quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O Ás do Espaço (1965-1966)


"O Ás do Espaço" é a adaptação para anime do manga "Uchū Ace" ("Space Ace") publicado por Tatsuo Yoshida entre 1964 e 1966. Por seu lado, a versão animada começou logo a ser emitida em 1965, aidna durante a publicação do manga (3 capas na imagem do topo), acontecimento ainda comum do Japão. No Brasil, também foi emitido com o nome "Ás do Espaço".

Consegui confirmar que passou nos ecrãs nacionais em 1990 por altura do Natal, na RTP2 dentro da rubrica "Agarra o 2", num Sábado à hora de almoço. Mas aparentemente terá sido uma exibição esporádica, apesar de estar indicado como o 13º episódio. Falando nisso, a série - realizada por Hiroshi Sasagawa -  foi composta de 52 episódios. Outros detalhes técnicos: "A.N.N. - Space Ace".

Genéricos de Abertura de "O Ás do Espaço":


Mais uma variação do mito do Super-Homem, um alienígena bondoso chega à Terra para defender o planeta dos invasores de más intensões, com a ajuda de um anel voador que serve de transporte e arma. Até o olho menos atento reparará nas semelhanças visuais entre este "Ás do Espaço" e o "Astro Boy" (manga de 1952 a 1968, e a primeira versão de anime de 1963) de Osamu Tezuka, o "Walt Disney" japonês. Apesar disso, Yoshida está por trás de outros êxitos como "Speed Racer" ("Mach Go Go Go"), "Gatchman" (que passou em Portugal como "Esquadrão Águia", uma das versões americanas da franquia) ou "Casshan" (que deu origem ao interessante filme de imagem real "Casshern").






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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Turbo Ranger (1989-90) e Jetman (1991-92)

por Paulo Neto

As séries Super Sentai japonesas surgiram nos anos 70 e foram a inspiração para a franchise dos Power Rangers. Estas séries infanto-juvenis seguem um determinado padrão: uma força especial de heróis (geralmente com cinco elementos) com fatos coloridos, vilões facilmente identificáveis, bólides pilotados pelos heróis que se transformam num só guerreiro robótico, cenas de lutas com armas avançadas e truques de artes marciais e um "monstro da semana" enviado pelos vilões e que os heróis enfrentam no final de cada episódio.

Ainda antes dos Power Rangers, duas séries Super Sentai japonesas foram exibidas na RTP no início dos anos 90 (creio que nas manhãs de sábado) com grande sucesso: "Turbo Ranger" e "Jetman".

Turbo Ranger (Kousoku Sentai Turbo Rangers) foi a 11.ª série Super Sentai, exibida no Japão entre 1989 e 1990. Em Portugal, foi exibida em 1992 numa versão dobrada em francês e legendada em português. Segundo o blogue Desenhos Animados, dos 51 episódios da série, apenas 29 foram incluídos na série francesa, sendo os restantes censurados.



A Casta dos Cem Demónios, uma terrível tribo de criatura maléficas, foi aprisionada durante vinte mil anos pelas fadas, protegendo-a dos humanos. No entanto, devido à poluição e destruição da natureza por parte dos humanos, os poderes das fadas enfraqueceram e tudo isso permitiu a libertação da Casta, que agora se encontra livre para dominar a terra. A esperança reside em cinco jovens que recebem poderes especiais, tornando-se assim os Turbo Rangers: Chikara, o Ranger Vermelho (Kenta Sato), Yohei, o Ranger Azul (Keiji Asakura), Shunsuke, o Ranger Amarelo (Junichiro Katagari), Daichi, o Ranger Preto (Fumiaki Ganaha) e Haruna, a Ranger Rosa (Noriko Kinohara). Munidos cada um com o seu carro e com a ajuda do Professor Dazai (Fujita Okamoto) e de Shelon, a única sobrevivente da raça das fadas (Mayumi Omura), os cinco guerreiros lutam contra os planos maléficos da Casta dos Cem Demónios e seus membros: o Imperador Tong, Dr. Rahd, Zurten, a Princesa Jamin e Zurten.
Eis o genérico: "Turbo Ranger, en avant..."

    

Jetman (Chojin Sentai Jetman), a 15.ª série Super Sentai foi exibida no Japão entre 1991 e 1992 e passou na RTP em 1993 na versão original japonesa com legendas em português. 





Uma agência de defesa militar, a Skyforce, desenvolve um projecto para desenvolver uma força especial de cinco guerreiros chamada Jetman, utilizando a energia Birdonic que a Skyforce encontrou no espaço. A Comandante Aya Odagiri (Mikiko Miki) escolhe um casal de oficiais, Ryu Tendoh (Kotaro Tanaka) e Rie Aoi (Maho Maruyama) para serem dois dos elementos dessa força. No entanto, a estação espacial da Skyforce sofre um ataque por parte de uma força estranha, na qual Rie é sugada para o espaço e desaparece, e a energia Birdonic atinge quatro pessoas ao acaso em Tóquio. A Comandante Odagiri e Ryu (que se tornou o Falcão Vermelho) têm de reunir as quatro pessoas atingidas e formar os novos Jetman antes que a ameaça ataque de novo. Acabam por descobrir que os outros quatro guerreiros são Kaori, o Cisne Branco (Rika Kishida), uma rica (e aparentemente mimada) herdeira de um império joalheiro; Raita, o Mocho Amarelo (Naruse Tomihisa), um ornitólogo pouco atlético; Ako, a Andorinha Azul (Sayuri Uchida), uma sonhadora estudante de liceu; e Gai, o Condor Negro (Toshihide Wakamtsu), um rapaz rebelde e insubordinado, mas de bom fundo. Inicialmente as coisas não correm bem pois Kaori, Raita e Ako não parecem reunir condições físicas para combater e Gai não está interessado em juntar-se ao grupo. Mas depressa os cinco, com os seus fatos especiais e os seus aviões-jactos de combates que formam o superguerreiro Jet Icarus, conseguem medir forças com os Byram, uma maléfica associação alienígena liderada por Radiguet, apoiado por Maria, Tran e Grey, que esteve por detrás do ataque à estação espacial. Os Byram têm a capacidade de criar monstros a partir de objectos comuns como anéis, cartas de jogar e até uma casa inteira.
Além das cenas de combate, a série também tinha o seu lado folhetinesco, pois gera-se um triângulo amoroso entre Ryu, Kaori e Gai, que se complica quando Ryu descobre que Maria é na verdade Rie, depois de ter sido capturada e sofrido uma lavagem cerebral, tornando-a maligna.  
Por motivos desconhecidos, os últimos capítulos não foram exibidos em Portugal. Segundo a Wikipedia, na recta final da série, os Jetman e o Byram juntam inesperadamente forças para derrotar a Imperatriz Juuza, Rie morre ao lutar com o seu alter-ego maligno, assim como Gai ao perseguir um ladrão que o fere de morte, e Ryu e Kaori acabam por se casar e ter um filho chamado Gai.

E eis o genérico ("Jetho, jetho, Jethoman!"):



Eu lembro-me de ver e gostar de ambas as séries e acho que cheguei a brincar aos Turbo Rangers no recreio da escola. Recordo-me também que um colega meu contou-me certa vez que tinha sonhado que ele era um dos Jetman e que eu era a Comandante Odagiri …mas em homem, obviamente! 


 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Capas TV Guia - Parte 5


Capas TV Guia - Parte 5 com os Nº 33 a 40.
Recorde as edições anteriores: Capas TV Guia - Parte 1, Capas TV Guia - Parte 2, Capas TV Guia - Parte 3, Capas TV Guia Parte 4.

"TV Guia Nº 33 - 21 a 27 Setembro 1979"

Em destaque na capa, a protagonista de "Dancin' Days", Sónia Braga, a eterna "Gabriela". "Disraeli" - subtitulo "Portrait Of A Romantic" [video] - mini-série britânica sobre o escandaloso primeiro ministro do século XIX, Benjamin Disraeli, interpretado por Ian McShane. Ainda uma menção a "Vida no Silêncio", "deficientes em questão", provavelmente uma reportagem ou documentário sobre portadores de deficiência.

"TV Guia Nº 34 - 28 Setembro a 04 Outubro 1979"
Em 1979, Ana Zanatti participou na mini-série "Mata e Esfola" da autoria da própria e Natália Correia. Declarou à TV Guia "naquilo que me deixam faço o melhor que posso e sei". Ainda na capa, chamada de atenção para a "entrevista ao cozinheiro"  Michel da Costa. Actualmente o Chef Michel é noticia por motivos não relacionados com os dotes culinários, achei engraçado aqui ser apresentado como "cozinheiro" e não "chef". Durante muito tempo pensei que Chef era uma evolução tipo Pokemon dos cozinheiros, mas parece que essas designações são assim um bocado para o arbitrário. Se estou errado, corrijam-me s.f.f..
"TV Guia Nº 35 - 05 a 11 Outubro 1979"
 Na foto principal, a conhecida Manuela Moura Guedes, um par de anos antes do seu sucesso musical "Foram Cardos Foram Prosas", mas foi em 1979 que lançou o seu primeiro single: "Conversa Fiada/O Que Pode Ser". A locutora da RTP, sobre a sua jovem carreira musical acrescentou: "cantar é apenas mais uma forma de realização". Na foto à esquerda, "A Vida de Paganini" (imagino que a mini-série italiana "Vita di Paganini" - composta de 4 episódios sobre o virtuoso violinista e compositor do séculos XVIII e XIX Niccolò Paganini [vídeo], com as interpretações de Tino Schirinzi, Margherita Guzzinati e Lorenza Guerrieri; anunciada como a "primeira série dramática na nova programação da RTP/1".No canto inferior direito, entrevista a Rui Unas com o "responsável pela Informação da RTP/2".
"TV Guia Nº 36 - 12 a 18 Outubro 1979"
O maior destaque na capa para a estreia - na programação de Outono da RTP-2 - da mini-série britânica "Lillie", de 1978, com um total de 13 episódios, ás segundas-feiras no horario das 22 horas. [vídeo do 1º episódio] E depois de 2 semanas a anúnciar a próxima novela brasileira, eis em "exclusivo" os resumos dos primeiros episódios de Dancin' Days, que estreou em 15 de Outubro, ás 20:30. Indicação ainda que ao centro de produção RTP Porto "arranca com gravações a cores"; e uma entrevista com a Presidente da Comissão da Condição Feminina.
"TV Guia Nº 37 - 20 a 26 Outubro 1979"
Nesta capa, grande enfâse para uma figura incontornável da Informação nacional, Joaquim Letria, que tendo regressado à RTP no ano anterior, entre 1978 e 1979 criou dois programas que aliavam o entretenimento à informação: "Directíssimo" e o "Tal & Qual". Este último, cancelado quando a RTP afastou Letria da direcção do canal, ressurgiu das cinzas em forma impressa, o semanário "Tal & Qual" (1980-2007). O nosso leitor Rui Craveiro recorda que o "programa foi também pioneiro em introduzir os famosos "apanhados" em Portugal". Uma das protagonistas da novela Dancin' Days, Sónia Braga, informa que "não tenho nada contra o erotismo". Nós também não!
"TV Guia Nº 38 - 27 Outubro a 1 Novembro 1979"
Helena Ramos, "uma locutora a tempo inteiro" é a figura que ilustra a capa da ultima semana de Outubro. Tal como eu, que sempre a recordo a apresentadora com outro visual, o Rui Craveiro diz que "quando eu vi a Helena Ramos neste look há algum tempo atrás em programas de memória televisiva, fiquei espantado - sempre a vi na minha infância como a apresentadora de cabelos loiros e lisos". Um cartoon de um televisor antropomórfico acompanhado pela misteriosa legenda: "A nova "estrela" do Lumiar", faz referência aos famosos Estúdios do Lumiar, utilizados para emissões da RTP durante 5 décadas.

"TV Guia Nº 39 - 03 a 09 Novembro 1979"
A ocupar o corpo da capa, homenagem ao eterno cowboy John Wayne, "um homem do cinema". A acompanhar o logótipo da novela "Dancin' Days", uma pequena foto da "Marisa" da dita novela, a jovem actriz Glória Pires, que "fala de si" à TV Guia. No canto inferior direito, Balanço do Mundial de Fórmula 1. O campeão desse ano foi o piloto Jody Scheckter.
"TV Guia Nº 40 - 10 a 16 Novembro 1979"
Em proeminência, acima da pergunta "O que é feito deles & delas?" uma foto da apresentadora Alice Cruz (1940-1994), que declarou à revista "aparecer ou não no écran é e sempre me foi indiferente".  Uma das caras mais conhecidas da TV nos anos 70 e 80, a apresentadora, locutora e directora da revista "Guia", faleceu tragicamente aos 54 anos, vítimada por um atropelamento.
No número 37 a capa da TV Guia dava noticia da estreia de "Tal & Qual", e neste número associa-se ao programa para sortear três convites para assistir ás gravações. Noticia ainda da "Oferta de 50 discos com músicas de Dancin' Days". A "trilha sonora" da novela incluia vários êxitos brasileiros e internacionais, veja a lista aqui. O tema de abertura era o homónimo "Dancin' Days", cantado pela banda "As Frenéticas", veja o videoclip aqui.
Mais capas da TV Guia, brevemente. De novo, obrigado ao leitor Miguel Meira, que gentilmente nos enviou o seu espólio de capas desta revista, e a todos os leitores que forneceram detalhes importantes sobre os assuntos em discussão!

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sábado, 6 de dezembro de 2014

Os Quatro (1982)


"As aventuras de 4 amigos que entusiasma toda a juventude! Relato apaixonante que prende a atenção até à última página." Foi graças ao anúncio seguinte que ouvi falar deste grupo "Os Quatro" ( bem anterior ao também quarteto aventureiro "O Bando dos Quatro")!

O nome do autor/a desde o primeiro momento soou-me a pseudónimo: Damyela Rioma
E ao contrário dos anteriores livros de aventura para jovens que tivemos na Enciclopédia (Os Cinco, Os Sete),  estes aparentam ser nacionais, visto que não é citado o nome do tradutor. E investigando um pouco mais, consegui confirmar que Damyela Rioma era o pseudónimo de Mário Martins de Almeida ("Rioma" = "Mario", "Damyela"="aleymad"="almeyda"="Almeida"). No entanto, apesar de os livros serem em português, não consegui apurar se eram no português de Portugal ou (pouco provavelmente) no português do Brasil.
Encontrei espalhados pela Internet algumas capas da colecção:
Clique sobre a imagem para a aumentar.

Pelos títulos dos livros, as temáticas do fantástico e sobrenatural parecem estar bem presentes, e  pelas capas o quarteto será constituido por três rapazes e uma rapariga (a não ser que outra rapariga seja a típica "Maria-rapaz" com penteado e roupas "pouco femininas"). Só tendo na mão algum dos exemplares poderia adiantar mais informação sobre os personagens e conteúdos desta colecção da Agência Portuguesa de Revistas. Se alguém leitor souber mais detalhes, partilhe connosco!

A lista de título publicados à altura, vendidos a 40$00 cada. Além dos 4 primeiros números citados nesta revista, muitos mais foram publicados posteriormente:
  1. Os Quatro na Montanha Mágica
  2. Os Quatro na Casa Assombrada
  3. Os Quatro na Ilha de "Mister" John 
  4. Os Quatro na Neve
  5. Os Quatro, cinco cavaleiros para seis cavalos
  6. Os Quatro - A gruta não estava à vista
  7. Os Quatro na ribeira dos cabris
  8. Os Quatro na barra funda
  9. Os Quatro na  aldeia das latas
  10. Os Quatro na vila romana
  11. Os Quatro na nobilíssima comunidade
  12. Os Quatro - Naúfragos à Força
  13. Os Quatro na rota dos leões
  14. Os Quatro na rota dos elefantes
  15. Os Quatro na "festa dos loucos"
  16. Os Quatro "Abéis" no Rio Caim
  17. Os Quatro - O fabuloso "Dr. Cruz Quebrada"
  18. Os Quatro Lobos de Cabeça Bruxa
  19. Os Quatro salvaram "Pobre de Jó"
  20. Os Quatro - Zé do Telhado era "morcego"
  21. Os Quatro - A Ninfa fazia escravos
  22. Os Quatro na Mesa do Diabo       
  23. Bem escondida a cimitarra de Boabdil (vol 1)
  24. Bem escondida a cimitarra de Boabdil (vol 2)           
Na imagem seguinte, a capa do livro nº 4, "Os Quatro na Neve":
Pelo título, podia ser apenas umas inocentes férias na Serra da Estrela, mas sendo o género de literatura que é, temos que assumir que aventuras e mistérios vão abundar.
Não consegui descobrir onome do ou dos ilustradores da série, mas algumas das capas imediatamente me remeteram para clássicos estrangeiros da aventura juvenil. Por exemplo:
A capa de "Os Quatro na mesa do Diabo" comparados com "A Aventura no Vale" e "..na Montanha", ilustrados por Stuart Tresilian.

Anúncio retirado da revista "Flecha de Prata" Nº 63 (de 1982). Imagens editadas por Enciclopédia de Cromos. Créditos ao uploader original.

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O Gato das Botas (1992)


Mesmo sendo na infância e juventude um consumidor ávido de desenhos animados, esta série animada japonesa "O Gato das Botas" é das tais que não despertam qualquer recordação.

O link para o genérico inicial, que passou entre nós com a típica canção de anime - não traduzida - foi enviado pelo leitor David Lamy; e segundo informação do uploader do vídeo foi exibido na RTP  no ínicio dos anos 90.

O genérico:


O anime tinha o curto título original de "Fantasy Adventure: Nagagutsu wo Haita Neko no Bouken" e foi exibido no Japão em 1992. Em Portugal - segundo a Wikipédia - passou em 1993, primeiro no RTP-1/ Canal-1 e depois na RTP-2 (na altura TV2 como podem ver pelo logotipo no canto superior esquerdo).
O Gato das Botas é o famoso personagem criado pelo autor francês Charles Perrault para o conto de fadas incluido em "Contos da Mãe Ganso" ("Les contes de ma mère l'Oye"- 1697). Mas o anime, expande a história original do rapaz que herdou de seu pai apenas um gato falante com fetiche por botas, e que através de uma série de ardiz consegue fortuna e uma princesa para o dono.

Na série, a acção decorre em várias partes do Mundo, com o gato - de  nome Serafim ( voz de Jorge Sequerra) - das botas mágicas, o seu dono João (Teresa Sobral) e o rato Pedrinho (Alexandra Sedas) a intervirem em famosos contos dos Irmãos Grimm (Branca de Neve, João e Maria), de Hans Christian Andersen (A Pequena Sereia, A Menina dos Fósforos), d' As Mil e uma Noites (Aladino, Ali Babá e os quarenta ladrões) e até de autores como Mark Twain, Cervantes, Dumas ou Bram Stoker!
Saiba mais: "Wikipédia - O Gato das Botas - Episódios".
O seguinte vídeo faz um bom apanhado dos episódios:


A acompanhar os 26 episódios, o tema de abertura "8 Beat no Etude (8ビートのエチュード)" pela cantora e actriz Mika Chiba, que também cantou o genérico final: "Heart to Heart".





Pedrinho e Serafim

João e a Princesa Sara


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Pulgas Na Cama e Traga-Bolas

por Paulo Neto

No ano passado, eu falei num dos jogos mais míticos de quem cresceu nos anos 80 e 90, o "Quem é Quem?". Mas nesse período, havia dois jogos igualmente míticos (e também ambos da MB) que todos nós secretamente esperávamos receber a cada Natal pois não só a dinâmica desses jogos era por si só extremamente apelativa, como cada um deles vinha acompanhado de um anúncio publicitário de antologia que era exibido ad infinitum na televisão a cada quadra natalícia, sobretudo nos intervalos dos espaços infantis da RTP ao fim de semana. Mas ao contrário do "Quem é Quem", do qual acabei por adquirir a versão miniatura e que cheguei a jogar a versão original com amigos, não só eu nunca tive nenhum destes jogos como eu nunca joguei.

O primeiro a ser avistado nas montras das lojas e o seu anúncio na televisão (creio que em 1987) fazia do que na vida real seria uma situação nada agradável em algo completamente frenético e hilariante. O seu nome: "Pulgas Na Cama"!









Aposto que descobriram que ainda sabiam de cor a ladainha do anúncio declamada efusivamente pelo actor Canto e Castro: "Vem a pulga, morde a pulga, não há cama para ninguém! Salta a pulga, foge a pulga, anda caçá-la também!" e que ainda têm bem presente certas imagens do anúncio como a do senhor aflito com tanta pulga na sua cama que até a levam para fora do quarto e a dos miúdos do anúncio a fazerem caretas sempre que apanhavam uma pulga.

De nome original "Bed Buggs", o jogo consistia em apanhar com pinças uma quantidade de pulgas coloridas em cima de um aparelho com a forma de uma cama que emitia vibrações que faziam mexer as pulgas. Segundo a narração do anúncio, cada jogador só podia apanhar as pulgas de uma determinada cor previamente combinada. Apesar da premissa algo estapafúrdia, sem dúvida que "Pulgas na Cama" parecia ser um jogo bastante animado e apetecível para gente de várias idades. Consigo imaginar uma família a jogar a este jogo num serão e rapidamente a competição tornar-se desenfreada entre pais e filhos de pinça na mão.

Eu estou em crer que o outro jogo surgiu em Portugal no ano seguinte àquele em que apareceu o "Pulgas Na Cama" (fosse lá ele qual fosse). O seu nome original é "Hungry Hungry Hippos" mas cá no burgo é conhecido como "Traga-Bolas"!


E cantemos agora todos:

Traga, traga-bolas, hipopótamos comilões
Tens vontade de jogar as bolas
Vais agarrar e papar com o hipopótamo!
Traga. traga-bolas...



Além do jingle, no anúncio há ainda para recordar a mini-animação e o slogan "o jogo onde ganha quem mais bolas papa". Tal como o "Pulgas na Cama", era um jogo com uma premissa chanfrada mas que oferecia muita acção e emoção. Cada jogar manipulava uma alavanca que fazia uma cabeça de hipopótamo colorida abrir para "comer" as diversas bolinhas brancas. Também "Traga-Bolas" prometia muita diversão e competição desenfreada entre os membros da família, cada um na ânsia que fosse o seu hipopótamos aquele mais deglutia mais bolas brancas.

E já agora, recordo-me também deste jogo, não tão conhecido como o "Traga-Bolas" ou o "Pulgas Na Cama", mas que lembro de também ter desejado como prenda no Natal de 1991. Nunca soube ao certo como é que se jogava ao "Pop Ball" mas parecia ser tão colorido e dinâmico como os outros e tinha também um anúncio de encher o olho, e isso eram motivos suficientes para atiçar a minha cobiça.



    

     


 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Publicidade Sumol - Parte 1 (1965 - 1996)


Depois dos míticos anúncios da Sumol com os cães chamado Alex e do "Stôra, como se diz Sumol em inglês?", a Enciclopédia de Cromos olha novamente à publicidade televisiva deste refrigerante:



Um cão é um cão (1965)



Afinal a dupla Sumol/canídeos já vem de longe, como demonstra este anúncio dos anos 60, o primeiro com o slogan "Um cão é um cão. Sumol é aquilo que os outros não são"
Na Wikipédia é alegado que a "Sumol foi a primeira bebida não alcoólica portuguesa a adotar uma estratégia de marketing moderna. Numa época em que apenas se fazia propaganda em jornais, letreiros ou nos toldos dos locais de venda, a Sumol espalhou cartazes com slogans por todo o país e em 1965 lança um anúncio de televisão que se mostra diferenciador", que podem ver no vídeo acima.

Sumol é outra música (1969)


Música é o tema deste reclame que alterna imagem real com animação. O tema em questão é daqueles clássicos famosos que de momento de escapa...

A Fruta de todo o Ano (1976)

Literalmente a brincar aos médicos, o menino doutor faz o diagnóstico e a menina enfermeira administra o tratamento. Afinal a cura de todos os males da petizada já foi descoberta hà decadas: Sumol de maçã e de laranja. Indicado no tratamento de falta de vitamina C e sede crónica.

Deputados Sumol / Peço Sumol (1978)

Herman José preside á sessão do Parlamento mais jovem e provavelmente menos corrupto da história, apesar de ser visível algúm lobby da marca Sumol. Segundo a Wikipédia a primeira vez que foi escolhida "uma figura mediática para a apresentação da marca".


Sumol é aquilo que os outros não são (1983)

Anterior ao referido "Stôra...", o foco ainda é um publico mais infantil, mas já se insinua que o consumo de Sumol pode aumentar as possibilidades de sucesso com o sexo oposto. "Sumol é mais gostoso" diz a menina para a câmara, antes de piscar o olho. Imagino as torrentes de míudos a correrem ás lojas para comprar as garrafinhas para levar ás amiguinhas. Ou pelo menos foi o que imaginou a equipa de marketing.

Sumol (1986)

Actualização: O Paulo Neto descobriu recentemente no baú da LusitaniaTV esta preciosidade do final dos anos 80:

Sinal Verde para ti (1991)

No inicio dos anos 90, um anúncio em estilo mais "moderno", em sintonia com a juventude da altura. Para mim, o ponto alto é uma velhota a abanar a cabeça [aos 0:57] em desaprovação da 'improvisada' Miss T-Shirt molhada e pelos jovens que se divertem com garrafas e latas de Sumol na mão. Alías, parece-me que este reclame em particular antecipa a futura praga de anúncios longos com estilo documental muito usado para publicitar cervejas, sem diálogos, ao som de uma música a acompanhar supostas cenas de diversão quotidiana, com a bebida ominpresente, é claro.


Pinta a tua lata (1996)

Um anúncio mais curto, a veícular a promoção "Pinta a tua lata", do meio dos anos 90. General D, Bárbara Elias, Marcos Anastácio, Carla Sacramento, Dominguez, as diversas celebridades nacionais da música, moda e desporto que inspiraram as diferentes ilustrações das latas de Sumol.

O canal oficial Sumol no Youtube, tem outros anúncios mais recentes, incluindo alguns mesmo do finalzinho dos anos 90, mas esses, são outra história ;)

Vale ainda relembrar este anúncio do Sumol no Natal de 1987, que o Paulo Neto já explicou aqui.

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Susy (1982)


Esta "nova colecção juvenil da Editorial Notícias a sair em breve!" - em 182 - tinha o nome geral "Susy", e consistia originalmente em 20 livros para a juventude, escritos por Gretha Stevns, o pseudónimo feminino do autor dinamarquês Daniel Jacob Eilif Mortensen. Publicados na Dinamarca entre 1943 e 1964. O tema da colecção são as aventuras vividas pela jovem ruiva Susy, impaciente mas desejosa de ajudar. Em Portugal, os títulos editados provavelmente foram traduzidos das edições francesas (1957-1977. Aliás, a Wiki em francês tem bastante informação sobre a colecção: "Susy - romans" (e menciona igualmetne uma colecção de banda desenhada da personagem).  O mesmo autor também é o responsável pelos livros de aventura e mistério "Carlota" ("Pernille" 1949-1957).


Graças aos sites "Alfarrabista" e "Good Reads", temos mais informação sobre as edições portuguesas, que possuem títulos auto-explicativos:
  1.  "Susy prepara uma surpresa"
  2. "Susy salva a vida de Tânia"
  3. "Susy e o fantasma da floresta"
  4. "Susy no colégio interno"
  5. "Susy e os ladrões"
  6. "Susy Detective"
  7. "Susy e a filho do pescador"
  8. "Susy e os rapazes das motorizadas"
  9. "Susy na pista dos ladrões"
  10. "Susy e o fugitivo da floresta"
  11. "Susy e o roubo no castelo"
  12. "Susy faz das suas"
  13. "Susy em aventuras na neve"
  14. "Susy e os caçadores"
  15. "Susy e Sónia"
  16. "Susy e os ciganos"
  17. "Susy está em forma"
  18. "Susy em perigo"

Capas de frente e verso do nº 6 "Susy Detective", encontradas na Internet:

Não me recordo de alguma vez ter lido desta colecção, mas creio já ter visto algumas das capas em feiras de velharias. E os nossos leitores, fãs?

Anúncios retirado das revistas "Sport Billy" Nº 9 e 7 (de 1982). Imagens editadas por Enciclopédia de Cromos. Créditos ao uploader original.

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