segunda-feira, 24 de agosto de 2020

MacGyver: Conspiração Internacional (1994)

No primeiro texto ( e no segundo) sobre a clássica série "MacGyver" mencionei brevemente os dois telefilmes de 1994. Comentei que me recordava de vê-los na RTP, mas o que consegui confirmar ao certo é que "MacGyver: Conspiração Internacional" ("MacGyver: Trail To Doomsday") foi exibido na SIC no dia 14 de Fevereiro de 1998, na rubrica de cinema dos Sábados à tarde,"Sessão Aventura. E segundo a TV Mais, já tinha passado antes. Independentemente de ter passado no canal público ou no canal privado, praticamente a minha única lembrança sobre os telefilmes é que me decepcionaram. Este "Conspiração Internacional" foi o segundo a estrear nos States, em Novembro de 1994, mas curiosamente a capa VHS oferecida na revista "TV Mais" indica a data de estreia como 1993.


A dita capa VHS faz uma boa descrição do argumento de "Conspiração Internacional":
"Mais uma aventura televisiva de MacGyver, conhecido "engenhocas", capaz de transformar instrumentos vulgares em armas que lhe permitem sair das situações mais perigosas.
Desta feita, o gerói envolve-se em mais uma aventura quando decide ir a Londres para reencontrar um amigo que, pouco tempo depois da sua visita, é assassinado.
Resolvido a descobrir os autores do crime, MacGyver alia-se a uma ex-agente do KGB e acaba por descobrir uma tenebrosa conspiração e desmatelar uma rede de espionagem internacional."
O IMDB acrescenta que em Londres MacGyver descobre uma fábrica secreta de armas nucleares. Portanto, ainda o cadáver da guerra fria não tinha esfriado e já havia saudades de uma boa velha ameaça nuclear.
O espectador actual pode encontrar no elenco uma jovem Lena Headey, a futura rainha Cersei do mega êxito "Game Of Thrones". A realização esteve a cargo de Charles Correll (que dirigiu 19 episódios de MacGyver, e mais tarde "Melrose Place", "Febre em Beverly Hills", etc )
 
No verso da capa da "TV Mais" mais algumas informações:


"Aventuras Engenhosas.
Quando, há alguns meses, a SIC passou #MacGyver - Conspiração Internacional", o telepúblico, saudoso da série de aventuras protagonizada pelo herói engenhoso interpretado por Richard Dean Anderson, colocou este telefilme na lista dos programas mais vistos.
Para os que não o viram na altura, ei-lo de novo. A história: desta vez, o intrépido norte-americano, que é capaz de transformar um cordel e uns quantos pauzinhos numa geringonça temível, vai até Londres e, fazendo concorrência desleal à Scotlnd Yard, alia-se a uma agente do KGB para desmascarar uma tenebrosa conspiração e desmantelar uma rede de espionagem. Recorde-se que o herói faz ponto de honra em nunca empunhar uma arma. A melhor defesa, pensa ele, é a inteligência.
 
O Trailer (feito por um fã) de  "MacGyver: Conspiração Internacional":


sábado, 22 de agosto de 2020

Feita Por Encomenda (1993)

por Paulo Neto

As questões raciais estão na ordem do dia, sobretudo na América mas um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal, e devo dizer que me entristece que em 2020 ainda haja um enorme caminho a percorrer para que se entenda as reais dimensões e que sanem as consequências de séculos de racismo institucional.
Mas hoje não vamos falar de coisas tristes mas sim recordar um filme que aborda as questões raciais numa história que até podia ser dramática se não fosse contada com humor.



"Feita Por Encomenda" (no original "Made In America") é uma comédia de 1993 realizada por Richard Benjamin e protagonizada por Whoopi Goldberg e Ted Danson.



Zora Matthews (Nia Long) é uma adolescente que é o orgulho da sua mãe Sarah (Goldberg), uma especialista da cultura afro-americana, que a criou sozinha. No entanto, mãe e filha não estão numa fase de grande entendimento, já que a Sarah pretende que a filha estude na Universidade de Berkeley como ela mas Zora pretende estudar ciências no MIT na Costa Leste. Após uma discussão, Zora acaba por saber que o seu pai não é Charlie, o companheiro de Sarah que morreu antes de ela nascer, mas sim que resultou de uma inseminação artificial, em que a sua mãe pediu que o doador fosse um homem alto, inteligente e negro.


Com a ajuda do seu namorado Tea Cake (Will Smith), Zora decide entrar na clínica de inseminação e procurar na base de dados a identidade do doador. A jovem fica estupefacta ao saber que o nome que surge é o de Hal Jackson (Danson), que não só é branco, como é um emproado dono de um stand de automóveis, famoso na região pelos seus anúncios com animais de circo, cheios de vergonha alheia. Homem mulherengo, algo bronco e o oposto do intelectualismo da mãe, a princípio parece impossível que Hal seja o pai de Zora, mas os dois vão descobrindo que tem algumas coisas em comum e Hal descobre em si instintos paternais que julgava não ter. Mais surpreendentemente ainda, Hal e Sarah acabam por se apaixonar. (Curiosamente, durante a rodagem do filme, Whoopi Goldberg e Ted Danson iniciaram um romance na vida real que durou até 1994.)



No entanto, quando Sarah tem um acidente e precisa de uma transfusão sanguínea, descobre-se que nem ela nem Hal têm um grupo sanguíneo compatíveis com Zora, o que significa que Hal não é o seu pai e que o registo da clínica resultou de um erro ao informatizar os ficheiros antigos. Mas os três concluem que tal não importa porque entretanto já se sentem como uma família.



Embora seja a típica comédia de domingo à tarde para ver sem procurar grandes feitos, "Feita Por Encomenda" vale pelo seu humor, por vezes bem burlesco, e por abordar o tema das relações interraciais, algo que Hollywood tem tido sempre alguma relutância em abordar. Pessoalmente, o melhor de filme é a personagem de Will Smith que rouba todas as cenas em que entra. Destaque ainda para Jennifer Tilly no papel da namorada de Hal, uma típica loura burra, porém bastante ágil!


Trailer:



segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O drama dos piolhos e o Quitoso

por Paulo Neto




Desconheço quais são os actuais níveis de propagação de Phtiraptera, vulgo piolhos, junto da população infantil e os avanços científicos no seu combate. Mas como alguém que cresceu nos anos 80 e 90, era um flagelo bastante frequente entre o meu círculo de colegas e amigos de infância e acho que foram poucos os anos de entre os meus primeiros sete de escolaridade em que eu não fui afectado por um ataque dessas malditas criaturas. Era todo um suplício, e como se não bastasse a infernal comichão no couro cabeludo, devido às picadas dos bichinhos e suas respectivas incubações de lêndeas, havia a abordagem tipo Mortal Kombat da minha mãe ao tratar disso, não dando tréguas tanto aos piolhos como à minha cabeça. Assim que eu sabia que havia piolhos a habitar na minha cabeça, era certo e sabido que, durante pelo menos uma semana, ia levar todos os dias com a minha mãe lavar-me a cabeça com o champô da farmácia como quem lava roupa num tanque e depois a passar-me com um pente fino para apanhar os piolhos, pente esse que parecia uma garra super afiada a golpear-me a cabeça. Mas apesar do tormento, eu não me queixava por aí além pois antes isso do que continuar a ter uma civilização de piolhos na cabeça.
Mas que não se pense que eu era um garoto com falta de higiene. Apesar de só no final da adolescência é que passei a tomar banho todos os dias (assim obrigava o meu odor corporal), eu até era um miúdo relativamente asseado. E embora a falta de higiene capilar contribua para complicar infecções causada por piolhos, estes na verdade até preferem cabelos limpos. 



Além disso, eu estava longe de ser o único atingido por esse flagelo. Frequentemente, se um dos meus colegas apanhasse piolhos, era uma questão de tempo até que uma boa parte de turma também os pegasse. Aliás, lembro-me que no quinto ano, tive uma colega de turma que sofria algum bullying por ter fama de piolhosa. E eu não me orgulho nada disto, até porque eu era dos que mais se davam com ela, mas quando apanhei piolhos nesse ano lectivo, tomei logo essa minha colega como a principal suspeita, já que era minha colega de carteira nas aulas de Ciências Naturais.
A última vez que me lembro de ter piolhos foi para aí com doze ou treze anos e desde então, tanto quanto sei, esses bichinhos nunca mais me atormentaram.  


E como é óbvio, falar de combate aos piolhos nos anos 80 e 90 é falar da marca líder desse ramo, o Quitoso. Acho que no máximo só usei champô Quitoso uma ou duas vezes, com a minha mãe preferir outra marca que entendia ser mais eficiente, mas sem dúvida que em termos de marketing Quitoso, com as suas duas variantes loção e champô, era imbatível. (Uma vez perguntei à minha mãe porque é que não punha apenas a loção em vez de lavar-me a cabeça e ela respondeu que a loção não resultava e tinha-se de andar todo o dia com o cheiro.)
E depois havia o famoso anúncio televisivo que foi emitido durante largos anos e é de uma concisão e secura admiráveis.  A câmara percorre uma sala de aula com muitas crianças de bibe entretidas a escrever nos cadernos quando de repente se detém sobre um rapazinho que coça a cabeça com um ar perturbado, enquanto uma voz-off vai declamando: "Piolhos? Lêndeas? Quitoso elimina-os totalmente! Quitoso, loção e champô. Quitoso!"




Na "Caderneta de Cromos", Nuno Markl comparou este anúncio ao prólogo de um filme de terror em que aparentemente ainda está tudo normal até que de repente foca-se na primeira vítima de uma ameaça terrível que não tardará a alastrar-se.  

Mas se em Portugal, o Quitoso não dourava pílulas quanto ao calvário dos piolhos, na América Latina, a abordagem do Quitoso era mais fofucha e, há que dizê-lo, deveras irrealista. Veja-se este anúncio do Uruguai com uma mãe toda sorridente a encarar os piolhos do filho como se fosse uma inconveniência menor e o rebento a dizer no fim "Te quiero mucho, mamá!". 



Imagino o terror de muitas crianças uruguaias ao descobrir a dura realidade de apanhar piolhos e a desilusão ao verem as mães delas a transformarem-se em impiedosos Rambos capilares, ao contrário da mãe do anúncio. Ou como está escrito num dos comentários deste vídeo no YouTube: 

Ninguna mamá dice esa frase....más bien dicen algo como: "¡Vení para acá que te voy a sacaar esos piojossssssssssssss!¡Que vengas!Quedate quieeeeeeeeto!!!"

Também há este anúncio em espanhol, de cujo exacto país de origem não pude apurar, de uma mãe a aconselhar-se com um simpático farmacêutico. Aqui existe uma preocupação materna mais credível, mas a musiquinha alegre e o sorriso da mãe a pentear o cabelo da filha ainda está num nível irreal.


Mas aparentemente com o tempo, as coisas ficaram um bocado mais realistas quanto ao drama dos piolhos na América do Sul, a julgar por este anúncio chileno de 2019, com quatro petizes a coçar a cabeça energicamente como que apanhados no meio de um surto piolhoso.


Artigos relacionados:
YSOL 206, outro piolhicida: http://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/03/ysol-206.html
Anúncio do Quitoso em imprensa (1987): http://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/02/quitoso-1987.html

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Vamp (1991-92)

por Paulo Neto




Confesso que não acompanhei esta telenovela quando foi exibida cá e que não me recordava de quase nada da trama a não ser que envolvia vampiros. Mas sei que na altura foi uma telenovela brasileira que agradou particularmente ao público jovem, não só pela sua principal temática mas também pela forte componente humorística. Da autoria de António Calmon, "Vamp" foi exibida no Brasil entre 1991 e 1992 e em Portugal na RTP 2 à tarde entre 1992 e 1993.



A protagonista era uma esplendorosa Cláudia Ohana no papel de Natasha, uma cantora rock de grande sucesso, que tem um terrível segredo: em troca da fama, ela vendeu a sua alma ao maléfico Conde Vlad Polansky (Ney Latorraca), o líder de um clã de vampiros. Para quebrar a maldição, Natasha ruma à pacata cidade costeira de Armação do Anjos, sob pretexto de filmar um videoclip, em busca da Cruz de São Sebastião, o único artefacto capaz de destruir Vlad e libertar a sua alma.

Em Armação dos Anjos, mandam duas forças vivas. O ex-capitão do exército Jonas Rocha (Reginaldo Faria), um homem rude mas generoso e admirado pela população, recentemente viúvo que vive com a sua sogra Virgínia (Cleide Yaconis) e os seus seis filhos: Lipinho (Fábio Assunção), Jade (Luciana Vendramini), Nando (Henrique Farias), Isa (Fernanda Rodrigues), Tico (José Paulo Júnior) e João (Pedro Vasconcelos). Quando a historiadora Carmem Maura Goés (Joana Fomm), também ela viúva e com seis filhos - Lena (Daniela Camargo), Scarleth (Bel Kuntner), Rubinho (Aleph del Moral), Dorothy (Carol Machado), León (Rodrigo Penna) e Sig (João Rebello) - chega à cidade, é amor à primeira vista entre ela e o Capitão, e após um romance-relâmpago, os dois casam-se para choque dos seus filhos. A convivência entre os Rocha e os Goés é tudo menos pacífica mas com o tempo lá vão formando uma insólita unidade familiar.

Capitão Jonas, Carmem Maura e Padre Eusébio


Os 12 filhos do Capitão Jonas e de Carmem Maura


O outro homem influente de Armação dos Anjos é Osvaldo Matoso (Otávio Augusto), dono dos negócios e terrenos mais importantes que é casado com a fogosa Mary (Patrícia Travassos), cunhada de Jonas e ex-actriz erótica, com quem teve dois filhos: os intratáveis Matosão (Flávio Silvino) e Matosinho (André Gonçalves) que se divertem atormentar tudo e todos na vila, sobretudo os primos.

Outra figura de Armação dos Anjos é Jurandir Figueira (Nuno Leal Maia), o pároco local cuja afinidade com a juventude local lhe vale a alcunha de Padre Garotão. Mas na verdade, Jurandir não é padre de verdade, mas sim um pequeno meliante que por engano assaltou uma quadrilha de bandidos, para fúria do seu líder Arlindo Cachorrão (Paulo Gracindo), usando desde então as vestes sacerdotais como disfarce. Mas as coisas complicam-se quando Marina (Vera Zimmermann), uma protegida de Cachorrão, se interessa pelo falso padre.

Marina e Jurandir


Matoso, Mary, Vlad, Gerald, Matosão


Eventualmente, o terrível Conde Vlad chega a Armação Dos Anjos com o seu séquito para capturar Natasha. A sua obsessão pela cantora deve-se a ela ser a reencarnação de Eugénia, uma antiga amada sua, que o trocou por um antepassado do Capitão Rocha. Gradualmente, vários habitantes da cidade tornam-se vampiros, em especial toda a família Matoso. Para maior confusão, surgem também dois desastrados caçadores de vampiros: Augusto Sérgio (Marcos Frota) e a inglesa Mrs. Penn Taylor-Smith (Vera Holtz).

Mrs. Penn-Taylor Smith e Augusto Sérgio


Entretanto, Natasha descobre que a Cruz de São Sebastião só pode ser manuseada por um homem de nome Rocha, e como tal aproxima-se do Capitão para que a ajude a destruir Vlad. Mas é por Lipinho que Natasha acaba por se encantar, atrapalhando o romance que tinha surgido entre ele e Lena. Na recta final, Natasha dá à luz um filho de Lipinho, que é sequestrado por Vlad, encarnado em Gerald (Guilherme Leme), o agente de Natasha entretanto vampirizado, mas antes de morder a criança, Jonas mata o malvado conde com uma estaca no peito e Miss Penn Taylor salva o bebé deitando-lhe água benta. No final, Natasha decide voltar ao Rio de Janeiro e continuar a sua carreira, deixando o seu filho a cargo de Lipinho e Lena.

Lipe e Natasha


Do elenco, fizeram ainda parte nomes como Inês Galvão (Joana), Paulo José (Ivan), Jonas Torres (Daniel Rocha), Juliana Martins (Esmeralda), Marcelo Picchi (Moreira), Zézé Polessa (Sílvia) e Osvaldo Louzada (Padre Eusébio) além de aparições especiais de Giulia Gam, Cláudia Raia, Maria Zilda e Rita Lee.

Cartaz do musical inspirado pela telenovela
com Cláudia Ohana e Ney Latorraca


Com grandes doses de humor, terror e música, "Vamp" foi uma telenovela que conquistou o público infanto-juvenil no Brasil e em outros países em que foi exibida. Na banda sonora, há que destacar o tema do genérico "Noite Preta" interpretado por Vange Leonel e uma versão de "Sympathy For The Devil" cantada pela própria Cláudia Ohana. Em 2017, foi levado a cena no Rio de Janeiro um musical inspirado pela telenovela, com Cláudia Ohana e Ney Latorraca a recuperarem as respectivas personagens.

Genérico de abertura:






sexta-feira, 31 de julho de 2020

Blocos publicitários SIC (Julho 1999)

por Paulo Neto



Já faz algum tempo que não temos um artigo a analisar a publicidade de outros tempos, por isso desta vez vamos recuar até 1999 e analisar quatro blocos publicitários exibidos na SIC no mês de Julho desse ano, disponibilizado pelo canal PT Archive. A princípio eu pretendia analisar quatro blocos do dia 31 de Julho (há precisamente 21 anos), mas eles eram um pouco repetitivos. Por isso, optei por analisar dois blocos do dia 1 de Julho de 1999 (quinta-feira) durante a exibição do filme "O Cabo do Medo" e dois do dia 31 de Julho do mesmo ano  (sábado) durante a exibição da série brasileira "Hilda Furacão".
Aqueles com boas memórias recordar-se-ão que ao longo de 1999, apesar de matematicamente o novo século/milénio começar em 2001, o mundo parecia estar em pulgas para celebrar a chegada do ano 2000 e acolher o novo milénio. Portugal não era excepção e a SIC embarcou nesse hype, adoptando "A um passo do novo milénio" como o seu slogan para 1999 e introduzindo um segmento do qual se vai falar mais adiante.


0:00 A actriz Juliette Lewis numa cena do filme "O Cabo do Medo", pelo qual recebeu a sua única nomeação para um Óscar.
0:04 Vinheta SIC
0:06 Há largos anos que o cântico tradicional "Ó Rama Ó Que Linda Rama" ilustrava os anúncio do Azeite Gallo, mas desta vez as cenas campestres por cenas e gentes do mar.
0:27 Não me lembrava deste divertido anúncio ao gelado Magnum. Junto ao mar, as coisas aquecem entre um casalinho, ao ponto do rapaz ter de ir comprar preservativos à máquina mais próxima, mas eis que ele se deixa tentar por uma máquina com gelados Magnum, porque "a vida é feita de prioridades". (E como se vê no final do anúncio, por vezes também é feita de intervenções divinas.) 
0:57 O lendário actor Steve McQueen, falecido em 1980, "ressuscita" para este anúncio do Ford Puma.
1:28 "As formas mudam": é assim que começa este anúncio ao Fa Deocreme.
1:38 Eu pessoalmente não gosto de cerveja, mas sem dúvida que haverão muitos que apreciarão uma cerveja fresquinha nos dias de maior calor. Como tal, o Verão é sempre uma época alta para as publicidades da Super Bock. Em 1999, a marca optou por este vídeo homenageando as maravilhas de toda a costa portuguesa, num jingle cantado pelo incontornável Gustavo Sequeira e com Pedro Ribeiro, da Rádio Comercial, a dar o apontamento final.
2:23 Em 1999, os efeitos nocivos da gasolina no ambiente já eram de conhecimento geral e como tal, a GALP anunciava que iria substituir a gasolina com chumbo por uma gasolina super aditivada com um substituto do chumbo. E foi graças a pequenos gestos como este, que vinte e um anos depois o meio ambiente global está muito melhor! (Só que não...)
3:09 Outro divertido anúncio de gelado, desta vez à gama Carte D'Or em que o feto se delicia com as colheradas de gelado que a sua progenitora consome e que refila ao ponto de pontapé, quando as colheradas vão para a boca do pai da criança.
3:40 Um pomposo porém corajoso bombeiro voluntário protagonizada este anúncio de seguros automóveis da Companhia de seguros Império.
4:06 Conforme instrui o anúncio, o aperitivo Ricard bebe-se bem molhado, 5 parte de água para 1 de Ricard. Depois um brasileiro (suponho que algum jogador de futebol) anuncia o Verão Vivo da Ricard na praia do Waikiki, na Costa da Caparica, onde vai ter jogo e muita festa naquele fim de semana. Vamo nessa!
4:17 Há dias, assinalaram-se 50 anos da morte de António de Oliveira Salazar, que esteve ao leme dos destinos da nação durante quase meio século em que, citando a narração do anúncio, "começou por devolver a paz e a tranquilidade ao país e que terminou a ceifar a inteligência nacional e a hipotecar o futuro de todos os portugueses." Nesse ano de 1999, onde se assinalaram os 25 anos do 25 de Abril, a SIC tinha produzido uma série documental de seis episódios sobre a sua vida, intitulada "Salazar" com depoimentos de políticos e historiadores dos vários quadrantes e testemunhos de quem conviveu de perto com ele e que agora estava disponível em vídeo.
5:22 Autopromoção ao programa "Pequenos e Terríveis" apresentado por Catarina Furtado que nessa semana teria Dulce Pontes e José Figueiras a enfrentarem as terríveis perguntas de um grupo de petizes. Catarina Furtado viria depois a recuperar este formato na RTP em programas semelhantes como "Pequenos Em Grande", "Quem Tramou Peter Pan" e "Aqui Mandam As Crianças".
6:20 "Pequenos E Terríveis" com o patrocínio dos relógios Lacoste
6:24 A Olá anunciava a novidade da Viennetta com sabor a Tiramisú. Devo dizer que quando chega cá a casa uma Vienetta, costuma ser deste sabor, que é bastante delicioso.
6:36 Numa biblioteca, um homem hipersensível aos pequenos ruídos causados pelos outros utentes só encontra paz para os seus ouvidos dentro do seu Toyota Avensis.
7:07 Para competir com essa instituição que são os Douradinhos da Iglo, a Pescanova apostava nas suas barrinhas de pescada onde ao prová-las, um miúdo se imagina num agitado barco em alto-mar. Além das novas variedades com espinafre e queijo, havia ainda a hipótese de ganhar uma de cem arcas congeladoras. 
7:37 Anúncio à revista Caras, desde a sua introdução em Portugal em 1995, uma das publicações de referência da imprensa cor-de-rosa.
7:52 Infelizmente, o Verão também é o tradicional tempo de invasões de melgas e mosquitos. Mas em 1999, a Dum Dum tinha dado um grande passo na evolução do combate a essas pragas com um dispositivo que actuava durante a noite e autodesligava-se de dia.
8:12 Os hipermercados Jumbo desafiavam a concorrência, prometendo pagar a diferença a quem conseguisse encontrar mais barato.
8:33 Os actores Sofia Alves e Fernando Luís (que na altura protagonizava a série Médico de Família)  neste anúncio às Lay's Light com menos 33% de gordura (o que tal como todos os produtos ditos light,  não quereria necessariamente dizer que tivessem mesmo assim uma quantidade de gordura)  onde Sofia inquire Fernando sobre o sabor das batatas e se ele encontrava alguma diferença às Lay's normais, mas o actor parece mais interessado em comer todas aquelas batatas à borla do que em dar uma opinião.
9:03 Um bem colorido anúncio ao champô Timotei para cabelos pintados e com permanente. Ora aí está uma marca que teve anúncios na TV durante anos a fio e que já faz um bom tempo que não sei de nada dela. Ainda existem champôs Timotei à venda, ou o único Timotei de que se fala agora é mesmo o Chalamet?
9:24 Vinheta SIC
9:28 Nos dias seguintes, Vila Nova de Famalicão acolhia o Festival Vale D'Este, um verdadeiro festival de música brasileira onde actuaram grandes nomes como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Ney Matogrosso e "o furacão do Brasil" Daniela Mercury.
10:01 Em 1999, bem como antes e depois, a violência doméstica era um flagelo de dimensões preocupantes em Portugal. Neste anúncio da Associação de Mulheres Contra a Violência, uma voz propõe um minuto de silêncio pelas mulheres maltratadas e enquanto um ponteiro dá a volta, ouvem-se ruídos que soarão bem familiares a quem sofreu na pele tal violência. O que vale é que hoje em dia, a violência doméstica diminuiu e as suas vítimas têm todo o apoio e protecção! (Só que não...)
10:57 Uma lendária figura da televisão estava de regresso: o Topo Gigio estava a caminho do "Big Show SIC"! Nos anos de 70 e 80, o famoso rato oriundo de Itália encantara miúdo e graúdos com voz em Portugal de António Semedo, acompanhado pelas pianadas de Rui Guedes.




0:00 De novo Juliette Lewis em "O Cabo do Medo" numa cena de fuga.
0:04 Vinheta SIC
0:06 Lembram-se quando nos anos 90, a Benetton era uma das marcas mais cobiçadas e havia sempre quem fazia questão de ostentar roupas da Benetton no microcosmos escolar? Assim como havia aqueles que como eu estavam-se a marimbar para o status das marcas de roupa. Pois bem, sucedia que aparentemente a Benetton recomendava a lixívia Neoblanc e neste anúncio a avozinha Neoblanc uma vez mais salvava o dia quando o neto suja a camisola da Benetton que seria o presente da neta mais velha graças à dita lixívia. E rejubila a neta no dia do aniversário: "A minha cor! E da Benetton!"
0:39 Alexandra Fernandes, uma das míticas apresentadoras da meteorologia da SIC, surge neste anúncio no papel de uma glamourosa starlet que afirma ter perdido quatro quilos numa semana graças à dieta de Hollywood, se bem que talvez com algumas consequências mais nefastas. Se calhar teria sido melhor comer iogurtes Corpos Danone, como a jovem que não vai em dietas loucas e que acaba por cruzar olhares com um jovem Afonso Vilela.
1:04 Um anúncio à Coca-Cola ao ritmo do samba, com inúmeros instrumentos feitos a partir de garrafas, latas e caricas.
1:34 Graças a este anúncio do Peugeot 206, um dos hits mais inesperados de 1999 foi o mambo "La Banana" de Ben Sa Tumba & Son Orchestre, originalmente gravado dos anos 60, e o seu inesquecível refrão "el unico fruto del amor, es la banana, es la banana". Como esse músico francês já não era vivo, o cantor cubano-americano Michael Chacón gravou uma versão para capitalizar no sucesso e actuar em vários países, tendo por exemplo aparecido em Portugal em alguns programas como "Roda dos Milhões" e "Big Show SIC". 
1:45 Um animado anúncio à água com gás Frize
2:05 Uma petiza reclama ao Sr. Johnson's que a sua mãe rouba-lhe o seu champô Johnson's Baby.
2:20 Seja com um amigo colorido, com muitos amigos, com o último namorado ou o primeiro amor, sabe sempre bem partilhar um delicioso sortido de bolachas Cuétara.
2:47 De novo a anúncio à revista Caras.
2:58 Na altura decorria a quinta edição do Festival Super Bock Super Rock, que em 1999 dividiu-se entre Lisboa e Porto. No dia seguinte, 2 de Julho, havia actuações de Spain no Hard Club Gaia, More República Massónica e DJ Nuno Calado no Garage em Lisboa. E para os dias seguintes, estavam para actuar nomes como Skunk Anansie ou Ben Harper.
3:12 O actor Eurico Lopes protagoniza este bizarro anúncio ao papel higiénico Smart com voz-off de Miguel Guilherme, onde nenhum rolo aparece. Não me lembro de todo desta marca, pelo que a sua existência deverá ter sido efémera.
3:32 Depois do tomo de 1994 de "Norte & Sul" e de "As Viagens de Gulliver", a SIC anunciava exibição de mais uma grandiosa mini-série, "Hornblower: Oficial e Cavalheiro", baseada nos dez livros de C.S. Forester sobre um herói ficcional das guerras napoleónicas chamado Horatio Hornblower, com o actor galês Ioan Gruffud no papel principal e produzida pela cadeia britânica ITV em 1998. Em alguns países, a série passou em formato de dois telefilmes de duas horas. Mais seis telefilmes seriam feitos entre 1999 e 2003, mas não sei se passaram por cá.
4:48 As inscrições estavam abertas para a pré-selecção nacional do Supermodel of the World 1999, cujo certame internacional foi celebremente vencido pela portuguesa Diana Pereira em 1997 e que Lisboa acolheu no ano seguinte. Não sei quem foi a representante portuguesa em 1999, mas sei que a vencedora da final internacional foi a australiana Alyssa Kealy.
5:48 E de acordo com todo o hype que se gerou ao longo do ano pela chegada do novo milénio, todos os dias de 1999, a SIC tinha esta contagem decrescente por entre os seus blocos publicitários. Nesse dia 1 de Julho de 1999, faltavam precisamente 184 dias para o fim do ano/século/milénio.
6:58 Outra vez o anúncio ao Aperitivo Ricard. Vamo nessa!
6:06 Mais um anúncio do Jumbo, onde se desafiava a encontrar noutro sítio um conjunto de berbequim e aparafusadora da marca Rhino por menos de 4999 escudos (cerca de 25 euros).
6:18  Os refrescos em pó Tang ainda se vêem por aí nos supermercados mas já não são a instituição que costumavam ser em décadas passadas. Aliás nem me lembrava que ainda havia anúncios ao Tang em 1999. Gosto particularmente do overacting de toda a gente envolvida neste anúncio, sobretudo a jovem petiza.
6:48 Trailer do filme "Corruptor" com Chow Yun-Fat e Mark Wahlberg, com a inconfundível voz de João David Nunes e a mítica frase "Sexta-feira estreia!". (Foi a partir de 2004 que os filmes em Portugal passaram a estrear-se à quinta-feira.)
7:03 Maria João Bastos num anúncio aos Iogurtes Mimosa.
7:18 A actriz Fátima Belo era na altura uma cara regular dos anúncios dos supermercados Feira Nova. Neste anúncio, além dos preços do fiambre Nobre e do atum Bom Petisco, anunciava-se a recente abertura de um Feira Nova em Sintra. Em 2010, a marca desta empresa subsidiária do Grupo Jerónimo Martins, seria absorvida pelo Pingo Doce.
7:53 Anúncio às bolachas Tosta Rica Choco Guay da Cuétara, onde reconheci a voz do então jovem actor de "Médico de Família" Francisco Garcia.
8:09 Outro trailer com voz de João David Nunes, desta fez ao filme "O Águas" (no original "The Waterboy") com Adam Sandler.
8:24 O automobilista Pedro Matos Chaves aparece neste anúncio à Cerveja Cheers sem álcool.
8:49 Vinheta SIC
8:53 Nesse sábado, seria exibido na SIC na rubrica "Os Dias do Cinema" o filme "Empire Records" (que vá-se lá saber porquê ganhou o título português de "Vale Tudo"), sobre 24 horas na vida de jovens empregados numa loja de discos, com Liv Tyler, Renee Zellweger, Robin Tunney e Anthony LaPaglia. O guarda-roupa envergado por Liv Tyler no filme é toda uma cápsula das modas dos anos 90.
9:47 Novamente o anúncio do Topo Gigio no Big Show SIC.
10:31 No dia seguinte, o primeiro filme da saga "Mad Max" seria exibido na SIC. Com o esquecido título português de "As Motos da Morte", este thriller distópico australiano de 1979 revelou um bem jovem Mel Gibson.
11:17 Com o patrocínio da Super Bock Cool Beer.
11:28 Em 1999, os Excesso, então ainda a grande boyband nacional, editaram o seu segundo álbum "Até Ao Fim" e neste passatempo de linha de valor acrescentado, os fãs habilitavam-se a ganhar CDs autografados. Porém o ano de 1999 seria o do fim dos Excesso que se dissolveria ainda antes do final do ano.



 


0:00 Agora saltamos passamos do primeiro para o último dia de Julho de 1999, com um bloco desse dia que começa com uma cena da série "Hilda Furacão" com o actor Danton Mello em destaque.
0:05 Vinheta SIC
0:07 Anúncio com as actrizes Fernanda Serrano e Vera Alves. A princípio, parece que a primeira está a descrever um homem de sonho com quem jantou na noite anterior, mas afinal a única coisa boa do jantar foi o vinho. Tudo isto num anúncio da ViniPortugal para a exaltar as célebres qualidades dos nossos vinhos.
0:39 Um anúncio sobre os serviços de três bancos - Pinto & Sotto Mayor, Totta & Açores e Crédito Predial Português - aos emigrantes portugueses espalhados em todo o mundo. Actualmente apenas o segundo sobrevive sob a designação de Santander Totta.
1:09  Em 1998 os The Gift lançara o seu álbum de estreia "Vinyl" mas só no ano seguinte é que o single "OK! Do You Want Something Simple?" começou verdadeiramente a passar nas rádios, impulsionando as vendas do disco. Escusado será dizer que este foi apenas o início de uma carreira de grandes sucessos para a banda de Alcobaça.
1:19 O Sonasol Frescura apresentava a novidade com aroma a kiwi. E claro que não podiam faltar um mordomo Sonasol e o mítico bordão "o algodão não engana!".
1:45 Ainda a alguns anos da fusão com a insígnia Continente, o grupo dos hipermercados Modelo ainda era autónomo, incluindo nos produtos de marca própria. Como é o caso dos sumos néctares que o jovem deste anúncio vai emborcando uns atrás dos outros.
2:09 A discoteca "Trigonometria" na Quinta do Lago já era então uma das mais badaladas do Algarve, justificando-se a edição de uma colectânea que reunia hits da pista de dança dos anos 90 com algumas músicas mais antigas como de "Real Wild Child" de Iggy Pop ou "Sex Machine" de James Brown.
2:31 Um ataque de melgas em naves espaciais (?) é neutralizado graças ao Raid Portátil.
2:51 Promoção ao célebre programa "Cantigas da Rua", então apresentado por José Figueiras, com a próxima paragem na Batalha, junto ao Mosteiro. (Se não me engano, a jovem que surge a cantar o "Believe" é a fadista Fábia Rebordão, então ainda adolescente.) Curiosamente, o convidado musical dessa sessão era o anterior apresentador do programa, Miguel Ângelo, que nesse ano editara o seu primeiro álbum a solo, "Timidez".
3:47  "Cantigas da Rua" tinha o patrocínio do Kellogg's All-Bran
3:52  No mês seguinte, a SIC estrearia a série "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (apesar da SIC apresentar como telenovela), adaptado da obra de Jorge Amado, com Giulia Gam, Edson Celulari e Marco Nanini como as três personagens titulares. O livro já tinha sido adaptado em filme em 1976 com Sónia Braga e voltaria a ter outra adaptação cinematográfica em 2017. Nesta promo, era destacada a personagem Vadinho (Celulari).
4:44  E novamente a contagem decrescente. Agora faltavam 153 dias.
4:54  Com Blanka Pastilhas, não jogue à roleta com a sua roupa!
5:29  Depois de ter aparecido nas capas de vários volumes da série de colectâneas "Número Um", o Fido Dido, a mítica mascote da 7Up, aparecia agora pela colectânea "Fido Latino 99" que reunia temas da música latina com nomes como Ricky Martin, Gloria Estefan, Chayanne e Shakira. Ou não fosse no Verão de 1999 que a música latina chegou ao mainstream.
5:40  Uma espécie de paródia ao filme "Momentos de Glória" onde uns agricultores correm para colher as frutas dos iogurtes "A Selecção" da Danone.
5:59  Uma jovem mulher de cabelo curto passeia alegremente pela cidade e como usa Ausónia Seda Ultra, não há amarguras do período que resistam. (E só eu achei que a música que se ouve parece um decalque do "Torn" de Natalie Imbruglia?)
6:41 A assinalar os vinte anos da estreia do mítico programa da Rádio Comercial, considerado um factor essencial para o boom do rock português no início dos anos 80, era editada uma colectânea  "Rock em Stock" com muitos temas conhecidos dos anos 70 e 80, de nomes como Blondie, Styx, Buggles, Billy Idol e Pretenders.
7.00  Outro anúncio da ViniPortugal, agora com Afonso Vilela.
7:11 Vinheta SIC
7:15  Esse próximo dia 8 de Agosto era o Dia do Benfiquista no Estádio da Luz e além da presença dos jogadores então no plantel do Benfica, havia actuações musicais dos Anjos, dos UHF e dos Pedro & Os Apóstolos.
7:56 No dia seguinte, no espaço "Maiores de 17" das noites de domingo, a SIC exibia "Perseguição Alucinante" (no original, Plato's Run), filme de 1997 com Gary Busey e Roy Scheider, sobre um ex-Marine que se vê numa perigosa teia de conspirações.
8:35 "Maiores de 17" com o patrocínio do Opel Corsa
8:41 Por fim, tempo para recordar programação para a manhã e tarde do dia seguinte. No bloco seguinte falaremos desses programas.





0:00 Ana Paula Arosio, protagonista de "Hilda Furacão", num momento de aflição.
0:02 Vinheta SIC
0:04 Calgonit Pastilhas Dupla Ação Plus - o mais vendido no mundo!
0:35 Promoção ao disco "Strange Foreign Beauty" da banda dinamarquesa Michael Learns To Rock, que era um álbum best of que incluía alguns dos seus maiores sucessos e alguns temas inéditos como a faixa-título. Nesse ano de 1999, a banda promoveu o disco intensivamente em Portugal, dando alguns concertos e actuando em vários programas de televisão. Os Michael Learns To Rock continuam no activo (o seu mais recente álbum é de 2018) e são tidos como a banda europeia que mais concertos deu na Ásia, sendo mesmo a primeira banda internacional a actuar no Cambodja. 
0:55 E eis as sugestões da SIC e da Zanussi para o dia seguinte (1 de Agosto 1999):
- "Zeus & Roxanne", filme sobre a amizade entre um cão e um golfinho com Steve Guttenberg.
- "VIP", série protagonizada por Pamela Anderson
- "Rex, O Cão Polícia", a famosa série policial austríaca sobre o canino titular que a SIC estreara nesse ano, pelo que na altura o co-protagonista era então o actor Tobias Moretti, que foi o agente Richard Moser, principal companheiro de Rex, nas primeiras quatro temporadas (1994-1998).
- "Annie, Uma Aventura Real", telefilme de 1995 que era uma espécie de sequela do filme musical de 1982, com Ashley Johnson no papel da órfã ruiva e Joan Collins como a principal antagonista.
1:50 Enquanto homem, eu sei que há recantos do universo feminino que  nunca poderei conhecer, assim como sei que por muito que as mulheres que estão ou estiveram presentes na minha vida me tenham confidenciado, existem conversas que só se têm entre mulheres (tal como há aqueles que só se têm entre homens). Mas o programa documental  "Conversa de Mulheres" pretendia levantar uma pontinha do véu filmando algumas conversas íntimas entre mulheres (por vezes até mesmo entre desconhecidas!) em sítios como saunas ou casas de banho, onde os temas preferidos são o amor, o sexo, a amizade e os homens.
2:40 Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de "Milla" no ano anterior, o brasileiro Netinho regressava a Portugal para mais concertos em Lisboa, Porto, Viseu, Loulé, Póvoa do Varzim e Figueira da Foz.
3:08 Os anos 90 foram os anos do tele-esoterismo onde vários astrólogos, tarólogos e videntes afirmavam confiantemente ter a solução a todos os males (sobretudo de amor), numa linha de valor acrescentado. Neste caso, era Miguel de Sousa que garantia através dos astros encontrar a pessoa amada àqueles que ligassem. (Ao ouvir isto até a mim, que me interesso medianamente por astrologia, apetece dizer "Grande treta!")
3:37  Na altura, as noites de segunda-feira na SIC eram sinónimo da "Roda dos Milhões", onde além das extracções da lotaria e do Loto 2 e de vários prémios, haveria nessa semana actuações de Ágata, UHF e Xanadú (os de "Sha-la-la-li, não quero mais de ti...")
4:20 Uma vez, mais faltavam 153 dias.
4:24 Nova promo à série "Dona Flor e Seus Dois Maridos", desta vez destacando a personagem Teodoro (Marco Nanini), com quem Dona Flor (Giulia Gam) se casa após a morte do primeiro marido Vadinho (Edson Celulari). Embora estas segundas núpcias sejam bem mais tranquilas, Dona Flor sente falta da paixão vivida com o primeiro esposo. Mas eis que este regressa do mundo dos mortos para preencher essa lacuna.



Vídeo Bónus: 

Excerto do Último Jornal da SIC (31 Julho 1999) com Alexandra Abreu Loureiro 



terça-feira, 21 de julho de 2020

Conta Comigo (1986)

por Paulo Neto

Há semanas este filme passou na SIC (que ultimamente tem dedicado as suas tardes de sábado a passar filmes dos anos 80 e 90) e o meu irmão ficou espantado por a minha mãe nunca ter ouvido falar dele, uma vez que ele estava convencido que era daqueles filmes que toda a gente conhece. Mas eu próprio, apesar de saber por alto a história, era daqueles filmes em que eu só tinha apanhado cenas aqui e ali. Por isso, quando há dias eu apanhei uma nova emissão de "Conta Comigo", desta vez na SIC Mulher, decidi vê-lo de ponta a ponta.



Realizado em 1986 por Rob Reiner, "Conta Comigo", cujo título original "Stand By Me" da famosíssima canção de 1961 de Ben E. King, era uma adaptação de um conto de Stephen King intitulado "O Corpo", um dos quatro contos incluídos na colectânea "Estações Diferentes" (1982) que também incluía o conto que daria o filme "Os Condenados de Shawshank" e foi protagonizado por quatro jovens actores: Will Weaton, River Phoenix, Corey Feldman e Jerry O'Connell.



Em 1985, ao saber da notícia da morte do seu amigo de infância Chris Chambers, o escritor Gordon Lachance (Richard Dreyfus) relembra uma aventura que viveu aos 12 anos quando era conhecido como Gordie (Weaton) com Chris (Phoenix) e mais dois amigos de então, Teddy Duchamp (Feldman) e Vern Tessio (O'Connell) no Verão de 1959 quando viviam na pequena cidade de Castle Rock no estado de Oregon. Os quatro são os típicos pré-adolescentes que se juntam numa casa de árvore para jogarem, fumar e ter as típicas conversas parvas de todos os rapazes de 12 anos. Gordie é o introvertido que gosta de ler e escrever histórias e sonha em ser escritor, Chris é o líder e o mais maduro, Teddy é o caixa-de-óculos que ferve em pouca água e Vern é o típico gorducho pacholas.
Mas para os quatro a amizade entre ambos é algo essencial já que todos eles passam por tormentos no seio familiar: oriundo de uma família de bandidos, Chris é olhado por todos na cidade como mais um Chambers delinquente; o pai de Teddy, nunca superando os traumas de ter combatido na II Guerra Mundial, é alcoólico e violento, tendo chegado a queimar a orelha do filho no fogão; Vern é um alvo fácil de chacota e pancada; e Gordie é negligenciado pelos pais, sobretudo após a morte do seu irmão mais velho Denny (John Cusack) num acidente de automóvel e de quem ele era muito próximo, e sente-se particularmente desprezado pelo pai (Marshall Bell). E para piorar as coisas, o terrível gang dos Cobras, liderado pelo perverso Ace Merrill (Kiefer Sutherland) e do qual fazem parte Billy (Casey Siemaszko), irmão de Vern, e Eyeball (Bradley Gregg), irmão de Chris, costuma atormentá-los.



Certo dia, Vern ouve Billy falar sobre um rapaz da idade deles que morreu ao ser colhido por um comboio numa floresta das redondezas e os quatro decidem ir passar o fim de semana em busca do cadáver na esperança obter toda a fama e glória da descoberta. E como não podia deixar de ser, vivem diversas peripécias como escapar a serem trucidados por comboios, fugir de cães ferozes e atravessar pântanos com sanguessugas. Pelo meio, Gordie e Chris vão trocando confidências e incentivos que haverão de os marcar pela vida: Gordie garante Chris que ele tem a força e a inteligência para escapar ao seu destino aparentemente marcado e Chris incita Gordie a não desistir do seu talento para a escrita e para imaginar histórias, apesar da desaprovação do seu pai.

Aliás, o filme recria uma história que Gordie conta aos amigos quando acampam de noite sobre Davie "Lard-Ass" Hogan (Andy Lindberg), um rapaz obeso que congemina uma vingança por uma vida de constante fatshaming de todos em seu redor ao transformar um concurso de comer tartes num autêntico pandemónio de vomitado.
Os quatro amigos acabam por descobrir o cadáver e a chocante visão é como que uma perda de inocência para todos. Mas pouco depois, Ace e os seus esbirros aparecem para lhes surripiar os planos gerando um perigoso confronto, onde Gordie tem um papel decisivo.



No fim, os rapazes decidem não reclamar os louros da descoberta, optando por alertar as autoridades por chamada anónima e regressam à cidade e vão-se despedindo uns dos outros. O Gordie adulto narrador revela então que com o tempo a amizade deles foi-se gradualmente desvanecendo pelas circunstâncias da vida e o que aconteceu a cada um deles, incluindo a triste morte de Chris, que se tinha formado em Direito, assassinado ao tentar parar uma rixa num restaurante. O filme acaba com o Gordie adulto, que realizou o sonho de ser escritor, a acabar de escrever no seu computador a história que tinha narrado. A última frase é: "Eu nunca mais tive amigos como aqueles que eu tinha aos doze anos. Jesus, será que alguém teve?"



À superfície, a história de "Conta Comigo" parece a de um típico filme juvenil de aventuras, e embora tenha as suas boas doses de emoção e humor, o negrume que está sempre implícito (e que no filme até foi um pouco refreado face ao conto original) quer nos calvários pessoais dos protagonistas, quer na figura sinistra de Ace (já se sabe que os bullies de Stephen King não podem ser apenas uns simples bullies, têm de ser sempre autênticos degenerados e/ou sociopatas) ou no facto de não terem qualquer apoio por parte dos adultos à sua volta, quer ainda na simples premissa de que o móbil da aventura é um cadáver, mas é precisamente esse travo amargo que torna o filme particularmente interessante. O jovem quarteto protagonista tem um desempenho excelente, mas tenho mesmo de destacar River Phoenix (o que me faz lamentar a sua morte tão precoce e imaginar o senhor actor que poderia se ter tornado). E quem diria que aquele Jerry O'Connell gorduchinho cresceria para se tornar um dos bonitões de Hollywood? 
Mas sem dúvida que o apelo duradouro de "Conta Comigo" é a universalidade com que aborda as dores de crescimento e como facilmente nos identificamos nos quatro protagonistas. Eu identifiquei-me muito com o Gordie já que tal como ele, eu sempre adorei escrever e imaginar histórias, sou introvertido, costumo amiúde duvidar das minhas capacidades e apesar de felizmente, ao contrário do pai dele, o meu pai me tenha sempre providenciado todo o apoio e afecto que eu precisava, tenho para sempre esta sensação que ele nunca conseguiu perceber verdadeiramente quem eu era de verdade.



"Conta Comigo" foi nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Adaptado e para os Globos de Ouro de Melhor Realizador e Melhor Filme Dramático e inspirou filmes e séries como "A Malta do Bairro" e "Stranger Things". Stephen King considerou que tinha sido até então a melhor adaptação de qualquer obra sua e o realizador Rob Reiner afirmou que durante o visionamento do filme, King ficou tão abalado que pediu para ir-se recompor para depois agradecê-lo profusamente. E ainda hoje a cidade de Brownsville no estado de Oregon onde grande parte do filme foi filmado é local de romaria para vários fãs. 
E como não podia deixar de ser, o filme apresentou a canção que dava nome ao título original a toda uma nova geração. Consta que Michael Jackson foi abordado e estaria interessado em gravar uma versão de "Stand By Me" para o filme, mas os produtores acabaram por optar por utilizar o original de Ben E. King, que foi reeditado em single, com um videoclip em que King interagia com River Phoenix e Wil Weaton.

Trailer:


Ben E. King "Stand By Me"





quarta-feira, 15 de julho de 2020

A Cinderela (1996)

por Paulo Neto

A história da "Cinderela" a.k.a. "A Gata Borralheira" é universalmente conhecida e contada há várias gerações: a história de uma bela jovem escravizada pela sua madrasta enquanto as suas meias-irmãs divertem-se com todos os luxos, que certa noite chega toda transformada e deslumbrante ao baile onde o príncipe das redondezas se apaixona por ela, para ao bater da meia-noite fugir deixando para trás um sapato de cristal que servirá como comprovativo da sua identidade. Existem duas versões conhecidas deste conto: a de Charles Perrault e a dos irmãos Grimm, em que a principal diferença é que em Perrault, a fada madrinha converte os trapos de Cinderela num luxuoso outfit para ir ao baile e na versão dos Grimm, Cinderela obtém o vestido e os sapatos quando caem de uma árvore junto à sepultura da sua falecida mãe.



Tal como basicamente todas as histórias infantis, impunha-se que o conto tivesse o seu tratamento de série anime e em 1996 surgiu "Cinderella Monogatari" (literalmente "A História da Cinderela"), uma produção italo-japonesa (Italia1 e NHK) de 26 episódios que nesse mesmo ano foi exibida na TVI com um simples "A Cinderela", tendo sido resposta pelo menos mais duas vezes nos anos seguintes.

Embora mantendo fielmente a essência narrativa original, o facto de haver tantos episódios deu para aprofundar mais a trama e fazer algumas alterações. Por exemplo, aqui o pai da Cinderela não está morto, a fada madrinha costumava aparecer sempre que Cinderela estava em apuros (o que faz mais sentido do que na história original onde sempre achei muito estranho que a Fada Madrinha nunca tivesse aparecido antes, tipo: "A minha afilhada a sofrer maus-tratos por parte da crápula da madrasta? Tudo bem. Mas ela ficar sem roupa para ir ao baile? Isso é que nem pensar."), a Cinderela e o Príncipe já se conhecem antes do baile e sobretudo, existe um vilão ainda mais perigoso que a Madrasta.

Mas vamos então à sinopse da série. No Reino de Esmeralda, vivia uma bela jovem chamada Cinderela, filha do Duque de Biel, que perdeu a sua mãe ainda criança. O seu pai, procurando colmatar a ausência de uma figura materna, casou com uma viúva que tinha duas filhas, Catherine e Jeanne. Assim que o pai de Cinderela se ausenta numa longa viagem de negócios, a madrasta revela a sua verdadeira face, obrigando a jovem a fazer os trabalhos pesados da lida da casa, a vestir velhos trapos e a dormir no sótão, enquanto ela e as suas filhas usufruem de vários luxos. Para a ajudar a suportar esse calvário, Madame Paulette, amiga da sua mãe e uma fada com poderes mágicos, auxilia-a nas situações mais complicadas e dá aos animais da casa, o cão Polly, o passarinho Pappy e os ratos Chuchu e Bingo o poder de comunicarem com Cinderela.




Durante as suas idas ao mercado da cidade, Cinderela encontra-se várias vezes com um rapaz impetuoso chamado Charles, muito parecido com o Príncipe herdeiro do mesmo nome. Cinderela não acredita nas histórias que ele conta, como a de ser parceiro de esgrima do Príncipe, e costuma chamá-lo de mentiroso mas aos poucos vão ficando amigos. Na verdade, trata-se do verdadeiro Príncipe Charles, que costuma escapulir-se do castelo e passear por entre os seus súbditos, pois acredita que assim aprenderá a ser um melhor governante.




Mas existe uma forte ameaça: o pérfido Duque Zara, conselheiro do Rei, pretende tomar o poder. Zara espera casar a sua filha Isabelle com Charles para assim continuar a controlar os destinos do reino. Mas não só Charles não demonstra nenhum interesse por Isabelle, como vem-se a saber que esta está na verdade apaixonada por Florent, um jovem amigo do Duque de Biel a quem a Madrasta tentou fazer com que ficasse noivo da enteada. Para fúria do pai, Florent e Isabelle fogem e Zara planeia então uma emboscada para matar Charles, na qual Cinderela fica a conhecer a sua identidade.



O baile da história original acontece na recta final da série. Cinderela apresenta-se com o vestido da sua mãe, mas uma vez mais a madrasta e as meias-irmãs demonstram a sua crueldade, insultando-a e rasgando o seu convite para o baile. É então que Madame Paulette intervém novamente, transformando o vestido de Cinderela, que surge tão esplendorosa no baile que nem a madrasta nem as meias-irmãs a reconhecem. O Príncipe também não reconhece nela a amiga com quem viveu várias aventuras mas sente-se mesmo assim atraído por ela. Quando Cinderela tem de fugir ao bater da meia-noite deixa nas escadarias do palácio um dos seus sapatos de cristal que, como se sabe, será crucial para identificar Cinderela como a apaixonada do Príncipe. Mas antes do casamento e do "felizes para sempre", Cinderela e Charles terão de enfrentar Zara num perigoso confronto final.


  
"A Cinderela" teve o mérito de pegar numa história por demais conhecida e dar-lhe um novo fôlego. Uma vez mais, a dobragem portuguesa esteve exemplar, sob direcção de Jorge Paupério, com destaque para Zélia Santos na voz de Cinderela, Raúl Constante Pereira nas vozes de Charles e do cão Polly e Jorge Sanches na voz do Duque Zara. E quem viu a série não esqueceu o tema instrumental do genérico de abertura.

Genérico: 


Existem vários episódios no YouTube. Eis alguns deles:












quinta-feira, 9 de julho de 2020

A Pequena Maravilha (1985-89)

por Paulo Neto

O nosso seguidor do Facebook Rui Faria recentemente postou na nossa página um vídeo sobre esta série, que por acaso é uma que já há algum tempo tínhamos intenção de abordar aqui. Trata-se da série americana "Small Wonder", cujo título em Portugal foi um literal "A Pequena Maravilha" (no Brasil, "A Super Vicki"). A série teve quatro temporadas, exibidas nos Estados Unidos entre 1985 e 1989. Não estou certo se a série passou em Portugal na sua totalidade, mas estou em crer que pelo menos as duas primeiras temporadas passaram na RTP1 aos domingos de manhã no espaço "Juventude e Família".





A série era  sobre um robô com a forma humana de uma menina de dez anos e a sua integração tanto no seio da família do homem que a construiu como no mundo dos humanos. Ted Lawson (Dick Christie) é um engenheiro de robótica que secretamente decide criar um robô com a aparência de uma criança a quem chama de Vicki (Tiffany Brissette), com o intuito de servir de apoio a crianças portadoras de deficiência. Para que a sua criação se desenvolva no meio dos humanos, Ted leva Vicky para conviver com a sua família: a sua esposa Joan (Marla Pennington) e o seu filho Jamie (Jerry Supiran), que tem a mesma idade aparente de Vicki.
Usando quase sempre um vestido vermelho com um avental branco, Vicki tem vários poderes como velocidade e força super-humanas, fala com uma voz robótica, costuma repetir quase tudo o que lhe dizem e interpreta de forma literal as ordens que lhe dão. Tem ainda um painel de circuitos nas costas que Ted abre quando é preciso consertar algo nela. Grande parte do humor da série residia portanto na forma como Vicki se tentava encaixar por entre os humanos, e apesar da sua voz e de às vezes mostrar as suas capacidade sobrenaturais, raramente os outros humanos fora da família Lawson suspeitavam dela.   



Para o exterior, os Lawson apresentam Vicki como uma prima afastada que adoptaram e só uns poucos amigos de confiança sabem da sua verdadeira identidade. Joan rapidamente trata Vicki como um ser humano real e torna-se bastante protetora dela, como se fosse sua filha a sério. No início da série, é apenas de dona de casa mas a partir da segunda temporada, passa a trabalhar como professora na escola do filho. Joan tinha o bordão "That makes sense..." que dizia quando não percebia o que lhe era dito, nomeadamente os discursos tecnológicos do marido. Já Jamie costuma fazer planos para utilizar os poderes de Vicki a seu favor, para se safar de problemas com os pais ou para ganhar dinheiro fácil, mas quase sempre os seus planos saem furados. Mas apesar disso, Jamie também se afeiçoa rapidamente a Vicki e a vê como uma irmã. 



As coisas costumavam complicar-se por culpa dos Brindle, os vizinhos dos Lawson, uns autênticos coscuvilheiros que costumam aparecer nas situações mais inconvenientes. A filha Harriet (Emily Schulman) está sempre a rondar a casa porque gosta de Jamie e quer saber de tudo o que se passa na vida dele para o tentar conquistar, por muito que o rapaz lhe diga que não a suporta e de vez em quando tenta fazer-se amiga de Vicki. A mãe Bonnie (Edie McClurg), do alto da sua presunção, gosta de mandar bocas a Joan de como é mais elegante e refinada que ela e quando é confrontada com a sua coscuvilhice, ela costuma negar dizendo "oh no-no-no-no-no!" e o pai Brandon (William Bogert) é colega de trabalho de Ted e está sempre atento às ideias de Ted, a ver se as consegue roubar. 

Como a actriz Tiffany Brissette entrou na puberdade e era notório o seu crescimento ao longo da série (fez o papel dos 9 aos 13 anos), tal foi justificado na trama como Vicki ter recebido upgrades. Nas duas últimas temporadas, Brissette também interpretou o papel de Vanessa, uma versão maligna de Vicki (qual KARR para o KITT). 

"A Pequena Maravilha" foi transmitida em vários países além de Portugal e chegou a ter uma adaptação na Índia. Emily Schulman ganhou dois Young Artist Awards pelo seu papel de Harriet.

Depois de vários papéis no cinema e na televisão enquanto actriz infantil, Tiffany Brissette deixou a representação em 1991. Em 2009, Brissette estava a viver no estado do Colorado, onde trabalhava como enfermeira. 

Tiffany Brissette na actualidade 


Genérico abertura e créditos finais (1.ª temporada)







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