13 de Setembro de 1999. Nesse passado recente, uma explosão nuclear de proporções gigantescas arrancou a Lua da sua órbita em redor da Terra. Na sua superfície, a Base Lunar Alpha e os seus habitantes tentam sobreviver aos perigos do espaço desconhecido. É essa a premissa de "Space: 1999", "Espaço: 1999" entre nós.
Cronologicamente entre os colossos "Star Trek" e "Star Wars", este clássico britânico e italiano (produção ITC e RAI) ainda hoje tem uma legião de fãs. Estreou originalmente no dia 4 de Setembro de 1975, e o ultimo dos seus 48 episódios foi lançado a 5 de Novembro de 1977. Duas temporadas bastante distintas, a segunda já sem a RAI a bordo. A encabeçar o elenco, um casal (na vida real) de norte-americanos já famosos através da "Missão: Impossível" original: Martin Landau ("Ed Wood", "Ficheiros Secretos") e Barbara Bain ("Missão: Impossível"), como "John Koenig" e "Helena Russel", respectivamente o líder da base lunar Alpha e a líder da secção médica.
Lembro-me de ver a cores, não tenho idade para ter assistido ainda em preto e branco nos ecrãs nacionais, nos Sábados à tarde. A data de estreia que encontrei no guia de TV do Diário de Lisboa - 9 de Outubro de 1976 - apresenta um conflito com dados da própria RTP: 16 de Outubro de 1976.
Na secção dedicada à emissão portuguesa da série, no site "Space 1999 Catacombs", Paulo Morgado recorda que "Espaço: 1999" foi a segunda série de ficção cientifica exibida no nosso país, depois de "Gente do Amanhã" ("The Tomorrow People"). E, sim, "Star Trek" (O Caminho das Estrelas) só chegou à TV portuguesa depois de "Espaço: 1999", mais concretamente em 3 de Fevereiro de 1978.
Regressando à série britânica, o que recordo melhor, é a Maya (a bond girl Catherine Schell) - não a abelha nem a bruxa - e as suas transformações, na segunda temporada que consta é mais fraquinha e que chegou aos ecrãs da RTP no dia 6 de Agosto de 1977, com o episódio "Metamorfoses".
Regressou em repetição aos televisores nacionais em 12 de Março de 1983 para substituir "Galáctica".
Apanhei alguns episódios na RTP Memória, mas confesso que o ritmo arrastado me fez começar a ouvir o tema do Vitinho... está na hora da caminha, vamos lá dormir... Espero brevemente dar-lhe nova chance. Todo o visual e design da série é fenomenal, boa parte criado para a segunda temporada - nunca materializada - de "UFO" e fortemente inspirado por "2001: Odisseia no Espaço".
O design icónico dos uniformes dos habitantes da Base Alfa foi concebido pelo estilista austríaco Rudy Gernreich, o criador do monoquini.
A banda sonora, principalmente o endiabrado tema de abertura da primeira temporada (Barry Gray, o responsável por musicar quase todas as séries produzidas por Gerry Anderson) é um clássico da ficção cientifica.
Genérico de abertura de "Space: 1999", Temporada 1:
Genérico de abertura de "Space: 1999", Temporada 2:
Como prova do sucesso entre nós, recordo que em Sines durante muito tempo miúdos e graúdos puderam desfrutar de uma "réplica" de grande dimensão de uma das famosas e icónicas naves espaciais "Eagle" (Águia), primeiro num desfile de Carnaval e depois como atracção no parque infantil (foto acima), até à sua "reforma" no inicio do século XXI, conforme relatado no blog "Cabo de Sines":
Em termos de merchandising, além da obrigatória colecção de cromos da APR, os habitantes da Base Lunar Alpha viveram aventuras na banda desenhada na revista "TV Júnior". E só bem mais tarde vieram as edições dos episódios em DVD.
Além das "Catacombs" aconselho a visita ao site "Espaço: 1999 em Portugal" em todo o seu glorioso visual de... 1999.
Fonte: "Diário de Lisboa" 23/10/1976 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 05/03/1977 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 19/03/1977 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 17/09/1977 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 24/09/1977 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 03/12/1977 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 17/12/1977 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 12/03/1983 |
Fonte: "Diário de Lisboa" 16/04/1983 |
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A primeira temporada é ótima, principalmente tendo em conta que se trata de uma série de TV do início da década de 70. Quanto aos episódios serem demasiado lentos discordo completamente, mas isso é obviamente algo subjetivo. Já a segunda temporada é miseravelmente má, em todos os sentidos, tendo sido produzida pelo famigerado Fred Freiberger, que também tinha sido o produtor da terceira e última temporada de Star Trek. De vez em quando revisito a primeira temporada em bluray, mas dispenso totalmente a segunda.
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