Confesso que nunca fui grande apreciador de Sumol. Embora apreciasse várias bebidas gaseificadas em petiz (não tanto agora) como as colas (nunca tomei partido na rivalidade Coca-Cola/Pepsi), as bebidas de lima-limão (idem aspas Sprite/7Up) e até mesmo a gasosa Rical, quanto a sumos de fruta sempre preferi aqueles sem gás como TriNaranjus ou Sucol aos gaseificados como Sumol e Frisumo. No entanto, a Sumol é daquelas marcas que fazem parte do nosso crescimento, quer pelo consumo propriamente dito. quer pelas várias campanhas de publicidade que apareciam na televisão ao longo dos anos. Já falei aqui em como a minha mãe reparou num doppelganger meu num anúncio da Sumol no Natal de 1987 e o David já relembrou o magnífico brinquedo que podíamos adquirir com três caricas de Sumol e cinquenta escudos.
Já nos anos 90, os dois anúncios mais marcantes da marca dessa década tinham como protagonistas dois cães, ambos chamados Alex.
O primeiro era de 1993 e era um de uma série de anúncios protagonizados pelo mesmo actor (cujo nome não me recordo). Lembro-me que no primeiro deles, o actor fazia de conta que estava a fazer surf mas no fim vinha-se a saber que estava num cenário com uma prancha de surf suspensa. Mas o mais lendário dos anúncios dessa campanha foi sem dúvida aquele em que o actor apresenta um cão chamado Alex que ficava num pé de vento diante da simples visão de latas de Sumol. Porém, o clímax surgia no final quando o actor perguntava-lhe "Certo, Alex?" para depois se ouvir um "Certo!" supostamente vindo da boca do canídeo. Devido a esse anúncio, os rapazes de nome Alexandre decerto tiveram que aturar centenas de vezes gente que lhes vinha dizer: "Certo, Alex?"
Quatro anos, foi a vez de outro cão chamado Alex protagonizar outro anúncio. Na praia, depois de um rapaz (um então desconhecido Diogo Morgado) atirar um pau para que o cão dele o possa trazer de volta, o outro rapaz mostra uma lata de Sumol ao seu próprio cão e diz-lhe: "Alex, busca!" Então o animal lança-se num percurso desenfreado de regressa a casa do rapaz, apanhando diversos transportes públicos no caminho, regressando à praia com duas latas de Sumol só para que o dono lhe aponte uma máquina onde se vendem latas do dita bebida, deixando o pobre Alex desmaiado com o choque e o esforço.
E uma vez mais, os Alexandres da altura foram forçados a ouvir "Alex, busca!" milhentas vezes.
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