidas de segurança, porque pouco antes fora alvo de ameaças de sequestro por parte de grupos separatistas das Canárias. Posteriormente, José Velez baseou a sua carreira sobretudo na América Latina, chegando a viver vários anos na Argentina. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/Lg3uX-p6EWw/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/Lg3uX-p6EWw/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tania Tsanaklidou (Grécia)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Charles Chaplin tinha falecido no dia de Natal do ano anterior e o seu desaparecimento ainda estava então muito presente no mundo das artes, pelo que não era de espantar que houvesse uma canção em sua homenagem no Festival da Eurovisão de 1978. O que poucos adivinhariam é que o país que levaria essa canção fosse a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=X1qcqowTqlI">Grécia</a></b>, mas foi o que aconteceu, com Tania Tsanaklidou (1952-) a cantar "Charlie Chaplin". Tsanaklidou começava a afirmar-se como actriz no seu país (ou não fosse oriunda de uma cidade chamada Drama!) e como tal, a sua actuação teve bastante teatralidade, com ela vestida de forma semelhante ao do lendário Charlot, bengala e chapéu de coco incluídos, e fazendo as mesmas poses. Foi uma bonita homenagem que foi recompensada com 66 pontos e o oitavo lugar. Tania Tsanaklidou também interpretou a canção no Festival de Cinema de Cannes desse ano e desde então tem-se dividido entre a música e a representação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/gnlLlTI9brk/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/gnlLlTI9brk/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Baccara (Luxemburgo)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">O <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=iWR3tv5sq7E" target="_blank">Luxemburgo</a></b> era outro país que trazia grandes expectativas nesse ano, porque a representar o grão-ducado nesse ano estava o duo espanhol Baccara, que na altura gozada de um enorme sucesso internacional com hits como "Yes, Sir, I Can Boogie" e "Sorry I'm A Lady". Reza a lenda que as madrilenas Maria Mendiola (1952-2021) e Mayte Mateos (1951-) andavam a ganhar a vida actuando em várias estâncias turísticas nas Ilhas Canárias quando Leon Deane, o director da editora RCA na Alemanha, reparou nelas enquanto de férias em Fuerteventura e convidou-as para uma audição em Hamburgo. Aí Deane desenvolveu um conceito para o duo, mesclando disco, pop e música tradicional espanhola, dando-lhe o nome de Baccara (uma variante de rosa negra) e estabelecendo a sua imagem de marca, com Mateos vestida de preto e Mendiola de branco. O sucesso não se fez esperar com "Yes Sir I Can Boogie" a chegar ao primeiro lugar de vários tops europeus, incluindo o Reino Unido. <br />Em Paris, as Baccara cantaram "Parlez-vous français?" (obviamente em francês), um tema com duas particularidades: começava com um diálogo falado entre as duas que se estendia para as estrofes da canção e tinha um dance break onde Mayte e Maria puderam exibir os seus talentos coreográficos. Com 73 pontos, incluindo dozes de Portugal, Itália, e claro!, Espanha, o Luxemburgo ficou no sétimo lugar, um pouco aquém das elevadas expectativas. <br />As Baccara continuaram até 1981, com ambas pretendendo seguir carreiras a solo. Porém tanto Maria Mendiola e Mayte Mateos não tardariam a voltar a actuar sob o nome de Baccara, cada qual com outra parceira. A versão de Mayte Mateos chegou a participar na final nacional sueca para a Eurovisão de 2004 com o tema "Soy Tu Venus" (que foi depois incluída na banda sonora da telenovela portuguesa "Baía Das Mulheres) e a versão de Maria Mendiola regravou "Yes Sir I Can Boogie" como tema de apoio para a seleção escocesa de futebol no Euro 2020. Actualmente, as duas versões das Baccara ainda existem, uma com Mayte Mateos e Paloma Blanco, e outra com Cristina Sevilla, parceira da versão de Maria Mendiola aquando da morte desta em 2021, e Helen De Quiroga. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/NQUOQHCWOUM/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/NQUOQHCWOUM/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ireen Sheer (Alemanha)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">A final nacional alemã desse ano não foi televisionada, tendo decorrido apenas através da rádio e a canção vencedora seria determinada pela combinação da votação de júri de especialistas e outra dos ouvintes da rádio. Ora reza a história que as quinze canções concorrentes terá desagradado o júri especialista ao ponto deste se recusar a votar e de declarar que se aquilo era o melhor que a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=qLzYQ6wO74M" target="_blank">Alemanha</a></b> tinha para oferecer, mais valia nem participar. Como tal, só contou a votação do público ouvinte. Mas pelo menos a avaliar pela eventual canção escolhida, creio que a atitude do júri foi deveras descabida, pois "Feuer" ("fogo"), interpretada por Ireen Sheer (1949-), é uma das minhas canções favoritas do Festival deste ano. Nascida em Romford em Inglaterra, Sheer estava radicada na Alemanha há alguns anos e já tinha estado na Eurovisão quatro anos antes representando o Luxemburgo. Durante a sua atuação, no momento do primeiro refrão, ela removeu o xaile branco que trazia vestido, podendo considerar este instante o primeiro <i>outfit reveal</i> da Eurovisão, um gesto que se viria tornar lugar-comum no certame. A Alemanha ficou em sexto lugar com 84 pontos, incluindo um 12 da Finlândia. Ireen Sheer regressaria ao Festival em 1985, novamente pelo Luxemburgo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/6smufaCkKsc/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/6smufaCkKsc/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Colm C.T. Wilkinson (Irlanda)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Tal como no ano anterior, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=1030WPAfAiM" target="_blank">Irlanda</a></b> foi o primeiro país a actuar, representada por Colm C.T. Wilkinson (1944-) que cantou o tema "Born to sing". E de facto pode-se dizer que Wilkinson nasceu para cantar, tendo feito carreira nos musicais, nomeadamente tendo sido o primeiro Jean Valjean de "Les Misérables" tanto na Broadway como no West End e a voz de Che no álbum da banda sonora original de "Evita". A Irlanda recebeu 86 pontos (12 da Noruega), garantindo o quinto lugar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://eurovisionary.com/wp-content/uploads/2020/12/Caline-Olivier-Toussaint-in-Eurovision-Song-Contest-1978.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="636" height="228" src="https://eurovisionary.com/wp-content/uploads/2020/12/Caline-Olivier-Toussaint-in-Eurovision-Song-Contest-1978.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olivier Toussaint & Caline (Mónaco)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">O principado do <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=TJCUzVtm0jI" target="_blank">Mónaco</a></b> obteve o quarto lugar com a canção "Les jardins de Mónaco", interpretado em dueto pelos franceses Olivier Toussaint e Corinne Sauvage a.k.a. Caline. Este foi o momento mais notório de Toussaint como cantor já que ele era mais conhecido como compositor, produtor e director da editora Délphine, que descobriu Richard Clayderman. A canção monegasca arrecadou 86 pontos (doze da Suécia). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/grDBGzphtDU/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/grDBGzphtDU/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jöel Prévost (França)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Representando o país anfitrião, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=iWezvpqHV74" target="_blank">França</a></b>, esteve Jöel Prévost (1950-), cantor natural de Narbonne, com o tema "Il y aura toujours des violons" ("haverá sempre violinos") e que aqui teve o momento mais notório da sua carreira. Apesar de, ainda que bem defendida, ser uma canção que soava já algo datada para a época, a França ficou em terceiro lugar com 119 pontos (12 da Áustria). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://eurovision.tv/sites/default/files/styles/wide/public/media/image/migration/8d917f26-18b5-4875-a0de-31ecbc724a7a.png?itok=Xn5QNwM8" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="800" height="227" src="https://eurovision.tv/sites/default/files/styles/wide/public/media/image/migration/8d917f26-18b5-4875-a0de-31ecbc724a7a.png?itok=Xn5QNwM8" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jean Vallée (Bélgica)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Oito anos após ter representado a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=0OldLw3afbQ" target="_blank">Bélgica</a></b> pela primeira vez, Jean Vallée (1941-2014) regressava à Eurovisão, alcançando aquele que era na altura o melhor resultado do país com a canção "L'amour ça fait chanter la vie". Nascido Paul Goeders na província de Liége, Vallée tinha iniciado a sua carreira musical em 1966 que durou até ao final da sua vida, tendo sido coroado cavaleiro da Ordem da Coroa pelo rei Alberto II da Bélgica. A Bélgica começou por liderar e a meio das votações, estava taco a taco com Israel, mas após o júri belga ter dado doze pontos a Israel, este país destacou-se na liderança e a Bélgica teria de esperar mais oito anos para por fim vencer o Festival pela primeira vez, ficando em segundo lugar com 125 pontos (com <i>douze points</i> de França, Grécia, Irlanda, Mónaco e Reino Unido).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/QvZS6tnZKMU/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/QvZS6tnZKMU/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Izhar Cohen & Alpha Beta (Israel)</td></tr></tbody></table><br /> No ano em que se assinalava o 30.º aniversário da fundação do estado, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=3ch5rEYB0-M" target="_blank">Israel</a></b> alcançava então a sua primeira vitória com 157 pontos na voz de Izhar Cohen (1951-) acompanhado pelo grupo Alpha Beta. "A-Ba-Ni-Bi" era a palavra "ani" ("eu") em código beta, semelhante à nossa língua do P (portanto podia-se traduzir o título como "<i>eu-peu</i>"). Aliás o refrão "<i>a-ba-ni-bi o-bo-he-bev o-bo-ta-bach</i>" era "eu amo-te" nesse código, com a letra a referir que na infância só se podia exprimir assim o amor. A vitória israelita foi uma grande surpresa para praticamente toda a gente pois não figurava entre os principais favoritos e segundo se diz, até a chefe da delegação de Israel não estava muito confiante e esperava no máximo um lugar nos dez primeiros. Mas o maior choque foi para os países árabes que transmitiram o Festival em directo, que assim que ficou claro que Israel iria ganhar, cortaram logo a emissão; na Jordânia, substituíram a transmissão por imagens de flores e depois anunciaram que a vencedora foi a Bélgica. Mas a verdade é que "A-Ba-Ni-Bi", com os seus ritmos disco sound, era das canções mais ao estilo da época e desde então se tornou mais um grande clássico da Eurovisão. Também foi a única canção vencedora do Festival da Eurovisão cuja orquestração foi dirigida por uma mulher, Nurit Hirsh. Izhar Cohen regressaria a Eurovisão por Israel em 1985, ficando em quinto lugar e esteve presente nos três festivais organizados em Israel: em 1979, entregando o troféu aos vencedores, em 1999, foi visto na audiência e em 2019, anunciou os pontos do júri israelita. Aliás uma nova versão de "A-Ba-Ni-Bi" foi usada para ilustrar <a href="https://www.youtube.com/watch?v=-cGs9J2gPlU" target="_blank">uma montagem dos belíssimos postcards do festival de 2019</a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Festival da Eurovisão 1978 (comentários em inglês da BBC)</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-GsW8n5EtR8" width="320" youtube-src-id="-GsW8n5EtR8"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>Reportagem da TF1 sobre os bastidores e ensaios do Festival</b> (incluindo uma aparição dos Gemini): <a href="https://www.ina.fr/ina-eclaire-actu/video/caa7800427301/retro-grand-prix-eurovision" target="_blank">https://www.ina.fr/ina-eclaire-actu/video/caa7800427301/retro-grand-prix-eurovision</a> </div><p></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-58516215877795168532023-04-06T16:18:00.002+01:002023-04-06T16:18:52.408+01:00Festival da Eurovisão 1974<p style="text-align: justify;">Tempo para recordar mais uma edição anterior do Festival da Eurovisão, e esta talvez seja a mais histórica de sempre. Isto apesar de na altura não ter granjeado grandes elogios na imprensa por essa Europa fora, com o Diário de Lisboa (que nunca foi muito com a cara do evento) a sentenciar: <i><a href="http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06819.169.26685#!32" target="_blank">"E depois do Festival, fica-nos a desoladora impressão de nenhuma das canções ter ficado no ouvido…"</a></i> Mas agora sabemos que não foi bem assim, pelo menos quanto à canção vencedora…</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/ElUoNu-WMAAgj-0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="799" height="320" src="https://pbs.twimg.com/media/ElUoNu-WMAAgj-0.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">O Luxemburgo tinha vencido pela segunda vez consecutiva no ano anterior mas como o grão-ducado não quis acolher novamente o certame, pela quarta vez a BBC britânica chamou a si os seus deveres para organizar o Festival quando o país vencedor do ano anterior não tinha vontade ou capacidade de o fazer. Algo que voltará a acontecer este ano com a cidade britânica de Liverpool a acolher o evento na impossibilidade da Ucrânia poder fazê-lo devido à guerra que tem assolado o país. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/EYPeFI0XgAAEIus?format=jpg&name=large" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="557" data-original-width="800" height="279" src="https://pbs.twimg.com/media/EYPeFI0XgAAEIus?format=jpg&name=large" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O <b>19.º Festival da Eurovisão</b> teve lugar a 6 de Abril de 1974 no Teatro Dome em Brighton, cidade na costa meridional de Inglaterra. <b>Katie Boyle </b>(1926-2018) foi a apresentadora, tal como em 1960, 1963 e 1968. O grupo de bonecos The Wombles foram a atração do número de intervalo. <b>Artur Agostinho</b> fez o comentário para a RTP e <b>Henrique Mendes</b> foi o porta-voz (em francês) dos votos do júri português. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2021/08/img_1715-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="565" data-original-width="800" height="283" src="https://euroscoreboards.files.wordpress.com/2021/08/img_1715-1.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Como o sistema actual dos "<i>douze points</i>" só entraria em vigor no ano seguinte, em 1974 a votação procedeu-se assim: cada país tinha um júri composto por dez elementos com cada um dar o seu voto à sua canção preferida (que não a do próprio país). Este sistema de votação tinha sido utilizado entre 1957 e 1961 e mais tarde entre 1967 e 1970. Pela primeira vez, além do sorteio de ordem de actuação, a ordem de votação também foi sorteada, mas curiosamente em ambos os casos a Finlândia foi sorteada em primeiro lugar e a Itália em último. Por isso, o quadro de pontuações foi o primeiro a indicar qual era o país a votar. Os postais ilustrados desse ano começavam por mostrar uma imagem de cada país (o Terreiro do Paço por Portugal) e depois imagens dos respectivos artistas nos ensaios ou a posar para as câmaras nas imediações do teatro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como é habitual, iremos analisar as canções por ordem inversa à classificação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/fFez-Qsavu8/sddefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/fFez-Qsavu8/sddefault.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dani (França)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Mas antes disso, há que mencionar a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Eqo6KYmXMn0" target="_blank">França</a></b> que deveria competir com a canção "La vie à vint-cinq ans" interpretada por Danièle Graul, mais conhecida simplesmente como Dani, tendo sido sorteada para atuar em 14.º lugar. No entanto, quatro dias antes do dia do Festival, o presidente da França, Georges Pompidou, faleceu inesperadamente e com o país em luto nacional, a televisão francesa retirou-se da competição. O que é pena porque a canção era bastante boa e provavelmente teria um bom resultado. Além de cantora, Dani (1948-2022) também era actriz tendo entrado em dois filmes de François Truffaut: "A Noite Americana" e "Amor Em Fuga". Em 2001, Dani teve um inesperado hit com "Comme Un Boomerang" em dueto com Etienne Daho. </p><p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/6iFcnZnDnac/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/6iFcnZnDnac/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cindy & Bert (Alemanha)</td></tr></tbody></table> <br /><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Nesse ano quatro países repartiram o último lugar, cada qual tendo recebido três pontos.</div><div style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=f6EKg1p8aRw" target="_blank">Alemanha</a></b> foi representada pelo casal Jutta "Cindy" Gusenberger e Norbert "Bert" Berger" (1945-2012) com "Die Sommermelodie" ("a melodia de Verão"), onde ao contrário deles próprios na altura, falava de um casal de apaixonados contrariados pelo facto de um deles não ser livre. Cindy e Bert divorciaram-se em 1988 e nesse ano Cindy foi segunda na pré-selecção alemã, e desde então que tem tido uma carreira a solo. (Adoro o nome ultra-alemão do orquestrador: Werner Scharfenberger!)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/wP_h6mpDIoY/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/wP_h6mpDIoY/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Piera Martell (Suíça)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=gXCl6SwkqUo" target="_blank">Suíça</a></b> também se apresentou em alemão com "Mein Ruf nach dir" ("o meu apelo a ti") por Piera Martell (1943-). Após mais algumas participações nas finais nacionais helvéticas, Piera Martell retirou-se da música em 1981.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/_FBJhQkCo28/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/_FBJhQkCo28/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne-Karine Strom (Noruega)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A loiríssima Anne-Karine Strom (1951-) já tinha participado pela <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=sA12dL7XX8U" target="_blank">Noruega</a></b> no ano transacto como parte do quarteto The Bendik Singers. Agora regressava a solo, ainda que acompanhada nos coros pelos irmãos Bjorn e Philipp Kruse, os seus anteriores companheiros de grupo. Em Brighton, cantou em inglês "The first day of love". A meu ver, das quatro canções empatadas em último lugar, apenas a da Alemanha e da Suíça mereceriam a cauda da tabela, com as da Noruega e do quarto país a serem nitidamente superiores e injustiçadas. Anne-Karine Strom voltou a representar as cores norueguesas em 1976, mas - infelicidade! - mais uma vez ficou injustamente em último lugar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/LEoqusKeqxk/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/LEoqusKeqxk/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paulo de Carvalho (Portugal)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">O quarto país do quarteto dos últimos foi, claro está, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=vWhxZ0JB9j4" target="_blank">Portugal</a></b>. Mas a canção que nos representou para Portugal ganharia um significado muito maior que a Eurovisão. Paulo de Carvalho (1947-) tornou-se conhecido nos The Sheiks como vocalista e baterista, antes de iniciar a sua carreira a solo em 1969. Competiu nos Festivais da Canção de 1970, 1971 e 1973, até vencer à quarta tentativa em 1974. No Festival da Canção desse ano, houve tripla participação de José Cid a solo ("A Rosa Que Te Dei") e com os Green Windows ("Imagens" e sobretudo, "No Dia Em Que O Rei Fez Anos"), além de nomes como Artur Garcia ("Senhora e Dona da Boina"), Duo Ouro Negro ("Baila Dos Trovadores") e Helena Isabel ("Canção Solidão"), com quem Paulo de Carvalho conceberia o filho Bernardo (aka Agir). "E Depois Do Adeus" tinha letra de José Niza e música e orquestração de José Calvário e se no Festival, a passou discretamente, semanas mais tarde cumpriria o seu lugar na História de Portugal. No dia 24 de Abril de 1974, às 22:55, a canção passou na emissão radiofónica dos Emissores Associados de Lisboa. Mas ninguém suspeitava que se tratava de uma senha para as forças armadas se prepararem para aquela que seria a revolução na manhã seguinte que poria fim ao regime do Estado Novo. E depois desse adeus, a liberdade…</div><div style="text-align: justify;">A carreira de Paulo de Carvalho continuou a somar grande sucesso até aos dias de hoje, onde pontificam outros grandes temas como "Flor Sem Tempo", "Nini Dos Meus Quinze Anos", "Os Meninos de Huambo" e "Mãe Negra", para além de mais um regresso à Eurovisão em 1977 com Os Amigos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/UIoOiymvwdw/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/UIoOiymvwdw/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carita (Finlândia)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Tal como no ano anterior, a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=gQuPljPniNc" target="_blank">Finlândia</a></b> foi o primeiro país a atuar. Sentada ao piano, Carita Holmström (1954-) cantou "Keep Me Warm", ficando em 13.º lugar com 4 pontos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://stillslibrary.rte.ie/indexplus/db_images/24/2498/broadcast-visible-watermark/085_77eb316e11a04529609f62c51ab08f7c998527af.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" height="266" src="https://stillslibrary.rte.ie/indexplus/db_images/24/2498/broadcast-visible-watermark/085_77eb316e11a04529609f62c51ab08f7c998527af.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Korni (Jugoslávia)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=bOlHWWs1xb4" target="_blank">Jugoslávia</a></b> foi representada pelo grupo sérvio Korni. Liderada por Kornelije Kovac (1942-2022), era uma das bandas pioneiras do rock jugoslavo, inclusivamente com alguma notoriedade fora do país. Com Zlatko Pejakovic (1950-) como vocalista principal, os Korni defenderam em Brighton o tema "Moja generacija" ("minha geração"), que no Festival foi apresentado sob o título "Generacija '42". A letra falava daqueles nascidos em 1942, tal como Kovac, durante a ocupação nazi da Sérvia. A canção jugoslava ficou em 12.º lugar com 6 pontos. Ainda nesse ano, a banda terminou, ainda que tenha tido uma breve reunião em 1987. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://preview.redd.it/jq9invrbspt81.png?width=640&crop=smart&auto=webp&s=c44a6683e88968c4d134a999d6910c6feee0a836" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="640" height="277" src="https://preview.redd.it/jq9invrbspt81.png?width=640&crop=smart&auto=webp&s=c44a6683e88968c4d134a999d6910c6feee0a836" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marinella (Grécia)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Apesar de alguns cantores gregos já terem participado por outros países (nomeadamente Vicky Leandros que venceu em 1972 pelo Luxemburgo), foi nesse ano que a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ML1ttEmiL7w" target="_blank">Grécia</a></b> participou pela primeira vez no Festival da Eurovisão. Nesta sua estreia, foi representada por Kyriaki Papadopolou, mais conhecida como Marinella (1938-), que cantou "Krasi, thalassa ke t'agori mou" ("Vinho, mar e o meu namorado), um tema como sonoridades inconfundivelmente gregas, ficando em 11.º lugar com 7 pontos. Com a sua carreira iniciada em 1957, Marinella já era uma das cantoras mais populares da Grécia, popularidade que continuou pelas décadas seguintes, tendo mesmo actuado na cerimónia de cncerramento dos Jogos Olímpicos de 2004 em Atenas. (E tal como Portugal, mais tarde nesse ano a Grécia também sairia de um regime autoritário, após o fim da junta militar que governava o país desde 1967, a quem chamavam "a ditadura dos coronéis"). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/k58gP7Bf94I/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/k58gP7Bf94I/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jacques Hustin (Bélgica)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><div style="text-align: justify;">Com dez pontos cada, Espanha e Bélgica repartiram o nono lugar. Pela <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=NGvLXHtIi_w" target="_blank">Bélgica</a></b>, Jacques Hustin (1940-2009) cantou "Fleur de liberté" (por acaso, seria essa flor um cravo?). Além da música, Hustin também se destacou como pintor, tendo aliás abandonado a carreira de cantor no final dos anos 80 para se dedicar exclusivamente à pintura até ao final da sua vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/Eg8y13r8ORI/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/Eg8y13r8ORI/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Peret (Espanha)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já a vizinha <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=IkMX8f8gfck" target="_blank">Espanha</a></b> foi representada por Pedro Pubill Calaf, ou simplesmente Peret (1935-2014), com "Canta y se feliz" uma tema em ritmo de rumba. Aliás Peret foi um dos maiores músicos da rumba catalã. Como na altura em que ainda não havia microfones <i>handsfree</i>, para ter mais liberdade nos movimentos enquanto cantava e tocava guitarra ao mesmo tempo, Peret actuou com um microfone preso na gravata. Após um interregno na música onde esteve envolvido num culto evangélico, Peret actuou na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de 1992.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/NgQFrqPaFwc/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/NgQFrqPaFwc/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tina Reynolds (Irlanda)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O sétimo lugar também foi compartido entre dois países, com Irlanda e Israel a receberem onze pontos cada. Pela <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=uOjlbGlQXEc" target="_blank">Irlanda</a></b>, esteve Tina Reynolds (1949-, nascida Philomena Quinn), uma das cantoras mais populares do país nos anos 70, cantando "Cross Your Heart". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://stillslibrary.rte.ie/indexplus/db_images/24/2498/broadcast-visible-watermark/069_06f0c161065076271983d0fdc173f6903ccdad6b.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" height="267" src="https://stillslibrary.rte.ie/indexplus/db_images/24/2498/broadcast-visible-watermark/069_06f0c161065076271983d0fdc173f6903ccdad6b.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Kaveret / Poogy (Israel)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Após a estreia no Festival no ano anterior, <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=utviY5yGf9o" target="_blank">Israel</a></b> participou pela segunda vez com o grupo Kaveret (que competiu sob o nome Poogy), uma das bandas pioneiras do rock israelita. Como na Eurovisão só é permitido um máximo de seis pessoas em palco em cada actuação, seis membros da banda subiram ao palco e o sétimo dirigiu a orquestra. Em Brighton, cantaram "Natati la chiaiai" ("eu dei a minha vida por ela"), que à superfície parece ser sobre um romance falhado, mas a letra continha algumas mensagens políticas, nomeadamente críticas à então primeira-ministra de Israel Golda Meir e defendendo a convivência entre um estado da Palestina e outro de Israel. A canção continua a ser um clássico da música israelita e até teve uma versão em francês de Joe Dassin. Por entre mudanças de formação e vários projetos a solo, os Kaveret ainda actuam juntos ocasionalmente. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/r_N7ApAlxLw/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/r_N7ApAlxLw/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Romuald (Mónaco)</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">E como se não houvessem muitos empates, três países repartiram o quarto lugar com 14 pontos: Reino Unido, Luxemburgo e Mónaco. Dez anos depois, o francês Romuald Figuier (1938-) voltava a representar o principado do <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Dxijmlmt4cI" target="_blank">Mónaco</a></b> (tendo de representado o Luxemburgo em 1969), interpretando "Celui qui reste et celui qui s'en va" ("aquele que fica e que aquele que parte"), num resplandecente fato de lantejoulas. Segundo a Wikipedia, Romuald estava habituado a representar vários países em festivais de música: em 1968 representou Andorra no Festival de São Paulo e o Luxemburgo no Festival de Sopot na Polónia e em 1973, ficou em segundo lugar pela França no Festival Viña Del Mar no Chile com "Laisse-moi le temps", que teria uma versão em inglês produzida por Paul Anka e gravada por Frank Sinatra. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/pQzu6p3PwVA/hqdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://i.ytimg.com/vi/pQzu6p3PwVA/hqdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ireen Sheer (Luxemburgo)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">O<a href="https://www.youtube.com/watch?v=wbSHNwE3ElA" target="_blank"> <b>Luxemburgo</b></a> era famoso por importar cantores de várias nacionalidades nas suas participações na Eurovisão e nesse ano, a sua representante foi a britânica Ireen Sheer (1949-), radicada na Alemanha desde 1970. "Bye bye I love you", que apesar do título era sobretudo cantada em francês, marcou a primeira participação do compositor alemão Ralph Siegel no Festival da Eurovisão, tendo composto muitas outras canções concorrentes no evento ao longo das décadas seguintes, sobretudo pela Alemanha, nomeadamente a canção vencedora do certame em 1982, mas também para Luxemburgo, Suíça, Montenegro e São Marino. Ireen Sheer regressaria à Eurovisão mais duas vezes, em 1978 pela Alemanha e em 1985 novamente pelo Luxemburgo. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://onlyolivia.com/visual/tv/70/74/eurovision/eurovisiona1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="240" src="https://onlyolivia.com/visual/tv/70/74/eurovision/eurovisiona1.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olivia Newton-John (Reino Unido)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Como país anfitrião, o <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=1eOMLWh0YIE" target="_blank">Reino Unido</a></b> apostava forte, fazendo-se representar por Olivia Newton-John (1948-2022), então já gozando de grande sucesso internacional. Apesar de ter crescido na Austrália, Olivia Newton-John nasceu em Cambridge, pelo que representava o seu país de nascimento com o tema "Long live love". Esta participação na Eurovisão acabou por ser apenas um <i>fait-divers</i> na gloriosa carreira de Olivia Newton-John, com os seus dois maiores auges ainda por acontecer: o filme "Grease" em 1978 e o álbum "Physical" em 1981. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/h34BHsqMgi0/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/h34BHsqMgi0/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mouth & MacNeal (Países Baixos)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Com quinze pontos, os <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=pSGWhU3-Q60" target="_blank">Países Baixos</a></b> ficaram em terceiro lugar, graças ao tema "I see a star", defendido pelo duo Mouth & MacNeal, composto por Willem "Big Mouth" Duyn (1937-2004) e Sjoukie "Maggie MacNeal" Van 't Spijker (1950-), que atuava junto desde 1971. Foi uma actuação bem disposta da canção em que não faltou um realejo que ao manobrar, fazia girar dois bonecos representando a dupla. Ainda nesse ano Mouth e MacNeal terminaram a colaboração, com ele continuando com uma nova parceira, Little Eve, e ela numa carreira a solo. Em 1980, Maggie MacNeal voltou à Eurovisão representando os Países Baixos em Haia com "Amsterdam". </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/6IJNIc32uGs/maxresdefault.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/6IJNIc32uGs/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gigliola Cinquetti (Itália)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Em 1964, Gigliola Cinquetti (1947-) tinha dado à <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Qi4_j5nqqzI" target="_blank">Itália</a></b> a primeira vitória no Festival da Eurovisão com o intemporal "Non ho l'etá". E dez anos depois, quase que ganhava novamente, ficando em segundo lugar com 18 pontos. Agora Cinquetti já tinha idade para amar e cantou "Sí". Porém, o Festival só seria transmitido em Itália mais de um mês depois, isto porque em Maio de 1974 houve em Itália um referendo sobre o divórcio. Os italianos foram consultados sobre se queriam que o divórcio, legalizado em 1971, voltasse a ser ilegal. Como a canção tinha o título "sim" repetido várias vezes, para não haver acusações de influência subliminar, a RAI só transmitiu o Festival e a canção só passou na rádio pública após o referendo (que deu a vitória ao "não", mantendo o divórcio legal). Gigliola Cinquetti continuou a ter uma carreira consagrada e regressou ao Festival da Eurovisão nas próximas duas vezes que o evento se realizou em Itália: em 1991 em Roma, como apresentadora (infelizmente contaminada pela condução desastrosa do seu coapresentador Toto Cutugno) e em 2022 em Turim, onde voltou a cantar "Non ho l'etá". </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2020/05/ABBA-Waterloo-Sweden.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2020/05/ABBA-Waterloo-Sweden.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">ABBA (Suécia)</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">Desde início que a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=I8F5vKJcxCQ" target="_blank">Suécia</a></b> tomou a liderança para não mais largar, e 24 pontos asseguraram a primeira vitória para o país nórdico. Tendo em conta a canção que é, dá ideia que a vitória foi retumbante mas mesmo sempre liderando nunca se distanciou muito dos seus rivais e só assegurou o triunfo na última votação. Além disso, segundo a imprensa da época, a canção sueca não fazia parte dos principais favoritos e não faltou quem dissesse que foi uma vitória imerecida. </p><div style="text-align: justify;">Essa canção era, claro está, "Waterloo" dos ABBA. E a história do quarteto maravilha sueco é sobejamente conhecida: em 1972, unidos pela música e pelo amor, Agnetha Faltskog, Björn Uelvaus, Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad juntaram-se para um projecto conjunto ao qual deram o nome das suas iniciais. Após terem ficado em terceiro lugar na final sueca de 1973 com "Ring Ring", no ano seguinte conquistaram tudo e todos, com uma sonoridade e uns visuais ao estilo do glam rock, onde nem faltou o orquestrador Sven-Olof Walldoff vestido à Napoleão. A letra de "Waterloo" comparava a rendição de Napoleão na célebre batalha da dita localidade a alguém render-se a um novo amor. Curiosamente, a canção não recebeu quaisquer pontos do Reino Unido, a nação vencedora da batalha, nem da Bélgica, o país onde actualmente está situada Waterloo. "Waterloo" teve grande sucesso internacional, atingindo o primeiro lugar do top de vários países como o Reino Unido e a Alemanha e até chegando ao sexto lugar do top americano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2016/08/abba-eurovision-1974.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="267" src="https://wiwibloggs.com/wp-content/uploads/2016/08/abba-eurovision-1974.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nos anos seguintes, os ABBA tornar-se-iam um dos mais bem-sucedidos grupos de sempre, somando hits intemporais como "Dancing Queen", "Mamma Mia" e "The Winner Takes It All", e deixando um legado tão marcante na história da música popular que o seu regresso aos discos em 2021 com o álbum "Voyage", após quarenta anos de interregno, foi todo um acontecimento. "Waterloo" é ainda hoje considerada a mais importante canção da história do Festival da Eurovisão, tendo sido eleita como a melhor canção eurovisiva de sempre numa votação pública por ocasião da gala dos 50 anos do Festival em 2005. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>Festival da Eurovisão 1974</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/9AQxcp4iW-c" width="320" youtube-src-id="9AQxcp4iW-c"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-19308073394291085932023-03-17T20:16:00.008+00:002024-03-16T20:29:54.442+00:00Os Goonies (1985)<p style="text-align: justify;">Recentemente, com o Óscar de <b>Ke Huy Quan</b> por "Tudo, Em Todo O Lado, Ao Mesmo Tempo" num regresso triunfal após vários anos afastado da representação, houve interesse em recordar os tempos em que o actor americano de origem vietnamita foi um actor juvenil (por vezes utilizando também o nome de Jonathan Ke Quan), revelado no papel de Short Round em "Indiana Jones E O Templo Perdido". </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/9/92/Goonies.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="331" height="475" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/9/92/Goonies.jpg" width="331" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O seu filme seguinte foi também um clássico do cinema-pipoca dos anos 80. <b>"Os Goonies"</b> é uma comédia de aventuras de 1985 realizado por <b>Richard Donner</b> e escrito por <b>Chris Columbus</b> a partir de uma história de <b>Steven Spielberg</b> e além de Quan, o elenco incluía nomes outras estrelas juvenis da altura como <b>Josh Brolin</b>, <b>Sean Astin</b> e <b>Corey Feldman</b>. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://hips.hearstapps.com/hmg-prod/images/r186h3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="545" data-original-width="800" height="272" src="https://hips.hearstapps.com/hmg-prod/images/r186h3.jpg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Na cidade de Astoria, no estado americano do Oregon, a pequena comunidade de Goon Docks está à beira de ser hipotecada para a ampliação de um campo de golfe para a elite da cidade. Quatro jovens amigos dessa comunidade, que se autointitulam os Goonies, decidem passar um último fim de semana juntos antes de serem forçados a mudar de casas. São eles Mikey Walsh (Astin), o líder do grupo, Clark Deveraux (Feldman) cuja atitude desbocada lhe valeu a alcunha de Mouth, Richard Wong (Quan) ou Data, o asiático especialista em engenhocas e Lawrence Cohen (<b>Jeff Cohen</b>) ou Chunk, o gorducho do grupo, tão conhecido pelo seu apetite voraz como gostar de inventar histórias mirabolantes.</p><p style="text-align: justify;">Ao vasculhar pelo sótão da casa, Mikey descobre um mapa de tesouro pertencente ao pirata One-Eyed Willie. Vendo que isso pode ser uma oportunidade para impedir a execução da hipoteca, Mikey e os amigos decidem investigar a localização do tesouro, convencendo Brand (Brolin), o irmão mais velho de Mike, a acompanhá-los. Pelo caminho, Andy Carmichael (<b>Kerri Green</b>), uma colega de Brand interessada nele, e a sua amiga Stef Steinbrenner (<b>Martha Plimpton</b>) juntam-se a eles. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.hollywoodreporter.com/wp-content/uploads/2015/06/the_goonies_still.jpg?w=3000" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="451" data-original-width="800" height="226" src="https://www.hollywoodreporter.com/wp-content/uploads/2015/06/the_goonies_still.jpg?w=3000" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O grupo descobre que a localização do mapa coincide com a de um restaurante abandonado junto à costa. Esse restaurante é o covil dos Fratellis, uma família de malfeitores: a pérfida Mama (<b>Anne Ramsey</b>) e os seus filhos Francis (<b>Joe Pantoliano</b>) e Jake (<b>Robert Davi</b>). Enquanto o resto do grupo desce pela cave de restaurante que dá a um labirinto de grutas, Chunk, que tinha ficado para trás para alertar a polícia, é capturado pelos Fratellis e aprisionado junto com Sloth (<b>John Matuszak</b>), um terceiro irmão Fratelli com a cara grotescamente deformada. Mas após o susto inicial, Chunk simpatiza logo com Sloth e este ajuda-o a libertar-se. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BZTc1N2Q1YmQtNjJjMy00MzBmLWI3YTMtY2UxZDZkMzFkYWRlXkEyXkFqcGdeQXVyMjMzMDI4MjQ@._V1_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="334" data-original-width="800" height="167" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BZTc1N2Q1YmQtNjJjMy00MzBmLWI3YTMtY2UxZDZkMzFkYWRlXkEyXkFqcGdeQXVyMjMzMDI4MjQ@._V1_.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Enquanto isso, os Goonies vão passando pelas várias de galerias de grutas, encontrando vários desafios onde os talentos de cada um deles é posto à prova. Por exemplo, como é a única que sabe tocar piano, Andy tem de manobrar uma espécie de órgão que abre caminho a uma passagem mas que pode abrir buracos no chão se a tecla errada for tocada. Por fim, chegam até ao barco do pirata One-Eyed Willy com todos os seus tesouros. O pior é que os Fratellis estiveram sempre no seu encalço e parecem levar a melhor, mesmo quando chegam Chunk e Sloth, que se virou contra a família que o maltratava. A gruta acaba por desabar e com ela o tesouro e todos vão parar à praia onde a polícia e as famílias dos jovens os esperam.</p><p style="text-align: justify;">No final tudo se resolve: os Fratelli são presos, Andy e Brand trocam um beijo, Sloth é acolhido pela família de Chunk e a empregada dos Walsh descobre que os berlindes que Mikey tinha tirado do navio e posto num saco são afinal pedras preciosas cujo valor ajudam para salvar as Goon Docks da hipoteca. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.thetimes.co.uk/imageserver/image/%2Fmethode%2Ftimes%2Fprod%2Fweb%2Fbin%2F79ca29a0-c1be-11ed-89bb-9ee8b04f3f4c.jpg?crop=3918%2C2612%2C1035%2C368" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="267" src="https://www.thetimes.co.uk/imageserver/image/%2Fmethode%2Ftimes%2Fprod%2Fweb%2Fbin%2F79ca29a0-c1be-11ed-89bb-9ee8b04f3f4c.jpg?crop=3918%2C2612%2C1035%2C368" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">A minha experiência de ver este filme foi algo sui generis. Em 1989, estava eu no 4.º ano, na semana antes das férias de Natal, a Câmara Municipal da minha cidade organizou sessões de cinema para os alunos das duas escolas primárias da cidade. No dia em que a minha turma era para ir a uma sessão, a nossa professora faltou, mas fomos com duas turmas do 2.º ano com as respectivas professoras a supervisionar a nossa também. Por sinal, o filme que fomos ver era "Os Goonies" (lembro-me que antes passaram um trailer do filme "O Abismo" de James Cameron) mas no intervalo, as professoras do 2.º ano acharam que o filme era demasiado assustador para os seus alunos e decidiram ir-se embora, e como a minha turma também estava à responsabilidade delas, também tivemos de ir. Nenhum de nós protestou mas o sentimento geral era de que preferíamos ter ficado a ver e que as justificações dadas pelas professoras eram algo exageradas.</div><div style="text-align: justify;">Não só foi alguns anos mais tarde que acabei por ver o filme na íntegra durante uma exibição televisiva, como acabei por descobrir que naquela de sessão de cinema na primária tinham cortado para os primeiros quinze minutos do filme, o que fez com que tivéssemos ido embora sem sequer saber como se chamava o filme. Uma colega minha até teimou dias mais tarde que o filme era "O Abismo" embora nenhum dos atores e cenas do trailer tivessem depois aparecido. </div><p></p><p style="text-align: justify;">Quanto ao filme, tem toda aquela essência do filme de aventuras juvenis dos anos 80 e apesar de Richard Donner ter uma realização segura (com alguns piscares de olho ao filme "Super Homem" que também realizou), dá bem para ver o dedo de Steven Spielberg na produção. O grande trunfo para mim é a grande química entre os sete jovens protagonistas, cada um com o seu momento para brilhar e é interessante como as dinâmicas entre os pré-adolescentes (Mikey, Data, Mouth e Chunk) e os adolescentes (Brand, Andy e Stef) são distintas entre si mas convergem habilmente. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/DfHg4LqVMAEoKW9.jpg:large" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="600" height="400" src="https://pbs.twimg.com/media/DfHg4LqVMAEoKW9.jpg:large" width="300" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jeff Cohen (Chunk) e Ke Huy Quan (Data)<br />na atualiade</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O filme foi filmado praticamente todo em sequência e a reação dos jovens atores quando viriam o navio pirata era genuína. Como era costume, nos anos 80, a banda sonora do filme continha temas de vários cantores e bandas populares da altura como Bangles, REO Speedwagon, Teena Marie e Luther Vandross, com o tema principal "The Goonies R Good Enough" a ser interpretado por <b>Cyndi Lauper</b>, com o respectivo videoclip a ter aparições de wrestlers famosos da altura como Lou Albano, Roddy Piper e André The Giant. No entanto, a partitura de Dave Grusin só foi disponibilizada numa edição especial da banda sonora em CD em 2010. </p><p style="text-align: justify;"><b>Trailer:</b> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/lYLAGAwcpSQ" width="320" youtube-src-id="lYLAGAwcpSQ"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Cyndi Lauper "Goonies R Good Enough"</b></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/LxLhytQ67fs" width="320" youtube-src-id="LxLhytQ67fs"></iframe></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p><p> </p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-64538735340825753642023-02-20T10:49:00.003+00:002024-02-11T21:49:19.496+00:0030 Programas da TVI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://quinto-canal.com/wp-content/uploads/2023/01/TVI-30-anos-logo-850x503.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="800" height="236" src="https://quinto-canal.com/wp-content/uploads/2023/01/TVI-30-anos-logo-850x503.jpg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Tal como há meses <a href="http://enciclopediadecromos.blogspot.com/2022/10/30-programas-da-sic.html" target="_blank">a propósito do 30.º aniversário da SIC</a>, uma vez que este mês a TVI comemora 30 anos de emissões, impunha-se também fazer um artigo mencionando trinta dos programas da TVI. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/602bed000cf245b9a97b82fb/1024" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/602bed000cf245b9a97b82fb/1024" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi a 20 de Fevereiro de 1993 que a Televisão Independente ou TVI iniciou as suas emissões, e a sua fundação compreendia várias entidades ligadas à Igreja Católica como a Rádio Renascença e a União das Misericórdias Portuguesas. Nesse período inicial o canal usava também a denominação de "a 4", com o famoso logótipo inicial de um quatro em forma de cruz estilizada. O canal definia-se como uma televisão de "inspiração cristã" e por um breve momento até teve programas conduzidos por figuras clericais como os Padres Vítor Melícias e Feytor Pinto. A TVI chegou às Ilhas ainda antes da SIC em e foi o primeiro canal português a transmitir em Pal Plus 16:9 em 1994 e a ter um website oficial em 1995.</div><div style="text-align: justify;">Porém cedo se verificou que as ideias iniciais do seu conceito não tinham muitas pernas para andar, e a estação passou por vários anos de indefinição em termos de estratégia. Em 1997, foi adquirida pelo Grupo Media Capital e no ano seguinte a Igreja Católica deixava o projecto. Porém foi só a partir do ano 2000 que se verificou um ponto de viragem que fez subir as audiências e acabar com o domínio que a SIC detinha.</div><div style="text-align: justify;">Mas mesmo que a TVI pós-2000 tenha tido mais sucesso e mesmo eu sendo um acérrimo fã da SIC dos anos 90, também guardo boas memórias da TVI/4 nos anos 90 e parece-me um pouco estranho, até irreal, que a TVI de agora seja o mesmo canal desses medianos mas simpáticos princípios. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal como no artigo da SIC, eu procurei ser diversificado em termos cronológicos e dar primazia à produção nacional. Embora tenham sido um dos bastiões dos anos iniciais da TVI, resolvi não incluir séries americanas como "Ficheiros Secretos", "Já Tocou" ou "Marés Vivas" nem séries animadas como "A Cinderela" e "Zorro". A lista está por ordem alfabética é um misto de alguns dos programas da TVI que mais me marcaram ao longo destes trinta anos e de outros sugeridos pelos seguidores da Enciclopédia de Cromos no Facebook. Caso haja algum artigo do blogue sobre o programa, vai haver um link. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Academia de Estrelas (2002) </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsPX4qyr-70FVRm5nGhWO6jD-ID0HdpY6VrP85Ysil_XLvMoU9F9BY-oiYZeJ6GSJIRtJMpMYEq8i6egmzUAwCVfufNDTD9BacxSRTB5sryfJUMTMLfOJKUHXK8Xe5VDOht24QJZacBpTRx-OgZMsRGpFsj5zg4gCVCpKBeFqOmuYw27vJNqcTAcFh/s642/academia%20estrelas.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="642" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsPX4qyr-70FVRm5nGhWO6jD-ID0HdpY6VrP85Ysil_XLvMoU9F9BY-oiYZeJ6GSJIRtJMpMYEq8i6egmzUAwCVfufNDTD9BacxSRTB5sryfJUMTMLfOJKUHXK8Xe5VDOht24QJZacBpTRx-OgZMsRGpFsj5zg4gCVCpKBeFqOmuYw27vJNqcTAcFh/s320/academia%20estrelas.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Ainda antes do "Ídolos" na SIC e da "Operação Triunfo" na RTP, a TVI avançou com um talent show com uns pozinhos de reality show. Baseado no original francês "Star Academy", esta "Academia de Estrelas" reunia catorze concorrentes que viviam juntos numa casa onde tinham aulas de canto, dança e representação e a cada terça-feira, havia uma gala onde eles apresentavam vários números musicais e de representação, bem como a indicação dos nomeados e do concorrente expulso a cada semana. Houve alguns resquícios do "Big Brother" com a casa da Venda do Pinheiro a ser reaproveitada para o programa e sobretudo com Teresa Guilherme a apresentar. O vencedor foi Joaquim Crestejo, mais conhecido como Mané, que acabou por viver um romance na casa com a segunda classificada, Lília Matos. Porém os concorrentes que ficaram mais conhecidos foram a terceira classificada Vanessa Silva e o actor Manuel Melo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2013/07/a-amiga-olga-1993-1994.html">Amiga Olga, A (1993-94) </a></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/3/2019/06/12041052199320a20amiga20olga-Copy.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="284" height="319" src="https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/3/2019/06/12041052199320a20amiga20olga-Copy.jpg" width="284" /></a></div><br /><b><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;">Sem dúvida o primeiro programa ex-libris da TVI. Olga Cardoso dava o salto da rádio para a televisão para conduzir este concurso. Na primeira parte, os concorrentes tinham de evitar de dizer "sim" ou "não" durante um minuto de conversa com a amiga Olga, para não levarem com o toque do gongo dourado deferido pelo rapaz que a acompanhava (um dos que exerceram tal função foi o futuro actor Ricardo Trêpa) e na segunda parte, tinha de responder a perguntas de cultura geral para depois escolher entre o dinheiro que Olga entregava em mãos ou a chave que abria um cacifo com um prémio. Para a história ficaram os entusiásticos "UAU!" de Olga Cardoso e o bordão "<i>O dinheiro ou a chave?</i>". </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2016/02/anjo-selvagem-2001-03.html" target="_blank">Anjo Selvagem (2001-03)</a> </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://infocul.pt/wp-content/uploads/2023/01/anjo-selvagem.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="590" height="202" src="https://infocul.pt/wp-content/uploads/2023/01/anjo-selvagem.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;">Hoje por hoje, as telenovelas arrastam-se por meses e meses a fio e até têm "temporadas", mas em 2001 era inaudito uma novela portuguesa estar no ar por mais de um ano e ter mais de 400 episódios. Mas foi o que aconteceu com "Anjo Selvagem", uma adaptação do original argentino "Muñeca Brava", onde de Setembro de 2001 a Fevereiro de 2003, narrou os inúmeros altos e baixos do romance entre a Mariana "Trinca-Espinhas" (Paula Neves), uma jovem de pelo na venta criada num convento, e Pedro Salgado (José Carlos Pereira), o filho playboy dos donos da mansão em que ela vai trabalhar como criada. Pelo meio há a hipótese de eles serem irmãos, o tio dele que também se interessa por Mariana, as inúmeras outras pretendentes de Pedro, as cómicas tentativas do motorista Zeca (Pedro Giestas) de conquistar Marta (Sara Moniz), a irmã de Pedro, um irmão gémeo de Mariana (Hugo Sequeira) que surge do nada… Como a trama era bastante linear e havia poucos núcleos, sempre achei um exagero terem alargado tanto a telenovela, mas as audiências assim o ditaram. Foi ainda a primeira telenovela a ter um episódio filmado totalmente em directo, no dia do 9.º aniversário da TVI. </div><div style="text-align: justify;">Do elenco fizeram também parte nomes como António Pedro Cerdeira, Alexandre Sousa, Manuel Cavaco, Maria Dulce, Cristina Cavalinhos, Teresa Tavares, Paula Luís, Rui Santos, Carlos Areia, Isabel de Castro, Luísa Ortigoso e, num pequeno papel que marcou a sua estreia em televisão, Bruno Nogueira. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Batatoon (1998-2002, 2006-07)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BMDljODVmOGUtYTM2Yi00YzczLTg4NWUtZDlhMGY2Yjk3MTk0L2ltYWdlXkEyXkFqcGdeQXVyMjgyOTI1ODY@._V1_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="496" data-original-width="599" height="265" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BMDljODVmOGUtYTM2Yi00YzczLTg4NWUtZDlhMGY2Yjk3MTk0L2ltYWdlXkEyXkFqcGdeQXVyMjgyOTI1ODY@._V1_.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">O palhaço Batatinha já era conhecido da pequenada, tendo feito várias aparições televisivas, em parceria com outros palhaços: Croquete, Soneca e sobretudo Companhia, com quem conduzira o programa "Alegria" na RTP e o respectivo reboot na TVI denominado "Vamos Ao Circo". Mas a sua zénite televisiva foi no Batatoon, o espaço infantil de segunda a sexta (e a espaços estendido aos fins de semana) onde além de emitir várias séries animadas, a dupla animava a pequenada presente em estúdio e a assistir em casa com números musicais e circenses e também dando prémios por telefone aos pequenos telespectadores. O "Batatoon" gerou também uma enorme gama de merchandising (revistas, discos, vestuário, material escolar, lancheiras, insufláveis…) e lançou o bordão "<i>Comando na mão e carrega no botão</i>" e o cântico "<i>Ba! Bata! Batatoon!</i>".</div><div style="text-align: justify;">O programa também ficou marcado pela lenda urbana de que os dois palhaços se teriam altercado em directo, o que ditou a saída de Companhia do programa. Contudo este tem afirmado que o seu problema era com a produção do programa. O Batatinha continuou a conduzir o programa a solo por mais uns meses bem como o breve reboot entre 2006 e 2007 que passava aos domingos de manhã. Entretanto, já há alguns anos que Batatinha e Companhia restabeleceram a parceria. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Big Brother (2000-03, 2020-)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.nit.pt/wp-content/uploads/2020/07/a2c8d0e20bde7ba54c0806f1cd3e48e1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="213" src="https://www.nit.pt/wp-content/uploads/2020/07/a2c8d0e20bde7ba54c0806f1cd3e48e1.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;">É assaz consensual de que o "Big Brother" foi um programa divisor de águas na história do canal e de que havia uma TVI antes de e outra após. O reality show originalmente concebido nos Países Baixos em 1999 onde um grupo de pessoas ficava fechado sem praticamente qualquer contato com o exterior numa casa apetrechada de câmaras por todo o lado estava a dominar audiências em vários países e era inevitável que o formato também chegasse a Portugal. Com a SIC, a habitual freguesa da produtora Endemol, relutante em adquirir o programa (com muitas justificações a terem sido dadas desde então para tal, nenhuma delas muito concreta), José Eduardo Moniz, então o director-geral da TVI, aproveitou a oportunidade e comprou o programa e paulatinamente o público foi aderindo até se tornar um dos programas mais impactantes da história da televisão portuguesa. Quatro edições com concorrentes anónimos e duas com famosos fizeram parte da primeira era do "Big Brother" entre 2000 e 2003, com a segunda a decorrer desde 2020. </div><div style="text-align: justify;">Mas tal como certos amores, para a maioria dos portugueses não houve "Big Brother" como o primeiro: o do Zé Maria a conquistar tudo e todos como o <i>outcast</i> mais à vontade com as galinhas do que com os outros, o do pontapé do Marco à Sónia, o da loura Susana que tanto era o sol como uma nuvem meio tristonha na casa, o dos altos e baixos do parzinho Célia e Telmo, o da movimentação debaixo do edredom entre Marta e Marco, o do Mário mais preocupado com a aparência do que com as tarefas domésticas… </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Casa Do Tio Carlos, A (1993-94) </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://fotos.web.sapo.io/i/o0914ea01/17833416_mmO0M.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="639" height="237" src="https://fotos.web.sapo.io/i/o0914ea01/17833416_mmO0M.jpeg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">O primeiro espaço infantil da TVI foi "A Casa Do Tio Carlos" conduzido por Carlos Alberto Moniz onde além da emissão de séries animadas tinha momentos de música com o próprio Tio Carlos e outros convidados, para gáudio da pequenada presente no estúdio. O cenário recriava um típica casa açoriana. E claro, havia a canção: "<i>A casa do Tio Carlos tem janelas de magia/ uma porta encantada, no telhado a fantasia/ os muros têm feitiços, nas cortinas baila o vento/ e as estrelas à noitinha nunca dormem ao relento/ na casa do Tio Carlos há festa todo o dia</i>".</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/02/confissoes-de-adolescente-1994-96.html" target="_blank">Confissões de Adolescente (1995)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMuMrowuV4lAdfsemVQwwg_uWsJQk9gffMNxEwivCxpHZVAxGBn80WUPMOhGF51NbI4jNc9VuqMgDyRdUWQnFu5G3C4lSb-L_pHA3tx0Ih87mdoB1ewB_MBIEIQ8BAkCyXMcZHHN1ENQ/s640/Confiss%C3%B5es+de+Adolescente.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="640" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMuMrowuV4lAdfsemVQwwg_uWsJQk9gffMNxEwivCxpHZVAxGBn80WUPMOhGF51NbI4jNc9VuqMgDyRdUWQnFu5G3C4lSb-L_pHA3tx0Ih87mdoB1ewB_MBIEIQ8BAkCyXMcZHHN1ENQ/s320/Confiss%C3%B5es+de+Adolescente.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Série brasileira baseada numa peça da autoria da actriz Maria Mariana que relatava as alegrias e dramas da adolescência de quatro irmãs: Diana (Maria Mariana), Bárbara (Georgiana Goés), Natália (Daniele Valente) e Carol (Déborah Secco), sob o olhar ora atento e afectuoso, ora frustrado do pai Paulo (Luiz Gustavo). Goés, Valente e Secco vieram mesmo a Portugal promover a série aquando da estreia na TVI</div><div style="text-align: justify;">A RTP viria depois a exibir uma segunda temporada, já com Camila Campucci a substituir Déborah Secco no papel de Carol. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Contra-Ataque (1994-2010)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/nbXirXxVJPg/maxresdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/nbXirXxVJPg/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Alguns dos seguidores da Enciclopédia de Cromos sugeriram este programa, o magazine desportivo da TVI, sobretudo na era de a 4, mas eu não me lembrava muito bem por isso recorri aso blogues "Ainda Sou Do Tempo" e "O Cabelo do Aimar" para saber mais. Segundo este, dava aos finais das manhãs de sábado, e dividia-se entre a antevisão à jornada do campeonato nacional desse fim-de-semana e reportagens sobre outras modalidades.</div><div style="text-align: justify;">o primeiro apresentador foi Nuno Ferreira (que depois foi director da Sport TV) mas os mais marcantes foram José Carlos Soares e José Gabriel Quaresma, sem esquecer também o toque feminino de Brigitte Martins nas suas reportagens e José Roberto Tedesco, um jornalista vindo da Rede Bandeirantes, a fazer a cobertura do campeonato brasileiro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Docas (1996-97) </b></div></b><div style="text-align: justify;">Dava aos sábados à noite e era uma espécie de "Saturday Night Live" à portuguesa, com vários sketches humorísticos e momentos musicais. Júlio César, Margarida Marinho, Manuel Lourenço e Maria Henrique compunham o elenco fixo, ao qual se juntava um convidado especial em cada episódio (entre esses estiveram Dulce Pontes, Joaquim de Almeida e Ana Zanatti) e um convidado musical. Recordo sobretudo os sketches do concurso "Ora Diga Lá", onde nem com todos os esforços do apresentador os concorrentes acertavam nas perguntas e a crónica social de Natacha ou "Náná, Tátá, sei lá" encarnada por Maria Henrique. Os monólogos iniciais dos convidados e as actuações musicais eram filmados num bar das Docas de Lisboa, daí o nome.</div><div style="text-align: justify;">Uma segunda temporada, precisamente intitulada "Docas 2", passou na RTP em 1998 com Fernando Mendes a substituir Júlio César no elenco fixo, ainda que este tenha sido o convidado num dos episódios.</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Equador (2008-09)</b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/6/2/5/5600304212526/tsp20100729203227/Equador.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="552" data-original-width="400" height="320" src="https://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/6/2/5/5600304212526/tsp20100729203227/Equador.jpg" width="232" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">A série que adaptava o romance best-seller de Miguel Sousa Tavares foi uma das maiores produções de sempre da televisão portuguesa, com um custo de 5,7 milhões de euros e filmagens em cinco países. </div><div style="text-align: justify;">"Equador" era a história de Luís Bernardo Valença (Filipe Duarte), um jovem empresário lisboeta no início do século XX, que é nomeado governador-geral de São Tomé & Príncipe pelo rei D. Carlos, com a missão de averiguar se ainda há trabalho escravo na colónia e onde se vê numa dura luta contra os poderosos produtores de cacau de São Tomé, sobretudo Mário Maltez (Nicolau Breyner), ao mesmo tempo que se apaixona pela inglesa Ann (Maria João Bastos). O elenco era luxuosíssimo com nomes como Alexandra Lencastre, Almeno Gonçalves, Ana Bustorff, Dalila Carmo, Eunice Muñoz, Fernando Luís, José Pedro Gomes, Lídia Franco, Marco D'Almeida, Marco Horácio, Mariana Monteiro, Nuno Melo, Paulo Pires, Pedro Granger, Rogério Samora, Ruy de Carvalho, Vítor Norte e Victor de Sousa. O próprio Miguel Sousa Tavares teve uma participação especial como o Conde de Mafra, um antepassado seu. "Equador" teve 30 episódios exibidos nos domingos à noite entre 2008 e 2009. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Inspector Max (2004-06, 2016-17, 2019)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BZjNlMjIyNzMtZGNiYS00N2Q5LWJjZWItNDEwNjkwMDU2YzRlXkEyXkFqcGdeQXVyMTUyMzQyNDYw._V1_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="549" height="320" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BZjNlMjIyNzMtZGNiYS00N2Q5LWJjZWItNDEwNjkwMDU2YzRlXkEyXkFqcGdeQXVyMTUyMzQyNDYw._V1_.jpg" width="220" /></a></div><br /><b><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;">Com a série austríaca "Rex, O Cão Polícia" a fazer sucesso na SIC, não demorou até que alguém pensar em porque não fazer uma série semelhante em Portugal. E em 2004, surgiu o "Inspector Max" onde o titular cão pastor-alemão acompanhava os inspetores do DIC de Setúbal Jorge Mendes (Fernando Luís) e Sérgio Calado (Rui Santos) nas suas investigações, ao mesmo tempo que também traz nova vida à família do primeiro, que inclui os filhos Catarina (Sara Butler) e Tiago (Afonso Maló) e o sogro João (Ruy de Carvalho). Isto sem esquecer as personagens femininas regulares como a chefe Graça (Fátima Belo), a jornalista Júlia (Sandra Celas) e a doutora Sílvia (Bárbara Norton de Matos). </div><div style="text-align: justify;">Após duas temporadas exibidas entre 2004 e 2006, a série teve duas reboots em 2016 e 2019, nas quais o inspetor Jorge Mendes agora era casado com a advogada Joana (Patrícia Tavares), o inspetor Sérgio aparecia não só divorciado de Júlia como também de Elsa (Gabriela Barros) e o Max era um dos filhos do canídeo original. </div><div style="text-align: justify;">Aliás, na verdade, eram quatro os cães que foram utilizados para o papel de Max consoante as cenas e era relativamente fácil que um cão que aparecia numa cena não era o mesmo que aparecia noutras. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Jardins Proibidos (2000-01) </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/1/1e/Jardinsproibidostvi.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="349" data-original-width="469" height="238" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/1/1e/Jardinsproibidostvi.png" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;">A primeira telenovela portuguesa da TVI foi "Telhados De Vidro" emitida nos seus primórdios e da qual a estação não parece muito orgulhosa em recordar. </div><div style="text-align: justify;">O regresso da TVI às telenovelas portuguesas deu-se no ano 2000 com "Jardins Proibidos" que serviu um pouco de antecâmara para a indústria que desenvolveria nos anos seguintes. Escrita por Manuel Arouca, a trama narrava a história de Teresa (Vera Kolodzig), uma jovem de 15 anos criada pelos avós que descobre que, ao contrário do que pensava, os seus pais estão vivos e decide procurá-los. A jovem acaba por descobrir que foi o fruto de uma enorme paixão entre Clara Ávila (Ana Nave), pertencente a uma das mais ricas e poderosas famílias de Azeitão, e Lourenço Miranda (Almeno Gonçalves), um dos trabalhadores da propriedade da família. Porém Emília (Lurdes Norberto), a autoritária mãe de Clara, acabou com o romance, despedindo Lourenço e ordenando o seu empregado Xavier (Luís Alberto) que entregue o bebé que a filha deu à luz a uma instituição. Em vez disso, Xavier e a sua mulher Nazaré (Manuela Cassola) fugiram para Lisboa e criaram a recém-nascida como se fosse sua neta.</div><div style="text-align: justify;">Quinze anos depois, Clara está num casamento infeliz com Jaime (Sérgio Silva) sofrendo por não ter tido mais filhos e Lourenço regressou a Portugal após a morte da mulher com quem casou na Suíça e com quem teve dois filhos. A entrada de Teresa na vida destas duas famílias vai avivar memórias e reabrir feridas.</div><div style="text-align: justify;">O elenco contou ainda com nomes como Rita Salema, Pedro Granger, Lídia Franco, Dalila Carmo, Fernanda Serrano, Nuno Homem de Sá, Irene Cruz, Sara Moniz, José Raposo, Maria João Abreu e uns muito jovens Daniela Ruah, Diogo Valsassina, Maya Booth e Teresa Tavares. </div><div style="text-align: justify;">Em 2014, "Jardins Proibidos" teve uma sequela com vários actores da telenovela anterior a recuperarem os seus papéis mas a trama só emplacaria numa fase mais adiantada, quando já não restavam muitas referências à trama anterior. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/02/o-jogo-do-ganso-1993-1998.html" target="_blank">Jogo Do Ganso, O (1994-95)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BY2JiMWQxZTgtYjMyNC00MGI3LTg1NDQtOWJkY2FiYzBmNmRhXkEyXkFqcGdeQXVyMTA0MjU0Ng@@._V1_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="416" data-original-width="639" height="208" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BY2JiMWQxZTgtYjMyNC00MGI3LTg1NDQtOWJkY2FiYzBmNmRhXkEyXkFqcGdeQXVyMTA0MjU0Ng@@._V1_.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div></b><div style="text-align: justify;">Um dos programas mais marcantes da era "a 4" da TVI, "O Jogo Do Ganso" era um concurso espanhol (no original "El Gran Juego de la Oca" que por cá gerou a famosa piada do "Oca Game") onde quatro concorrentes, cada um vestido de uma cor, movimentavam-se por um enorme cenário a recriar o Jogo da Glória, enfrentando vários tipos de provas, sobretudo físicas mas não só, segundo a sorte ou o azar ditado pelos dados. Embora houvesse uma casa da Morte muito perto da casa final que obrigava o concorrente que lá caísses a voltar ao princípio, a casa mais temida era a do barbeiro, onde inevitavelmente as concorrentes acabavam com o cabelo muito curto e os concorrentes levavam com uma valente máquina zero, uma vez que era impossível acertar na última das três perguntas que os podiam salvar de tal destino. Emilio Aragón, Lydia Bosch e Patricia Perez eram os apresentadores espanhóis e António Cordeiro e Maria de Lima faziam os comentários em português.</div><div style="text-align: justify;">O concurso acabou por ter duas ligações a Portugal: Olga, a vencedora de uma das sessões teve uma prova final em Lisboa (reunir 500 pessoas vestidas de azul, a sua cor no concurso, na Praça do Município) e dois concorrentes portugueses, Miguel e Ana Cristina, participaram numa das emissões mas não só apanharam com as provas mais difíceis (e ele levou com a carecada na casa do barbeiro) como foi um concorrente espanhol a ganhar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Jornal Nacional (1995-97, 2000-2011, 2023-)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/13129721/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="450" height="242" src="https://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/13129721/" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b>O espaço de informação da TVI no horário nobre utilizou pela primeira vez a designação "Jornal Nacional" entre 1995 e 1997, mas foi com a nova grelha para a <i>rentrée</i> 2000/01, que também foi acompanhada de uma renovação nos grafismos, que o "Jornal Nacional" causou impacte no grande público. Entre a condução do jornal, impossível não referir Manuela Moura Guedes no seu estilo inconfundível, mas recordo também, entre outros, Pedro Pinto, Ana Sofia Vinhas e Lurdes Baeta e aos fins-de-semana, João Maia Abreu e Júlio Magalhães. Trouxe ainda a inovação de notícias a passarem em rodapé durante a emissão, que depois seria emulado pelas outras estações, e sobretudo, os comentários da actualidade (e sugestões de livros) aos domingos com o professor Marcelo Rebelo de Sousa que não tardou a criar uma empatia com o público, um capital social que se verificou decisivo quando finalmente assumiu as intenções de se candidatar à Presidência da República. <br />O "Jornal Nacional" manteve esta denominação até Maio de 2011, quando foi renomeado "Jornal das 8", sendo agora recuperada no dia do 30.º aniversário da TVI. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2016/07/as-telenovelas-latino-americanas-dos.html" target="_blank">Kassandra (1995)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaV36cW1gkYWHPpEkZx4tjoKpQzZLT64tIvfN89CetwliAnZHIxM9mU_ikDlRjbKmix9L2kOj0qq26snXfzt2DtqT1NcKnvUcIyIGQHBGLrJ-8KBT_hf84-t0EcoMOwwPAL2-KKpLhXQteaNDq-JAyuYeXf8ClDUF9faKa9kxksBibdkM69xXtz0KW/s679/kassandra.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="679" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaV36cW1gkYWHPpEkZx4tjoKpQzZLT64tIvfN89CetwliAnZHIxM9mU_ikDlRjbKmix9L2kOj0qq26snXfzt2DtqT1NcKnvUcIyIGQHBGLrJ-8KBT_hf84-t0EcoMOwwPAL2-KKpLhXQteaNDq-JAyuYeXf8ClDUF9faKa9kxksBibdkM69xXtz0KW/s320/kassandra.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Paralelamente às brasileiras e portuguesas, as telenovelas latino-americanas, sobretudo mexicanas e venezuelanas, tiveram o seu público nos anos 90. A TVI transmitiu várias nos anos 90, como por exemplo "Lágrimas (La Revancha)", "Estrela (Cara Sucia)" ou "Morena Clara". Mas a única que segui mais de perto, durante umas férias de Verão, foi "Kassandra", uma produção de 1992 para a Rádio Caracas Televisión (RCTV), que passou duas vezes na TVI em 1995 e 1997, protagonizada pela venezuelana Coraima Torres e o porto-riquenho Osvaldo Rios. </div><div style="text-align: justify;">Ela foi a personagem titular, que cresceu num acampamento cigano que gere um circo, desconhecendo que na verdade é herdeira de uma família rica e que foi trocada à nascença pela madrasta da sua mãe. Ele encarnou os gémeos, Luís David, o bom, e Ignacio, o mau, filhos dessa madrasta. Apesar de prometida em casamento a Randu (Henry Soto), o líder da tribo, Kassandra apaixona-se por Luís David. Mas aproveitando a ausência deste e descobrindo que ela é herdeira da fortuna do padrasto, Ignacio convence Kassandra a casar-se com ele, alegando que é ele o seu amado. Porém, ele é assassinado pouco tempo depois e Luís David faz-se passar pelo irmão para tentar saber se foi Kassandra quem matou Ignacio. </div><div style="text-align: justify;">"Kassandra" é uma das telenovelas venezuelanas mais exportadas e teve uma versão mexicana e outra argentina. Ah, e nunca esqueci a canção do genérico: "<i>Amor eterno, eres para mi, Kassaaaaaaandra</i>!"</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2018/09/morangos-com-acucar-1-serie-2003-04.html" target="_blank">Morangos Com Açúcar (2003-2012)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTKESF01rLevniJYin6ziojaJD-xhQptQ9JQwTfSjzNUp-rcuND7R_0G_sEu2IgYdToysbF78toTreUZmZDfBAO69la0RM6W2xbfxO7KCUkeIwICRdHpDnUKTMCpcnyDFl0TGY6sINUiRNKyNih4USKJDdW4lPXtvkfr244UcPIQ_FOM_6Ks4z9el/s512/mca3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="512" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTKESF01rLevniJYin6ziojaJD-xhQptQ9JQwTfSjzNUp-rcuND7R_0G_sEu2IgYdToysbF78toTreUZmZDfBAO69la0RM6W2xbfxO7KCUkeIwICRdHpDnUKTMCpcnyDFl0TGY6sINUiRNKyNih4USKJDdW4lPXtvkfr244UcPIQ_FOM_6Ks4z9el/s320/mca3.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Inspirado pelo sucesso da brasileira "Malhação", em 2003 a TVI apostou num produto de ficção destinado ao público jovem e o sucesso foi imediato. "Morangos Com Açúcar" teve nove temporadas, subdivididas entre a época lectiva e a de férias de Verão, com um elenco praticamente renovado a cada temporada. De lá saíram vários nomes que viriam a dar cartas na ficção nacional como Cláudia Vieira, Rita Pereira, Benedita Pereira, Pedro Teixeira, João Catarré, Diogo Valsassina, Ana Guiomar, Diana Chaves, Mariana Monteiro, Jéssica Athaíde, Filipa Areosa, Sara Prata, Lourenço Ortigão, Isaac Alfaiate e Sara Matos, apoiados por nomes mais consagrados nos papéis de professores e familiares. Os Morangos também lançaram vários nomes para o mundo da música como os D'ZRT, os 4 Taste e as Just Girls. Isto para não falar de todo o tipo de merchandising</div><div style="text-align: justify;">Sem desprimor para as outras, mas pessoalmente, as três primeiras temporadas foram as mais marcantes: na primeira, recordo o casal protagonista, Pipo e Joana, as tropelias do trio infantil composto por Daniel Martins, Carolina Castelinho e Núria Real e o pérfido professor Sapinho; <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2019/10/morangos-com-acucar-2-serie-2004-2005.html" target="_blank">a segunda</a> teve um casal ainda mais icónico, Simão e Ana Luísa, e a génese dos D'ZRT; e <a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2021/09/morangos-com-acucar-3-temporada-2005-06.html" target="_blank">a terceira</a> foi marcada por dois acontecimentos com impacte na vida real: a trágica morte do actor Francisco Adan, o Dino, num acidente de automóvel e um caso de histeria colectiva onde, após uma trama sobre um misterioso vírus que se propagava pelo colégio, dezenas de jovens em vários pontos do país foram parar ao hospital queixando-se de sintomas semelhantes aos que as personagens manifestavam na novela, tendo esse caso sido até objeto de estudo da comunidade médica internacional. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Ninguém Como Tu (2005)</b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2019/08/ninguem-como-tu-07a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="182" height="250" src="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2019/08/ninguem-como-tu-07a.jpg" width="182" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Mesmo na imensidão de telenovelas nacionais que a TVI emitiu durante os anos 2000, poucas atingiram o sucesso e a qualidade como "Ninguém Como Tu". </div><div style="text-align: justify;">Alexandra Lencastre brilhou como a ambiciosa e calculista Luiza Albuquerque, que ante a falência do negócio do marido Mário (Vítor Norte), aponta o alvo a António Paiva Calado (Nuno Homem de Sá) e decide terminar o casamento deste para o engatar e manter o seu nível de vida. Mas quando consegue o objectivo, António frustra-lhe os planos até ser misteriosamente assassinado. Livre e novamente endinheirada, Luiza decide então reconquistar um amor antigo, Pedro (Ricardo Carriço), que se casou com a sua irmã Dulce (Manuela Couto), ao mesmo tempo que misteriosas dores de cabeça a assolam.</div><div style="text-align: justify;">Existem ainda as filhas de Luiza, Isabel (Liliana Santos), uma cópia da mãe, e Teresa (Benedita Pereira), honesta e idealista, que se perde de amores por Miguel (José Fidalgo), um jovem humilde; Júlia (Dalila Carmo), a outra irmã de Luiza que criou o pequeno e rebelde Jaime (João Pedro Cary) como seu filho; Alexandre (Joaquim Horta) que com os seus dons de cartomante vai influenciar a vida de várias personagens; João (Frederico Barata), filho de Pedro e Dulce, que questiona a sua sexualidade; Mariana (Cláudia Aguizo), uma jovem que sofre com o excesso de peso e o desprezo da sua mãe Guida (Sofia Aparício), amiga de Luiza; Gabriel (Pedro Lima), que se vem a saber ser o verdadeiro pai de Jaime, cirurgião plástico que vive um tórrido caso com a divertida oportunista Leonor (São José Correia); Luciano (Sinde Filipe), pai de Luiza, Dulce e Júlia, sempre com ideias mirabolantes para negócios; e Lurdes (Maria Simões), empregada de Luiza, a quem atura estoicamente os insultos. </div><div style="text-align: justify;">Com uma vilã icónica, uma escrita bem apurada do autor Rui Vilhena, várias tramas cativantes e o mistério de "Quem matou o António" a intrigar o público, "Ninguém Como Tu" foi um grande sucesso. No último capítulo, a 20 de Dezembro de 2005, até se fez a <i>gimmick</i> do transporte em carro blindado da cassete que continha o último capítulo, onde se se revelaria o verdadeiro assassino. (Que era Guida.) </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2015/02/olhos-de-agua-2001.html" target="_blank">Olhos De Água (2001)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj3ko6u9zwD9yRP14FUflReQv_gna80kee67DmpUi0vNzEToaB0VYGXiljCraoebu-BIsqQiE7gzhQCCoJ4fUuX7myfce4lRukGcivdhO9wP6mSC-pjc347eOn6YfAmA0gIec4byrwqj4q8XmPuu6a2PtClFRg2qiIkK4kTCihtlo9geimjgbqtruI/s480/olhos%C3%A1gua.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj3ko6u9zwD9yRP14FUflReQv_gna80kee67DmpUi0vNzEToaB0VYGXiljCraoebu-BIsqQiE7gzhQCCoJ4fUuX7myfce4lRukGcivdhO9wP6mSC-pjc347eOn6YfAmA0gIec4byrwqj4q8XmPuu6a2PtClFRg2qiIkK4kTCihtlo9geimjgbqtruI/s320/olhos%C3%A1gua.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">E mais uma telenovela icónica, aquela que cimentou a TVI como bastião da ficção nacional no início deste século. </div><div style="text-align: justify;">"Olhos de Água" era a história das gémeas Leonor e Luísa Negrão, interpretadas por Sofia Alves, separadas em tenra idade durante a descolonização de Moçambique. Luísa passou a viver com a restante família, criada pelos tios Henrique (Sinde Filipe) e Natália (Eunice Muñoz), e tornou-se uma bem-sucedida gestora da empresa da família. Leonor acabou por ser acolhida por Angelina (Cremilda Gil), uma retornada que regressou à sua aldeia na terra da Lousã e a criou como sua filha. As duas desconhecem a existência uma da outra até que Leonor decide mudar-se para Lisboa e as duas acabam por se encontrar por acaso. Mesmo com a oposição dos familiares, elas ficam decididas a se reencontrarem e a descobrir os segredos do seu passado. Enquanto isso, Leonor apaixona-se por Ricardo (Pedro Lima), um advogado mulherengo, e Luísa e o seu ex-marido Duarte (António Pedro Cerdeira) vão percebendo que, sob todas as animosidades e rancores que resultaram do fim do casamento, ainda gostam um do outro. Por outro lado, o público fica a saber que o indigente Bicas (Manuel Cavaco) é o pai das gémeas. </div><div style="text-align: justify;">O elenco contou ainda com nomes como Ruy de Carvalho, Sílvia Rizzo, Joaquim Nicolau, Orlando Costa, Anita Guerreiro, Rita Salema, Tozé Martinho (um dos autores da novela) e Estrela Novais, bem como Fernando Cabral, um concorrente do Big Brother 2. </div><div style="text-align: justify;">E claro, havia o tema do genérico cantado pelo Toy. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2012/08/queridos-inimigos-1993-1994.html" target="_blank">Queridos Inimigos (1993-1994)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDD41EkRHGdmeQMDSOQrwsC3IusC6Izge03GXz9yB63ClDB7hG1UFRHGZgCoeuUQh2ydVEUfCM_KQTOeHebcFXsV0E34pXGXn9HW1uCzofKf2915Z_I99_R2ILEQxWiYMr0sStjrKHbQk/s500/logophpThumb_generated_thumbnail.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="500" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDD41EkRHGdmeQMDSOQrwsC3IusC6Izge03GXz9yB63ClDB7hG1UFRHGZgCoeuUQh2ydVEUfCM_KQTOeHebcFXsV0E34pXGXn9HW1uCzofKf2915Z_I99_R2ILEQxWiYMr0sStjrKHbQk/s320/logophpThumb_generated_thumbnail.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um concurso que era uma guerra dos sexos em que duas equipas de três elementos, uma masculina e outra feminina, disputavam várias provas. Mas o mais engraçado eram as picardias entre os apresentadores, Rogério Samora pelos homens e Margarida Reis e mais tarde Mila Ferreira pelas mulheres. O meu primo Ricardo esteve na assistência de uma das emissões e disse que as gravações duraram o dia inteiro desde as dez da manhã até já bem de noite, com muitos tempos mortos. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Rita Catita e o Ursinho Oops (2000-01)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/x_SblR0WJmo/maxresdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/x_SblR0WJmo/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Um inovador programa infantil, adaptado de um original dinamarquês, em que os pequenos telespectadores podiam interagir com as duas personagens titulares, a Rita Catita (voz de Marta Madeira) e o Ursinho Oops (voz de Luís Ramos) e jogar os diversos jogos usando as teclas do telefone, tipo Hugo. O mais engraçado era que a cada criança era atribuída uma personagem animada ao acaso que mexia a boca para se assemelhar o mais possível com aquilo que cada criança dizia. De permeio, Rita Catita interagia com outras personagens recorrentes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Secret Story - A Casa Dos Segredos (2010-18)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://fotos.web.sapo.io/i/Bb412b4d6/13686356_9LnqT.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="240" src="https://fotos.web.sapo.io/i/Bb412b4d6/13686356_9LnqT.jpeg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Depois do quarto "Big Brother" em 2003, houve uma espécie de hiato de reality shows do género pessoas fechadas numa casa até que em 2010, a TVI apostou num formato semelhante, adaptado de um original francês. Tal como no "Big Brother", também havia pessoas fechada numa casa na Venda do Pinheiro, havia barracos e polémicas, mas além das habituais nomeações e expulsões do público, havia outra premissa: cada concorrente tinha um suposto segredo que os outros tinham de descobrir para adicionar mais um extra ao seu eventual prémio final. Houve sete temporadas, sem contar as edições extra "Desafio Final" e afins, a primeira apresentada por Júlia Pinheiro, a última por Manuel Luís Goucha e as restantes por Teresa Guilherme. Eu ainda acompanhei as três primeiras, mas depois não só a produção começou a fazer mexidas sem parar (formas diferentes para nomear, imunidades, muitos concorrentes que já se conheciam entre si e que reflectiam mais a cultura das "<i>nights</i>" urbanas do que o típico tuga comum, várias interferências do exterior) como os concorrentes iam ficando mais fixados nas intrigas do que no jogo e em descobrir os segredos, e deixou de me interessar ainda que a sétima temporada tenha sido um ligeiro "<i>back to basics</i>". A meu ver, a segunda temporada foi a que gerou mais figuras icónicas como Fanny Rodrigues (mais o pai Fernando e o futuro ex-namorado Dioguinho), Marco Costa, João Mota e Cátia Palhinha. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2016/02/super-pai-2000-2002.html" target="_blank">Super Pai (2000-02)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlrqQILEvShd3kyDMY78OE5ow50rhLkPctva1klMCajKCqqpdr86ylMpQy5LLitrlmncFkdNil9k9SCpoaRSHmCfnZER9rV9yoLZU47NlIlrHMUZQUR07tegNKCWS0P5UzP2GytWPek4g/s480/tvi+super+pai.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlrqQILEvShd3kyDMY78OE5ow50rhLkPctva1klMCajKCqqpdr86ylMpQy5LLitrlmncFkdNil9k9SCpoaRSHmCfnZER9rV9yoLZU47NlIlrHMUZQUR07tegNKCWS0P5UzP2GytWPek4g/s320/tvi+super+pai.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Nem só de telenovelas vivia a ficção nacional da TVI no início dos anos 2000, com esta sitcom a tornar-se mais um sucesso de audiências. O Super Pai era Vasco Figueiredo (Luís Esparteiro), um empresário viúvo que cria sozinho três filhas, Camila (Madalena Brandão), Carmo (Sofia Arruda) e Clarinha (Filipa Maló do Canto), de 18, 14 e 8 anos cada uma passando pelas manias da idade. Embora fiel enquanto casado, Vasco sempre teve fama de namoradeiro e apesar de se encantar com várias presenças femininas, por muitas voltas que a trama deu ao longo de mais de cem episódios, desde cedo ficou muito claro que ele iria acabar com Isabel (Sandra Faleiro), uma discreta beirã que é contratada como empregada da casa e que desde logo conquista as três meninas.</div><div style="text-align: justify;">Segundo os próprios, na série criou-se uma grande amizade entre o "pai" Luís Esparteiro e as "irmãs" Madalena Brandão, Sofia Arruda e Filipa Maló do Canto (esta já há muito afastada da representação) que dura até hoje. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="http://enciclopediadecromos.blogspot.com/2016/11/survivor-portugal-2001.html" target="_blank">Survivor (2001)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV_Hg2NGOHtCrSXxF_cphhPLIcLA2KorH58zunV28yQPYvqvvXxIVoA5ge0skLDirdM4nIaSrLg6okGz3WFA73XgekH6xigFKuwR2TtcKJ9l3_DjKMJICIQrCh7VRLvfzCl8AF-8WeFC1Giadhftq95JQaniZYWxLEIATKikakHbYXZdJKjEBXDOUq/s1024/Survivor2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="627" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV_Hg2NGOHtCrSXxF_cphhPLIcLA2KorH58zunV28yQPYvqvvXxIVoA5ge0skLDirdM4nIaSrLg6okGz3WFA73XgekH6xigFKuwR2TtcKJ9l3_DjKMJICIQrCh7VRLvfzCl8AF-8WeFC1Giadhftq95JQaniZYWxLEIATKikakHbYXZdJKjEBXDOUq/s320/Survivor2.jpg" width="196" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">O conceito do "Survivor" foi criado pelo britânico Charlie Parsons em 1992 e alguns programas semelhantes surgiram ainda nos anos 90, como "Expedition Robinson" na Suécia em 1997. Porém, foi com a estreia da primeira temporada americana que "Survivor" passou a fazer parte da história da televisão mundial, creditado juntamente com a franchise do "Big Brother" como um dos grandes marcos da revolução sociocultural dos reality shows na viragem do século. </div><div style="text-align: justify;">No "Survivor" um grupo de pessoas era reunido num lugar selvagem e inóspito algures no mundo e tem de viver como Robinsons Crusoes dos tempos modernos, para obter recompensas que no mundo real podem ser banais mas que costumam ser preciosas naquele lugar, e evitarem o risco de serem expulsos. De início, os concorrentes são divididos em duas ou mais tribos sendo que a certa altura, geralmente a partir da segunda metade da temporada, os concorrentes restantes são reunidos numa única tribo até ao confronto final. O programa não só continua a fazer sucesso nos Estados Unidos, onde já vão em mais de quarenta temporadas, como em vários países. </div><div style="text-align: justify;">Porém, Portugal teve uma única temporada do Survivor, filmada no Panamá no Verão de 2001, e exibida na TVI no Outono do mesmo ano, com Paulo Salvador a ser o apresentador no local e Teresa Guilherme a conduzir os resumos diários. Porém passou algo despercebido por vários factores: a catadupa de estreias que a TVI lançou na <i>rentrée</i> de 2001, como muitas telenovelas e o terceiro Big Brother, a ausência de intervenção do público (os concorrentes eram expulsos pelos próprios membros da tribo e o vencedor era também eleito por um conselho de concorrentes eliminados) e de um momento icónico que tivesse gerado furor no público e o facto dos concorrentes portugueses não terem alinhado muito em jogos de estratégia, intriga e alianças, que se tornaram o prato forte nas edições estrangeiras. Como tal, existe pouca informação online sobre este Survivor tuga e não houve mais nenhuma edição. </div><div style="text-align: justify;">Mesmo assim, lembro-me de ver e de ter gostado. Pedro Besugo foi um merecido vencedor, e também recordo concorrentes como António Gamito (que viria a namorar com Alexandra Lencastre) e Aida Duque. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Tempo De Viver (2006-07)</b><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2020/06/tempo-de-viver-15a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="222" height="300" src="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2020/06/tempo-de-viver-15a.jpg" width="222" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Era difícil superar o sucesso de "Ninguém Como Tu", mas a telenovela seguinte de Rui Vilhena foi também um grande sucesso. Alexandra Lencastre voltou como protagonista, mas desta vez para fazer de Fátima, uma mulher honesta e trabalhadora, ao contrário da sua filha Maria Laurinda (Margarida Vila-Nova) que despreza a vida humilde da família e sonha em ascender socialmente, lançando as suas garras a Afonso (Hugo Tavares), membro da abastada família Martins de Mello. Só que o rapaz tem um certo segredo: é bissexual e um dos homens com quem se encontra é Bruno (José Fidalgo), amante ocasional de Maria Laurinda e que trabalha numa rede prostituição de luxo até conseguir um partido rico, homem ou mulher, que o sustente. Enquanto isso, após ter cumprido pena de prisão por assumir a culpa de um crime de tráfico de droga cometido pela filha, Fátima dá a volta por cima e cria um empresa de limpezas de sucesso ao mesmo tempo que é disputada por Fernando (Marcantónio Del Carlo) e Bráulio (Marco Delgado). A trama abordou ainda outros temas fracturantes como o swing e visões sobrenaturais e também teve um mistério: quem era o Tubarão que ameaçava o poderoso joalheiro Fausto Martins de Mello (José Wallenstein).<br />O elenco contou ainda com muitos mais nomes sonantes como Ana Guiomar, Benedita Pereira, Cristina Homem de Melo, Dânia Neto, Débora Monteiro, Joana Solnado, Manuela Couto, Marco D'Almeida, Maria João Bastos, Maria José Paschoal, Pedro Teixeira, Rita Blanco e Ruy de Carvalho. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Todo O Tempo Do Mundo (1999-2000)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2019/08/todo-o-tempo-do-mundo-07.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="188" data-original-width="250" height="188" src="https://brincabrincando.com/wp-content/uploads/2019/08/todo-o-tempo-do-mundo-07.jpg" width="250" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Com 52 episódios, exibidos ao fim-de-semana, "Todo O Tempo Do Mundo" foi uma mini-telenovela, com um certo ritmo de série, que se revelou o primeiro passo numa nova era de teledramaturgia nacional que a TVI aperfeiçoaria nos anos seguintes até se tornar uma pedra basilar da sua liderança de audiências. </div><div style="text-align: justify;">Com o título retirado da canção de Rui Veloso do mesmo nome e com a autoria de Tozé Martinho e Sarah Trigoso, "Todo O Tempo Do Mundo" narrava a história de Leonardo Serra (Ruy de Carvalho), um idoso que vive há vários anos numa clínica psiquiátrica mergulhado numa apatia e profunda depressão, dedicando-se a cuidar dos pássaros da clínica. Quando o seu amigo cauteleiro Manuel (Manuel Cavaco) conta que Leonardo ganhou dois milhões de escudos na lotaria, este pede ao cauteleiro que lhe procure os familiares usando o dinheiro do prémio para os recursos necessários. É assim que aos poucos, Leonardo vai encontrando os seus irmãos Carminda (Delfina Cruz) e Orlando (Orlando Costa) e as netas Filomena (Inês Filipa) e Mónica (Rita Calçada Bastos). Mais difícil é o reatar com a filha Leonor (Sara Gonçalves), uma prostituta. Por fim, o derradeiro objetivo de Leonardo será reencontrar-se com Maria Sá Couto (Eunice Muñoz), a sua paixão de juventude que nunca deixou de amar. Pianista consagrada, Maria também nunca esqueceu Leonardo, de quem há muito deixou de ter notícias e ignora o paradeiro. </div><div style="text-align: justify;">Outra trama importante é a da relação entre dois psicólogos da clínica: Miguel (Virgílio Castelo) e Benedita (Margarida Marinho). Não só ela descobre que é seropositiva e por causa disso, hesita em continuar o romance com Miguel, como a ex-mulher deste, Isabel (Ana Padrão), fará tudo para os afastar. Aliás Isabel revela-se a grande vilã, aliando-se a Ana Carlota (Joana Seixas), uma das acionistas da clínica que quer encerrá-la e vender o terreno a uma construtora para aí se construir um empreendimento comercial. </div><div style="text-align: justify;">O elenco contou ainda com nomes como Dalila Carmo, Florbela Queiróz, Helena Isabel, Henrique Viana, Marco Delgado, Maria João Bastos, Pedro Lima e o autor Tozé Martinho. Um João Catarré pré-Morangos Com Açúcar aparecia no genérico. Com uma história cativante e boas prestações do elenco, sobretudo dos lendários protagonistas Ruy de Carvalho e Eunice Muñoz, "Todo O Tempo Do Mundo" foi o preâmbulo de uma revolução na teledramaturgia nacional.</div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Trapos & Companhia (1994-95)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BYzEwNmRkNjktYjdmYS00ODQ5LWE5NmItODJkMjZhNjY3NmRhXkEyXkFqcGdeQXVyNjQ5MjkyMDk@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="800" height="200" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BYzEwNmRkNjktYjdmYS00ODQ5LWE5NmItODJkMjZhNjY3NmRhXkEyXkFqcGdeQXVyNjQ5MjkyMDk@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Um dos raros produtos de ficção nacional da TVI entre "Telhados de Vidro" e "Todo O Tempo Do Mundo", "Trapos & Companhia" foi uma sitcom adaptada de um original britânico "The Rag Trade" com 66 episódios exibidos de segunda à sexta-feira. Apesar disso, a adaptação tinha vários toques de humor à portuguesa. </div><div style="text-align: justify;">A série passava-se na titular fábrica de têxteis, narrando o dia-a-dia e as desventuras dos seus trabalhadores: a contestatária Zé (Maria Vieira), a acesa Paulinha (Paula Pedregal), a agitada jovem mãe Olívia (Ana Brito E Cunha), a recatada e ligeiramente xexé Berta (Manuela Maria) e o pachorrento Viriato (Carlos Miguel). que dão água pela barba ao patrão Cunha (António Assunção), ele próprio com uma relação complicada com a mulher e a sogra. </div><div style="text-align: justify;">Infelizmente não existem muitos vestígios de "Trapos & Companhia" na internet, mas eu lembro-me de ver com o meu irmão e de acharmos muita graça. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Tua Cara Não Me É Estranha, A (2012-19)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/9/9f/Log%C3%B3tipo_de_A_Tua_Cara_N%C3%A3o_Me_%C3%A9_Estranha.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="223" data-original-width="382" height="223" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/9/9f/Log%C3%B3tipo_de_A_Tua_Cara_N%C3%A3o_Me_%C3%A9_Estranha.png" width="382" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Adaptado do original espanhol "Tu Cara Me Suena", era uma espécie de "Chuva de Estrelas" dos famosos onde estes imitavam diversos cantores, vestindo-se e maquilhando-se tal como eles. Até ao momento "A Tua Cara Não Me É Estranha" teve seis edições regulares, uma com duplas e uma versão kids, fora mais alguns programas extras para ocasiões especiais como o fim de ano e o 25.º aniversário da TVI. Por lá passaram nomes como João Paulo Rodrigues, FF, Luciana Abreu, Romana, Toy, Maria João Abreu, Merché Romero e Wanda Stuart. Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha foram os apresentadores de todas as temporadas, excepto a mais recente conduzida por Maria Cerqueira Gomes. Também marcante era o júri originalmente composto por Luís Jardim, Alexandra Lencastre, José Carlos Pereira e António Sala. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>Uma Canção Para Ti (2008-2011, 2022)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.scdn.co/image/ab67616d0000b27315262fe6214608a893f754ff" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://i.scdn.co/image/ab67616d0000b27315262fe6214608a893f754ff" width="320" /></a></div><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Continuando com mais um programa musical, desta vez para pequenos cantores dos 8 ao 15 anos, adaptado do original italiano "Ti Lascio Una Canzone". E se no meu tempo, os pequenos cantores da Gala da Figueira da Foz e afins cantavam como crianças, em "Uma Canção Para Ti", os petizes participantes eram tão precocemente talentosos que pareciam Célines Dions e Michaels Bublés em ponto pequeno. </div><div style="text-align: justify;">Manuel Luís Goucha apresentou as cinco edições produzidas até ao momento, as três primeiras com Júlia Pinheiro, a quarta com Cristina Ferreira e a quinta com Maria Cerqueira Gomes. </div><div style="text-align: justify;">Rita Pereira integrou o júri nas cinco edições, acompanhada nas três primeiras por Luís Jardim, Helena Vieira e Pedro Granger. O nome mais conhecido de entre os então pequenos concorrentes é o de Bárbara Bandeira, que participou na quarta temporada, mas recordo também os vencedores das duas primeiras, Miguel Guerreiro e David Gomes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Você Na TV (2004-2020)</b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.n-tv.pt/files/2017/09/2853679_BINARY_A101-4759772-741x486.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="486" data-original-width="741" height="210" src="https://www.n-tv.pt/files/2017/09/2853679_BINARY_A101-4759772-741x486.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;">Os mais atentos já teriam visto Cristina Maria Jorge Ferreira nos ecrãs da TVI durante os resumos diários do Big Brother, já que a TVI tinha uma redação só para o programa (sim, a sério) e por vezes era ela era a porta-voz da redação, e depois trabalhou com a do programa "Diário da Manhã". </div><div style="text-align: justify;">Mas claro que a ascensão de Cristina Ferreira a rainha do audiovisual nacional que é hoje deu-se no talk show matinal da TVI, "Você Na TV", estreado em 2004. Ao princípio, parecia contentar-se em ser a <i>sidekick</i> de Manuel Luís Goucha na condução do programa, mas com o tempo foi passando a ombrear de igual para igual e a facilidade como passava do modo "Saloia da Malveira" para o modo "apresentadora empática com o cidadão comum" e/ou modo "Girl Boss" conquistou o público. A dupla Goucha/Cristina durou catorze anos e atravessou alguns momentos-chave das suas vidas (ele assumiu a relação com Rui Oliveira, ela teve um filho com António Casinhas). Com a badalada transferência de Cristina Ferreira para a SIC em finais de 2018, Maria Cerqueira Gomes ocupou o seu lugar mas a nova dupla não vingou e o "Você Na TV" acabaria em 2020. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://enciclopediadecromos.blogspot.com/2013/03/xica-da-silva-1996-97.html" target="_blank">Xica Da Silva (1996-97)</a></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2022/05/ba85f1f28aa07e23bc7b12684da6e8fc.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="544" height="320" src="https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2022/05/ba85f1f28aa07e23bc7b12684da6e8fc.jpg" width="218" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Épica produção da TV Manchete, a telenovela brasileira "Xica Da Silva" causou furor pelas cenas de sexo e violência, sinal de que os ideais católicos da génese da TVI estavam rapidamente a ir pelo cano abaixo. (Não tardou para que o único resquício da Igreja na programação do canal fosse a transmissão da missa dominical.)</div><div style="text-align: justify;">Baseado em factos históricos, "Xica Da Silva" conta a história da personagem titular, uma bela e astuta escrava (Taís de Araújo) por quem o contratador João Fernandes (Victor Wagner) se apaixona, passando a viver uma vida faustosa e tornar-se a mulher mais influente da região, não olhando a limites para punir todos aqueles que a maltrataram enquanto escrava. Quem não se conforma com isso é Violante (Drica Moraes), que estava noiva do contratador, e que fará tudo para os separar. Entre outras histórias, houve o amor igualmente sofrido entre Martim (Murilo Rosa) e Das Dores (Carla Regina), as desventuras de Zé Maria (Guilherme Piva), um gay reprimido, as dissimulações de Úrsula (Rita Ribeiro) que todos tomam por uma jovem casta e pura mas que é secretamente obcecada pela "serpente" dos homens e o segredo da família Pereira, judeus portugueses perseguidos pela Inquisição. Os actores portugueses António Marques, Lídia Franco, Anabela Teixeira e Rosa Castro André interpretaram a família Pereira e um então desconhecido Gonçalo Dinis fez do soldado Macário. O elenco contou ainda com Adriane Galisteu, Giovanna Antonelli, Miriam Pires, Dalton Vigh e até uma participação especial de Ilona Staler, a Cicciolina <i>herself</i>. O actor Alexandre Lippiani, que fazia do Padre Eurico, faleceu tragicamente semanas antes do final das gravações num acidente de viação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Existe mais algum programa que acham que devia ser mencionado? Que outros programas da TVI constam da vossa memória afectiva? Contem tudo nos comentários e no Facebook da Enciclopédia de Cromos. E muitos parabéns à TVI pelo seus 30 anos! </div><p></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-62026730463191967312023-01-16T12:20:00.002+00:002023-01-16T12:24:41.242+00:00White Town "Your Woman" (1996)<p style="text-align: justify;">Existem canções que surgem à frente do seu tempo. Existem canções que teimam em não envelhecer uma ruga. E existem canções que conseguem inesperadamente conjugar o passado, o presente e o futuro em si. É o caso de <b>"Your Woman"</b> de <b>White Town</b>, que encapsulava tão bem os três que subiu ao primeiro lugar do top britânico no início de 1997 e é um dos mais inconvencionais hits clássicos da década. Por exemplo, em 2010 a revista Pitchfork considerou-a uma das 200 melhores canções dos anos 90 (em 158.º lugar).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/a/a7/Your_Woman_single.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" height="300" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/a/a7/Your_Woman_single.jpg" width="300" /></a></div><br /><p><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Como acontece na génese de tantos projectos musicais, White Town começou por ser uma banda mas acabou por ser um pseudónimo para o espólio musical de apenas uma pessoa. Neste caso, o de<b> Jyoti Mishra</b>, nascido a 30 de Julho de 1966 na cidade indiana de Rourkela, que aos três anos mudou-se com a família para Derby em Inglaterra. Crescendo como um jovem indiano introvertido numa cidade predominantemente branca (daí o seu pseudónimo musical), Mishra encontrou refúgio na música. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/profile_images/1183461531285110789/8CYp2Wdv_400x400.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="320" src="https://pbs.twimg.com/profile_images/1183461531285110789/8CYp2Wdv_400x400.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A actual foto de perfil de Jyoti Mishra no Twitter</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Inspirado por um concerto dos Pixies, Jyoti Mishra decidiu formar uma banda de rock alternativo com mais três amigos da universidade em 1989 a quem deu o nome de White Town, mas um ano depois, já estava sozinho no projecto colaborando ocasionalmente com outros músicos.</div><div style="text-align: justify;">O primeiro álbum de White Town, "Socialism, Sexism & Sexuality" foi editado em 1994 e, apesar de algumas boas críticas da crítica especializada e do lendário radialista da BBC John Peel ter tocado uma faixa, "Heather's Party", passou despercebido. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Com a tecnologia ao serviço de criação de música a evoluir, em 1996 Jyoti Mishra decidiu criar novos temas com um sampler, um microfone, um gravador de oito faixas e um CD-ROM que vinha numa revista. Hoje em dia, é bastante comum para músicos, dos mais famosos ao mais amadores, criar música nos seus quartos com todo o tipo de programas digitais em vez de ir para estúdio, mas nos anos 90, tal prática ainda estava no início. Enfim, armado com todo esse arsenal digital, Mishra compôs quatro faixas que fizeram parte do EP <b>"Abort, Retry, Fail?"</b>, assim chamado porque foram essas palavras que apareceram quando o seu computador crashou enquanto mixava as faixas do disco, o que levou a que passasse os próximos três dias a reformatar tudo. </div><div style="text-align: justify;">Um das faixas do EP era "Your Woman", que continha algo que se revelaria o principal ingrediente para o seu sucesso: um sample de <b>"My Woman"</b>, uma canção originalmente gravada em 1932 de <b>Lew Stone & His Monseigneur Band</b> e cantada por <b>Al Bowlly</b> (que curiosamente nasceu em Lourenço Marques, Moçambique). (Não, ao contrário do que muitos julgam, esse sample não era da "Imperial March" da trilogia "A Guerra das Estrelas"!) Jyoti Mishra lembrava-se de "My Woman" de ter visto a minissérie musical da BBC "Pennies From Heaven" (1978) <a href="https://www.youtube.com/watch?v=M-wC8rHvHoo" target="_blank">com Bob Hoskins, que fazia playback de "My Woman",</a> em especial do solo inicial de trompete que seria samplado em "Your Woman".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/lVL-zZnD3VU" width="320" youtube-src-id="lVL-zZnD3VU"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Aos poucos, "Your Woman" foi chamando a atenção das rádios britânicas, que foram tocando até que a EMI ofereceu um contrato a Mishra e o tema foi reeditado como single no início de 1997, tendo chegado ao n.º1 do top do Reino Unido e mais tarde de Espanha, Islândia e Israel, e até chegou ao n.º 23 do top americano, numa altura em que não eram muitos os artistas britânicos singravam nos States. </p><p style="text-align: justify;">Para além do infecioso sample, outros dois factores chamaram a atenção do público. O videoclip filmado em Derby a preto e branco que era uma homenagem (com uma pitada de paródia) aos filmes do cinema mudo, que contava a competição (por vezes literal) entre a heroína ingénua e andrajosa e a vamp vilã pelo afecto de um homem algo empertigado e onde Jyoti Mishra aparecia em ecrãs de televisão. A outra foi a própria letra, pois tratava-se de um homem a cantar que nunca poderia ser a mulher de alguém. Surgiram muitas interpretações (Um homem apaixonado por uma lésbica? Um gay apaixonado por um heterossexual?) com Mishra a afirmar que podia haver muitas válidas. Mas a interpretação mais consensual é a que a letra é do ponto de vista de uma mulher que está a aperceber-se de que o seu amado não passa de um escroque pretensioso (e possivelmente um marxista performativo). Mishra terá sido inspirado por conhecidas suas nessa situação e por ele achar que a composição musical do ponto de vista masculino é enviesado pela dualidade santa/meretriz pela qual os homens costumam ver as mulheres. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/1/10/Women_in_technology.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" height="300" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/1/10/Women_in_technology.jpg" width="300" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O álbum "Women In Technology" saiu em 1997, mas a recusa de Jyoti Mishra em fazer as típicas promoções como actuações em programas de televisão (por exemplo o "Top Of The Pops") e entrevistas para revistas generalistas, aliada à incapacidade da editora em conseguir promover um material que não se encaixava num género específico, levou a um desempenho modesto em termos de vendas, apesar de críticas positivas. O single "Undressed" ainda chegou ao n.º 57 do top britânico, mas "Wanted", uma das três faixas cantadas por Ann Pearson, passou completamente ao lado.</p><p style="text-align: justify;">Sem qualquer surpresa, Mishra rescindiu com a EMI e desde então lançou mais cinco álbuns independentemente (o mais recente em 2021), continuando a imprimir à sua obra um cunho experimentalista e o activismo político. Por exemplo, no seu álbum de 2006, "Don't Mention The War", existe uma faixa, "These Are The MPs", que é uma lista dos nomes dos deputados do parlamento britânico que aprovaram a participação do Reino Unido na invasão ao Iraque em 2003. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/2JrnL-5evMI" width="320" youtube-src-id="2JrnL-5evMI"></iframe></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">E mesmo se não guarda muitas saudades do seu breve momento na ribalta, Jyoti Mishra continua orgulhoso do impacto que "Your Woman" teve no público. Não só ainda canta regularmente o tema ao vivo como por vezes comenta no YouTube a agradecer em vídeos que falam sobre a canção, como aquele de um dos meus YouTubers preferidos, <a href="https://youtu.be/RRYO6-gNGzQ" target="_blank">Todd In The Shadows</a>. Em 2017, houve uma nova versão chamada <a href="https://www.youtube.com/watch?v=3QVIjNquTJU" target="_blank">"Your Woman 1917"</a> com instrumentos comuns em 1917. </p><p style="text-align: justify;">E o legado de "Your Woman" estendeu-se a outras obras: não só inúmeras covers em variadíssimos géneros, como o sample foi utilizado por exemplo em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=eRqmon1ZJQU" target="_blank">"Power Woman"</a> pela dupla alemã Mark Van Dale & Enrico em 1998, por Naught Boy com Wiley e Emeli Sandé em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=-jiBFV4DSIc" target="_blank">"Never Be Your Woman"</a> de 2010 e em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=BC19kwABFwc" target="_blank">"Love Again"</a> de Dua Lipa em 2020. Em 2007, uma comédia romântica com Michelle Pfeiffer e Paul Rudd recebeu o título de "I Could Never Be Your Woman" (curiosamente em Portugal, o título para o filme nestas bandas, "Nem Contigo Nem Sem Ti" foi escolhido por entre sugestões do público!).</p><p style="text-align: center;"><b>Undressed</b></p>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/5eojNszZM_M" title="YouTube video player" width="320"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><div style="text-align: center;"><b>"Wanted" (com Ann Pearson)</b></div><div><br /></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Mhs8VOPF5RM" width="320" youtube-src-id="Mhs8VOPF5RM"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Lew Stone Monseigneur Band com Al Bowlly "My Woman"</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Fi7NdeGxRt0" width="320" youtube-src-id="Fi7NdeGxRt0"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div><br /></div></div>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-82555852224746234582023-01-10T19:48:00.001+00:002023-01-10T19:48:54.132+00:00Estrada Larga (1987-88)<p style="text-align: justify;"><b>"Estrada Larga"</b> é uma série parte ficcionada, parte documental, originalmente exibida na RTP1 aos sábados de manhã em treze episódios entre 17 de Outubro de 1987 e 9 de Janeiro de 1988, tendo sido reposta no Verão de 1990 e depois mais algumas vezes na RTP Memória. A autoria era de <b>Maria João Lucas</b> e <b>Manuel Pavese</b> e a realização de <b>José Manuel Tudela</b>.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/11/EstradaLarga.jpg?crop=top&fit=crop&h=461&ixlib=php-1.1.0&w=860" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="366" data-original-width="683" height="214" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/11/EstradaLarga.jpg?crop=top&fit=crop&h=461&ixlib=php-1.1.0&w=860" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A série narrava as viagens da família Sousa Alves, composta pela mãe Catarina (Maria João Lucas), o pai António (<b>João Mota</b>), o Avô (<b>Canto E Castro</b>) e os filhos Luís Miguel (<b>Pedro Jardim</b>), Ana (<b>Rita Salema</b>) e André (<b>Paulo Bernardo</b>). Desejosa de quebrar a rotina e o ritmo acelerado de quem vive em grandes cidades, esta família decide ir passar um fim-de-semana à Serra da Estrela e a princípio fica desapontada quando constatam que não há neve. Porém, descobrem que existem alternativas igualmente divertidas como esqui de relva e de água. A partir daí, decidem fazer-se à estrada a cada fim-de-semana para descobrir os encantos naturais de Portugal e divertidas actividades de tempos livres. Por exemplo, rappel no Penedo da Amizade em Sintra, espeleologia na Serra da Arrábida, catamaran e esqui aquático na barragem de Montargil e cicloturismo no Alentejo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/11/Montargil.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="218" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/11/Montargil.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/video_pecas/screenshots/482/482307246ad86e1fab0f876575c4a9acarq.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="218" src="https://cdn-images.rtp.pt/video_pecas/screenshots/482/482307246ad86e1fab0f876575c4a9acarq.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/11/Campismo.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="219" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/11/Campismo.jpg?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Além dos seis membros da família, o elenco principal incluía um narrador, <b>Luís Vicente</b> (o eterno Átila de "Duarte e Companhia"), referido como "o sétimo personagem". Também houve participações especiais dos actores <b>Almeno Gonçalves</b>, <b>Antonino Solmer</b>, <b>Alfredo Laranjinha</b> e <b>Manuela Carlos</b>, bem como do coautor Manuel Pavese, no papel de um instrutor de mergulho.</p><p style="text-align: justify;">Eu lembro-me de ver a série na sua exibição original e foi aí que vi que reparei pela primeira vez em Rita Salema, que apesar de fazer de adolescente na série, na altura já tinha 21 anos. Nesse ano de 1987, Maria João Lucas, coautora da série, tinha ficado no olho do público pelo seu papel marcante de Margarida na telenovela "Palavras Cruzadas". </p><p style="text-align: justify;">"Estrada Larga" encontra-se disponível para visualização <a href="https://arquivos.rtp.pt/programas/estrada-larga/" target="_blank">na RTP Arquivos</a>. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-30109733192616117832023-01-01T00:09:00.006+00:002023-05-07T21:03:14.401+01:0020 coisas que aconteceram há 20 anos (2003)<p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://media.istockphoto.com/id/641719476/photo/3d-rendering-flip-board-year-2003.jpg?s=612x612&w=0&k=20&c=mf0oL8lHwemri3HUmG3ArsuZaqbXpo9wxbNwZoDBFME=" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="245" data-original-width="612" height="245" src="https://media.istockphoto.com/id/641719476/photo/3d-rendering-flip-board-year-2003.jpg?s=612x612&w=0&k=20&c=mf0oL8lHwemri3HUmG3ArsuZaqbXpo9wxbNwZoDBFME=" width="612" /></a></div><div><br /></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">E cá vamos nós uma vez mais pelo século XXI a dentro e eis-nos acabados de entrar em 2023. Um ano que ainda não há muito tempo parecia estar a séculos de distância e que agora é o nosso presente. E é novamente com espanto que uma pessoa olha para trás e descobre que foi já há vinte anos que entrámos em 2003! Por essa altura, as memórias da viragem do século/milénio já eram algo distantes e o mundo já estava declaradamente noutra era. Embora tenha iniciado nesse ano a minha pós-graduação, 2003 foi para mim como que o meu primeiro ano verdadeiramente como adulto pós-estudante (e um vislumbre de quão atribulada iria ser a minha vida adulta).</div></span><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Em Portugal, tal como 1997, 2003 foi como que um ano de contagem decrescente para o ano seguinte onde haveria um acontecimento que inevitavelmente iria marcar o país, no entanto foi sem dúvida um ano com muita identidade própria e com muita coisa para recordar. </div></span><p><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>1. O regresso de conflitos no Iraque</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://d18lkz4dllo6v2.cloudfront.net/cumulus_uploads/entry/12483/PA-2364792.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="800" height="204" src="https://d18lkz4dllo6v2.cloudfront.net/cumulus_uploads/entry/12483/PA-2364792.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static01.nyt.com/packages/flash/world/20080319_IRAQWAR_TIMELINE/20080319_IRAQWAR_TIMELINE_2003/content/photo/20030409.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="266" src="https://static01.nyt.com/packages/flash/world/20080319_IRAQWAR_TIMELINE/20080319_IRAQWAR_TIMELINE_2003/content/photo/20030409.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Em Março de 2003, <b>uma coligação liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque </b>sob a alegação de que o país possuía armas químicas de destruição massiva e para a libertação do povo iraquiano do regime totalitarista de Saddam Hussein. A invasão foi desde logo criticada dentro e fora dos Estados Unidos pelas suas infundadas justificações (uma investigação da ONU não revelou provas de posse de armas químicas no Iraque), a ausência de um mandato da ONU (ao contrário do que sucedeu na Guerra do Golfo de 1991), o custo humano e material da intervenção militar, a falta de planeamento pós-conflito, o potencial para desestabilização na região e porque a alegada preocupação pelos direitos humanos não passaria de uma fachada para os interesses nos recursos petrolíferos. Até mesmo alguns países aliados dos Estados Unidos como Alemanha, França, Canadá e Nova Zelândia declararam-se contra a invasão.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.acorianooriental.pt/images/articleframe_mobile/27234.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://www.acorianooriental.pt/images/articleframe_mobile/27234.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Durão, Blair, Bush e Aznar reunidos nos Açores</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portugal deixou uma marca no acender do rastilho devido à reunião do primeiro-ministro Durão Barroso na base das Lajes nos Açores com o presidente americano George W. Bush e os primeiros-ministros britânico e espanhol, Tony Blair e José Maria Aznar a 16 de Março. Portugal enviou alguns membros da GNR em missão ao Iraque, onde a jornalista da SIC Maria João Ruela foi baleada numa perna quando fazia a cobertura de uma das missões. </div><div style="text-align: justify;">A fase da invasão durou cerca de um mês terminando com a tomada de Bagdade pela coligação, mas a guerra arrastar-se-ia até 2011. E afinal, para quê?</div> <p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>2. Nasceram em 2003 mas já fazem sensação </b></div><div style="text-align: justify;">É só em 2023 que estes nomes completarão duas décadas de vida mas já são muitos os nascidos em 2003 que se têm distinguido em várias áreas: a activista ambiental <b>Greta Thunberg</b>, a cantora e actriz <b>Olivia Rodrigo</b>, o rapper australiano <b>The Kid LAROI</b>, a ginasta campeã olímpica <b>Sunisa Lee</b>, o ás do ténis espanhol <b>Carlos Alcaraz</b>, a YouTuber/influencer <b>JoJo Siwa</b>, <b>Quvenzhané Wallis</b> que em 2012 se tornou a primeira actriz nascida no século XXI a ser nomeada para um Óscar e claro, o novo craque do futebol português <b>António Silva</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://s2.glbimg.com/zAh-zQKThJ08cQWJjK42PGMntQM=/0x0:4702x3147/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2022/s/D/DMi0RIRkikgELSvPi4cA/greta-thunberg-02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="535" data-original-width="800" height="214" src="https://s2.glbimg.com/zAh-zQKThJ08cQWJjK42PGMntQM=/0x0:4702x3147/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2022/s/D/DMi0RIRkikgELSvPi4cA/greta-thunberg-02.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://portalpopline.com.br/wp-content/uploads/2022/02/FK22OGzWQAEYrQ0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="512" height="241" src="https://portalpopline.com.br/wp-content/uploads/2022/02/FK22OGzWQAEYrQ0.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://adeptosdebancada.com/wp-content/uploads/2022/09/antonio_silva_benfica.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="800" height="167" src="https://adeptosdebancada.com/wp-content/uploads/2022/09/antonio_silva_benfica.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Geração 2003: Greta Thunberg, Olivia Rodrigo e António Silva</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>3. Muitas mortes marcantes</b></div><div style="text-align: justify;">Por outro lado foi em 2003 que nos despedimos da lenda da música country <b>Johnny Cash</b> e da sua esposa <b>June Carter Cash</b>; da grande diva do jazz <b>Nina Simone</b>; das lendas da música cubana <b>Compay Segundo</b> e <b>Celia Cruz</b>; da voz inconfundível de <b>Barry White</b>; de <b>Maurice Gibb</b> dos Bee Gees; da actriz quatro vezes oscarizada <b>Katharine Hepburn</b>; do actor bosquímano <b>N!Xau Toma</b>, estrela dos filmes "Os Deuses Devem Estar Loucos"; dos actores <b>Gregory Peck</b>, <b>Bob Hope</b> e <b>Charles Bronson</b>; de <b>Gene Anthony Ray</b>, o eterno Leroy de "Fama"; do realizador <b>Elia Kazan</b>; e do advogado <b>Robert Kardashian</b>, patriarca da mais famosa família dos reality shows. Em Portugal, destaque para os falecimentos do realizador <b>João César Monteiro</b> e da actriz <b>Luísa Barbosa</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://media.gettyimages.com/id/78011619/pt/foto/american-rock-and-country-singer-songwriter-johnny-cash-circa-1965.jpg?s=612x612&w=gi&k=20&c=fb1lOujPHdq5ZAdpESvkRoE4H6X1yCXNXdSVLgg_DtM=" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="612" height="256" src="https://media.gettyimages.com/id/78011619/pt/foto/american-rock-and-country-singer-songwriter-johnny-cash-circa-1965.jpg?s=612x612&w=gi&k=20&c=fb1lOujPHdq5ZAdpESvkRoE4H6X1yCXNXdSVLgg_DtM=" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://akamai.sscdn.co/tb/letras-blog/wp-content/uploads/2021/07/42a75e0-nina-simon.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://akamai.sscdn.co/tb/letras-blog/wp-content/uploads/2021/07/42a75e0-nina-simon.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/01/hepburn-destaque-1.jpg?quality=85&strip=info" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="213" src="https://claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/01/hepburn-destaque-1.jpg?quality=85&strip=info" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn.britannica.com/04/125404-050-3C974239/Charles-Bronson-1973.jpg?w=400&h=300&c=crop" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="400" height="240" src="https://cdn.britannica.com/04/125404-050-3C974239/Charles-Bronson-1973.jpg?w=400&h=300&c=crop" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">RIP 2003: Johnny Cash, Nina Simone, Katharine Hepburn, Charles Bronson</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>4. Ano de muitas sequelas cinematográficas</b><br />2003 viu a conclusão das trilogias de "O Senhor Dos Anéis" com o tomo final "O Regresso De Rei" e "Matrix" com "Matrix Revolutions" e "Matrix Reloaded". Se no caso do primeiro, foi uma apoteose bem recebida que seria coroada com onze Óscares, no caso das segundas, a opinião foi de que ficaram aquém das expectativas geradas pelo primeiro filme em 1999. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://variety.com/wp-content/uploads/2017/01/lord-of-the-rings-return-of-the-king.jpg?w=1000" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="800" height="214" src="https://variety.com/wp-content/uploads/2017/01/lord-of-the-rings-return-of-the-king.jpg?w=1000" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.popoptiq.com/wp-content/uploads/2014/04/Matrix-Revolutions-8.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="336" data-original-width="649" height="166" src="https://www.popoptiq.com/wp-content/uploads/2014/04/Matrix-Revolutions-8.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;">Também houve segundos filmes de "X-Men", "Fast & Furious", "Os Anjos De Charlie", "Legalmente Loura" e "Os Bad Boys" e terceiros filmes de "American Pie", "Scary Movie" e "O Exterminador Implacável".</p><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>5. Filmes marcantes para todos os gostos</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BMTcwMTU0NDU5M15BMl5BanBnXkFtZTcwNzUzOTAyNw@@._V1_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="432" data-original-width="800" height="173" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BMTcwMTU0NDU5M15BMl5BanBnXkFtZTcwNzUzOTAyNw@@._V1_.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.hollywoodreporter.com/wp-content/uploads/2017/04/screen_shot_2017-04-05_at_1.18.07_pm.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="451" data-original-width="800" height="180" src="https://www.hollywoodreporter.com/wp-content/uploads/2017/04/screen_shot_2017-04-05_at_1.18.07_pm.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=YWUwOUZJVQ1OzhXncMiX7WsRjoq/hB2aUW6c1qfIPM29RQdfyaxoF6pX7RXnB0s6n0fihe2cVyiZmTarrYniSH35wGtuwZvKZpoKfxwqaWOK9b8=" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="447" data-original-width="800" height="179" src="https://thumbs.web.sapo.io/?W=800&H=0&delay_optim=1&epic=YWUwOUZJVQ1OzhXncMiX7WsRjoq/hB2aUW6c1qfIPM29RQdfyaxoF6pX7RXnB0s6n0fihe2cVyiZmTarrYniSH35wGtuwZvKZpoKfxwqaWOK9b8=" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://image.tmdb.org/t/p/w780/mz4lKE1bPRGOeoC14bf09SJw1tu.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="439" data-original-width="780" height="180" src="https://image.tmdb.org/t/p/w780/mz4lKE1bPRGOeoC14bf09SJw1tu.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">Mas nem só de sequelas se fez o cinema em 2003. Foi neste ano que Johnny Depp encarnou pela primeira vez o Capitão Jack Sparrow em "Os Piratas da Caraíbas", Ben Affleck foi o "Daredevil", Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan trocaram de corpos em "Freaky Friday - Um Dia De Loucos", Tom Cruise foi "O Último Samurai", Eric Bana foi o "Hulk", Scarlett Johansson foi "A Rapariga de Brinco de Pérola", Queen Latifah foi "A Mulher Lá De Casa", Charlize Theron foi um "Monstro" e Jim Carrey "Bruce, O Todo-Poderoso". Andámos "À Procura Do Nemo", Kate Hudson e Matthew McCounaughey ensinaram-nos "Como Perder Um Homem Em 10 Dias", Bill Murray e Scarlett Johansson ficaram "Lost In Translation - O Amor É Um Lugar Estranho" e Uma Thurman iniciou a jornada como A Noiva em "Kill Bill". E porque "O Amor Acontece", uma chuva de estrelas (incluindo Lúcia Moniz) reuniu-se numa épica comédia natalícia. </div><div style="text-align: justify;">O cinema de terror foi servido por títulos como "28 Dias Depois", "Cabin Fever", "The Eye", "Jeepers Creepers 2", "Freddy vs. Jason", "Underworld", "Gothika" e a remake de "O Massacre No Texas". Houve comédia para vários gostos como "Crueldade Intolerável", "Johnny English", "Alguém Tem De Ceder", "Duplex" e "School Of Rock". No cinema de autor houve "Mystic River" de Clint Eastwood, "Big Fish" de Tim Burton e "21 Gramas" de Alejandro Gonzalez Iñarritú. Estrearam ainda títulos como "A Domadora de Baleias", "Liga de Cavalheiros Extraordinários", "Elf", "À Dúzia É Mais Barato", "O Sorriso Da Mona Lisa", "Cold Mountain", "Pago Para Esquecer" e um filme tão mau, tão mau, que deu à volta e se tornou de culto, "The Room".</div><div style="text-align: justify;">No cinema português, houve o filme final de João César Monteiro "Vai E Vem", o "Filme Falado" de Manoel de Oliveira, "Os Imortais", "A Passagem da Noite", "O Fascínio" e Alexandra Lencastre foi "A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>6. Muitos discos para recordar</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://i.imgur.com/qyZ47yg.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="301" data-original-width="800" height="151" src="http://i.imgur.com/qyZ47yg.jpg" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">2003 viu a edição de novos álbuns de Linkin Park ("Meteora"), Madonna ("American Life"), Metallica ("St. Anger"), OutKast ("Speakerboxxx/The Love Below"), Kylie Minogue ("Body Language"), Black Eyed Peas ("Elephunk"), Dido ("Life For Rent"), White Stripes ("Elephant"), Massive Attack (100th Window), Moloko ("Statues"), Melanie C. ("Reason"), Céline Dion ("One Heart"), Placebo ("Sleeping With Ghosts"), HIM ("Love Metal"), Fleetwood Mac ("Say You Will"), Pink ("Try This"), Radiohead ("Hail To The Thief"), Stereophonics ("You Gotta Go There To Come Back"), Simply Red ("Home"), Nelly Furtado ("Folklore"), Seal ("Seal IV"), The Bangles ("Doll Revolution"), Muse ("Absolution"), Limp Bizkit ("Results May Vary"), Sugababes ("Three"), Blink 182 ("Blink 182"), Hoobastank ("The Reason"), Britney Spears ("In The Zone"), Blur ("Think Tank") e Alicia Keys ("The Diary Of Alicia Keys").</div><div style="text-align: justify;">Assim como os álbuns de estreia de Beyoncé ("Dangerously In Love"), 50 Cent ("Get Rich Or Die Tryin' "), Amy Winehouse ("Frank"), Evanescence ("Fallen"), Delta Goodrem ("Innocent Eyes"), Kelly Clarkson ("Thankful"), Kings Of Leon ("Youth & Young Manhood") e Joss Stone ("The Soul Sessions"). Realce ainda para o álbum homónimo de estreia de Maria Rita, filha de Elis Regina. </div><div style="text-align: justify;">E muito que se dançou em 2003 ao som de "Make Luv" de Room 5 e Oliver Cheatham, "Satisfaction" de Benny Benassi, "Mundian To Back Ke" de Panjabi MC, "Gia" da grega Despina Vandi, "Tô Nem Aí" da brasileira Luka, "Summer Jam 2003 (Fiesta)" de Underdog Project & Sunclub </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>7. David Fonseca estreou-a solo</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static.fnac-static.com/multimedia/Images/PT/NR/51/8a/0e/952913/1507-1/tsp20160412192628/Sing-Me-Something-New-2LP.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="400" height="302" src="https://static.fnac-static.com/multimedia/Images/PT/NR/51/8a/0e/952913/1507-1/tsp20160412192628/Sing-Me-Something-New-2LP.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Por cá, após o estrondoso sucesso dos Silence 4, David Fonseca iniciava uma também muito bem sucedida carreira a solo com o álbum "Sing Me Something New", que continha os hits "Someone Who Cannot Love" e "The 80's".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/3/36/Adiafa_%C3%A1lbum.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="300" height="286" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/3/36/Adiafa_%C3%A1lbum.jpg" width="300" /></a></div><br /> </div><div style="text-align: justify;">2003 também viu a edição dos álbuns de estreia dos EZ Special e dos Toranja, de "Irmão Do Meio", disco de duetos de Sérgio Godinho com vários cantores, do segundo álbum de Mariza "Fado Curvo" e de "Focus" a colaboração entre Dulce Pontes e o grande maestro Ennio Morricone que incluía o esmagador "O Amor A Portugal". E o hit <i>novelty</i> do ano foi "As Meninas Da Ribeira Do Sado" dos Adiafa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>8. O aparecimento da SIC Mulher e da MTV Portugal</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/6/6a/Logo_sem_fundo_SIC_Mulher.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="181" data-original-width="290" height="181" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/6/6a/Logo_sem_fundo_SIC_Mulher.png" width="290" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">A 8 de Março, por sinal o Dia Internacional da Mulher, estreava um novo canal SIC, a <b>SIC Mulher</b>. Como o nome indicava era um canal mais virado ao público feminino, focando-se sobretudo em séries e talk-shows. (De certa maneira era um pouco o contraponto à testosterona da SIC Radical.) Apesar de não fazer parte do público-alvo, era um canal que eu costumava ver com alguma regularidade. Destaco sobretudo o programa de Oprah Winfrey, The Biggest Loser USA, Masterchef Austrália e a encarnação original do "Querido, Mudei A Casa".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static.globalnoticias.pt/dv/image.jpg?brand=DV&type=generate&guid=97c66496-985f-41b2-b019-124a11c88dd2&w=800&h=450&t=20200903195006" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://static.globalnoticias.pt/dv/image.jpg?brand=DV&type=generate&guid=97c66496-985f-41b2-b019-124a11c88dd2&w=800&h=450&t=20200903195006" width="400" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">Por esta altura e com vários países a terem a sua própria MTV de formato nacional, a MTV Europe praticamente cobria agora Portugal, Grécia, uns quantos países de Leste e Israel (com os anúncios a virem quase todos daí). Como tal foi a 1 de Julho que Portugal finalmente teve uma MTV formatada à sua dimensão, iniciando as emissões com um concerto dos Blind Zero. Felizmente ainda apanhámos uns bons anos de <b>MTV Portugal</b> em que passava várias horas de música por dia, em vez de eventualmente a música ter sido relegada para segundo plano em prol dos Ridiculouness, 16 And Pregnants, Catfishes e Geordie Shores desta vida. Diogo Dias foi desde muito cedo o rosto principal do canal mas por lá passaram também Filomena Cautela, Ana Luísa Barbosa e Ana Sofia Martins. </p><p style="text-align: justify;"><b>9. A primeira temporada dos "Morangos Com Açúcar"</b></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/4/48/Morangoscomacucar-serie_I.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="352" data-original-width="442" height="255" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/4/48/Morangoscomacucar-serie_I.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/j3TdbdK2Z48" width="320" youtube-src-id="j3TdbdK2Z48"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><br /></b>Mas a grande estreia televisiva de 2003 foi a temporada <b>"Morangos Com Açúcar"</b>, a série teen da TVI exibida ao fim da tarde e que rapidamente conquistou o público jovem, tornando-se uma instituição que durou nove temporadas (subdivididas entre a época lectiva e as férias de Verão) sempre com renovações de elenco (e não só) a cada temporada.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://bordalo.observador.pt/v2/rs:fill:900/c:433:433:nowe:0:0/q:86/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2018/08/29125213/2641037_a101-627220_433x433_acf_cropped.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="433" height="320" src="https://bordalo.observador.pt/v2/rs:fill:900/c:433:433:nowe:0:0/q:86/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2018/08/29125213/2641037_a101-627220_433x433_acf_cropped.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Nesta primeira temporada, a história principal era a do triângulo amoroso entre Pipo (João Catarré), Joana (Benedita Pereira) e Ricardo (Diogo Amaral), e o elenco infanto-juvenil tinha nomes como Joana Solnado, Teresa Tavares, Filomena Cautela, Rodrigo Saraiva, Tiago Aldeia, Sofia Arruda, Patrícia Candoso, Manuel Moreira, João Baptista e Daniel Martins, secundados na vertente adulta com nomes estabelecidos como Luís Esparteiro, Helena Isabel, Rita Salema, Guilherme Filipe, Almeno Gonçalves, Dalila Carmo, Carlos Vieira, Rodrigo Menezes e Sofia de Portugal. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>10. O ressurgimento dos programas de cantorias</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://mb.web.sapo.io/84414b072c523b7a58482cef3280c75b1058d4b2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="267" src="https://mb.web.sapo.io/84414b072c523b7a58482cef3280c75b1058d4b2.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os 16 finalistas da primeira Operação Triunfo</td></tr></tbody></table><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Se os <i>reality shows</i> tiveram um certo apagar na televisão portuguesa, nomeadamente com um Big Brother 4 bem aquém das edições anteriores, os <i>talent shows</i> mereceram mais atenção. Na RTP, o ano viu estrear duas edições da <b>"Operação Triunfo"</b>, adaptadas do bem-sucedido formato espanhol, apresentadas por Catarina Furtado (com o bordão "<i>P'ró palco!</i>") e que foi um dos primeiros trabalhos em televisão de Daniel Oliveira e Tânia Ribas de Oliveira. A primeira edição foi ganha por Sofia Barbosa e teve entre os concorrentes, Filipe Gonçalves, Edmundo Vieira (futuro D'ZRT), Flora Miranda (a Pipa dos Caricas), Rita Viegas (que entrou na segunda temporada de Morangos Com Açúcar e na telenovela "Jura") e Filipe Santos, que era do Entroncamento, logo quase meu conterrâneo e cheguei a ver na minha cidade panfletos a apelarem no seu voto. A segunda edição, que se estenderia até Janeiro de 2004, não teve um vencedor definido (Sofia Vitória pode ser considerada a vencedora <i>de facto</i> por ter sido a canção dela a escolhida para o Festival da Eurovisão) e nela participaram Francisco Rebelo de Andrade (irmão da fadista Carminho), Fábia Rebordão, Dino D'Santiago (então Dino Pereira) e Paulo Vintém (outro futuro D'ZRT). Tal como na versão espanhola, as canções que os concorrentes cantavam nas galas em cada semana eram depois comercializadas em CD.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://cdn.flash.pt/images/2017-07/img_590x373$2017_07_15_17_51_00_71144.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="590" height="253" src="https://cdn.flash.pt/images/2017-07/img_590x373$2017_07_15_17_51_00_71144.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nuno Norte foi o vencedor da primeira edição do "Ídolos"</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.delas.pt/files/2017/05/2673249_A101-582652_resultado-671x377_c.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="671" height="225" src="https://www.delas.pt/files/2017/05/2673249_A101-582652_resultado-671x377_c.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A alegria de uma muito jovem Luísa Sobral</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por outro lado, após o sucesso de "Pop Idol" no Reino Unido e de "American Idol" nos Estados Unidos, não tardou a que vários países tivessem a sua própria versão da franquia e Portugal não foi excepção, com a SIC a estrear a 5 de Setembro a primeira edição do <b>"Ídolos"</b>, que foi ganha por Nuno Norte, com outro entroncamentense, Ricardo Oliveira, em segundo lugar e uma muito jovem Luísa Sobral em terceiro. Nessa edição os apresentadores foram Sílvia Alberto e Pedro Granger e o painel de jurados era composto por Luís Jardim, Manuel Moura dos Santos, Ramón Galarza e Sofia Morais. Logo nessa primeira edição surgiram cromos como Rui Pedro ("<i>Está muito forte, não está?</i>") e Pedro Miranda ("<i>Tomem lá morangos</i>!", que curiosamente chegaria até quase à última fase de audições na segunda edição e mais tarde seria apresentador do "Curto Circuito".) Houve também alguma polémica pelo facto dos primeiros cinco dos dez finalistas que foram eliminados serem todos de raça negra, com os cinco finalistas caucasianos a chegarem ao top 5. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Também estrearam na televisão portuguesa em 2003: as telenovelas "Saber Amar", "O Teu Olhar" e "Queridas Feras", as séries "Ana E Os Sete" e "Olá Pai!", "Levanta-te E Ri", "O Perfeito Anormal" e "Portugal No Coração", inicialmente conduzido por José Carlos Malato, Maria João Silveira e Merché Romero. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>11. A televisão na terra dos apanhados ricos</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://imagesvc.meredithcorp.io/v3/mm/image?url=https%3A%2F%2Fstatic.onecms.io%2Fwp-content%2Fuploads%2Fsites%2F6%2F2018%2F08%2Ftcdococ_wb019-2000.jpg&q=60" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="213" src="https://imagesvc.meredithcorp.io/v3/mm/image?url=https%3A%2F%2Fstatic.onecms.io%2Fwp-content%2Fuploads%2Fsites%2F6%2F2018%2F08%2Ftcdococ_wb019-2000.jpg&q=60" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://media.distractify.com/brand-img/TVqdV6VtW/0x0/gettyimages-111173013-1-1569847894485.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="425" data-original-width="800" height="170" src="https://media.distractify.com/brand-img/TVqdV6VtW/0x0/gettyimages-111173013-1-1569847894485.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">Lá fora estrearam séries como "The OC - Na Terra Dos Ricos", "Nip/Tuck", "That's So Raven!", "Dois Homens E Meio", "One Tree Hill", "Arrested Development", "NCIS", "Little Britain", "Mythbusters", e "Cold Case", reality shows como "Newlyweds" e "America's Next Top Model" e Ashton Kutcher começou a apanhar famosos em "Punk'd". </div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>12. A (não muito) simples ascensão de Paris Hilton</b><br />Bisneta do fundador da cadeia de hotéis Hilton, <b>Paris Hilton</b> era uma jovem socialite com algum currículo como manequim. Foi em 2003 Hilton atingiu a fama mundial que, para o melhor e para o pior, a tornaria num dos ícones dos anos 2000, inspirando muitas modas e manifestações de arte e dos media, quer de forma elogiosa, quer em tom pejorativo e de paródia. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://media.gettyimages.com/id/2176045/photo/paris-hilton-attends-the-fox-2003-summer-press-tour-at-the-hollywood-renaissance-hotel-on-july.jpg?s=612x612&w=gi&k=20&c=pLsbBOcr59HLwXq2zE5xOylQxTZQM-HKqhGdQ0DjisE=" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="612" data-original-width="409" height="320" src="https://media.gettyimages.com/id/2176045/photo/paris-hilton-attends-the-fox-2003-summer-press-tour-at-the-hollywood-renaissance-hotel-on-july.jpg?s=612x612&w=gi&k=20&c=pLsbBOcr59HLwXq2zE5xOylQxTZQM-HKqhGdQ0DjisE=" width="214" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paris Hilton e a sua chihuahua Tinkerbell</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A 2 de Dezembro, estreou nos Estados Unidos "The Simple Life", o reality show em que Hilton e a sua amiga Nicole Ritchie (filha do cantor Lionel Ritchie) viajavam pela América fazendo todo o tipo de trabalhos comuns. Embora as suas personas no programa de duas raparigas ricas e mimadas fora da realidade das gentes comuns e em palpos de aranha para executar as tarefas domésticas e laborais mais simples fossem praticamente ficcionadas, Hilton cultivaria essa imagem em vários aspectos da sua vida pública, alcançando grande notoriedade e fortuna, mas também muito escrutínio derrogatório. Porém, antes da estreia do programa, surgiu um outro factor que alavancaria a fama de Paris Hilton: uma gravação de 2001 das suas actividades sexuais com o então namorado Rick Solomon que começou a circular pela internet. Essa gravação acabaria por ser comercializada por Solomon em 2004 sob o título "1 Night In Paris". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>13. O último Festival da Eurovisão sem semifinais (e a primeira Eurovisão dos pequenitos)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRUW8SlCkmmzE52YvLGSh8qTekcbPuhAWkbDMq8Mke2jFsA0mDgUuLbzt-t3_5Z2u-zl-w&usqp=CAU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="193" data-original-width="261" height="193" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRUW8SlCkmmzE52YvLGSh8qTekcbPuhAWkbDMq8Mke2jFsA0mDgUuLbzt-t3_5Z2u-zl-w&usqp=CAU" width="261" /></a></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://eurovisionary.com/wp-content/uploads/2020/05/Sertab-e1590406848108.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="425" height="295" src="https://eurovisionary.com/wp-content/uploads/2020/05/Sertab-e1590406848108.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sertab Erener trouxe a primeira vitória na Eurovisão<br />para a Turquia.</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">O <b>48.ª Festival da Eurovisão</b> realizou-se a 24 de Maio em Riga, na Letónia, com a participação de 26 países, nomeadamente de Portugal, ausente no ano anterior, e da Ucrânia que se estreava no certame. Foi a última edição antes da introdução das semifinais e a primeira em que o quadro de pontuação actualizava a classificação à medida que os pontos iam sendo anunciados. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=vq9OAEBZmAg" target="_blank">A Turquia venceu com o tema "Every Way That I Can" interpretado por Sertab Erener</a>, batendo apenas por dois pontos a Bélgica, cuja canção "Sanomi" era cantada numa língua imaginária. A Rússia apostava forte com as tATu, o famigerado duo pseudo-lésbico que na altura estava no auge do seu sucesso internacional, mas ficou-se pelo terceiro lugar. Portugal foi representado por Rita Guerra e a canção "Deixa-me Sonhar (Só Mais Uma Vez)" e ficou em 22.º lugar. O grande desastre foi a prestação do Reino Unido, cuja paupérrima canção "Cry Baby" do duo Jemini (não confundir com os nossos Gemini de "Dai-Li-Dou", claro!) ficou a zeros. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/7LJSDZxMLd8" width="320" youtube-src-id="7LJSDZxMLd8"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://junioreurovision.tv/sites/default/files/styles/sidebar/public/2003.png?itok=k_yjWpOf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="220" data-original-width="350" height="220" src="https://junioreurovision.tv/sites/default/files/styles/sidebar/public/2003.png?itok=k_yjWpOf" width="350" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Foi também em 2003 que teve lugar a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Nsi5gNwIfnE" target="_blank">primeira edição do Festival da Eurovisão Júnior</a></b> a 15 de Novembro em Copenhaga. Participaram jovens cantores de dezasseis países, incluindo a Bielorrússia que então ainda não tinha competido na Eurovisão adulta (Portugal só participaria pela primeira vez em 2006), e a vitória foi para <a href="https://www.youtube.com/watch?v=GqBSjgwwBjU" target="_blank">a Croácia na voz do jovem Dino Jelusic de 11 anos</a>. </p><p style="text-align: justify;"><b>14. Portugal organizou eventos desportivos à escala mundial</b><br />Um ano antes do Euro 2004, em 2003 Portugal testou a sua habilidade de receber eventos desportivos à escala global. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.epostshop.hr/resize.aspx?filename=proizvodi/rukomet%20prvaci.jpg&width=800&height=600" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="585" data-original-width="800" height="293" src="https://www.epostshop.hr/resize.aspx?filename=proizvodi/rukomet%20prvaci.jpg&width=800&height=600" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Croácia sagrou-se campeã mundial de andebol em Portugal</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">De 20 de Janeiro a 2 de Fevereiro, 24 países disputaram o <b>Campeonato Mundial de Andebol</b> com nove cidades portuguesas a receberem jogos: Caminha, Espinho, Funchal, Guimarães, Póvoa do Varzim, Rio Maior São João da Madeira, Viseu e, nos jogos finais, Lisboa. Na final, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=GE81Trn432k" target="_blank">a Croácia bateu a Alemanha por 34-31</a> e a França derrotou a Espanha por 27-22 para o terceiro lugar. Portugal ficou em 12.º lugar. Os outros países participantes foram Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Austrália, Brasil, Dinamarca, Egipto, Eslovénia, Groenlândia, Hungria, Islândia, Jugoslávia, Kuwait, Marrocos, Polónia, Qatar, Rússia, Suécia e Tunísia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Zg9qqiKN5cA" width="320" youtube-src-id="Zg9qqiKN5cA"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/07/Portugal.png?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="524" height="218" src="https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2022/07/Portugal.png?crop=top&fit=crop&h=286&ixlib=php-1.1.0&w=524" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma exibição portuguesa na Gymnaestrada 2003</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De 20 a 26 de Julho, Lisboa recebeu a <b>12.ª</b> <b>Gymnaestrada Mundial</b>. Este evento não competitivo reuniu mais de 25 mil participantes de todas as idades, vindos de 47 países, e que realizaram mais de mil exibições dos diversos tipos de ginástica em vários pontos da capital e dos concelhos limítrofes. A edição de este ano realizar-se-á em Amesterdão e em 2027, Lisboa voltará a receber o evento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em termos desportivos, Portugal conquistou mais um título mundial em hóquei em patins no campeonato disputado em Oliveira de Azeméis e subiu sete vezes ao pódio no <b>Festival Olímpico da Juventude Europeia em Paris</b>, com destaque para os futuros atletas olímpicos Tiago Venâncio (ouro nos 50 e 100m livres), Liliana Cá (ouro no lançamento do disco), Arnaldo Abrantes (prata nos 110m barreiras) e Diana Gomes (bronze nos 200m bruços). </div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>15. O princípio das redes sociais e das lojas de música online </b></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/D5PRvJxW0AAWzOh.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="531" data-original-width="800" height="212" src="https://pbs.twimg.com/media/D5PRvJxW0AAWzOh.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://miro.medium.com/max/630/1*uMSfQ29oBDFmeSM6MRPr7g.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="406" data-original-width="630" height="206" src="https://miro.medium.com/max/630/1*uMSfQ29oBDFmeSM6MRPr7g.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Na altura ainda reinava a terra de ninguém em termos de obter música online, mas foi em 2003 que foi aberta a <b>iTunes Store</b> e o Napster tornou-se um site legal de música.</div><div style="text-align: justify;">Foi em Agosto de 2003 que foi lançado o <b>MySpace</b>, que se tornaria a primeira rede social a ter uma audiência global, chegando a ser a maior delas entre 2005 e 2008, até que foi ultrapassada pelo Facebook. (Em 2019, o site registou apenas sete milhões de visitas.) </div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>16. Um prenúncio da COVID-19</b></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.insider.com/5e440bdd4b661b22641d3125?width=1136&format=jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://i.insider.com/5e440bdd4b661b22641d3125?width=1136&format=jpeg" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b>Em Março de 2003 foi lançado um alerta global devido à epidemia de <b>síndrome respiratória aguda grave (SARS)</b>, causada pelo coronavírus SARS-CoV. A doença tinha sido identificada pela primeira vez em Novembro de 2002 na cidade chinesa de Foshan. Foram detectados mais de 8000 casos e 774 mortes em 29 países devido à doença. Em Julho, a Organização Mundial de Saúde declarou que a epidemia estava contida, mas mais casos foram detectados até Maio de 2004.<p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>17. Outros acontecimentos</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://ichef.bbci.co.uk/news/976/cpsprodpb/620C/production/_99700152_gettyimages-51424544.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/976/cpsprodpb/620C/production/_99700152_gettyimages-51424544.jpg" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b>- Na sequência do caso Casa Pia, <b>Carlos Cruz é detido</b> pela polícia quando se deslocava para o Algarve com a sua esposa Raquel Rocheta e a filha de ambos. Numa daquelas ironias da vida, a detenção ocorreu a 1 de Fevereiro, ou seja a 1/2/03. </div><div style="text-align: justify;">- A dominicana <b>Amelia Vega</b> e a irlandesa <b>Rosanna Davidson</b> são coroadas respectivamente Miss Universo e Miss Mundo. Curiosamente, ambas tinham ligações familiares à música pois Vega é sobrinha de Juan Luis Guerra, o cantor de "Borbujas De Amor", e Davidson filha do cantor Chris DeBurgh e da sua esposa Diane, a "Lady In Red".</div><div style="text-align: justify;">- <b>Luís Inácio "Lula" da Silva</b> assume o seu primeiro mandato na Presidência do Brasil, cargo que ocupará até 2010 e ao qual regressa em 2023.</div><div style="text-align: justify;">- <b>Arnold Schwarzenegger</b> foi eleito Governador do estado da Califórnia, cargo que ocupou até 2011. </div><div style="text-align: justify;">- A República Federal da Jugoslávia passou a ser denominada oficialmente como <b>Sérvia & Montenegro</b>, designação que manteve até 2006, quando o Montenegro declarou independência.</div><div style="text-align: justify;">- A surfista americana <b>Bethany Hamilton</b>, de 13 anos, sofreu um ataque de um tubarão que lhe arrancou o braço esquerdo. Mas um mês depois, Hamilton voltou a surfar e no ano seguinte publicou um livro contando a história do ataque e da sua luta pela sobrevivência que foi adaptado a um filme em 2011. Bethany Hamilton ainda hoje é surfista profissional e tem três filhos. </div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>18. O FCP de Mourinho reinou supremo</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/DMBSmxSVAAEBwWo?format=jpg&name=4096x4096" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="800" height="260" src="https://pbs.twimg.com/media/DMBSmxSVAAEBwWo?format=jpg&name=4096x4096" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/mvPNakjRQyw" width="320" youtube-src-id="mvPNakjRQyw"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">No futebol, o Futebol Clube do Porto comandado por <b>José Mourinho</b> estava em fase imperial, vencendo o campeonato, a Taça de Portugal (derrota ao União de Leiria) e sobretudo conquistando a Taça UEFA em Sevilha frente ao Celtic de Glasgow (3-2), tornando-se assim a primeira equipa portuguesa a conquistar o troféu. Já a final nacional da Liga dos Campeões em Manchester foi um despique 100% italiano com o AC Milan a bater a Juventus nas grandes penalidades. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.zerozero.pt/img/geral/482121_med_.jpg.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="294" data-original-width="440" height="267" src="https://www.zerozero.pt/img/geral/482121_med_.jpg.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A festa dos sub-17 campeões europeus<br />(com uns muito jovens Miguel Veloso e João Moutinho)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Portugal acolheu o Europeu de Sub-17 nos distritos de Vila Real e Viseu, vencendo na final a Espanha por 3-2 numa equipa que tinha nomes como João Moutinho, Miguel Veloso, Carlos Saleiro e Vieirinha. Mais problemática foi a participação de Portugal no Mundial da mesma categoria etária na Finlândia meses mais tarde, com praticamente a mesma equipa: contra o Iémen vitória suada (4-3), contra o Brasil derrota por chapa cinco, contra os Camarões um chocante empate (5-5, quando Portugal chegou a estar a ganhar por 5-0!) e eliminação clara nos quartos-de-final pela Espanha (2-5)! </p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>19. A contagem decrescente para o Euro 2004</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://c8.alamy.com/comp/2EC7E8W/football-international-friendly-portugal-v-kuwait-191103-portugal-team-mandatory-credit-action-images-richard-heathcote-2EC7E8W.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="606" data-original-width="800" height="242" src="https://c8.alamy.com/comp/2EC7E8W/football-international-friendly-portugal-v-kuwait-191103-portugal-team-mandatory-credit-action-images-richard-heathcote-2EC7E8W.jpg" width="320" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">A caminho do Euro 2004, os novos estádios foram sendo inaugurados e a Selecção Nacional foi fazendo vários jogos particulares. Destaque para quatro jogos: a vitória ao Brasil por 2-1 ainda no antigo estádio das Antas que marca a estreia de Deco (que marcou um dos golos contra o seu país de nascença) e onde a mascote Kinas foi apresentada; o difícil empate com a Grécia (1-1) na inauguração do Estádio de Aveiro, um sério aviso do que viria aí (mas que, claro, ninguém ouviu); a goleada 8-0 contra o Kuwait na inauguração do Estádio Magalhães Pessoa em Leiria; e uma soporífera vitória por 1-0 contra o Cazaquistão em Chaves, que ficaria na história por marcar a estreia na Selecção A de um certo Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://c8.alamy.com/comp/2EGA89E/football-euro-2004-draw-lisbon-portugal-301103-the-4-groups-mandatory-creditaction-images-richard-heathcote-2EGA89E.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="617" data-original-width="800" height="247" src="https://c8.alamy.com/comp/2EGA89E/football-euro-2004-draw-lisbon-portugal-301103-the-4-groups-mandatory-creditaction-images-richard-heathcote-2EGA89E.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os grupos do Euro 2004</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Entretanto ficaram-se a conhecer as outras quinze seleções que viriam disputar cá o título europeu: Alemanha, Bulgária, Dinamarca, França, Grécia, Inglaterra, Itália, República Checa, Suíça e Suécia venceram os respectivos grupos de qualificação enquanto Espanha, Croácia, Letónia, Países Baixos e Rússia apuraram-se nos play-offs. Destaque para os afastamentos da Turquia, terceira classificada do Mundial de 2002, no que devia ser um play-off fácil contra a Letónia, e do País de Gales de Ryan Giggs que deu dificuldades à Itália no seu grupo (e creio que não minto ao afirmar que a maioria dos portugueses preferia ver cá a jogar em vez da Rússia que bateu os galeses no play-off). A 30 de Novembro realizou-se o sorteio dos quatro grupos que ditou que Grécia, Espanha e Rússia estariam no grupo de Portugal. <br /></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>20. O início da lenda de CR7 na inauguração do novo Alvalade</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/5HIVcoIuFs8" width="320" youtube-src-id="5HIVcoIuFs8"></iframe></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static.globalnoticias.pt/dn/image.jpg?brand=DN&type=generate&guid=664ea852-0dbd-4ef7-bd9f-26961d92119f" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="573" data-original-width="800" height="287" src="https://static.globalnoticias.pt/dn/image.jpg?brand=DN&type=generate&guid=664ea852-0dbd-4ef7-bd9f-26961d92119f" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">Desde menino e moço que <b>Cristiano Ronaldo</b> fazia abrir bocas de espanto com o seu talento com uma bola nos pés e com apenas 18 anos, já se fizera notar na equipa principal do Sporting e nas selecções das camadas jovens (esteve na equipa que venceu a edição de 2003 do prestigiado torneio de Toulon). Em 2003, vários grandes clubes europeus já o tinham debaixo de olho, nomeadamente o Manchester United, mas o plano era o jovem madeirense jogar pelo menos mais uma época no Sporting antes de dar o salto internacional. Mas <b>o jogo de inauguração do novo Estádio de Alvalade</b> a 6 de Agosto (onde Dulce Pontes cantou pela primeira vez "O Amor A Portugal") mudou esse plano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://static.independent.co.uk/s3fs-public/thumbnails/image/2018/05/17/09/cristiano-ronaldo-manchester-united-2003.jpg?width=1200" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://static.independent.co.uk/s3fs-public/thumbnails/image/2018/05/17/09/cristiano-ronaldo-manchester-united-2003.jpg?width=1200" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sir Alex Ferguson com o jovem Ronaldo</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Sporting bateu o Manchester United por 3-1, com um golo de Luís Filipe e dois de João Vieira Pinto, mas foi Cristiano Ronaldo quem mais brilhou, com John O'Shea incapaz de lhe marcar e os jogadores do Manchester de queixo caído diante do repertório de dribles daquele rapaz. Segundo a biografia de Sir Alex Ferguson, ao intervalo este já pedia a Peter Kenyon (então director desportivo dos Red Devils) para não se irem embora sem contratar aquele rapaz. Dias depois, após uma venda de 17,35 milhões de euros, Ronaldo rumava a Old Trafford e o resto é história… </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E vós, caros leitores e amigos da Enciclopédia de Cromos, que memórias guardam do ano de 2003? Que acontecimentos e factos se lembram e que não foi mencionado neste artigo? Para todos vós, um feliz ano novo!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Remember 2003:</b><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ge39mWmdo0M" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-58020238022802682992022-12-18T22:08:00.003+00:002023-01-01T16:31:32.886+00:00Compilação Número Um (1992)<p style="text-align: justify;">Por esta altura, gostamos de analisar os alinhamentos colectâneas de êxitos e esta é sem dúvida que merece uma análise. Após o lançamento do primeiro volume em finais do ano anterior, em 1992 a série de colectâneas "Número Um" teve mais dois volumes, <a href="https://www.discogs.com/master/1078444-Various-N%C3%BAmero-1" target="_blank">um CD/LP editado no Verão</a> e um duplo volume pensado para o mercado natalício. Eu na altura ainda não tinha aparelhagem, nem sequer um rádio com cassetes, senão provavelmente queria ter este volume da série, já que está recheado dos maiores sucessos do ano de 1992. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.discogs.com/O1WOS8SmPuBR6STwPQh4Xu70eeylcNriKWtwiVzK46o/rs:fit/g:sm/q:90/h:596/w:600/czM6Ly9kaXNjb2dz/LWRhdGFiYXNlLWlt/YWdlcy9SLTI4OTI2/MzgtMTUwMDAwMDIz/OC05NDg2LmpwZWc.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="596" data-original-width="599" height="398" src="https://i.discogs.com/O1WOS8SmPuBR6STwPQh4Xu70eeylcNriKWtwiVzK46o/rs:fit/g:sm/q:90/h:596/w:600/czM6Ly9kaXNjb2dz/LWRhdGFiYXNlLWlt/YWdlcy9SLTI4OTI2/MzgtMTUwMDAwMDIz/OC05NDg2LmpwZWc.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p>O terceiro volume da série "Número 1" foi editado pela EMI - Valentim de Carvalho e na versão CD continha trinta e uma faixas. E o anúncio televisivo já aguçava o apetite:</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-L1Si-eqwPQ" width="320" youtube-src-id="-L1Si-eqwPQ"></iframe></div><br /><p><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;"><b>CD1</b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=d5vYn6m934Y" target="_blank">1. Too Much Love Will Kill You - Brian May</a></b><b>: </b>Sabiam que além de guitarrista dos Queen, Brian May é um cientista especializado na astrofísica? Em 1992, May tinha editado o álbum a solo "Back To The Light", que incluía esta balada na qual ele reflectia sobre o fim do seu primeiro casamento. A canção foi inicialmente gravada para o álbum "The Miracle" dos Queen (1989), mas foi posta de lado porque foi dada preferência aos temas compostos em conjunto pela banda.<a href="https://www.youtube.com/watch?v=ivbO3s1udic" target="_blank"> A versão dos Queen</a> interpretada por Freddie Mercury acabou por ser incluída no álbum póstumo "Made In Heaven" (1995) e lançada como o quarto single. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=nx2iLOvP0rM" target="_blank">2. How Do You Do! - Roxette</a></b><b>: </b>Por esta altura, os Roxette eram incontestavelmente a banda sueca de maior sucesso mundial pós-ABBA. Nesse ano de 1992, o duo editou o álbum "Tourism" que reunia temas gravados ao vivo e outros temas inéditos gravados durante a digressão do álbum "Joyride". Por exemplo, incluía duas canções gravadas num quarto de hotel em Buenos Aires. O single de apresentação foi "How Do You Do!", gravado em Estocolmo, e que rapidamente se tornou mais um dos hits incontornáveis dos Roxette, chegando ao n.º 1 dos tops na Noruega e na Espanha. Lembro-me que na altura, era uma das canções mais utilizadas nos concursos de dança na minha escola do 2.º ciclo. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=xqfL6_6qEJY" target="_blank">3. Good Stuff - The B'52s</a></b><b>: </b>Gozando um renovado sucesso graças aos hits "Love Shack" e "Roam" e à participação da vocalista Kate Pierson em "Shiny Happy People" dos R.E.M. (que vinham da mesma cidade: Athens, no estado americano da Geórgia), os The B-52's lançaram o álbum "Good Stuff", o único em que não participou a outra vocalista Cindy Wilson, que fez uma pausa para se dedicar à família. A faixa-título foi o single de lançamento e é uma das minhas preferidas da banda. Recordo-me do videoclip psicadélico, que foi um dos últimos utilizados pela RTP como tapa-buracos na programação. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=4zHm_6AQ7CY" target="_blank">4. It's My Life - Dr. Alban</a></b><b>: </b>Quando o nigeriano Alban Nwapa foi estudar medicina dentária para a Suécia e começou a fazer alguns biscates como DJ e rapper para pagar os estudos e mais tarde a sua clínica, estava longe de imaginar que se tornaria toda uma estrela internacional graças a hits como "Hello Afrika", "Sing Hallelujah" e sobretudo "It's My Life", com o seu triunfante refrão sing-along. Na produção estava Denniz Pop, que depois também produziria sucessos para nomes como Ace Of Base e Backstreet Boys. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ftjEcrrf7r0" target="_blank">5. One - U2</a></b><b>: </b>Assim reza a lenda:<b> </b>esgotados por todo o sucesso e promoção dos álbuns "The Joshua Tree" e "Rattle And Hum", os U2 chegaram a Berlim em 1990 na vésperas da reunificação da Alemanha em busca de inspiração para o álbum seguinte, mas em vez disso as tensões e as divergências criativas entre a banda só se exacerbaram ainda mais, ao ponto de uma ruptura estar iminente. Até que uma progressão de acordes de The Edge em guitarra acústica captou a atenção de todos e o produtor Daniel Lanois sugeriu tentarem trabalhar uma canção à volta disso. Como que intervenção divina, Bono Vox tem logo uma ideia para a letra e a melodia e com todos em sintonia, surge uma canção que lhe deu um alento e uma nova direção para aquele que seria o álbum "Achtung Baby" de 1991. Essa canção era "One" que foi o terceiro single e rapidamente se tornou uma das canções mais emblemáticas da banda. "One" teve três videoclips: o mais conhecido é o de Bono Vox a fazer lispync sentado numa mesa de restaurante; há ainda <a href="https://www.youtube.com/watch?v=GpsAy0kSiE8" target="_blank">outro filmado em Berlim</a> com alguns planos dos membros da banda vestidos em drag e do pai de Bono e um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=dpds_AisI8M" target="_blank">com imagens de búfalos a corrererem em câmara lenta</a>, a partir da fotografia da capa do single (o autor da fotografia, David Wojnarowicz, morreu de SIDA meses depois da edição do single, sendo essa uma das razões pelas quais todas as vendas de "One" reverteram na luta contra a doença). "One" é também uma das canções mais versionadas do U2, tendo sido gravada por nomes tão díspares como Mica Paris, Johnny Cash, Pearl Jam, Vanessa Paradis e Joe Cocker. Em 2006, os U2 regravaram uma versão em dueto com Mary J. Blige. Recordo ainda a versão em fusão com "(I Wish I Knew How It Would Feel To Be) Free" de Nina Simone que os Lighthouse Family lançaram em 2001. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ApQUh6U14i4" target="_blank">6. Não Sou O Único - Resistência</a></b><b>: </b>Originalmente uma faixa do mítico álbum "Circo De Feras" dos Xutos & Pontapés, "Não Sou O Único" foi o primeiro single do álbum "Palavras Ao Vento" do supergrupo Resistência, que reunia nomes como Tim, Miguel Ângelo, Pedro Ayres Magalhães e Olavo Bilac e desde então que rivaliza com o original como a versão mais popular, assim como o outro hit do disco, a versão de "Nasce Selvagem". Ainda em 1992, os Resistência lançaram um segundo álbum "Mano A Mano". </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=y25stK5ymlA" target="_blank">7. Walking On Broken Glass - Annie Lennox</a></b><b>: </b>Com as tensões entre ela e Dave Stewart a chegarem ao ponto de rutura dos Eurythmics em 1990, a escocesa Annie Lennox estreava-se a solo em 1992 com álbum "Diva". Este "Walking On Broken Glass" foi o segundo single e teve um marcante videoclip com a estética do século XVIII e a participação de John Malkovich e Hugh Laurie. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=lOqVQPq8zm8" target="_blank">8. Sleeping Satellite - Tasmin Archer</a></b><b>: </b>Segundo a própria Tasmin Archer, "Sleeping Satellite" foi escrita em 1989 por alturas do 20.º aniversário da aterragem na Lua por Armstrong, Aldrin e Collins, com a letra a reflectir sobre os avanços da Humanidade e da tecnologia e se algo importante se perdeu no processo. Após Archer assinar contrato com a EMI em 1990, a canção foi lançada como single de apresentação do álbum "Great Expectations" e rapidamente chegou ao n.º1 do top britânico. Tasmin Archer editou desde então mais três álbuns (o mais recente "On" em 2006) mas nunca mais se aproximou do sucesso de "Sleeping Satellite" que no entanto permanece como um intemporal clássico dos anos 90. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=JYIaWeVL1JM" target="_blank">9. Rhythm Is A Dancer - Snap!</a>:</b> Poder-se-ia pensar que o colectivo alemão Snap! nunca superaria o estrondoso sucesso do hit de 1990 "The Power", foi o que alcançaram em 1992 quando "Rhythm Is A Dancer" dominou as pistas de dança e as ondas de rádio em todo ao mundo, atingindo o n.º 1 dos tops do Reino Unido (onde esteve no topo durante seis semanas), Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Irlanda, Israel, Países Baixos, Suíça e Zimbabwe e chegando ao top 5 nos Estados Unidos. Se o refrão cantado por Thea Austin é absolutamente estrelar, já a parte rap interpretada por Turbo B tem sido muito criticada pelo verso "<i>I'm serious as cancer when I say rhythm is a dancer</i>". No Brasil, o tema ficaria associada ao strip-tease masculino porque era muito utilizado nas cenas da telenovela "De Corpo E Alma" que se passavam num clube de strip masculino. Novas versões de "Rhythm Is A Dancer" foram editadas em 1996, 2003 e 2008. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=XtE1TmikgIQ" target="_blank">10. Humpin' Around - Bobby Brown</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=XtE1TmikgIQ" target="_blank">:</a> </b>Desde menino e moço que Robert Barisford Brown está na ribalta, primeiro como parte do grupo New Edition e depois numa carreira a solo iniciada em 1988. Em 1992, Brown lançou o seu terceiro álbum a solo "Bobby", do qual "Humpin' Around" foi o single de apresentação. Mas mais do que a sua música, foi o seu casamento com Whitney Houston que fez Bobby Brown ser notícia nesse ano. </div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=m2JnzEWGJ_M" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>11. Vida De Marinheiro - Sitiados</b>:</a> Foi uma canção dos Mão Morta, que a banda ainda sem nome viu o título escrito numa maquete, que denominou a banda nacional com o mais triunfante hit de estreia de 1992. Com uma poderosa fusão de rock e sonoridades folclóricas (a fazer lembrar uns Pogues à portuguesa) e as figuras carismáticas do líder João Aguardela e da acordeonista Sandra Baptista, o álbum homónimo dos Sitiados fez grande sucesso, muito por culpa do hit "Vida De Marinheiro" que em 1992 andou na boca de toda a gente. Os Sitiados editariam mais quatro álbuns ao longo dos anos 90, até se separarem no ano 2000. João Aguardela dedicou-se então a outros projectos como Megafone, A Naifa e Linha Da Frente até infelizmente falecer de cancro em 2009 com somente 39 anos. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=5faQFym7vTU" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>12. Ain't No Doubt - Jimmy Nail</b>:</a> O actor e cantor Jimmy Nail teve em 1992 um pico na sua carreira quando este "Ain't No Doubt", influenciado pelo New Jack Swing americano, chegou ao n.º 1 do top britânico. Em Portugal, o papel de mais conhecido de Jimmy Nail como actor será provavelmente o de Agustín Magaldi em "Evita" (1996) ao lado de Madonna. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=cFtSfQCpZec" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>13. Feels Like Forever - Joe Cocker</b>:</a> O primeiro volume do Número Um em 1991 incluía a faixa-título do álbum "Night Calls" de Joe Cocker. No ano seguinte, o álbum foi reeditado com alguns temas inéditos incluindo este "Feels Like Forever", escrito por Bryan Adams e Diane Warren. </div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=tUTJCIPsWwE" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>14. Disappointed - Electronic</b>:</a> Os Electronic era um super-projecto composto por Bernard Sumner dos New Order e Joy Division, Johnny Marr dos The Smiths e Neil Tennant e Chris Lowe dos Pet Shop Boys. O primeiro single deste colectivo foi "Getting Away With It" em 1989 mas só em 1991 surgiu o álbum homónimo. Tennant e Lowe abandonaram o projecto em 1994, mas os Electronic continuaram até 1999, com mais dois álbuns, onde colaboraram nomes como Karl Bartos dos Kraftwerk. Este "Disappointed" foi um single à parte, que viria a ser incluído na banda sonora do filme "Cool World" e acabou por ser o mais bem-sucedido dos Electronic em termos de tabelas de vendas chegando ao n.º 6 do top britânico e, segundo diz a Wikipedia, ao n.º 8 em Portugal.<b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=L-d4J3YUQmU" target="_blank">15. Take A Chance On Me - Erasure</a></b><b>: </b>Em 1992, fazia dez anos que os ABBA tinham iniciado um longo interregno (apenas quebrado em 2021). Porém esse ano é considerado o ano da redescoberta do quarteto sueco, com o lançamento da colectânea campeã de vendas "ABBA Gold" mas, antes disso, com o EP "Abba-Esque" dos Erasure, onde o duo britânico versionou quatro canções dos ABBA: "S.O.S.", "Voulez-Vous", "Lay All Your Love On Me" e "Take A Chance On Me". A promoção incidiu mais sobre esta última, com um inesquecível videoclip com Andy Bell e Vince Clarke transvestidos de Frida Lynstaad e Agnetha Faltskog e um rap de MC Kinky. O EP foi n.º 1 em vários países europeus, incluindo no Reino Unido. Mais tarde, os Bjorn Again, a mais famosa banda de tributo aos ABBA, lançaram um single intitulado "Erasure-ish" com duas versões de canções dos Erasure. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=gdmHHoI9beM" target="_blank">16. Hazard - Richard Marx</a></b><b>: </b>Conhecido pelas suas baladas e temas soft-rock, terá sido surpreendente para os fãs de Richard Marx saber do tema mais tétrico do segundo single do álbum "Rush Street", contando a história de um homem ostracizado na cidade titular do Nebraska que é acusado da morte de Mary, a jovem com quem tinha uma relação de amizade (ou algo mais). O narrador declara a sua inocência ao longo da canção, mas foca-se sobretudo no facto de desde criança as gentes da cidade lhe tratarem como um pária, deixando o mistério da morte em aberto. O mistério e negrume da canção estão presentes no famoso videoclip a preto e branco. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="font-weight: bold; text-align: justify;"><b>CD2</b></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=BN9Q1sPI2y0" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>1. Sangue Oculto - GNR</b>:</a> Trinta anos antes de dar título a uma telenovela da SIC com Sara Matos a fazer de não sei quantas gémeas, "Sangue Oculto" foi um dos maiores hits nacionais de 1992. Se o Grupo Novo Rock já contava então com mais de uma década de sucesso no activo, o álbum "Rock In Rio Douro" catapultou Rui Reininho e companhia para um pico de popularidade quase inaudito, multiplicando discos de platina e culminando num concerto no Estádio de Alvalade para 40 mil pessoas, na altura a maior audiência de sempre de um concerto de uma banda portuguesa. "Sangue Oculto" contava com a participação de Javier Andreu, vocalista da banda espanhola La Frontera, sendo pois cantada em português e castelhano, e tenho de admitir que gostava mais do refrão cantado por Andreu ("<i>al huir de una investida/ es como saltar una hoguera/ la barrera de fuego una frontera</i>"). <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=bYUtLysdbus" target="_blank">2. Lobo-Hombre En Paris - La Unión</a>:</b><b> </b>E continuando na língua de Cervantes, os La Unión foram uma das bandas mais importantes do rock espanhol dos anos 80. Porém cá deste lado da Península o seu momento mais notório foi precisamente em 1992 com o álbum ao vivo "Tren De Largo Recorrido", gravado num concerto em La Coruña, que finalmente deu a conhecer ao público português o tema mais embelmático da banda, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Y2SwrG5qHEE" target="_blank">"Lobo-Hombre En Paris"</a>, originalmente editado em 1984. (Desconheço se a versão incluída nesta compilação é a original ou a gravada ao vivo.) Os La Unión continuaram activos por mais anos, mas em 2020 o vocalista Rafael Sanchez anunciou o fim da banda e o início de uma carreira a solo, mas o baixista Luis Bolín ainda actua sob o nome de La Unión. Em Abril deste ano, o guitarrista Mario Martinez faleceu de cancro da laringe. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=35K6vQRt67g" target="_blank">3. Jesus He Knows Me - Genesis</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=35K6vQRt67g" target="_blank">:</a> </b>O álbum "We Can't Dance" dos Genesis (que ainda hoje é o penúltimo da banda e o último com Phil Collins) continuava em alta e o quarto single era uma paródia aos tele-evangelistas, precisamente numa altura em que vários deles estavam a ser investigados por todo o tipo de falcatruas devido à vida de luxo obtida à custa das doações dos fiéis. </div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=RQQpbRN1FrE" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>4. Damn I Wish I Was Your Lover - Sophie B. Hawkins</b>:</a> Provavelmente um dos primeiros hits globais explicitamente sobre o amor e desejo sexual de uma mulher por outra (sendo que esta está numa relação abusiva com outrem) foi o tema que lançou a carreira da cantora e compositora americana Sophie B. Hawkins (o B é de Ballantine), que se define a si própria como omnisexual. Hawkins teve mais alguns temas de sucesso nos anos seguintes como "Right Beside You" e "As I Lay Me Down To Sleep". <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=THtjcboHRxk" target="_blank">5. Tão Só - Sétima Legião</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=THtjcboHRxk" target="_blank">:</a> </b>A banda de "Sete Mares" e "Por Quem Não Esqueci" lançou em 1992 o álbum "O Fogo", de onde foi extraído este "Tão Só". Os Sétima Legião regressariam para mais um álbum ao vivo, "Auto da Fé" (1994) e outro de estúdio, "Sexto Sentido" (1999), antes de terminarem em 2000 com um disco best-of. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=WP5GlfF2rB4" target="_blank">6. Baker Street - Undercover</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=WP5GlfF2rB4" target="_blank">:</a> </b>Depois de ter ficado famosa por ser a rua da residência de Sherlock Holmes, Baker Street em Londres deu título <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Fo6aKnRnBxM" target="_blank">a um tema do escocês Gerry Rafferty</a> de 1978. O tema contém um dos mais lendários solos de saxofone da história da música pop, tocado por Raphael Ravenscroft e foi um hit em todo ao mundo, chegando ao n.º dos tops da África do Sul, Austrália e Canadá. Em 1992, o trio britânico Undercover lançou uma cover eurodance de "Baker Street" que chegou ao n.º 2 do top britânico (o original foi até ao n.º 3). Um dos membros dos Undercover é Steve McCutcheon, ou Steve Mac, que mais tarde viria a tornar-se um importante compositor e produtor. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=JQ2DVwSVIIo" target="_blank"><b style="font-weight: bold;">7. Too Funky - George Michael</b><b>: </b></a>"Too Funky" foi uma das faixas destinadas ao segundo volume do álbum "Listen Without Prejudice" de George Michael, mas com o cantor embrenhado numa disputa legal com a Sony Music, esse disco nunca se materializou. Em vez disso, foi um dos três temas que George Michael entregou para a colectânea "Red Hot + Dance", cujas vendas revertiam a favor da pesquisa e da luta contra a SIDA, e que também incluiu temas de artistas como Madonna, Lisa Stansfield e Seal. "Too Funky" é célebre pelo seu videoclip passado num exubertante desfile de moda do criador Thierry Mugler e que tinha a participação de top models famosíssimas como Linda Evangelista, Tyra Banks, Estelle Hallyday, Eva Herzigova e Nadja Aumermann. (Menos famosa mas para mim a mais impactante no vídeo era Emma Sjöberg com o seu corpete com manípulos e espelhos de mota!) Existe também <a href="https://www.youtube.com/watch?v=XHvHDxTt_Tk" target="_blank">um videoclip alternativo, realizado pelo próprio Mugler</a>, em que aparecem os futuros actores Justin "Alex Karev" Chambers e Djimon Honsou. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=010KyIQjkTk" target="_blank">8. Jump - Kris Kross</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=010KyIQjkTk" target="_blank">:</a> </b>Chris Kelly e Chris Smith, que é como quem diz Mac Daddy e Daddy Mac, que é como quem diz, Kris Kross, tinham somente treze anos quando em 1992 alcançaram um hit global e um clássico do hip hop com "Jump", que entre outros momentos de ribalta, os levou a actuarem na digressão Dangerous de Michael Jackson. Os Kris Kross editariam mais dois álbuns. Chris Kelly faleceu em 2013 com apenas 34 anos. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZgyAcZj9HwY" target="_blank">9. Ellegibo (Una História de Ifa - Ejigbo) - Ellegibo</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZgyAcZj9HwY" target="_blank">:</a> </b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=M3BrbNH8ZBI" target="_blank">Originalmente gravado pela cantora brasileira Margareth Menezes</a>, "Elegibô (Uma História de Ifa - Ejigbo)" ficou conhecido pela sua inclusão na banda sonora do filme "Orquídea Selvagem". Eu recordo-me depois que em 1992, foi utilizado no anúncio a uma bebida (não me recordo qual), o que levou a uma versão eurodance de produção espanhola sob o nome Ellegibo, que foi n.º 1 do top espanhol durante seis semanas e cujo sucesso se estendeu à pistas de dança deste lado da fronteira.<b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=OfbY2Yfn25s" target="_blank">10. Tudo Ou Nada - Zero</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=OfbY2Yfn25s" target="_blank">:</a> </b>João Loureiro ainda estava a cinco anos de assumir pela primeira vez a presidência do Boavista, pelo que na altura ainda era mais conhecido por ser o vocalista dos Ban. Após o álbum "Mundo de Aventuras", três elementos da banda viraram as agulhas para outro projecto, os Zero com ex-GNR Alexandre Soares, do qual resultou um álbum homónimo e o hit "Tudo Ou Nada". <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=mRYbMDM6iOU" target="_blank">11. Heading For A Call - Vaya Con Dio</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=mRYbMDM6iOU" target="_blank">s:</a> </b>Após o sucesso do álbum "Night Owls" de 1990 que continha dois do maiores hits dos Vaya Con Dios, "What's A Woman" e "Nah Neh Nah", a banda belga passou por um período crítico em 1991 quando o membro fundador Dirk Schoofs deixou a banda em diferendo com a vocalista Dani Klein, acabando por morrer pouco tempo depois. Com os Vaya Con Dios a se tornarem basicamente um projecto de Klein acompanhada por vários músicos, 1992 viu a edição do álbum "Time Flies" do qual este "Heading For A Fall" foi o single de apresentação. Os Vaya Con Dios continuariam até 2014 mas regressaram para mais um disco em 2022. </div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=g1_Z3uTa3tQ" style="font-weight: bold;" target="_blank"><b>12. Sympathy - Marillion</b>:</a> Para comemorar dez anos de existência, os Marillion lançaram o seu álbum best of "A Singles Collection", que continha doze dos singles da banda britânica e mais dois temas inéditos. Nos Estados Unidos, o disco teve o título "Six Of One, Half-Dozen Of The Other", indicando que seis singles eram da era liderada por Derek "Fish" Dick que deixou o grupo em 1988 (que conteve os hits "Kayleigh" e "Lavender" e a outra meia dúzia eram da era com Steven Hogarth como vocalista (função que mantém até hoje). Um dos temas inéditos era este "Sympathy", <a href="https://www.youtube.com/watch?v=G-DIu3lTEaA" target="_blank">originalmente gravado pelos Rare Bird in 1970</a>. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=wtq1_peTXbw" target="_blank">13. What God Wants Part 1 - Roger Waters</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=wtq1_peTXbw" target="_blank">:</a> </b>Sobretudo conhecido como baixista e principal letrista dos Pink Floyd, sendo portanto preponderante na criação de álbuns tão lendários como "The Dark Side Of The Moon", "Wish You Were Here" e "The Wall", em 1983 Roger Waters deixou a banda para uma carreira a solo, cujo maior sucesso comercial foi com o terceiro álbum "Amused To Death", que contou com colaborações de nomes como Jeff Beck, Patrick Leonard, Randy Jackson e Rita Coolidge do qual este "What God Wants - Part 1" (existem mais duas partes) foi o single de apresentação e o único tema a solo de Waters a chegar ao top 40 britânico.<b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=O_253-HURY8" target="_blank">14. America: What Time Is Love - KLF</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=O_253-HURY8" target="_blank">:</a> </b>Depois de terem sido o mais bem-sucedido colectivo electro-dance britânica do início dos anos 90, os KLF terminaram em 1992 literalmente um estrondo, com uma actuação nos Brit Awards onde foi disparada pólvora seca de uma metralhadora. "What Time Is Love?" teve três versões diferentes, sendo a mais conhecida aquela intitulada como "America: What Time Is Love" que contou com a voz de Glenn Hughes, que integrou bandas como Deep Purple e Black Sabbath. </div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=CYeiyqDviOc" target="_blank">15. O Hábito Faz O Monstro - Rádio Macau</a></b><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=CYeiyqDviOc" target="_blank">:</a> </b>O álbum "A Marca Amarela", do qual este "O Hábito Faz O Monstro" foi a faixa de maior destaque, encerrou o primeiro capítulo da vida dos Rádio Macau, com Xana e Flak a seguirem projectos a solo antes de regressarem com novo disco em 2000 e uma nova sonoridade. <b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Playlist com as 31 canções:</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PLdHqlb9W34-8LwxIbV28XlbfoebSXKvPH" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3241849016375212049.post-64741813337356126062022-12-03T17:26:00.003+00:002023-03-27T12:36:40.195+01:00O Jogo do Stop e o Scattergories<p style="text-align: justify;">Há dias eu apercebi-me que a última vez que joguei ao Stop foi em 2011: foi durante uma escapadinha de fim-de-semana prolongado entre amigos no Algarve. Não sei bem como é que nunca mais joguei este jogo nos últimos onze anos, basicamente nunca mais se proporcionou a ocasião por entre as vicissitudes da vida adulta e quando eu tinha vontade, não tinha com quem jogar. O que me entristeceu um pouco pois foi sempre um dos meus jogos preferidos da infância e adolescência, e que me lembro de jogar praticamente desde que aprendi a escrever. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU_pb8ZQIBxNudl-ESC7OAa2H5eS_vg_ccFX0oJI2ASyTuYYqFY6AwFHwMsmnds5ieBrSSZE9JwSLSeUoFRnSU0K7pWXNtKlPhJkUX99sFo2MxwTxlJfVry2rJ5e_KxuV-n5_e-DNKd3U/s1600/Jogo+Stop.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU_pb8ZQIBxNudl-ESC7OAa2H5eS_vg_ccFX0oJI2ASyTuYYqFY6AwFHwMsmnds5ieBrSSZE9JwSLSeUoFRnSU0K7pWXNtKlPhJkUX99sFo2MxwTxlJfVry2rJ5e_KxuV-n5_e-DNKd3U/w400-h300/Jogo+Stop.JPG" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Certamente que todos os que estão a ler este texto conhecerão o <b>Jogo do Stop</b> pelo que não me vou demorar a explicar as regras básicas, ainda que muitas regras variassem consoante os grupos. Com a minha família e amigos, convencionou-se que a pontuação seria de 5 pontos para quem desse a mesma resposta válida numa das categorias, 10 pontos para respostas válidas diferentes e 20 pontos para quem tinha uma resposta numa categoria mas o(s) adversário(s) não tinha(m) qualquer resposta válida. Eu tinha o especial cuidado de clarificar o que era válido em cada categoria, perguntando por exemplo ao(s) meu(s) parceiro(s) de jogo se em "Cidades" só valiam cidades portuguesas ou se podiam ser incluídas cidades estrangeiras, ou até mesmo se tinham de ser mesmo cidades ou se podiam ser vilas ou aldeias. Também ocasionalmente eu tentava que o K, o W e o Y fossem incluídos no jogo, pelo menos no momento em que um dos jogadores recitava mentalmente o abecedário, mas por razões óbvias, era raro alguém aceitar essa sugestão. </p><p></p><div style="text-align: justify;">Com o tempo, fui aprendendo a utilizar algumas rewpostas fora do mais óbvio: por exemplo, Bolívia nos países com B quando os outros escreviam Brasil ou Bélgica, Covilhã nas cidades com C quando Coimbra era a reposta mais frequente ou Turquesa quando os outros se debatiam para achar cores com T. As minhas categorias preferidas eram os Países e os Nomes e as que gostava menos era as de Cores e de Frutos por não haver grande variedade de resposta. Por vezes, tentava convencer a mudar o nome de categoria para Comida, só para alargar as repostas para além da frutaria (mas não-raro, insistiam de que só podia ser frutos).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Claro que os momentos mais caricatos do jogo era quando alguém se afoitava a dar uma resposta fora de mão, na esperança que fosse validada. Isso era sobretudo frequente nas Cores, onde não faltava quem tentasse considerar Ferrugem, Ouro, Tabaco ou Malhado como cores, ou até inventassem nomes como Fumé (um primo meu alegava que viu essa "cor" numa embalagem de collants). Recordo ainda que certa vez outro primo meu insistiu que Palhavã deveria ser considerada como cidade! Eu próprio por vezes não conseguia convencer a aceitarem Cru como cor, embora eu visse esse tom de branco amiúde nos catálogos da La Redoute, ou que mesmo antes do colapso da União Soviética, havia outro país europeu começado por L que não Luxemburgo, embora na altura eu não soubesse pronunciar ou escrever correctamente Liechtenstein (dizia "<i>Lichisten</i>" ou algo que valha). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://ireland.apollo.olxcdn.com/v1/files/utgmnixu7qqg1-PT/image;s=1512x1665" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="726" height="400" src="https://ireland.apollo.olxcdn.com/v1/files/utgmnixu7qqg1-PT/image;s=1512x1665" width="363" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Em 1988, o Jogo do Stop foi elevado a outro nível quando foi convertido num jogo de tabuleiro sob o nome <b>Scattergories</b>, comercializado pela MB (actual Hasbro). O jogo incluía folhas com as diferentes categorias que geralmente eram mais específicas que as do Jogo do Stop convencional (por exemplo, "raças de cães", "objetos metálicos") e espaços para escrever as respostas, pastas para esconder as folhas, um cronómetro e um dado com 20 das 26 letras do alfabeto. (Se não estou em erro, na versão portuguesa o dado não incluía as letras K, Q, W, X, Y e Z.) </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYxvFGdKPCGuxajKOmjpSfEXmW8aEot7hhPr9TDMeIFcEAN25lqYKdgC90ZhxNmX6SFXBZmU40bWduq9dXOr__kJPzMYHyLNpxoAHyB9THiuwIqSnzFeZc3jXFAH9Eov_AVDattlt6z3ZAZg_smkiBljdURJ7oHVNLnCi8fBBIVjHkuBbg_3BjZu-S/s480/pub1994.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYxvFGdKPCGuxajKOmjpSfEXmW8aEot7hhPr9TDMeIFcEAN25lqYKdgC90ZhxNmX6SFXBZmU40bWduq9dXOr__kJPzMYHyLNpxoAHyB9THiuwIqSnzFeZc3jXFAH9Eov_AVDattlt6z3ZAZg_smkiBljdURJ7oHVNLnCi8fBBIVjHkuBbg_3BjZu-S/s320/pub1994.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Em Portugal, o Scattergories foi lançado no mercado em 1992 e o anúncio depressa se tornou mítico. Nele o dono do jogo submete os seus amigos aos seus caprichos, como ameaçar ir-se embora com o jogo quando não leva a sua avante ou de obrigá-los a aceitar respostas mirabolantes. ("<i>Sim, aceitamos barco.</i>" "<i>Como animal aquático?</i>"/"<i>Um animal de companhia a começar por P?</i> "<i>Uma pulga!</i>") </div><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/jtab8cS5Ylk" width="320" youtube-src-id="jtab8cS5Ylk"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Posteriormente, houve <a href="https://youtu.be/e2BUNaOIOrY?t=270" target="_blank">uma nova dobragem do anúncio com algumas alterações</a>; por exemplo a voz feminina que dizia "<i>É giro, giro, giro, giro!</i>", diz agora "<i>É tão divertido!</i>"</p><p style="text-align: justify;">O diálogo da versão portuguesa era praticamente decalcada da versão espanhola com a diferença que o animal de companhia começado por P era um "pulpo" (polvo) e não uma pulga.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/_HPa0DPBe3I" width="320" youtube-src-id="_HPa0DPBe3I"></iframe></div><br /> E já agora eis o anúncio original americano. <br /><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/iYhf6apYyjQ" width="320" youtube-src-id="iYhf6apYyjQ"></iframe></div><br /><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">(Cá para mim, que ninguém nos ouve, mais valia aquelas pessoas fazerem uma vaquinha para comprarem um jogo só para elas, em vez de ficarem refém dos caprichos do caixa-de-óculos.)</span> </p><p style="text-align: justify;">Eu tive uma versão abreviada do Scattergories quando eu fiz uma coleção do Planeta Agostini com jogos de tabuleiro. Entretanto surgiram novas variantes, como uma versão em jogo de cartas ou em jogo de computador e online, bem como uma versão do Stop concebida e distribuída pela portuguesíssima Majora.<br />No entanto, pelo menos em Portugal, creio que o bom velho Stop a papel e caneta continua a ser mais popular. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.addmore.pt/wp-content/uploads/2018/02/stop-jogo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="536" data-original-width="800" height="214" src="https://www.addmore.pt/wp-content/uploads/2018/02/stop-jogo.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">E vocês? Que memórias têm dos vossos jogos do Stop e/ou do Scattergories? Contem tudo nos comentários.</p>Paulohttp://www.blogger.com/profile/00684363818909462724noreply@blogger.com0