sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Pela Noite Dentro (1991)


Hoje partilhamos o separador ou vinheta de inicio da rúbrica de cinema nas sextas á noite "Pela Noite Dentro" em 1991, na RTP1 (na época Canal 1).



Video recuperado de uma videocassete VHS, gravada na RTP-1 no dia 18 de Outubro de 1991. 

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Escovas Limpa-Vidros BOSCH (1991)


A maioria dos anúncios que colocamos online na Enciclopédia são retirados de páginas de revistas. Mas hoje trazemos um reclame televisivo, ás Escovas Limpa-Vidros BOSCH, que segundo o anúncio, evitam que se atropelem as crianças que se atiram para a frente dos automóveis em noites chuvosas.
O reclame, Escovas Limpa-Vidros BOSCH:


Video recuperado de uma videocassete VHS, gravada na RTP-1 no dia 18 de Outubro de 1991.


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Postal - Olhão - Jardim Pescador Olhanense

Já há tempo que não publicávamos um postal, por isso deixo aqui um postal vintage da minha terra, Olhão. Na zona junto à ria, existem dois jardins, um de cada lado dos mercados. O mais antigo (1967) já mostrei no blog [Postal - Jardim Patrão Joaquim Lopes]. O mais recente, inaugurado em 1984 é o Jardim Pescador Olhanense, o local de realização de muitos passeios e do Festival do Marisco:

Olhão - Jardim Pescador Olhanense - Postal 876 - Edições Artemcor Portugal - FMAS Francisco Más Lda.

Ao fundo (esquerda), os edificios em tijolo vermelho dos Mercados de Olhão, o Coreto e no lado direito o parque infantil. Pelo aspecto muito aprumado, e as árvores de pequeno porte, imagino que a foto tenha sido tirada não muito depois da inauguração. Desconheço o ano do postal.

Podem ver a imagem com maior tamanho no Tumblr: "Enciclopédia Cromos Tumblr - Postal Jardim Pescador Olhanense".

Mais Postais no Blog: "Enciclopédia de Cromos - Postais ilustrados"

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Caça ao Tesouro (1994)

por Paulo Neto

Portugal tinha-se apaixonado por Catarina Furtado quando esta apresentou o "Chuva de Estrelas" e tornou-se evidente que a SIC não podia deixar a sua estrela mais resplandecente fora dos ecrãs até à segunda edição do programa. Por isso, no Verão de 1994, Catarina Furtado foi literalmente elevada às alturas no programa "A Caça ao Tesouro"




O programa era um concurso onde uma equipa de dois concorrentes tinha como missão guiar Catarina Furtado em busca de um tesouro que seria o prémio final. Catarina começava cada programa numa determinada zona do país e conforme as indicações dos concorrentes deslocava-se num helicóptero dirigido pelo Comandante Souto até ao destino indicado. Depois ela teria de passar por diversos obstáculos e seguir pistas dadas pelos concorrentes, por vezes executando algumas tarefas arriscadas. Ao todo havia cinco pistas, sendo que nas quatro primeiras havia uma moeda para encontrar e só na última é que havia o tal tesouro para descobrir. Para tal, tinham o total de uma hora para toda a missão, com somente pausas entre o achado de uma moeda e a leitura de uma nova pista.  


Em estúdio, junto dos concorrentes, estavam Henrique Mendes e Rita Blanco: o primeiro tinha a tarefa de auxiliar os concorrentes, ajudando-os nos seus raciocínios e pesquisas e a consultar os livros e os mapas disponíveis no cenário; a segunda lia as pistas e ao invés, tentava distrair os concorrentes e azucrinar Henrique Mendes, recorrendo mesmo por vezes a comportamentos tresloucados. (A própria Rita Blanco cultivou neste e noutros programas da SIC uma imagem com um pé na irreverência e outra na completa doideira que só abandonaria gradualmente quando começou a ter papéis mais sérios como em "Médico de Família".) Recordo que uma vez, Rita Blanco exagerou tanto na tecla de irritação que uma concorrente não evitou exclamar: "Ai, que parva!". Porém, se os concorrentes estavam demasiado confusos ou afastados do raciocínio certo, Rita Blanco acabava por subtilmente dar-lhes pistas para lhes colocar no trilho certo.
De referir que este era o regresso de Henrique Mendes à televisão vários anos depois de ter sido afastado da RTP no pós-25 de Abril e de ter estado vários anos radicado no Canadá, tendo depois se afirmado de novo como uma figura televisiva de referência com "Ponto de Encontro". 



Apesar de só ter tido uma temporada, "A Caça ao Tesouro" continua a ser um dos programas mais recordados dos primeiros anos da SIC, um programa que prendia o espectador pela sua dose de aventura e de algum didatismo na forma como dava a conhecer diversos pontos de Portugal, além de como é óbvio todo o carisma de Catarina Furtado.

No YouTube, há diversos episódios do programa.

Zona de Santarém:


Zona de Viseu:

Peniche:

Praia da Vieira:





domingo, 5 de outubro de 2014

Festival Walt Disney (1985)

Organizado pela Editora Morumbi ( a filial portuguesa da Editora Abril que publicava no nosso pais as bandas desenhadas Disney), o Festival Walt Disney, sessões de desenhos animados Disney que eram patrocinadas pelo cacau em pó Cola Cao [saiba mais aqui: Festival de Ofertas Cola Cao].

A primeira página anúncia a próxima sessão, marcada para o Cinema Casino na Figueira da Foz, dia 27 de Julho de 1985, ás 10 horas. A entrada era gratuita para quem levasse a revista "Disney Especial Nº 6". Curiosamente, não é mencionado o preço da admissão no recinto...

 A página seguinte dedicada ao Festival Wal Disney, é uma espécie de mini-fotoreportagem de uma das sessões anteriores, neste caso, a de Faro, em 8 de Junho de 1985.
 Nas fotos (cliquem na imagem para ver melhor) além do convivio de personagens Disney com os espectadores, houve entrega de prémios à pequenada. Caros leitores, se algum de vós assistiu a uma destas sessões, ou outras pelo país, deixem-nos saber os detalhes! Como foi ver o Pato Donald, o Mickey e a Minnie em "carne e osso"? Que prémios ganharam?

Anúncios retirados da revista "Almanaque do Patinhas e do Mickey" Nº 20, de 23 de Julho de 1985. Imagens editadas por Enciclopédia de Cromos. Créditos ao uploader original.

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Festival de Ofertas Cola Cao (1985)

Este Festival de Ofertas Cola Cao a que o anúncio se refere era parte de um evento, patrocinado pela Cola Cao, e organizado pela Editora Morumbi: o Festival Walt Disney [saiba mais aqui].

Segundo o reclame, para o jovem espectador do Festival ter direito a receber as "sensacionais ofertas" da Cola Cao, bastava escrever o nome num rótulo das embalagens de cacau em pó da marca e apresentá-lo à entrada do cinema onde a sessão decorria. Na página há ainda indicação do próximo Festival, 27 de Julho de 1985, ás 10 horas, na Figueira da Foz. Se algúm leitor participou nalgum destes eventos, contem-nos que prémios levaram para casa!

Anúncios retirados da revista "Almanaque do Patinhas e do Mickey" Nº 20, de 23 de Julho de 1985. Imagens editadas por Enciclopédia de Cromos. Créditos ao uploader original.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Próxima Vítima (1995)

por Paulo Neto

Já há algum tempo que não falava de uma telenovela aqui na Enciclopédia e há muito que se impunha um cromo sobre esta, por ter sido uma novela bastante inovadora para a época, além de ser talvez aquela com maior body count. Falo de "A Próxima Vítima" da autoria de Sílvio de Abreu e exibida tanto no Brasil como em Portugal em 1995. 


O principal fio condutor da história é a de um assassino misterioso com uma lista de sete personagens que vai eliminando ao longo da trama. Não só o público ficava a tecer teorias sobre quem seria o assassino como tentava adivinhar qual era a próxima vítima.



Uma das primeiras vítimas é Hélio (Francisco Cuoco), envenenado num lounge do aeroporto juntamente com Francesca Ferreto (Tereza Rachel). Irene (Viviane Pasmanter), a filha de Hélio, é estudante de Direito e decide investigar a morte do pai. Quando a sua tia Júlia (Glória Menezes) também é assassinada, descobre que o pai e a tia fazem parte da lista de um assassino que pretende eliminar sete pessoas, usando como código o signo chinês de cada uma e que as suas mortes estão relacionadas com outras mortes anteriores, nomeadamente a de Paulo Soares, aliás Arnaldo Roncalho, (Reginaldo Faria), que aconteceu no primeiro capítulo. Cada uma das vítimas recebia a lista com os signos antes de morrer.

Irene

Francesca era uma das quatro irmãs da milionária família Ferreto, com a mais velha, Filomena (Aracy Balbanian), casada com um submisso Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri), a dirigir os negócios da família com punho de ferro e impõe a sua autoridade dentro da família, manipulando tudo e todos conforme os seus interesses. Francesca era casada com Marcelo (José Wilker), um interesseiro de origens humildes. Romana (Rosamaria Murtinho) é auto-indulgente e sustenta o jovem amante Bruno (Alexandre Borges). Carmela (Yoná Gonçalves) é a irmã boazinha e a única que não é estéril. Divorciada de Adalberto (Cecil Thiré), de quem teve a filha Isabela (Cláudia Ohana), Carmela envolve-se com Adriano (Luigi Palhares) um homem mais novo. Isabela é uma das vilãs da história, que tem tanto de bela como de malvada. Apesar de estar noiva de Diego (Marcos Frota), vive um tórrido romance com o seu tio Marcelo e ao longo da trama, também ela se torna uma assassina. Numa das cenas mais marcantes, quando Marcelo descobre que Isabela o trai com Bruno, ele desfigura-lhe o rosto com uma faca.

Filomena, Carmela e Romana



Isabela
  

Além de Isabela, Marcelo mantém um caso de longa data com Ana (Suzana Vieira), uma mulher forte e lutadora, dona de um restaurante italiano, com quem teve três filhos: Sandro (André Gonçalves), Giulio (Eduardo Filipe) e Carina (Débora Secco).

Ana e Juca


 Ana também tem outro pretendente, Juca Mestieri (Tony Ramos), viúvo e dona de uma frutaria, pai de Yara (Georgiana Goés) e de Tonico (Selton Mello) que tem um namoro cheio de altos e baixos com Carina. Mas Juca, por sua vez, ficada dividido entre Ana e Helena (Natália Valle), a mãe de Irene. E como se já não houvesse confusão suficiente, Zé Bolacha (Lima Duarte), pai biológico de Juca e adoptivo de Marcelo, interessa-se por Irene e é temporariamente correspondido, apesar de ela ter idade para ser sua neta.

Sandro e Jefferson

Outra história marcante nesta telenovela é a de um casal homossexual interracial: Sandro assume a sua homossexualidade quando se apaixona por Jefferson (Lui Mendes), colega de Irene na faculdade de Direito. Jefferson pertence a uma família negra de classe média alta (algo inédito numa telenovela até então) e é filho de Kléber (Roberto Pitanga) - que acaba por ser uma das sete vítimas - e de Fátima (Zézé Motta) e irmão de Patrícia (Camila Pitanga) e de Sidney (Norton Nascimento), o único que não aceita a relação entre os dois jovens. Já Rosângela (Isabel Filardis), a namorada de Sidney, é das primeiras a apoiar Jefferson.

Fátima e Patrícia


Carina e Tonico


Além das vítimas já referidas, as outras vítimas na lista do Horóscopo Chinês são Ivete (Liana Duval) uma idosa que se finge paralítica e Josias (José Augusto Branco), um amigo de Ana que trabalha na sua pizzaria. No fim, descobre-se que Francesca afinal estava viva e que a vítima correspondente ao signo do Javali tinha sido Leontina (Maria Helena Dias), a falecida mulher de Zé Bolacha, ainda antes do início da trama. Também Eliseu acaba por morrer na recta final. 

Os dois assassinos: Ulisses e Adalberto

Outra inovação de "A Próxima Vítima" foi o facto de ter um final diferente para Portugal daquele que teve no Brasil. No Brasil, o assassino foi Adalberto que fora amante de Francesca e matou o marido desta, Gigio (Carlos Eduardo Dollabella). Como Francesca o trocou logo por Marcelo, Adalberto acabou por se casar com Carmela. Ao mesmo tempo elaborou um plano para eliminar as sete testemunhas do assassinato de Gigio para garantir que nunca o denunciassem, embora lhes tenha pago para comprar o seu silêncio. Matou também Eliseu por ser o único que sabia que ele era o assassino.
Em Portugal, o assassino era Ulisses (Otávio Augusto) que surgiu como o irmão desaparecido de Ana e que então todos julgavam morto durante uma explosão. Nesta versão, foi Eliseu que matou Gigio manipulado por Francesca e Ulisses foi incriminado por essa morte. Saído da cadeia, elaborou um plano para matar as sete testemunhas do crime compradas pela família Ferreto. Ficou-se a saber também que Bruno era afinal seu filho e cúmplice, sendo este quem matou Eliseu.
Quando a telenovela foi reposta nos dois países, inverteram-se os finais: Ulisses assassino no Brasil e Adalberto assassino em Portugal.  

Sem dúvida que "A Próxima Vítima" foi uma das telenovelas mais marcantes dos anos 90, prendendo o público com a sua densa trama de intrigas e suspense. Conhecido anteriormente pelos seus opus mais cómicos como "A Guerra dos Sexos" e "Sassaricando", Sílvio de Abreu demonstrou que também tinha talento para o drama. Todo o elenco esteve primoroso, sobretudo na vertente feminina, destacando-se as interpretações de Suzana Vieira, Aracy Balbanian, Cláudia Ohana e Vivianne Pasmanter.

Genérico:







segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Top 5 Canções de Boybands dos anos 90

por Paulo Neto

Já existiam antes, continuaram a existir depois, mas não há dúvida que a década de 90 foi um ponto alto do fenómeno das boybands, onde parecia que tais grupos floresciam que nem cogumelos. Além daqueles que conseguiam atingir o sucesso à escala global, praticamente cada país do mundo ocidental teve a sua própria dose de boybands para consumo nacional - e Portugal não foi excepção.
Aliás a receita era simples: pegava-se nuns quantos rapazes com um palminho de cara e de corpo (e de preferência, que não cantassem muito mal), ensinavam-lhes uma coreografias sincronizadas, faziam-se umas músicas com refrões orelhudos e uns videoclips com os seus peitorais trabalhados à mostra e voilá! - uma multidão de miúdas adolescentes aos gritos e milhares de discos (e merchadising a condizer) vendidos que nem pãezinhos quentes enquanto um diabo esfrega um olho.
Eu, tal como qualquer rapaz adolescente da época, não o admitia mas a verdade é que certas canções de boybands nos anos 90 acabavam por me alegrar os tímpanos e entrar na minha jukebox mental e há cinco delas que venho por este meio destacar. Além disso, deixo algumas menções honrosas: "Tearing up my heart" dos N'Sync (1997), "I want you for myself" dos Another Level (1999), "Love is everywhere" dos Caught In The Act (1995), "Thunder" dos East 17 (1996) e "Flying without wings" dos Westlife (1999).

#5 "No matter what" Boyzone (1998)


Os Boyzone eram cinco, mas na verdade podiam ser só dois, o louro Ronan Keating e o moreno Stephen Gately, pois eram os únicos que cantavam nas canções remetendo os outros três, Mickey Graham, Keith Duffy e Shane Lynch para o simples papel de vozes de coro (como um concorrente do Britain's Got Talent demonstrou certa vez). Porém o quinteto irlandês teve alguma longevidade entre 1994 e 2000. De entre o seu repertório, contam-se várias covers, algumas delas pouco felizes como as de "Father and son" de Cat Stevens e "Baby can I hold you tonight" de Tracy Chapman. De entre os seus temas originais, o melhor deles foi sem dúvida "No matter what" de 1998, cuja dignidade era reforçada por ser um tema de Andrew Lloyd Webber para o que era então o seu mais recente musical "Whistle down the wind".
Ronan Keating prosseguiu depois uma bem-sucedida carreira a solo. Stephen Gately, depois de assumir a homossexualidade, também teve projectos a solo cujo ponto alto foi o tema do filme "Billy Elliott". Os Boyzone reuniram-se em 2008 para uma tournée e novo álbum de best of, mas no ano seguinte, Stephen Gately faleceu, quando já trabalhavam num novo álbum de originais.



#4 "Where do you go?" No Mercy (1996)


O nome do produtor alemão Frank Farian estava semi-proscrito devido à controvérsia com o Milli Vanilli quando se descobriu que as vozes não correspondiam às caras. Mas tal não o impediu de formar outro grupo pop que conseguiu pelo menos um hit global. Os No Mercy eram três americanos de origem porto-riquenha radicados na Alemanha, o vocalista principal Marty Cintrón e os gémeos Ariel e Gabriel Hernandez. Em 1996, versionaram "Where do you go?" (originalmente gravado pelos La Bouche), com uma combinação de guitarra latina e sobretudo a batida do famosíssimo remix de "Missing" dos Everything But The Girl (do qual o trio também fez uma versão) e o êxito não se fez esperar, chegando ao top 5 um pouco por todo o mundo, inclusivamente chegando o n.º 1 na Irlanda e na Dinamarca. Os No Mercy ainda tiveram algum sucesso com singles subsequentes como a balada "When I die", mas após o segundo álbum, caíram no esquecimento embora continuem ainda no activo.



#3 "Eu sou aquele" Excesso (1997)




Em 1997, o produtor Nuno Carvalho descobriu a pólvora e criou a primeira boyband made in Portugal, os Excesso formada por João Portugal, Carlos Santos, Fernando Melão, Gonçalo "Gonzo" Sousa e Miguel "Duck" Moredo. O sucesso não fez esperar e logo as pitas de então gritavam pelos Excesso como o faziam com os grupos estrangeiros. O álbum de estreia foi tripla platina e tiveram direito a um vasto merchandising incluindo um perfume e uma linha de roupa assinado por João Rolo. Além disso, novos grupos formaram-se rapidamente em Portugal aproveitando o filão descoberto como os Sétimo Céu, os Milénio e os D'Arrasar. Porém, o sucesso alcançado depressa levou a tensões dentro do grupo e quando o segundo álbum saiu em 1999, já sem Carlos na formação, começou o declínio. Todos os cinco elementos tiveram projectos a solo com mais ou menos sucesso, destacando-se João Portugal que foi autor e intérprete dos temas musicais de várias edições do Big Brother.
De entre o reportório dos Excesso, o destaque vai obviamente para a sua canção-assinatura "Eu sou aquele", que certa vez cantei com mais quatro colegas meus durante uma praxe do meu ano de caloiro na Universidade de Coimbra. Pouca gente sabe disto, mas a autora de letra era Célia Lawson que em 1997 foi a representante portuguesa no Festival da Eurovisão (onde foi corrida a zeros).


#2 "Pray" Take That (1993)



Nos anos 80, os New Kids On The Block tinham sido os primeiros a seguir a fórmula de "como fazer uma boyband", mas os britânicos Take That levaram o conceito a novas alturas. Por exemplo, o seu agente Nigel Martin-Smith foi o primeiro a apostar no apelo da comunidade gay. Ao contrário do que é habitual, o sucesso dos Take That foi-se formando gradualmente desde 1991 mas a partir de 1993, Gary Barlow, Mark Owen, Howard Donald, Robbie Williams e Jason Orange já eram rostos amplamente conhecidos. O tema mais famoso dos Take That é sem dúvida "Back for good" de 1995, o seu único hit nos Estados Unidos. Porém sempre tive uma preferência por "Pray" de 1993, um dos videoclips que marcaram a minha descoberta da MTV nesse Verão do curto período em que a minha família foi proprietária de uma antena parabólica. É uma daquelas canções que para mim têm toda a essência de uma música de Verão e ainda hoje gosto muito do videoclip, filmado no México.
Como é sabido, Robbie Williams deixou a banda em 1995 rumo a uma extremamente bem-sucedida carreira a solo. Em 2006, após um hiato de dez anos os outro quatro membros reuniram-se para uma tournée que teve tão sucesso que justificou um regresso aos discos que se vai mantendo até hoje, inclusivamente com Robbie Williams a bordo no álbum "Progress" de 2010.



#1 "Everybody (Backstreet's back)" Backstreet Boys (1997)



Pressentindo que a Europa estaria mais receptiva na altura ao género do que a América, o manager Lou Perlman pegou no projecto que tinha em mãos, os Backstreet Boys, compostos por A.J. McLean, Brian Littrell, Howie Dorough, Kevin Richardson e Nick Carter e decidiu promover o material na Alemanha. O sucesso não se fez esperar por essa Europa e em 1996 somavam hits como "We've got it goin' on", "I'll never break your heart" e "Quit playing games (with my heart)". (Perlman repetiria a mesma fórmula com outro grupo, nada menos que os NSync).
Um dos pontos altos do repertório é sem dúvida "Everybody (Backstreet's back)", um dos últimos hits resultantes da união dos dois gurus suecos da música pop, Max Martin e Denniz PoP, antes da morte deste, com um daqueles refrões que ficam logo incrustados nos ouvidos à primeira audição: "Everybody, yeah, rock your body, yeah, everybody rock your body right. Backstreet's back, alright!". Igualmente inesquecível é o videoclip onde cada um dos membros encarna uma personagem monstruosa. No ano seguinte, o sucesso chegou por fim aos Estados Unidos.
Com alguns hiatos pelo caminho, os Backstreet Boys continuam no activo e a editar álbuns. Em 2011, fizeram um álbum e uma digressão conjuntamente com os New Kids On The Block.


   

  

    
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