Com o sucesso de "Todo O Tempo Do Mundo", "Jardins Proibidos" e sobretudo "Olhos De Água", em 2001 as telenovelas portuguesas emitidas pela TVI tinham finalmente destronado o longo reinado das telenovelas brasileiras da Globo no pináculo das audiências. Percebendo que aí havia um filão a expandir, a TVI apostou em grande para a rentrée de 2001 e no dia 3 de Setembro desse ano fez estrear três novas telenovelas portuguesas, "Anjo Selvagem" para o horário do fim da tarde e "Filha Do Mar" e "Nunca Digas Adeus" para o horário nobre onde também se encaixaria a terceira edição do Big Brother. Ao contrário das outras duas, que eram adaptações de duas telenovelas latino-americanas ("Anjo Selvagem" da argentina "Muñeca Brava", "Nunca Digas Adeus" da mexicana "Mirada de Mujer", que por sua vez era uma adaptação de um original colombiano), "Filha Do Mar" era uma trama original de Manuel Arouca, o mesmo autor de "Jardins Proibidos", em parceria com Tomás Múrias.
O paralelismo com "Jardins Proibidos" também se verificou em muitos actores do elenco também entrarem nesta telenovela e que a protagonista juvenil foi seleccionada através de um casting promovido pela TVI entre centenas de candidatas.
"Filha Do Mar" foi exibida em 169 episódios entre 3 de Setembro de 2001 e 12 de Abril de 2002, tendo desde então sido reposta algumas vezes quer na TVI Ficção, quer nas madrugadas da TVI generalista e pôs em evidência duas regiões emblemáticas do nosso país: os Açores e o Ribatejo.
Salvador e Marta
Em 1991, Salvador Valadas (Marcantónio Del Carlo), oriundo de uma abastada família ribatejana, decide fazer uma viagem de veleiro em travessia do Atlântico com os seus amigos Guilherme (José Neves) e António Augusto, mais conhecido por Tutas (José Meireles). Chegados à ilha do Faial, Tutas entra em coma alcoólico e é socorrido por Marta Barquinho (Dalila Carmo), uma jovem médica natural da ilha. A partir desse momento, Salvador e Marta apaixonam-se loucamente um pelo outro e o que era apenas para ser uma curta estadia de poucos dias nos Açores acaba por se prolongar por um mês. Quando por fim, Salvador e os amigos partem, ele e Marta trocam promessas de amor e casamento.
Maria e Marta
Guilherme e Tutas
Mas é então que Guilherme se revela um amigo da onça. Com olho nas terras da família de Salvador, em especial a valiosa herdade A Lusitana, ele pretendia apresentar-lhe Sofia (Fernanda Serrano), uma gestora financeira recém-formada e que serve os seus interesses, em Nova Iorque e o amor que nasceu entre Salvador e Marta empecilhou-lhe os planos. Guilherme também controla Tutas ao instigar-lhe o trauma de uma suposta impotência sexual que o levou ao alcoolismo. Quando Salvador confia a Guilherme e Tutas uma carta e um anel para entregar a Marta, o veterinário decide mentir e dizer à jovem que Salvador morreu. Marta fica em choque, até porque está grávida de Salvador e pensa em se suicidar, mas acaba por decidir ter o bebé, dando à luz uma menina chamada Maria (Diana Marquês Guerra), a quem dirá que é filha do mar.
Dez anos depois em 2001, após a morte do seu pai Augusto (José Martins), Marta decide deixar os Açores com Maria e as duas partem para Santarém, onde Marta conseguiu uma colocação. Numa vila do concelho, alugam casa a Francisca Nogueira (Noémia Costa), conhecida como Chica dos Provérbios, que tal como Marta criou sozinha a sua filha Diana (Vera Kolodzig). Na escola, Maria faz logo amizade com Tomás (Luís Simões) e será através dele que Marta descobrirá a verdade, já que o petiz é filho de Salvador, que afinal estava vivo.
Diana
Chica
Tomás e Sofia
Convencido por Guilherme que Marta rejeitara o anel, Salvador acabou por se casar com Sofia que, independentemente dos ardis de Guilherme, se apaixonou verdadeiramente pelo marido. Embora não tenham tido um casamento infeliz, Salvador e Sofia vivem um momento tenso na relação já que ela tem se dedicado demais ao trabalho, descurando o marido e o filho.
Eduardo
Augusta
Alberto
Salvador é filho de Alberto Valadas (Luís Alberto), o dono da próspera herdade Lusitana, e de Augusta (Irene Cruz), que renega as suas origens humildes e é a prova do ditado "nunca sirvas a quem já serviu", tais as suas nova-riquices. Tem ainda dois irmãos, Eduardo (Rogério Jacques), com quem sempre teve um relacionamento tenso e Constança (Daniela Ruah), ainda adolescente. Salvador também é muito próximo da sua tia Concha (Lurdes Norberto), a quem o conservadorismo da família cortou o seu sonho de se tornar artista, tendo buscado conforto na academia de dança que fundou na zona e que é frequentada pelos jovens locais, como Diana e Constança.
Inevitavelmente Marta e Salvador acabam por se encontrar e apesar dos ressentimentos, a paixão entre ambos, que acreditavam extinta, renasce mais forte do que nunca. Mas não só Guilherme semeia mais mentiras e mal-entendidos como Sofia está disposta a tudo para lutar pelo marido. Com tudo isso, Marta acaba por desanimar e ceder às atenções de Eduardo que se apaixona por ela, criando ainda mais conflito entre os dois irmãos.
Constança e Manel do Coice
Outra história de amor proibido é aquela vivida por Constança e o jovem campino Manel do Coice (Hugo Sequeira). Os pais da jovem opõem-se ao romance aparentemente devido às diferenças sociais, mas existe um motivo é outro: Manel é filho ilegítimo de Alberto, perfilhado pelo seu braço direito Zé do Coice (José Eduardo). Mas mais tarde, vem-se a saber que Constança é na verdade filha de Eduardo com Fernanda (Ana Nave), uma paixão antiga. Só que esta tem um segredo: na verdade o pai da sua filha é Guilherme, com quem se envolveu no passado.
Entretanto Tutas, arrependido por ter contribuído para separar Salvador e Marta e descobrindo que nunca foi impotente, revolta-se contra as intrigas de Guilherme e expõe todas as mentiras e esquemas do veterinário. Guilherme vem também a perder o emprego quando Tomé Vieira (Almeno Gonçalves), o outro veterinário local que tinha sido desacreditado por Guilherme, salva o valioso cavalo Lafões. Rejeitado por todos, Guilherme acaba por morrer num acidente de automóvel. Depois de esclarecida a verdade, Marta e Salvador ficam livres para amar mas surge mais um obstáculo: Sofia espera um segundo filho do marido numa gravidez de alto risco.
Tomé
Migalhas
Ângela
Entre outras personagens, destaque para: Cajó Antunes (Luís Aleluia), o dono do restaurante local, conhecido como o Migalhas por ser obcecado em limpar as migalhas deixadas pelos clientes; Leonel Espiga (Eurico Lopes), o empregado engatatão da academia de dança; Samuel (Gonçalo Neto), um colega de Diana secretamente apaixonado por ela; e Ângela (Maya Booth), a amiga geek de Constança e Diana que disputa as atenções de Bernardo (Nuno Aramac), um garboso empregado da Lusitana, com a presunçosa Mariana (Inês Castel-Branco). O elenco da telenovela contou ainda com nomes como Fernando Ferrão, Rosa Villa, Natalina José, Licínio França, Manuela Cassola e uma participação especial de Ruy de Carvalho.
"Filha Do Mar" teve a particularidade de ter sido o público a escolher o final da novela entre os três que foram gravados: no primeiro, Marta ficava com Salvador e os dois criavam o filho de Sofia, que morre ao dar à luz; no segundo, Marta escolhia ficar com Eduardo e Salvador reconstruía a vida familiar com Sofia e os dois filhos; no terceiro, Marta voltava aos Açores com Maria. O primeiro final, que era também aquele que o autor queria, venceu esmagadoramente.
O autor editou também uma novelização da telenovela em livro (com apenas a trama principal), algo raro na teledramturgia portuguesa. Tanto quanto sei as outras telenovelas nacionais com uma respectiva novelização foram "O Olhar da Serpente" e "Filhos Do Vento".
Na banda sonora, de onde destacaram-se o tema do genérico "Que É De Ti", interpretado por Dina e "Não Há" de João Pedro Pais (que mais tarde serviria como tema de genérico e inspiração para o título da telenovela "Ninguém Como Tu"). Tal como acontecera com Vera Kolodzig em "Jardins Proibidos", Diana Marquês Guerra foi escolhida para a jovem protagonista da telenovela através de um casting aberto promovido pela TVI, voltando à representação já adulta em trabalhos como a série "Os Filhos Do Rock", as telenovelas "O Sábio" e "Alma E Coração" e o filme "Leviano".
Com "Anjo Selvagem" inicialmente pensada para os fins da tarde e "Nunca Digas Adeus" a abordar alguns temas fortes, "Filha Do Mar" era tida entre as três novas telenovelas como a maior aposta para continuar o sucesso de "Olhos de Água". Porém, foi um pouco eclipsada pelo sucesso inesperado (e julgo eu extrapolado) de "Anjo Selvagem" que passou também para o horário nobre, mas pelo que me lembro acho que "Filha Do Mar" era a melhor telenovela de entre as três.
Genérico:
Promo ao último episódio:
"Filha Do Mar" está disponível para visualização na TVI Player.
Hoje consagramos um segundo artigo para recordar êxitos do eurodance. Depois de no primeiro artigo termos analisado quatro temas de 1994, hoje vamos viajar por diferentes anos para recordar mais quatro canções que dançámos nos anos 90, fosse na discoteca, em festas em casa de amigos ou nos nossos quartos.
"It's My Life" Dr. Alban (1992)
E começamos com aquele que é um dos meus temas de eurodance preferidos de sempre. Reza a lenda que o nigeriano Alban Uzoma Nwapa teve a oportunidade de estudar medicina dentária na Suécia (daí que ele seja de facto um doutor). Para financiar os estudos e depois a sua clínica, foi fazendo alguns trabalhos como DJ e pelo meio, ia fazendo alguns improvisos de rap. Em 1990, um encontro com o produtor Denniz Pop levou-o um contrato discográfico e nesse ano lançou o seu primeiro álbum "Hello Afrika", cuja faixa-título conheceu algum êxito nos tops Europeus.
O segundo álbum "One Love", editado em 1992 teve ainda mais sucesso devido a temas como "Sing Hallelujah" e sobretudo "It's My Life". Este acabou por se tornar a canção mais emblemática de Dr. Alban, com a sua atmosfera algo dark das partes do rap a darem largas ao triunfante refrão de sing-along, para além da letra dedicada a todos aqueles que metem sempre o bedelho onde não são chamados e que dão opiniões que ninguém pediu. O sucesso de "It's My Life" nos tops europeus prolongou-se até bem dentro de 1993 devido ao seu uso num anúncio ao Tampax.
Em 2014, Dr. Alban colaborou com o cantor marroquino Chawki para uma nova versão, produzida pelo conhecido produtor sueco RedOne.
"Another Night" (MC Sar &) The Real McCoy (1993)
Como em muitos projectos de eurodance, também neste caso o que parecia não era bem assim. The Real McCoy era inicialmente um projecto dos produtores alemães Frank Hassas e Juergen Wind que obteve algum sucesso na Alemanha com versões de temas dos Technotronic como "Pump Up The Jam" e "It's On You". Já o MC Sar era basicamente fictício. No início esse papel foi atribuído ao francês George Mario, que fazia playback das partes de rap interpretado por Olaf Jeglitza, com Patsy Petersen como vocalista feminina. Mas chegados a 1993 e o lançamento de "Another Night", os papéis inverteram-se: Jeglitza passou a dar a cara pelo projecto sob o nome de O-Jay enquanto Petersen passou a fazer playback, já que a vocalista recrutada para a gravação da faixa foi Karin Kasar. Mas como esta alegadamente não tinha interesse em fazer promoções e contentava-se em ser cantora de estúdio, Patsy Petersen permaneceu no projecto para os videoclips e actuações ao vivo.
Versão europeia (1993)
Versão americana (1994)
A primeira edição "Another Night" de 1993 fez algum sucesso na Alemanha e quando o tema começou a alcançar alguma notoriedade no Canadá, chamou a atenção de Clive Davis, o célebre dono da editora Arista, que à semelhança do que fez com os Ace Of Base, ofereceu ao colectivo um contrato discográfico e grandes veículos para promover a música na América. Uma nova versão foi editada em 1994, conhecendo um êxito global, chegando mesmo ao n.º 1 do top na Austrália.
O projecto, que entretanto fez cair o MC Sar da sua denominação, somou mais alguns hit singles em 1995 com "Run Away", "Love & Devotion", "Come And Get Your Love" e "Automatic Lover", se bem que as coisas ficaram ainda mais confusas em termos das caras de projecto, pois embora Karin Kasar continuasse a ser a vocalista feminina desses temas, além de Olaf Jeglitza e Patsy Petersen, também Vanessa Mason surgiu como uma terceira cara do projecto, o que resultou na bizarria de de haver duas mulheres a fazer playback nos videoclips e actuações televisivas, quando era claro que só havia uma voz feminina...que não era de nenhuma delas. (Aparentemente Vanessa Mason foi recrutada por ter uma voz mais parecida com a de Karin Kasar para as actuações ao vivo.)
Depois do fracasso do segundo álbum e respectivos singles e de uma tentativa de reciclagem do projecto com novas caras, Olaf Jeglitza adquiriu os direitos ao nome de The Real McCoy e passou a actuar sob esse nome. Em 2006, colaborou com o grupo polaco Ich Troje para a canção que representou a Polónia no Festival da Eurovisão desse ano. E desde 2016 que Jeglitza e Karin Kasar têm actuado juntos como The Real McCoy e afirmaram que estiveram em estúdio para gravar mais material novo.
"Max Don't Have Sex With Your Ex" E-Rotic (1995)
Também vindo da Alemanha, este projecto de euro-dance fez-se notar por um elemento muito particular: referências sexuais nos títulos e nas letras (daí o nome). Com o produtor David Brandes ao leme da produção, as caras iniciais do projecto eram a cantora Liane "Lyane Leigh" Hegmann e o rapper Richard "Raz-Ma-Taz" Smith. O primeiro single dos E-Rotic foi "Max Don't Have Sex With You Ex", com Smith a fazer o papel do titular Max que, apesar da fogosidade da companheira actual, sente-se muito tentado em fazer revisão de matéria dada com a ex, ao que Leigh responde, pedindo encarecidamente para que ele não ceda à tentação. Pelo meio existe ainda espaço para uns gemidos profundos de Leigh (o que leva a pensar que este diálogo está a ocorrer na cama).
O single seguinte "Fred Come To Bed" era uma sequela, em que a namorada do Max decide vingar-se do pulo de cerca do amante com o amigo dele Fred. Seguiu-se depois o álbum "Sex Affairs" e mais singles como "Sex On The Phone", "Billy Use A Willy" e "Fritz Love My Titz". Mais tarde veio-se a saber que a voz do rap de "Max..." não era de Richard Smith, mas sim Marcus "Deon Blue" Thomas.
Embora Lyane Leigh continuasse a ser a voz em estúdio, a partir do segundo álbum, esta e Smith foram substituídos por outros como as caras do projecto. Entre os discos subsequentes, destaque para um álbum com músicas dos ABBA de 1997. Em 2000, os E-Rotic participaram na pré-selecção da Alemanha para o Festival da Eurovisão desse ano com "Queen Of Light", ficando em sexto lugar.
Desde 2014, Lyane Leigh tem actuado sob o nome de E-Rotic acompanhada ora por Stephen Appleton ora por James Allan.
"Captain Jack" Captain Jack (1995)
Este projecto também era da Alemanha e tal como os E-Rotic se destacaram pela temática sexual, os Captain Jack iam pela vertente militar.
Um primeiro tema "Dam Dam Dam" passou despercebido, mas o single seguinte do projecto, a faixa homónima, gerou mais atenção pelos seus cantos militares combinadas com a batida dance e, vá-se lá saber porquê um solo de guitarra de flamenco. "Captain Jack" foi um hit europeu, chegando ao n.º 1 do top na Holanda e na Hungria. As caras do projecto (e desta vez, parece que também eram mesmo as vozes) eram Franky Gee (um cubano-americano nascido com o nome de Francisco Gutierrez) no papel da personagem Captain Jack e a vocalista feminina Liza Da Costa.
O primeiro álbum "The Mission" foi editado em 1996 e continha mais hits como "Soldier Soldier" e "Drill Instructor", e colaboraram no disco de tributo aos Queen por parte de vários grupos de eurodance com uma versão de "Another One Bites The Dust". Seguiram-se mais álbuns e singles, incluindo uma colaboração com os Gypsy Kings em 1997, que não repetiram o sucesso inicial, mas o projecto Captain Jack continua activo. Liza Da Costa deixou o colectivo em 1999 e Franky Gee continuou a assumir o papel de Captain Jack até à sua morte em 2005 em Espanha, vítima de uma hemorragia cerebral aos 43 anos. Desde 2012, que Bruce Lacy e Michelle Stanley dão a cara pelo projecto.
No primeiro texto ( e no segundo) sobre a clássica série "MacGyver" mencionei brevemente os dois telefilmes de 1994. Comentei que me recordava de vê-los na RTP, mas o que consegui confirmar ao certo é que "MacGyver: Conspiração Internacional" ("MacGyver: Trail To Doomsday") foi exibido na SIC no dia 14 de Fevereiro de 1998, na rubrica de cinema dos Sábados à tarde,"Sessão Aventura. E segundo a TV Mais, já tinha passado antes. Independentemente de ter passado no canal público ou no canal privado, praticamente a minha única lembrança sobre os telefilmes é que me decepcionaram. Este "Conspiração Internacional" foi o segundo a estrear nos States, em Novembro de 1994, mas curiosamente a capa VHS oferecida na revista "TV Mais" indica a data de estreia como 1993.
A dita capa VHS faz uma boa descrição do argumento de "Conspiração Internacional":
"Mais uma aventura televisiva de MacGyver, conhecido "engenhocas", capaz de transformar instrumentos vulgares em armas que lhe permitem sair das situações mais perigosas. Desta feita, o gerói envolve-se em mais uma aventura quando decide ir a Londres para reencontrar um amigo que, pouco tempo depois da sua visita, é assassinado. Resolvido a descobrir os autores do crime, MacGyver alia-se a uma ex-agente do KGB e acaba por descobrir uma tenebrosa conspiração e desmatelar uma rede de espionagem internacional."
O IMDB acrescenta que em Londres MacGyver descobre uma fábrica secreta de armas nucleares. Portanto, ainda o cadáver da guerra fria não tinha esfriado e já havia saudades de uma boa velha ameaça nuclear.
O espectador actual pode encontrar no elenco uma jovem Lena Headey, a futura rainha Cersei do mega êxito "Game Of Thrones". A realização esteve a cargo de Charles Correll (que dirigiu 19 episódios de MacGyver, e mais tarde "Melrose Place", "Febre em Beverly Hills", etc )
No verso da capa da "TV Mais" mais algumas informações:
"Aventuras Engenhosas. Quando, há alguns meses, a SIC passou #MacGyver - Conspiração Internacional", o telepúblico, saudoso da série de aventuras protagonizada pelo herói engenhoso interpretado por Richard Dean Anderson, colocou este telefilme na lista dos programas mais vistos. Para os que não o viram na altura, ei-lo de novo. A história: desta vez, o intrépido norte-americano, que é capaz de transformar um cordel e uns quantos pauzinhos numa geringonça temível, vai até Londres e, fazendo concorrência desleal à Scotlnd Yard, alia-se a uma agente do KGB para desmascarar uma tenebrosa conspiração e desmantelar uma rede de espionagem. Recorde-se que o herói faz ponto de honra em nunca empunhar uma arma. A melhor defesa, pensa ele, é a inteligência.
O Trailer (feito por um fã) de "MacGyver: Conspiração Internacional":
As questões raciais estão na ordem do dia, sobretudo na América mas um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal, e devo dizer que me entristece que em 2020 ainda haja um enorme caminho a percorrer para que se entenda as reais dimensões e que sanem as consequências de séculos de racismo institucional.
Mas hoje não vamos falar de coisas tristes mas sim recordar um filme que aborda as questões raciais numa história que até podia ser dramática se não fosse contada com humor.
"Feita Por Encomenda" (no original "Made In America") é uma comédia de 1993 realizada por Richard Benjamin e protagonizada por Whoopi Goldberg e Ted Danson.
Zora Matthews (Nia Long) é uma adolescente que é o orgulho da sua mãe Sarah (Goldberg), uma especialista da cultura afro-americana, que a criou sozinha. No entanto, mãe e filha não estão numa fase de grande entendimento, já que a Sarah pretende que a filha estude na Universidade de Berkeley como ela mas Zora pretende estudar ciências no MIT na Costa Leste. Após uma discussão, Zora acaba por saber que o seu pai não é Charlie, o companheiro de Sarah que morreu antes de ela nascer, mas sim que resultou de uma inseminação artificial, em que a sua mãe pediu que o doador fosse um homem alto, inteligente e negro.
Com a ajuda do seu namorado Tea Cake (Will Smith), Zora decide entrar na clínica de inseminação e procurar na base de dados a identidade do doador. A jovem fica estupefacta ao saber que o nome que surge é o de Hal Jackson (Danson), que não só é branco, como é um emproado dono de um stand de automóveis, famoso na região pelos seus anúncios com animais de circo, cheios de vergonha alheia. Homem mulherengo, algo bronco e o oposto do intelectualismo da mãe, a princípio parece impossível que Hal seja o pai de Zora, mas os dois vão descobrindo que tem algumas coisas em comum e Hal descobre em si instintos paternais que julgava não ter. Mais surpreendentemente ainda, Hal e Sarah acabam por se apaixonar. (Curiosamente, durante a rodagem do filme, Whoopi Goldberg e Ted Danson iniciaram um romance na vida real que durou até 1994.)
No entanto, quando Sarah tem um acidente e precisa de uma transfusão sanguínea, descobre-se que nem ela nem Hal têm um grupo sanguíneo compatíveis com Zora, o que significa que Hal não é o seu pai e que o registo da clínica resultou de um erro ao informatizar os ficheiros antigos. Mas os três concluem que tal não importa porque entretanto já se sentem como uma família.
Embora seja a típica comédia de domingo à tarde para ver sem procurar grandes feitos, "Feita Por Encomenda" vale pelo seu humor, por vezes bem burlesco, e por abordar o tema das relações interraciais, algo que Hollywood tem tido sempre alguma relutância em abordar. Pessoalmente, o melhor de filme é a personagem de Will Smith que rouba todas as cenas em que entra. Destaque ainda para Jennifer Tilly no papel da namorada de Hal, uma típica loura burra, porém bastante ágil!
Desconheço quais são os actuais níveis de propagação de Phtiraptera, vulgo piolhos, junto da população infantil e os avanços científicos no seu combate. Mas como alguém que cresceu nos anos 80 e 90, era um flagelo bastante frequente entre o meu círculo de colegas e amigos de infância e acho que foram poucos os anos de entre os meus primeiros sete de escolaridade em que eu não fui afectado por um ataque dessas malditas criaturas. Era todo um suplício, e como se não bastasse a infernal comichão no couro cabeludo, devido às picadas dos bichinhos e suas respectivas incubações de lêndeas, havia a abordagem tipo Mortal Kombat da minha mãe ao tratar disso, não dando tréguas tanto aos piolhos como à minha cabeça. Assim que eu sabia que havia piolhos a habitar na minha cabeça, era certo e sabido que, durante pelo menos uma semana, ia levar todos os dias com a minha mãe lavar-me a cabeça com o champô da farmácia como quem lava roupa num tanque e depois a passar-me com um pente fino para apanhar os piolhos, pente esse que parecia uma garra super afiada a golpear-me a cabeça. Mas apesar do tormento, eu não me queixava por aí além pois antes isso do que continuar a ter uma civilização de piolhos na cabeça.
Mas que não se pense que eu era um garoto com falta de higiene. Apesar de só no final da adolescência é que passei a tomar banho todos os dias (assim obrigava o meu odor corporal), eu até era um miúdo relativamente asseado. E embora a falta de higiene capilar contribua para complicar infecções causada por piolhos, estes na verdade até preferem cabelos limpos.
Além disso, eu estava longe de ser o único atingido por esse flagelo. Frequentemente, se um dos meus colegas apanhasse piolhos, era uma questão de tempo até que uma boa parte de turma também os pegasse. Aliás, lembro-me que no quinto ano, tive uma colega de turma que sofria algum bullying por ter fama de piolhosa. E eu não me orgulho nada disto, até porque eu era dos que mais se davam com ela, mas quando apanhei piolhos nesse ano lectivo, tomei logo essa minha colega como a principal suspeita, já que era minha colega de carteira nas aulas de Ciências Naturais.
A última vez que me lembro de ter piolhos foi para aí com doze ou treze anos e desde então, tanto quanto sei, esses bichinhos nunca mais me atormentaram.
E como é óbvio, falar de combate aos piolhos nos anos 80 e 90 é falar da marca líder desse ramo, o Quitoso. Acho que no máximo só usei champô Quitoso uma ou duas vezes, com a minha mãe preferir outra marca que entendia ser mais eficiente, mas sem dúvida que em termos de marketing Quitoso, com as suas duas variantes loção e champô, era imbatível. (Uma vez perguntei à minha mãe porque é que não punha apenas a loção em vez de lavar-me a cabeça e ela respondeu que a loção não resultava e tinha-se de andar todo o dia com o cheiro.)
E depois havia o famoso anúncio televisivo que foi emitido durante largos anos e é de uma concisão e secura admiráveis. A câmara percorre uma sala de aula com muitas crianças de bibe entretidas a escrever nos cadernos quando de repente se detém sobre um rapazinho que coça a cabeça com um ar perturbado, enquanto uma voz-off vai declamando: "Piolhos? Lêndeas? Quitoso elimina-os totalmente! Quitoso, loção e champô. Quitoso!"
Mas se em Portugal, o Quitoso não dourava pílulas quanto ao calvário dos piolhos, na América Latina, a abordagem do Quitoso era mais fofucha e, há que dizê-lo, deveras irrealista. Veja-se este anúncio do Uruguai com uma mãe toda sorridente a encarar os piolhos do filho como se fosse uma inconveniência menor e o rebento a dizer no fim "Te quiero mucho, mamá!".
Imagino o terror de muitas crianças uruguaias ao descobrir a dura realidade de apanhar piolhos e a desilusão ao verem as mães delas a transformarem-se em impiedosos Rambos capilares, ao contrário da mãe do anúncio. Ou como está escrito num dos comentários deste vídeo no YouTube:
Ninguna mamá dice esa frase....más bien dicen algo como:
"¡Vení para acá que te voy a sacaar esos piojossssssssssssss!¡Que vengas!Quedate quieeeeeeeeto!!!"
Também há este anúncio em espanhol, de cujo exacto país de origem não pude apurar, de uma mãe a aconselhar-se com um simpático farmacêutico. Aqui existe uma preocupação materna mais credível, mas a musiquinha alegre e o sorriso da mãe a pentear o cabelo da filha ainda está num nível irreal.
Mas aparentemente com o tempo, as coisas ficaram um bocado mais realistas quanto ao drama dos piolhos na América do Sul, a julgar por este anúncio chileno de 2019, com quatro petizes a coçar a cabeça energicamente como que apanhados no meio de um surto piolhoso.
Confesso que não acompanhei esta telenovela quando foi exibida cá e que não me recordava de quase nada da trama a não ser que envolvia vampiros. Mas sei que na altura foi uma telenovela brasileira que agradou particularmente ao público jovem, não só pela sua principal temática mas também pela forte componente humorística. Da autoria de António Calmon, "Vamp" foi exibida no Brasil entre 1991 e 1992 e em Portugal na RTP 2 à tarde entre 1992 e 1993.
A protagonista era uma esplendorosa Cláudia Ohana no papel de Natasha, uma cantora rock de grande sucesso, que tem um terrível segredo: em troca da fama, ela vendeu a sua alma ao maléfico Conde Vlad Polansky (Ney Latorraca), o líder de um clã de vampiros. Para quebrar a maldição, Natasha ruma à pacata cidade costeira de Armação do Anjos, sob pretexto de filmar um videoclip, em busca da Cruz de São Sebastião, o único artefacto capaz de destruir Vlad e libertar a sua alma.
Em Armação dos Anjos, mandam duas forças vivas. O ex-capitão do exército Jonas Rocha (Reginaldo Faria), um homem rude mas generoso e admirado pela população, recentemente viúvo que vive com a sua sogra Virgínia (Cleide Yaconis) e os seus seis filhos: Lipinho (Fábio Assunção), Jade (Luciana Vendramini), Nando (Henrique Farias), Isa (Fernanda Rodrigues), Tico (José Paulo Júnior) e João (Pedro Vasconcelos). Quando a historiadora Carmem Maura Goés (Joana Fomm), também ela viúva e com seis filhos - Lena (Daniela Camargo), Scarleth (Bel Kuntner), Rubinho (Aleph del Moral), Dorothy (Carol Machado), León (Rodrigo Penna) e Sig (João Rebello) - chega à cidade, é amor à primeira vista entre ela e o Capitão, e após um romance-relâmpago, os dois casam-se para choque dos seus filhos. A convivência entre os Rocha e os Goés é tudo menos pacífica mas com o tempo lá vão formando uma insólita unidade familiar.
Capitão Jonas, Carmem Maura e Padre Eusébio
Os 12 filhos do Capitão Jonas e de Carmem Maura
O outro homem influente de Armação dos Anjos é Osvaldo Matoso (Otávio Augusto), dono dos negócios e terrenos mais importantes que é casado com a fogosa Mary (Patrícia Travassos), cunhada de Jonas e ex-actriz erótica, com quem teve dois filhos: os intratáveis Matosão (Flávio Silvino) e Matosinho (André Gonçalves) que se divertem atormentar tudo e todos na vila, sobretudo os primos.
Outra figura de Armação dos Anjos é Jurandir Figueira (Nuno Leal Maia), o pároco local cuja afinidade com a juventude local lhe vale a alcunha de Padre Garotão. Mas na verdade, Jurandir não é padre de verdade, mas sim um pequeno meliante que por engano assaltou uma quadrilha de bandidos, para fúria do seu líder Arlindo Cachorrão (Paulo Gracindo), usando desde então as vestes sacerdotais como disfarce. Mas as coisas complicam-se quando Marina (Vera Zimmermann), uma protegida de Cachorrão, se interessa pelo falso padre.
Marina e Jurandir
Matoso, Mary, Vlad, Gerald, Matosão
Eventualmente, o terrível Conde Vlad chega a Armação Dos Anjos com o seu séquito para capturar Natasha. A sua obsessão pela cantora deve-se a ela ser a reencarnação de Eugénia, uma antiga amada sua, que o trocou por um antepassado do Capitão Rocha. Gradualmente, vários habitantes da cidade tornam-se vampiros, em especial toda a família Matoso. Para maior confusão, surgem também dois desastrados caçadores de vampiros: Augusto Sérgio (Marcos Frota) e a inglesa Mrs. Penn Taylor-Smith (Vera Holtz).
Mrs. Penn-Taylor Smith e Augusto Sérgio
Entretanto, Natasha descobre que a Cruz de São Sebastião só pode ser manuseada por um homem de nome Rocha, e como tal aproxima-se do Capitão para que a ajude a destruir Vlad. Mas é por Lipinho que Natasha acaba por se encantar, atrapalhando o romance que tinha surgido entre ele e Lena. Na recta final, Natasha dá à luz um filho de Lipinho, que é sequestrado por Vlad, encarnado em Gerald (Guilherme Leme), o agente de Natasha entretanto vampirizado, mas antes de morder a criança, Jonas mata o malvado conde com uma estaca no peito e Miss Penn Taylor salva o bebé deitando-lhe água benta. No final, Natasha decide voltar ao Rio de Janeiro e continuar a sua carreira, deixando o seu filho a cargo de Lipinho e Lena.
Lipe e Natasha
Do elenco, fizeram ainda parte nomes como Inês Galvão (Joana), Paulo José (Ivan), Jonas Torres (Daniel Rocha), Juliana Martins (Esmeralda), Marcelo Picchi (Moreira), Zézé Polessa (Sílvia) e Osvaldo Louzada (Padre Eusébio) além de aparições especiais de Giulia Gam, Cláudia Raia, Maria Zilda e Rita Lee.
Cartaz do musical inspirado pela telenovela
com Cláudia Ohana e Ney Latorraca
Com grandes doses de humor, terror e música, "Vamp" foi uma telenovela que conquistou o público infanto-juvenil no Brasil e em outros países em que foi exibida. Na banda sonora, há que destacar o tema do genérico "Noite Preta" interpretado por Vange Leonel e uma versão de "Sympathy For The Devil" cantada pela própria Cláudia Ohana. Em 2017, foi levado a cena no Rio de Janeiro um musical inspirado pela telenovela, com Cláudia Ohana e Ney Latorraca a recuperarem as respectivas personagens.
Já faz algum tempo que não temos um artigo a analisar a publicidade de outros tempos, por isso desta vez vamos recuar até 1999 e analisar quatro blocos publicitários exibidos na SIC no mês de Julho desse ano, disponibilizado pelo canal PT Archive. A princípio eu pretendia analisar quatro blocos do dia 31 de Julho (há precisamente 21 anos), mas eles eram um pouco repetitivos. Por isso, optei por analisar dois blocos do dia 1 de Julho de 1999 (quinta-feira) durante a exibição do filme "O Cabo do Medo" e dois do dia 31 de Julho do mesmo ano (sábado) durante a exibição da série brasileira "Hilda Furacão".
Aqueles com boas memórias recordar-se-ão que ao longo de 1999, apesar de matematicamente o novo século/milénio começar em 2001, o mundo parecia estar em pulgas para celebrar a chegada do ano 2000 e acolher o novo milénio. Portugal não era excepção e a SIC embarcou nesse hype, adoptando "A um passo do novo milénio" como o seu slogan para 1999 e introduzindo um segmento do qual se vai falar mais adiante.
0:00 A actriz Juliette Lewis numa cena do filme "O Cabo do Medo", pelo qual recebeu a sua única nomeação para um Óscar.
0:04 Vinheta SIC
0:06 Há largos anos que o cântico tradicional "Ó Rama Ó Que Linda Rama" ilustrava os anúncio do Azeite Gallo, mas desta vez as cenas campestres por cenas e gentes do mar.
0:27 Não me lembrava deste divertido anúncio ao gelado Magnum. Junto ao mar, as coisas aquecem entre um casalinho, ao ponto do rapaz ter de ir comprar preservativos à máquina mais próxima, mas eis que ele se deixa tentar por uma máquina com gelados Magnum, porque "a vida é feita de prioridades". (E como se vê no final do anúncio, por vezes também é feita de intervenções divinas.)
0:57 O lendário actor Steve McQueen, falecido em 1980, "ressuscita" para este anúncio do Ford Puma.
1:28 "As formas mudam": é assim que começa este anúncio ao Fa Deocreme.
1:38 Eu pessoalmente não gosto de cerveja, mas sem dúvida que haverão muitos que apreciarão uma cerveja fresquinha nos dias de maior calor. Como tal, o Verão é sempre uma época alta para as publicidades da Super Bock. Em 1999, a marca optou por este vídeo homenageando as maravilhas de toda a costa portuguesa, num jingle cantado pelo incontornável Gustavo Sequeira e com Pedro Ribeiro, da Rádio Comercial, a dar o apontamento final.
2:23 Em 1999, os efeitos nocivos da gasolina no ambiente já eram de conhecimento geral e como tal, a GALP anunciava que iria substituir a gasolina com chumbo por uma gasolina super aditivada com um substituto do chumbo. E foi graças a pequenos gestos como este, que vinte e um anos depois o meio ambiente global está muito melhor! (Só que não...)
3:09 Outro divertido anúncio de gelado, desta vez à gama Carte D'Or em que o feto se delicia com as colheradas de gelado que a sua progenitora consome e que refila ao ponto de pontapé, quando as colheradas vão para a boca do pai da criança.
3:40 Um pomposo porém corajoso bombeiro voluntário protagonizada este anúncio de seguros automóveis da Companhia de seguros Império.
4:06 Conforme instrui o anúncio, o aperitivo Ricard bebe-se bem molhado, 5 parte de água para 1 de Ricard. Depois um brasileiro (suponho que algum jogador de futebol) anuncia o Verão Vivo da Ricard na praia do Waikiki, na Costa da Caparica, onde vai ter jogo e muita festa naquele fim de semana. Vamo nessa!
4:17 Há dias, assinalaram-se 50 anos da morte de António de Oliveira Salazar, que esteve ao leme dos destinos da nação durante quase meio século em que, citando a narração do anúncio, "começou por devolver a paz e a tranquilidade ao país e que terminou a ceifar a inteligência nacional e a hipotecar o futuro de todos os portugueses." Nesse ano de 1999, onde se assinalaram os 25 anos do 25 de Abril, a SIC tinha produzido uma série documental de seis episódios sobre a sua vida, intitulada "Salazar" com depoimentos de políticos e historiadores dos vários quadrantes e testemunhos de quem conviveu de perto com ele e que agora estava disponível em vídeo.
5:22 Autopromoção ao programa "Pequenos e Terríveis" apresentado por Catarina Furtado que nessa semana teria Dulce Pontes e José Figueiras a enfrentarem as terríveis perguntas de um grupo de petizes. Catarina Furtado viria depois a recuperar este formato na RTP em programas semelhantes como "Pequenos Em Grande", "Quem Tramou Peter Pan" e "Aqui Mandam As Crianças".
6:20 "Pequenos E Terríveis" com o patrocínio dos relógios Lacoste
6:24 A Olá anunciava a novidade da Viennetta com sabor a Tiramisú. Devo dizer que quando chega cá a casa uma Vienetta, costuma ser deste sabor, que é bastante delicioso.
6:36 Numa biblioteca, um homem hipersensível aos pequenos ruídos causados pelos outros utentes só encontra paz para os seus ouvidos dentro do seu Toyota Avensis.
7:07 Para competir com essa instituição que são os Douradinhos da Iglo, a Pescanova apostava nas suas barrinhas de pescada onde ao prová-las, um miúdo se imagina num agitado barco em alto-mar. Além das novas variedades com espinafre e queijo, havia ainda a hipótese de ganhar uma de cem arcas congeladoras.
7:37 Anúncio à revista Caras, desde a sua introdução em Portugal em 1995, uma das publicações de referência da imprensa cor-de-rosa.
7:52 Infelizmente, o Verão também é o tradicional tempo de invasões de melgas e mosquitos. Mas em 1999, a Dum Dum tinha dado um grande passo na evolução do combate a essas pragas com um dispositivo que actuava durante a noite e autodesligava-se de dia.
8:12 Os hipermercados Jumbo desafiavam a concorrência, prometendo pagar a diferença a quem conseguisse encontrar mais barato.
8:33 Os actores Sofia Alves e Fernando Luís (que na altura protagonizava a série Médico de Família) neste anúncio às Lay's Light com menos 33% de gordura (o que tal como todos os produtos ditos light, não quereria necessariamente dizer que tivessem mesmo assim uma quantidade de gordura) onde Sofia inquire Fernando sobre o sabor das batatas e se ele encontrava alguma diferença às Lay's normais, mas o actor parece mais interessado em comer todas aquelas batatas à borla do que em dar uma opinião.
9:03 Um bem colorido anúncio ao champô Timotei para cabelos pintados e com permanente. Ora aí está uma marca que teve anúncios na TV durante anos a fio e que já faz um bom tempo que não sei de nada dela. Ainda existem champôs Timotei à venda, ou o único Timotei de que se fala agora é mesmo o Chalamet?
9:24 Vinheta SIC
9:28 Nos dias seguintes, Vila Nova de Famalicão acolhia o Festival Vale D'Este, um verdadeiro festival de música brasileira onde actuaram grandes nomes como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Ney Matogrosso e "o furacão do Brasil" Daniela Mercury.
10:01 Em 1999, bem como antes e depois, a violência doméstica era um flagelo de dimensões preocupantes em Portugal. Neste anúncio da Associação de Mulheres Contra a Violência, uma voz propõe um minuto de silêncio pelas mulheres maltratadas e enquanto um ponteiro dá a volta, ouvem-se ruídos que soarão bem familiares a quem sofreu na pele tal violência. O que vale é que hoje em dia, a violência doméstica diminuiu e as suas vítimas têm todo o apoio e protecção! (Só que não...)
10:57 Uma lendária figura da televisão estava de regresso: o Topo Gigio estava a caminho do "Big Show SIC"! Nos anos de 70 e 80, o famoso rato oriundo de Itália encantara miúdo e graúdos com voz em Portugal de António Semedo, acompanhado pelas pianadas de Rui Guedes.
0:00 De novo Juliette Lewis em "O Cabo do Medo" numa cena de fuga.
0:04 Vinheta SIC
0:06 Lembram-se quando nos anos 90, a Benetton era uma das marcas mais cobiçadas e havia sempre quem fazia questão de ostentar roupas da Benetton no microcosmos escolar? Assim como havia aqueles que como eu estavam-se a marimbar para o status das marcas de roupa. Pois bem, sucedia que aparentemente a Benetton recomendava a lixívia Neoblanc e neste anúncio a avozinha Neoblanc uma vez mais salvava o dia quando o neto suja a camisola da Benetton que seria o presente da neta mais velha graças à dita lixívia. E rejubila a neta no dia do aniversário: "A minha cor! E da Benetton!"
0:39 Alexandra Fernandes, uma das míticas apresentadoras da meteorologia da SIC, surge neste anúncio no papel de uma glamourosa starlet que afirma ter perdido quatro quilos numa semana graças à dieta de Hollywood, se bem que talvez com algumas consequências mais nefastas. Se calhar teria sido melhor comer iogurtes Corpos Danone, como a jovem que não vai em dietas loucas e que acaba por cruzar olhares com um jovem Afonso Vilela.
1:04 Um anúncio à Coca-Cola ao ritmo do samba, com inúmeros instrumentos feitos a partir de garrafas, latas e caricas.
1:34 Graças a este anúncio do Peugeot 206, um dos hits mais inesperados de 1999 foi o mambo "La Banana" de Ben Sa Tumba & Son Orchestre, originalmente gravado dos anos 60, e o seu inesquecível refrão "el unico fruto del amor, es la banana, es la banana". Como esse músico francês já não era vivo, o cantor cubano-americano Michael Chacón gravou uma versão para capitalizar no sucesso e actuar em vários países, tendo por exemplo aparecido em Portugal em alguns programas como "Roda dos Milhões" e "Big Show SIC".
1:45 Um animado anúncio à água com gás Frize
2:05 Uma petiza reclama ao Sr. Johnson's que a sua mãe rouba-lhe o seu champô Johnson's Baby.
2:20 Seja com um amigo colorido, com muitos amigos, com o último namorado ou o primeiro amor, sabe sempre bem partilhar um delicioso sortido de bolachas Cuétara.
2:47 De novo a anúncio à revista Caras.
2:58 Na altura decorria a quinta edição do Festival Super Bock Super Rock, que em 1999 dividiu-se entre Lisboa e Porto. No dia seguinte, 2 de Julho, havia actuações de Spain no Hard Club Gaia, More República Massónica e DJ Nuno Calado no Garage em Lisboa. E para os dias seguintes, estavam para actuar nomes como Skunk Anansie ou Ben Harper.
3:12 O actor Eurico Lopes protagoniza este bizarro anúncio ao papel higiénico Smart com voz-off de Miguel Guilherme, onde nenhum rolo aparece. Não me lembro de todo desta marca, pelo que a sua existência deverá ter sido efémera.
3:32 Depois do tomo de 1994 de "Norte & Sul" e de "As Viagens de Gulliver", a SIC anunciava exibição de mais uma grandiosa mini-série, "Hornblower: Oficial e Cavalheiro", baseada nos dez livros de C.S. Forester sobre um herói ficcional das guerras napoleónicas chamado Horatio Hornblower, com o actor galês Ioan Gruffud no papel principal e produzida pela cadeia britânica ITV em 1998. Em alguns países, a série passou em formato de dois telefilmes de duas horas. Mais seis telefilmes seriam feitos entre 1999 e 2003, mas não sei se passaram por cá.
4:48 As inscrições estavam abertas para a pré-selecção nacional do Supermodel of the World 1999, cujo certame internacional foi celebremente vencido pela portuguesa Diana Pereira em 1997 e que Lisboa acolheu no ano seguinte. Não sei quem foi a representante portuguesa em 1999, mas sei que a vencedora da final internacional foi a australiana Alyssa Kealy.
5:48 E de acordo com todo o hype que se gerou ao longo do ano pela chegada do novo milénio, todos os dias de 1999, a SIC tinha esta contagem decrescente por entre os seus blocos publicitários. Nesse dia 1 de Julho de 1999, faltavam precisamente 184 dias para o fim do ano/século/milénio.
6:58 Outra vez o anúncio ao Aperitivo Ricard. Vamo nessa!
6:06 Mais um anúncio do Jumbo, onde se desafiava a encontrar noutro sítio um conjunto de berbequim e aparafusadora da marca Rhino por menos de 4999 escudos (cerca de 25 euros).
6:18 Os refrescos em pó Tang
ainda se vêem por aí nos supermercados mas já não são a instituição que costumavam ser em décadas passadas. Aliás nem me lembrava que ainda havia anúncios ao Tang em 1999. Gosto particularmente do overacting de toda a gente envolvida neste anúncio, sobretudo a jovem petiza.
6:48 Trailer do filme "Corruptor" com Chow Yun-Fat e Mark Wahlberg, com a inconfundível voz de João David Nunes e a mítica frase "Sexta-feira estreia!". (Foi a partir de 2004 que os filmes em Portugal passaram a estrear-se à quinta-feira.)
7:03 Maria João Bastos num anúncio aos Iogurtes Mimosa.
7:18 A actriz Fátima Belo era na altura uma cara regular dos anúncios dos supermercados Feira Nova. Neste anúncio, além dos preços do fiambre Nobre e do atum Bom Petisco, anunciava-se a recente abertura de um Feira Nova em Sintra. Em 2010, a marca desta empresa subsidiária do Grupo Jerónimo Martins, seria absorvida pelo Pingo Doce.
7:53 Anúncio às bolachas Tosta Rica Choco Guay da Cuétara, onde reconheci a voz do então jovem actor de "Médico de Família" Francisco Garcia.
8:09 Outro trailer com voz de João David Nunes, desta fez ao filme "O Águas" (no original "The Waterboy") com Adam Sandler.
8:24 O automobilista Pedro Matos Chaves aparece neste anúncio à Cerveja Cheers sem álcool.
8:49 Vinheta SIC
8:53 Nesse sábado, seria exibido na SIC na rubrica "Os Dias do Cinema" o filme "Empire Records" (que vá-se lá saber porquê ganhou o título português de "Vale Tudo"), sobre 24 horas na vida de jovens empregados numa loja de discos, com Liv Tyler, Renee Zellweger, Robin Tunney e Anthony LaPaglia. O guarda-roupa envergado por Liv Tyler no filme é toda uma cápsula das modas dos anos 90.
9:47 Novamente o anúncio do Topo Gigio no Big Show SIC.
10:31 No dia seguinte, o primeiro filme da saga "Mad Max" seria exibido na SIC. Com o esquecido título português de "As Motos da Morte", este thriller distópico australiano de 1979 revelou um bem jovem Mel Gibson.
11:17 Com o patrocínio da Super Bock Cool Beer.
11:28 Em 1999, os Excesso, então ainda a grande boyband nacional, editaram o seu segundo álbum "Até Ao Fim" e neste passatempo de linha de valor acrescentado, os fãs habilitavam-se a ganhar CDs autografados. Porém o ano de 1999 seria o do fim dos Excesso que se dissolveria ainda antes do final do ano.
0:00 Agora saltamos passamos do primeiro para o último dia de Julho de 1999, com um bloco desse dia que começa com uma cena da série "Hilda Furacão" com o actor Danton Mello em destaque.
0:05 Vinheta
SIC
0:07 Anúncio com as actrizes Fernanda Serrano e Vera Alves. A princípio, parece que a primeira está a descrever um homem de sonho com quem jantou na noite anterior, mas afinal a única coisa boa do jantar foi o vinho. Tudo isto num anúncio da ViniPortugal para a exaltar as célebres qualidades dos nossos vinhos.
0:39 Um anúncio sobre os serviços de três bancos - Pinto & Sotto Mayor, Totta & Açores e Crédito Predial Português - aos emigrantes portugueses espalhados em todo o mundo. Actualmente apenas o segundo sobrevive sob a designação de Santander Totta.
1:09 Em 1998 os The Gift lançara o seu álbum de estreia "Vinyl" mas só no ano seguinte é que o single "OK! Do You Want Something Simple?" começou verdadeiramente a passar nas rádios, impulsionando as vendas do disco. Escusado será dizer que este foi apenas o início de uma carreira de grandes sucessos para a banda de Alcobaça.
1:19 O Sonasol Frescura apresentava a novidade com aroma a kiwi. E claro que não podiam faltar um mordomo Sonasol e o mítico bordão "o algodão não engana!".
1:45 Ainda a alguns anos da fusão com a insígnia Continente, o grupo dos hipermercados Modelo ainda era autónomo, incluindo nos produtos de marca própria. Como é o caso dos sumos néctares que o jovem deste anúncio vai emborcando uns atrás dos outros.
2:09 A discoteca "Trigonometria"
na Quinta do Lago já era então uma das mais badaladas do Algarve, justificando-se a edição de uma colectânea que reunia hits da pista de dança dos anos 90 com algumas músicas mais antigas como de "Real Wild Child" de Iggy Pop ou "Sex Machine" de James Brown.
2:31 Um ataque de melgas em naves espaciais (?) é neutralizado graças ao Raid Portátil.
2:51 Promoção ao célebre programa "Cantigas da Rua", então apresentado por José Figueiras, com a próxima paragem na Batalha, junto ao Mosteiro. (Se não me engano, a jovem que surge a cantar o "Believe" é a fadista Fábia Rebordão, então ainda adolescente.) Curiosamente, o convidado musical dessa sessão era o anterior apresentador do programa, Miguel Ângelo, que nesse ano editara o seu primeiro álbum a solo, "Timidez".
3:47 "Cantigas da Rua" tinha o patrocínio do Kellogg's All-Bran
3:52 No mês seguinte, a SIC estrearia a série "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (apesar da SIC apresentar como telenovela), adaptado da obra de Jorge Amado, com Giulia Gam, Edson Celulari e Marco Nanini como as três personagens titulares. O livro já tinha sido adaptado em filme em 1976 com Sónia Braga e voltaria a ter outra adaptação cinematográfica em 2017. Nesta promo, era destacada a personagem Vadinho (Celulari).
4:44 E novamente a contagem decrescente. Agora faltavam 153 dias.
4:54 Com Blanka Pastilhas, não jogue à roleta com a sua roupa!
5:29 Depois de ter aparecido nas capas de vários volumes da série de colectâneas "Número Um", o Fido Dido, a mítica mascote da 7Up, aparecia agora pela colectânea "Fido Latino 99" que reunia temas da música latina com nomes como Ricky Martin, Gloria Estefan, Chayanne e Shakira. Ou não fosse no Verão de 1999 que a música latina chegou ao mainstream.
5:40 Uma espécie de paródia ao filme "Momentos de Glória" onde uns agricultores correm para colher as frutas dos iogurtes "A Selecção" da Danone.
5:59 Uma jovem mulher de cabelo curto passeia alegremente pela cidade e como usa Ausónia Seda Ultra, não há amarguras do período que resistam. (E só eu achei que a música que se ouve parece um decalque do "Torn" de Natalie Imbruglia?)
6:41 A assinalar os vinte anos da estreia do mítico programa da Rádio Comercial, considerado um factor essencial para o boom do rock português no início dos anos 80, era editada uma colectânea "Rock em Stock" com muitos temas conhecidos dos anos 70 e 80, de nomes como Blondie, Styx, Buggles, Billy Idol e Pretenders.
7.00 Outro anúncio da ViniPortugal, agora com Afonso Vilela.
7:11 Vinheta SIC
7:15 Esse próximo dia 8 de Agosto era o Dia do Benfiquista no Estádio da Luz e além da presença dos jogadores então no plantel do Benfica, havia actuações musicais dos Anjos, dos UHF e dos Pedro & Os Apóstolos.
7:56 No dia seguinte, no espaço "Maiores de 17" das noites de domingo, a SIC exibia "Perseguição Alucinante" (no original, Plato's Run), filme de 1997 com Gary Busey e Roy Scheider, sobre um ex-Marine que se vê numa perigosa teia de conspirações.
8:35 "Maiores de 17" com o patrocínio do Opel Corsa
8:41 Por fim, tempo para recordar programação para a manhã e tarde do dia seguinte. No bloco seguinte falaremos desses programas.
0:00 Ana Paula Arosio, protagonista de "Hilda Furacão", num momento de aflição.
0:02 Vinheta SIC
0:04 Calgonit Pastilhas Dupla Ação Plus - o mais vendido no mundo!
0:35 Promoção ao disco "Strange Foreign Beauty" da banda dinamarquesa Michael Learns To Rock, que era um álbum best of que incluía alguns dos seus maiores sucessos e alguns temas inéditos como a faixa-título. Nesse ano de 1999, a banda promoveu o disco intensivamente em Portugal, dando alguns concertos e actuando em vários programas de televisão. Os Michael Learns To Rock continuam no activo (o seu mais recente álbum é de 2018) e são tidos como a banda europeia que mais concertos deu na Ásia, sendo mesmo a primeira banda internacional a actuar no Cambodja.
0:55 E eis as sugestões da SIC e da Zanussi para o dia seguinte (1 de Agosto 1999):
- "Zeus & Roxanne", filme sobre a amizade entre um cão e um golfinho com Steve Guttenberg.
- "VIP", série protagonizada por Pamela Anderson
- "Rex, O Cão Polícia", a famosa série policial austríaca sobre o canino titular que a SIC estreara nesse ano, pelo que na altura o co-protagonista era então o actor Tobias Moretti, que foi o agente Richard Moser, principal companheiro de Rex, nas primeiras quatro temporadas (1994-1998).
- "Annie, Uma Aventura Real", telefilme de 1995 que era uma espécie de sequela do filme musical de 1982, com Ashley Johnson no papel da órfã ruiva e Joan Collins como a principal antagonista.
1:50 Enquanto homem, eu sei que há recantos do universo feminino que nunca poderei conhecer, assim como sei que por muito que as mulheres que estão ou estiveram presentes na minha vida me tenham confidenciado, existem conversas que só se têm entre mulheres (tal como há aqueles que só se têm entre homens). Mas o programa documental "Conversa de Mulheres" pretendia levantar uma pontinha do véu filmando algumas conversas íntimas entre mulheres (por vezes até mesmo entre desconhecidas!) em sítios como saunas ou casas de banho, onde os temas preferidos são o amor, o sexo, a amizade e os homens.
2:40 Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de "Milla" no ano anterior, o brasileiro Netinho regressava a Portugal para mais concertos em Lisboa, Porto, Viseu, Loulé, Póvoa do Varzim e Figueira da Foz.
3:08 Os anos 90 foram os anos do tele-esoterismo onde vários astrólogos, tarólogos e videntes afirmavam confiantemente ter a solução a todos os males (sobretudo de amor), numa linha de valor acrescentado. Neste caso, era Miguel de Sousa que garantia através dos astros encontrar a pessoa amada àqueles que ligassem. (Ao ouvir isto até a mim, que me interesso medianamente por astrologia, apetece dizer "Grande treta!")
3:37 Na altura, as noites de segunda-feira na SIC eram sinónimo da "Roda dos Milhões", onde além das extracções da lotaria e do Loto 2 e de vários prémios, haveria nessa semana actuações de Ágata, UHF e Xanadú (os de "Sha-la-la-li, não quero mais de ti...")
4:20 Uma vez, mais faltavam 153 dias.
4:24 Nova promo à série "Dona Flor e Seus Dois Maridos", desta vez destacando a personagem Teodoro (Marco Nanini), com quem Dona Flor (Giulia Gam) se casa após a morte do primeiro marido Vadinho (Edson Celulari). Embora estas segundas núpcias sejam bem mais tranquilas, Dona Flor sente falta da paixão vivida com o primeiro esposo. Mas eis que este regressa do mundo dos mortos para preencher essa lacuna.
Vídeo Bónus:
Excerto do Último Jornal da SIC (31 Julho 1999) com Alexandra Abreu Loureiro