sábado, 2 de agosto de 2014

Programação TV de um Sábado de 1991

Recentemente comecei a converter e gravar em formato digital alguns videos de umas velhas cassetes VHS, e comecei ontem a colocá-los online. E este é o primeiro artigo dedicado a um desses videos, com um costume que desapareceu do panorama televisisivo: a programação do dia seguinte; mais concretamente a programação de 19 de Outubro de 1991. A narração deste segmento de menos de três minutos esteve a cargo da locutora de continuidade Cristina Esteves (obrigado ao utilizador do Youtube LAboy456, pela indicação). O fundo musical de acompanhamento ficaria bem num elevador ou como música de espera num consultório.

Programação de Sábado, 19 de Outubro de 1991:




A programação, complementada com informação extra que fui recolhendo:
 CANAL 1 (RTP-1):
08h00 - Á Mão de Semear (veja o genérico aqui)
08h25 - Canal Jovem (o espaço dedicado aos mais novos que se levantavam cedo para ver os bonecos)
13h00 - Notícias (depois da diversão, as novidades do mundo real)
- - O Tempo (essencial para saber se saíamos de casa com ou sem guarda-chuva)
13h10 - Viagem ao Maravilhoso (15º e último episódio desta série documental dedicada ás lendas e tradições portuguesas, da autoria e realização de Carlos Brandão Lucas. No Youtube está disponível o episódio "Viagem ao Maravilhoso / Bugios e Mourisqueiros" )
13h40 - A Guerra dos Mundos (Episódio 2 desta série canadiana/norte-americana que funcionava como uma sequela do filme de 1953, que por sua vez adaptou a clássica história de invasão extraterrestre de H.G. Wells)
14h25 - The Mission
14h50 - T e T (série com o mítico Mr. T, que o Paulo Neto aborda aqui.)
15h25 - Primeira Matiné "Sonhos de Criança" (o filme "Dreamchild", sobre a rapariga que inspirou a Alice no País das Maravlilhas)
17h00 - Lotaria Europeia (tentei, mas não consegui descobrir os números sorteados!)
17h50 - A Década da Destruição (5º e último episódio do documentário sobre a destruição da selva da Amazónia, que Adrian Cowell demorou 10 anos a filmar)
18h45 - O Café do Ambriz (1º episódio - "Uma série portuguesa que nos leva até Angola nos finais dos anos 50.")
19h40 - Boletim das Pescas (rubrica que refletia a realidade de uma sociedade portuguesa ainda ligada ao sector primário)
19h45 - Totoloto (o jogo clássico dos sábados á noite)
20h00 - Jornal de Sábado ( para acompanhar o jantar com as desgraças do país e do Mundo)
21h15 - O Tempo
21h20 - Desenhos Animados - BOA NOITE ( entretenimento para míudos e graúdos, seguido do segmento para mandar os putos para a caminha)
21h25 - Kananga do Japão (Episódio 55 novela de época da Rede Manchete)
23h00 - Casa Cheia (popular concurso, saiba mais aqui)
23h40 - Banda Desenhada "Betty Boop" (os clássicos cartoons da antiga sex symbol animada)
23h45 - Última Sessão "Ata-me" (filme de 1989, realizado por Pedro Almodovar, sobre um doente mental que rapta uma estrela porno)
01h30 - O Tempo
01h35 - Remate ( a encerrar a emissão, o resumo desportivo do dia)
02h00 - Encerramento

  
 2 (RTP 2):
09h00 - Universidade Aberta (a emissão começava com ensino à distância)
11h20 - Circo
11h40 - Fórum Musical (1ª parte)
12h10 - Primeiro Jornal (o noticiário do segundo canal)
12h15 - Fórum Musical (2ª parte)
13h15 - Agarra o 2
14h20 - Cine-Sábado "Cruel Perseguição" (o filme "Second Chance", de 1953)
15h40 - Circo
16h00 - Estádio - 1ª edição - (pelo nome, imagino um programa desportivo)

18h30 - Jornal Fim-de-Semana (meia hora de informação)
19h00 - O Sr. Almaníaco (já me perguntaram muitas vezes o que é isto, não faço ideia. HELP!)
- O Tempo -
19h05 - Arca de Noé (o saudoso concurso com temática animal, com o inesquecível hino "vamos fazer amigos entre os animais")
19h45 - Outras Músicas (programa apresentado por José Duarte, dedicado ao jazz, country, rumba e salsa)
21h05 - Estádio - 2ª edição -
23h30 - Pantanal (mais uma novela da extinta Rede Manchete, famosa pelas paisagens e erotismo)
01h10 - A Engrenagem do Crime (5º episódio)
- O Tempo -
02h05 - O Terceiro Tiro ( a comédia negra "The Trouble With Harry", do mestre Hitchcok)
03h50 - Especial Desporto Grande Prémio Japão/Fórmula 1 - O vencedor da edição de 1991, em Suzika, a 20 de Outubro, foi o piloto Gerhard Berger, pela McLaren-Honda.


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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

T e T (1988-1990)

por Paulo Neto

Quando por acaso encontrei um vídeo no canal do YouTube do David Martins onde Cristina Esteves divulga a programação da RTP para um sábado de Outubro de 1991, a certa altura abriu-se uma janela no meu portal de memórias diante da menção da série "T e T" que me lembro de acompanhar na altura. Decerto que poucos recordarão a série mas não há ninguém que não conheça o protagonista, de nome de baptismo Laurence Tureaud, mas conhecido simplesmente como Mr. T.


Tal como para a maioria, a minha personagem preferida dos "Soldados da Fortuna" era B.A. Baracus, o mega-durão elemento do esquadrão pouco dado a brincadeiras, decididamente o tipo de pessoa que não queríamos ter como inimigo mas que gostaríamos de ter ao lado se houvesse confusão da grossa. Com a atitude intimidativa, as suas nuances cómicas (como o seu medo de andar de avião) e o penteado de guerreiro africano Mandinga (semelhante a um mohawk), B.A. Baracus tornou-se um ícone global que Mr. T. nunca mais deixou de cultivar, ao ponto de actor e personagem tornarem-se indissociáveis. Pelo meio, Mr. T ainda multiplicou a sua aura em "Rocky III" como Clubber Lang, a nemésis de Rocky Balboa nesse opus da saga (de onde provém a sua mítica catchphrase: "I pity the fool")

Findas as aventuras de "Soldados da Fortuna" (ou, como a TVI reavivou nos anos 90 em "dublagem" brasileira, o "Esquadrão Classe A"), Mr. T abraçou um novo projecto na série canadiana "T. and T.", exibida em três temporadas entre 1988 e 1990 na América do Norte e que passou na RTP em 1991 nas tardes de sábado. 


Na série, Mr. T interpretava T.S. Turner, um boxeur que foi apanhado numa cilada e preso por um crime que não cometeu. Turner é salvo por uma advogada idealista, Amy Taler (Alexandra Amini), que o defende em tribunal e consegue a sua ilibação, passando depois a trabalhar como detective privado, investigando os casos de Taler. O nome da série vem obviamente dos apelidos das duas personagens que se tornam uma improvável mas eficiente dupla de investigadores. 


Como se pode imaginar, a série seguia um padrão semelhante a cada episódio. Havia uns malfeitores a fazer patifaria, Turner ia atrás deles e apanhava-os e Taler fazia o que podia para defender aqueles que foram injustiçados e condenar aqueles que prevaricaram. Na primeira série, havia mesmo um cena recorrente em cada episódio em que Turner troca o fato e gravata por uma indumentária de cabedal antes de caçar os meliantes.  
Entre outras personagens incluíam-se Dick Decker (David Nerman), o dono do ginásio onde Turner treinava, Martha (Jackie Richardson) e Renee (Rachael Crawford) tia e sobrinha de Turner, com quem ele vivia, Sophie (Catherine Disher), a secretária de Taler e o Detective Jones (Ken James), o polícia que ocasionalmente colaborava com a dupla. Na terceira temporada, Terri Taler (Kristina Nicoll) substitui a irmã como a nova parceira de Turner.

Genérico (1.ª temporada):



  
  

Pequenos Anúncios (1983)

Mais uma selecção de pequenos anúncios:

 "Afonso Henriques e Delfim - Cabeleireiros"
"Saint Honoré - O seu cabeleireiro"
"CEMAVIP - Centro de Massagem e Vigilância de Peso"
"ITORAL - Dietética, Macrobiótica, Beleza"


Publicidade retirada da revista "Nova Gente" nº 336, de 23 de Fevereiro de 1983.


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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Caixa Geral de Depósitos (1983)

No tempo que os bancos pagavam juros por usarem o dinheiro dos clientes para negócios, a CGD ("Caixa Geral de Depósitos") apresenta-se nesta publicidade como o mealheiro onde fazer o dinheiro crescer sem riscos, em cerca de 300 localidades.

Publicidade retirada da revista "Nova Gente" nº 336, de 23 de Fevereiro de 1983.

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Jogo do Mico e Jogo da Memória Mico Sagüi (1987)

Um anúncio que decerto trará nostalgia aos nossos leitores do Brasil, este jogo duplo: "Jogo do Mico" e "Jogo da Memória" do "Mico Sagüi", o macaco fofinho que ilustra a caixa e o jogo de cartas da marca "Promojog". Quem souber mais detalhes, partilhe connosco nos comentários!
"Sou o Mico Sagüi...pito pítou!"
"Um antigo jogo com nova mentalidade"

Publicidade retirada da revista "Fantasma Extra" nº2, de Abril de 1987.

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Adeus, Pai (1996)

por Paulo Neto

Depois do sucesso de "Adão e Eva", o cinema português passou a ter maior aceitação do grande público e durante o resto da década de 90, havia pelo menos um filme nacional a registar uma grande afluência do público. Em 1996, foi o caso de "Adeus, Pai", realizado por Luís Filipe Rocha.


Filipe (José Afonso Pimentel) é um rapaz solitário de treze anos. O seu pai Manuel (João Lagarto) é um homem de negócios constantemente ocupado e ausente da vida do filho. Mas um dia, Manuel surpreende o filho ao levá-lo de férias para os Açores.


Nessas férias, Filipe vive algumas aventuras, trava amizade com Pedro (João Aboim), apaixona-se por Joana (Adriana Aboim) e sobretudo, pai e filho vão se redescobrindo e reestabelecendo a relação, embora nem sempre da forma mais confortável. Como na famosa cena em que Manuel se embaraça ao responder às questões do filho sobre sexo. Porém, no final das férias, Manuel revela que o principal motivo por que quis passar as férias com o filho é porque tem pouco tempo de vida. Mas num inesperado plot twist, o espectador acaba por descobrir que tudo isto não passou da imaginação de Filipe e que, descendo das alturas da fantasia, é tempo de voltar a encarar a realidade. Eu vi o filme na televisão e lembro-me de ficar muito baralhado com este plot twist e só algum tempo depois é que percebi. 




Mas sem dúvida que "Adeus, Pai" é um filme tocante e enternecedor mas sem apelar à lágrima fácil, polvilhado com belas imagens dos Açores. João Lagarto é, como sempre, bastante competente mas sem dúvida que a estrela é mesmo José Afonso Pimentel que desde aí demonstrou que tinha bastante futuro como actor, tendo sido mesmo nomeado para o Globo de Ouro. Tal como os child actors de Hollywood, também por vezes custa acreditar que o miúdo de "Adeus, Pai" já é trintão e com uma extensa carreira no cinema e na televisão.
O elenco também incluía Natália Luísa, Laura Soveral, Lurdes Norberto e José Fanha.  

Outro factor que contribuiu para o sucesso do filme foi o tema principal, "Não Vou Ficar", o primeiro tema inédito dos Delfins após o colossal sucesso do seu álbum best of "O Caminho da Felicidade".

Trailer:




quarta-feira, 23 de julho de 2014

Rebéubéu Pardais ao Ninho (1986-1988)


A maioria dos portugueses recorda facilmente a carreira de Herman José com os seus numerosos sucessos na televisão ("Herman Enciclopédia", "Humor de Perdição", "O Tal Canal", etc). Mas o artista não se limitou ao pequeno ecrã. Um dos seus projectos que eu só conhecia de nome - provavelmente mencionado nalguma entrevista - é este "Rebéubéu Pardais ao Ninho", estreado na rádio Comercial - em 1982 ou 1986 conforme as fontes, mas a maioria delas opta pelo ano de 1986, o mesmo do êxito "Bamos Lá cambada".
A foto acima, foi apanhada no Facebook do "Herman José Blog", com a legenda:
"Em exclusivo, uma fotografia de bastidores de um dos maiores sucessos da Rádio Comercial: "Rebéubéu Pardais ao Ninho".
Escrito por Herman José e interpretador por Ana Bola, Herman José, Lídia Franco e Vitor de Sousa."
Da pouca informação relevante que consegui colectar, muitos fãs recordam o programa com saudades. Em comentários em blogs, é apontado o horário das manhã de Sábado. Tentei confirmar, mas os jornais que encontrei com a programação de rádio, só mostravam os programas a partir da hora de almoço.
Actualização: Entretanto, continuei a investigar e consegui confirmar que era emitido aos Sábados, no horário das 10 ás 13 horas, portanto com uma duração de três horas. Apesar das lacunas nos jornais que consultei, terá sido substituido em 1988 (Março?) pelo regresso do "Pão Com Manteiga" com Carlos Cruz para esse horário.
Alguns dos comentários aos programas da secção Rádio, escrita por Rui Cartaxo no suplemento semanal "Cartaz", do jornal "Diário de Lisboa":
"Com anedotas picantes. roçando amíude a brejeirice e o mau gosto, salva-se o inigualável talento como humorista de Herman José"
"(...) há que reconhecer que ele está a <<perder>> a sua capacidade crítica."
"É um espanto que sempre que Herman José foge á tentação do abuso da brejeirice e decide <<escavacar>> convenções, tiques e gostos; e isso faz a diferença entre o riso óbvio e o riso mais subtil." 
"Um autêntico <<one man show>>."
Curiosamente,a  causa deste post foi o  leitor "egli", que gentilmente forneceu à Enciclopédia os links para dois episódios da radionovela "O Regresso de Fedora", parte integrante do programa que os fãs mais recordam. Na dita novela, ou folhetim, passa-se uma sátira aos clichés do género melodramático, com direito a crítica social e política (da época) e com os obrigatórios trocadilhos com duplo sentido. Pelo que percebi dos episódios que ouvi, a Fedora do título é actriz, filha de António de Vinhais Capucho, e casada com o idiota (e corno) fascinado por palavras Iliodor. Vivem todos ás custas da velha e rica Condessa da Carapinhata, alojada em casa da familia e que sucumbe à sedução do Sr. António, que a troco de dinheiro a acompanha em escaldantes sessões de.. "footing".


Podem ouvir os episódios aqui:

O Regresso de Fedora - Episódio 2:



O Regresso de Fedora - Episódio 3:


A lista com todos os vídeos: "O Regresso de Fedora".

Segundo o site Memorivm, Herman José desempenhava na novela "O Regresso de Fedora" os papéis de Narrador, António de Vinhais Capucho e a Cadela Lady. Lídia Franco interpretava Maria Fedora Fedoreva; Vítor de Sousa era Iliodor Kakerkas, e Margarida Carpinteiro a Condessa da Carapinhata, Sever do Vouga e de Duas Oliveiras.

Curiosamente, hoje em dia existe outro programa radiofónico homónimo, na rádio "mais oeste". A expressão "Rebéubéu, pardais ao ninho" é definida na Wikipédia e outros sites de língua portuguesa apenas  como "grande alvoroço", mas pela minha investigação,  também é usado como o famoso "blá, blá, blá".
Caro "egli", obrigado pela dica, omissão corrigida!

Nota: Para assinalar o Dia Mundial da Rádio em 2017, o programa da SIC "Perdidos e Achados", emitiu "Os Dias da Rádio" em que entre outros nomes da rádio nacional, conversam com Herman José sobre o "Rebéubéu Pardais ao Ninho" e outros trabalhos do artista no éter. A foto utilizada para ilustrar a peça foi a que temos perto do topo deste artigo, visto que é o única exemplar sobrevivente online. Podem ver o Perdidos e Achados aqui: "Os Dias da Rádio"
Também disponível no Youtube:


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sábado, 19 de julho de 2014

Jurassic Park (1993)

Podia jurar que já tinha colocado online um post sobre um dos meus filmes favoritos de todo os tempo. Mas agora é a hora de corrigir essa falta grave: "Jurassic Park", o "Parque Jurássico" em Portugal e "Parque dos Dinossauros" no Brasil.



Aproveito o  meu relato foi publicado aqui: "O Meu Primeiro Filme" no "Um Dia Fui ao Cinema", em 2010.
"Comecei a ir ao cinema de forma regular apenas na adolescência. O primeiro filme que me recordo de ter assistido numa sala de cinema foi "Tartarugas Ninja 2", em 1991 ou 1992, portanto tinha eu doze ou treze anos. Como não tinha leitor de VHS, os únicos filmes que tinha assistido antes eram na TV.




Mas o filme que começou a minha paixão pelos filmes, só vi em 1993 e marcou-me para a vida. O seu título é "Jurassic Park" e lançou-me em duas obsessões: dinossauros e cinema! A dos dinossauros passou (e eu sabia de cor o nome de dezenas de espécies de dinossauros) mas a do cinema ficou, manifestando-se finalmente em 2005 no blog CINE31.


O filme continua a ser um dos meus preferidos, um clássico do cinema de aventura, quase perfeito tanto a nível da harmoniosa integração de efeitos computorizados, mecânicos e seres humanos, num patamar ainda difícil de ultrapassar ainda hoje. Tem uma série de personagens carismáticos, bem interpretados e dirigidos por Steven Spielberg no seu melhor. As sequências de acção estão extremamente bem planeadas, num crescente de tensão e adrenalina, juntando ainda elementos de humor. A cena do filme que me conquistou foi aquela em os arqueólogos vêm pela primeira vez o gigantesco braquiossauro; os efeitos fotorealistas, a reacção dos actores e a música do mestre John Williams proporcionam um efeito de deslumbramento que me acompanha até hoje. Um filme que continuo a ver regularmente!




Voltando na máquina do tempo ao dia em que vi Jurassic Park, recordo que fui assisti-lo acompanhado pela família à única sala de cinema de Olhão, o Cinalgarve, com cerca de 400 lugares, no centro da cidade, perto do antigo Cinema-Teatro (que nessa altura já não passava filmes, e hoje está em ruínas na principal avenida da terra) e da Sociedade Recreativa Olhanense (soube anos mais tarde - para inveja minha - que alguns colegas meus, anos antes, iam lá assistir a projecções de filmes ao ar-livre num esplanada interior). Uma sala que depois de Jurassic Park, visitei muito mais vezes, até á sua relocalização recente num centro comercial. Entretanto, meses depois de ter visto o filme de Spielberg, consegui convencer a minha mãe a comprar uma revista (custou 750$, bastante para uma revista!) sobre os bastidores do Parque Jurássico. Li-a vezes sem conta e ainda a tenho religiosamente guardada. Além das reportagens sobre efeitos especiais, animatronics e CGI, um dos artigos falava precisamente da evolução do cinema e dos primeiros filmes com dinossauros. E pronto, estava despoletada a minha paixão pelos filmes! "


E para quem esteve a servir de cobaia de extraterrestres nas ultimas décadas, e não sabe de que filme falei, fiquem com o trailer:



Recordo também a fenomenal revista dedicada ao filme, que podem fazer download (baixar) gratuitamente no cromo da Enciclopédia: "Revista Jurassic Park Edição Especial" (1993).

Foi com grande pena que descobri que a versão exibida no grande ecrã, em 3D de 2013, por altura do 20º Aniversário, só esteve um dia no cinema mais perto de casa e tarde demais para eu o rever em toda a sua glória...

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