sexta-feira, 16 de maio de 2014

Perdidos no Espaço (1998)


Nunca acompanhei a série original "Lost In Space" (1965-68) e este é um filme com muitas falhas, no entanto, pertence á minha lista de guilty-pleasures. A história de "Perdidos no Espaço" é simples: em 2058 a familia de exploradores Robinson (perceberam a subtil referência?), embarcam na nave espacial Jupiter 2 em uma perigosa viagem para alcançar e colonizar o planeta Alpha Prime. Claro, nada correrá como planeado e um ataque terrorista causa que os Robinson fiquem...bem...perdidos no espaço. 

Trailer (com narração do grande Peter Cullen):

Outro trailer, com um resumo do filme praticamente todo:

Olha, outro trailer:

Todo o filme é previsivel, e apesar de personagens irritantes como os obrigatórios adolescente rebelde e mascote alienígena fofinho, acho que é uma película bastante entretida. Já não revejo há alguns anos, por isso não tenho a certeza de como terá envelhecido. Quer dizer, já em 1998 alguns dos efeitos especiais deixavam um pouco a desejar. 
No entanto, estreado antes do "The Matrix", "Perdidos no Espaço" teve direito a uma cena em bullet-time, a técnica aperfeiçoada nos filmes dos manos Wachowsky:

A nível de elenco, alguns veteranos misturados com caras jovens. William Hurt ("Viagens Alucinantes", "Os Amigos de Alex", "Dark City") encarnou o professor/pai pouco dedicado John Robinson; Mimi Rogers ("Austin Powers", "Ficheiros Secretos") a sua esposa, a Dr.ª Maureen Robinson. O mau da fita Dr. Zachary Smith foi interpretado pelo carismático especialista em vilões Gary Oldman ("Dracula", "O Quinto Elemento"). Os filhos do casal de cientistas foram o trio Heather Graham ("Twin Peaks", "Boogie Nights"), Lacey Chabert ("Adultos à força") e Jack Johnson; respectivamente Dr.ª Judy Robinson (a filha mais velha e dedicada), Penny Robinson (a rebelde sem causa) e Will Robinson (o puto inteligente que quer ser admirado pelo pai). A completar a tripulação da nave, o piloto militar Major Don West, interpretado por uma cara familiar do público televisivo, o Joey de "Friends": Matt LeBlanc. West, além de tentar conduzir a nave para segurança ao meio do caos, também está ocupado em tentar navegar para o leito de Judy (o famoso cliché "extremos que se atraem").

O elemento mais famoso da série de tv era o robot Robot - protector da familia Robinson, especialmente Will - que para o cinema sofreu uma remodelação a esteróides, mas no entanto contou com o mesmo actor de voz: Dick Tufeld. Como forma de homenagem, outros vários actores da série fizeram uma perninha no filme.


O seguinte artigo de uma revista "Bravo" faz um bom apanhado do filme:
Clique na imagem para a aumentar.

Só para que conste, a revista era da minha irmã, eu só canibalizava as partes sobre cinema e televisão!
O filme não fracassou na bilheteira, mas o êxito não foi o suficiente para fazer acontecer as sequelas. A crítica especializada massacrou a película, que foi nomeada para Framboeza Dourada de "Pior Remake ou Sequela", mas perdeu para o triptico Godzilla, Psycho e Os Vingadores.

Creio ter sido este que um amigo  tentou copiar com recurso a dois gravadores de vídeo, mas que por a cassete VHS do clube de vídeo estar protegida foi derrotado nesse intento de piratagem. Pelo menos até fazer outras ligações manhosas. Vá lá, para compensar comprei o DVD original. Numa promoção. Quer dizer, o meu amigo comprou.

Provavelmente como a maioria dos espectadores, o meu primeiro contacto com o filme foi o single retirado da banda sonora, que contava com um frenético videoclip:

O tema modernizava a clássica abertura da série - criada nos anos 60 pelo mestre compositor John Williams ("Jurassic Park", "Star wars", "Indiana Jones" e tantos outros) - pela mão - ou teclado - dos ingleses Apollo 440. A banda sonora incidental esteve a cargo de Bruce Brougthon ("Silverado", "Bigfoot e seus Amigos", "Milagre Em Manhattan"). O realizador Stephen Hopkins é o mesmo de "Predador 2" e "O Pesadelo em Elm Street 5".



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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Godzilla - Caderneta de Cromos Panini (1998)

O elemento "bastardo" da saga do Rei dos Monstros, o "Godzilla" de 1998 - realizado por Rolland Emmerich - caracterizou-se por uma demolidora campanha publicitária global. E além de todo o hype gerado pelo suspense antes da estreia; como habitual num blockbuster, seguiu-se a avalanche de produtos derivados do filme. E claro que uma caderneta de cromos não podia faltar na colecção!
A caderneta "Godzilla" (1998) da Panini tinha de 32 páginas, 180 autocolantes ( mais 18 no poster) e o preço de 250$00.
Eu ainda tenho a minha, que tem poucos autocolantes no sitio. Creio que em finais dos 90, o meu interesse por cadernetas já tinha declinado. Quer dizer, eu nunca completei uma colecção... Enfim, fiquem então com algumas fotos que tirei ao meu exemplar, porque é grande demais para o meu scanner. Portanto "o tamanho importa" mesmo!
 Os cromos autocolantes continham imagens retiradas do filme, mas no entanto, toda a caderneta, incluindo a capa e o interior recorreram a ilustrações, algumas a partir de artes conceptuais ou de promoção para o filme.
O layout da caderneta, páginas duplas com os cromos a rodear a ilustração em destaque:
 Detalhe de um cromo:
 Mais algumas páginas:

 As instruções para terminar a colecção:

A capa traseira:
 E o poster desdobrável, tamanho A2, que também tinha espaço para colar 18 cromos:
Caros leitores, quem fez esta colecção?

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quarta-feira, 14 de maio de 2014

CIT Ensino à Distância (1983)

Mais uma variação dos clássicos anúncios aos cursos de ensino à distância por correspondência "CIT" (Centro de Instrução Técnica).

É virtualmente idêntico à versão de 1985, com excepção da ausência do ponto de interrogação na frase no topo do anúncio "Precisas de uma profissão bem remunerada (?)".

Compare com os outros, que utilizam a face da mesma modelo fotográfico:

Publicidade retirada da revista "Miúda: A Tua Revista" Nº 12, 26 de Abril de 1983.

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terça-feira, 13 de maio de 2014

Top 5 Beldades das Marés Vivas

por Paulo Neto



Não há dúvida que "Marés Vivas" (1989-1999) é uma das séries que definiu a década de 90. Apesar de ser recheada de empolgantes cenas de acção e mistério, não haverá muita contestação se se afirmar que o principal atractivo da série era o facto de ser uma série cheia de gente bonita, com pouca roupa num cenário de praia. Foi das séries mais vistas em todo o mundo no seu auge, e Portugal não foi excepção, conquistando logo o público primeiro na RTP e depois na TVI, que costumava programar a sua exibição a cada Verão antes do seu bloco noticiário das 20 horas. Eu fui acompanhando a série a espaços e claro que não fiquei indiferente à generosíssima quantidade de beldades que passaram pela série. Embora as louras fossem a grande maioria, devo dizer que neste meu top 5, quem ganham são as morenas 3 a 2. Antes de avançar, convém referir algumas das beldades que ficaram de fora: Shawn Weatherly (uma ex-Miss Universo), Kelly Packard (que também vimos em "California Dreams"), Geena Lee Nolin, Donna D'Errico, Nicole Eggert, Marliece Andrada e a famosíssima Carmen Electra. Posto isto, vamos ao top 5.

#5 Stacy Lee Kamano (Kekoa Tanaka)



Eu estive quase a colocar nesta posição Traci Bingham que na sétima temporada veio colmatar a lacuna de beldades afro-americanas na série, mas no final acabei por optar por uma havaiana que se destacou na spin-off "Baywatch Hawai". Stacy Kamano foi Kekoa Tanaka, que vivia um amor proibido com J.D. Darius (Michael Bergman) uma personagem intermitente da série original que tinha assumido o protagonismo nesta spin-off. O principal obstáculo ao romance entre J.D. e Kekoa era o pai desta, um rico empresário japonês, que nem morto queria que a sua filha casasse com alguém que não fosse asiático nem rico. E quem era esse pai tirano? Ninguém menos que Pat Morita, o lendário Mr. Miyagi! De ascendência japonesa, polaca e alemã, Stacy Kamano apresentou dois concursos desportivos e desde 2007 faz parte do elenco da soap opera "The Bold And The Beautiful", que nos anos 90 foi exibida na RTP dobrada em brasileiro com o título "Malha de Intrigas". 

#4 Alexandra Paul (Tenente Stephanie Holden)



Embora não fosse nada de deitar fora, esta era a salva-vidas que se destacava mais pelo cérebro do que pelos atributos físicos. Alexandra Paul era a tenente Stephanie Holden, astuta e com grande capacidade de liderança que tinha como ponto fraco Mitch Buchanon (David Hasselhoff), com quem tivera um caso mal-resolvido no passado. A sua personagem faleceu na sétima temporada com uma descarga eléctrica quando um raio atinge o mar. Antes de "Marés Vivas", Alexandra Paul era sobretudo conhecida pelo filme "Christine-O Carro Assassino" (1983) no papel da rapariga por quem o dito veículo fica cheio de ciúmes. Paul continua bastante activa na representação, integrando inúmeros telefilmes e filmes série B. No telefilme de reunião da série "Baywatch: Hawaiian Ending" (2003), interpretou uma sósia de Stephanie. 

#3 Erika Eleniak (Shauni McClain)


Erika Eleniak foi a loira-mor da era pré-Pamela Anderson. A sua personagem, Shauni McClain, começa como uma salva-vidas rookie que se deixava abater pelo sua inexperiência mas aos poucos vai ganhando confiança e tornando-se cada vez melhor no seu trabalho. Shauni manteve uma ligação amorosa algo atribulada com o colega Eddie Kramer (Billy Warlock) com quem acaba por casar no início da terceira temporada. 
Lembram-se daquela cena do "E.T." em que os miúdos, incentivados pelo Elliott, libertam as rãs que estavam prestes a ser dissecadas e no meio do caos, o Elliott beija uma bonita loirinha? Essa loirinha era Erika Eleniak. Também participou nos filmes "Força em Alerta" (1992) com Steven Seagal e "The Beverly Hillbillies" (1993) e pousou para a Playboy em 1989. Eleniak continua activa na representação em telefilmes e filmes directos para vídeo, além de algumas esporádicas aparições em séries como "Donas de Casa Desesperadas". 

#2 Yasmine Bleeth (Caroline Holden)


Yasmine chegou à série na quarta temporada para interpretar Caroline Holden, a caprichosa irmã de Stephanie. Tal como Shauni, gradualmente Caroline vai amadurecendo o seu carácter por entre os ossos do ofício. Pelo meio, teve um romance com Logan Fowler (Jaason Simons). Yasmine Bleeth chegou à série vinda da soap opera "One Life To Live". Depois de problemas com a justiça devido a posse de cocaína em 2001, o susto levou Bleeth a largar definitivamente o vício e a retirar-se da vida artística em 2003. Antes disso, fez parte do elenco da série "Nash Bridges" entre 1998 e 2000 e entrou no filme "BASEketball" (1999) dos criadores de South Park.  

#1 Pamela Anderson (Casey-Jean "C.J." Parker)


Mas mesmo no meio de tantas belezas que a série revelou, a n.º 1 deste top não podia ser outra senão Pamela Anderson (que ao longo da série também foi creditada como Pamela Denise Anderson, Pamela Anderson-Lee e até Pamela Lee). Depois de algum sucesso local no Canadá, Pamela foi a Playmate de Fevereiro de 1990 da Playboy e o resto foi história. A sua estreia na televisão foi num pequeno papel na série "Obras Em Casa", mas foi quando David Hasselhoff lhe ofereceu um papel para a terceira temporada de "Marés Vivas" que se tornou um ícone do pequeno ecrã. Anderson encarnou a salva-vidas hippie-new age C.J. Parker que nunca dizia que não a uma missão mais arriscada. Tal como na vida real, foram muitos os homens que se renderam aos seus encantos, nomeadamente os colegas Matt Brody (David Charvet) e Cody Madison (David Chokachi). Fora da série, foi aquilo que sabe: o casamento-relâmpago com Tommy Lee em 1994, o filme pioneiro das sextapes de celebridades, o constante retira-e-volta-a-pôr dos seus implantes de silicone, o filme "Barbed Wire - Bela e Periogosa" e a série "V.I.P.", namoros com Kid Rock, Kelly Slater (que também chegou a entrar na série), Markus Schkenberg e Richard Salomon. Embora ainda faça algumas aparições no cinema e na televisão, Pamela tem-se dedicado mais ultimamente a causas como a PETA e a luta contra a SIDA.

E aqui está o meu top 5 das beldades. Como seria o vosso? Já agora, um repto para as seguidoras femininas da "Enciclopédia de Cromos" para indicarem o vosso top 5 dos rapazes de "Marés Vivas". Recordo-me que na altura, entre as minhas colegas, os mais populares eram os morenos Billy Warlock e David Charvet. Mas será que outras que preferiam os louros Jaason Simons e David Chokachi? Terá havido mesmo aquelas que terão fantasiado com o David Hasselhoff em calções de banho ou com o bigode do Michael "Newmie" Newman? Fica lançado o desafio.             

Woofits: As 4 Estações - Caderneta de Cromos (1983)


Mesmo numa revista para raparigas modernas e informadas, não podia faltar o apelo ao lado "fofinho", com um anúncio a esta caderneta de cromos da Panini: "Woofits: As 4 Estações", com 180 cromos autocolantes. Pesquisando pela Net, encontra-se algumas poucas imagens da caderneta e dos seus cromos:




Mais informação no blog "Cadernetas de Cromos - Woofits".

Publicidade retirada da revista "Miúda: A Tua Revista" Nº 12, 26 de Abril de 1983.

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Desert Strike - Master System (1992)

A primeira consola oficial cá de casa foi a Sega Master System II, e os dois únicos jogos que sobreviveram nas minhas mãos até hoje são este "Desert Strike" e "Where In The World Is Carmen Sandiego", que não podiam ser mais diferentes, mas ambos proporcionaram muitas horas de diversão e frustração. Enquanto em "Carmen Sandiego" o jogador limitava-se a escolher entre meia dúzia de procedimentos lineares para ir avançando no jogo, em cada nível de "Desert Strike" - um shoot 'em  up  em que o jogador é um piloto de um helicóptero de combate Apache norte-americano - tem liberdade quase total para explorar o mapa e efectuar os diversos objectivos de cada missão, oscilando entre momentos de grande acção e momentos monótonos de voo sobre água ou deserto, a caminho de uma base ou em busca de recursos como munição ou combustível para manter o heli no ar.. Além de destruir diversos elementos e bases inimigas, por vezes era necessário resgatar aliados prisioneiros ou perdidos em território hostil. Inspirado na (na época) recente Guerra do Golfo I, o objectivo do jogo era vencer as forças do ditador louco General Kilbaba.
O General Kilbaba era um querido, mesmo para os seus subordinados, como se pode ver na imagem acima.

"X-Man", um dos pilotos que podíamos escolher no começo do jogo.
Depois do êxito da versão para Mega Drive, desenvolvida e publicada pela Electronic Arts (o gigante responsável das sagas FIFA, Command & Conquer, Need For Speed, Wing Commander, etc), o jogo foi retocado nos gráficos e nos sons, e adaptado para vários outros sistemas de jogo. Quando "Desert Strike: Return to the Gulf" foi remodelado para a 8-bits Master System pela Domark Software, o título foi encurtadopara "Desert Strike". 
No topo do post, uma digitalização da capa do jogo, que vinha numa capa muito semelhante ás capas de cassetes VHS.

Um vídeo do jogo em acção:



Alguns screenshots do jogo, retirados da capa do mesmo:



A minha capa de "Desert Strike" para Masters System:
O verso:
O conteúdo da capa, que alberga o cartucho com o jogo e dois livrinhos de instruções, o mais pequeno em português e o maior em várias linguas.
O cartucho, muito singelo, apenas com o  títuo do jogo e os logos da Domark e da Sega.
O verso do cartucho, com os avisos habituais:

Capa do livro de instruções em português:
As páginas interiores do livrinho de instruções:



A ultima página inclui apontamentos a lápis de alguns códigos dos níveis que foram salvos durante as minhas sessões de jogatina.


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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Blue Jeans Nº 2 - Foto Novela (1983)


Anúncio à fotonovela "Blue Jeans" nº 2; distribuida pela Agência Portuguesa de Revistas, com preço de capa de 25$00. Informação sobre esta revista encontrei muito pouca, mas vi algumas fotos de capas de fotonovelas em inglês com o mesmo nome, quase certamente o material de origem que seria depois traduzido para português:

Publicidade retirada da revista "Miúda: A Tua Revista" Nº 12, 26 de Abril de 1983.

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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Transformers - A Banda Desenhada


Há quatro milhões de anos eles vieram de Cibertron, um planeta inteiramente composto por máquinas…assolado por uma longa guerra entre os heróicos Autobóticos e os malévolos Decépticos. Estes robots vivos, incrivelmente poderosos, capazes de se converterem em veículos terrestres e aéreos, armas e outras formas mecânicas, continuam o seu conflito aqui na Terra. Eles são os…TRANSFORMERS.”

Apesar de só chegar em Portugal alguns anos depois, a 8 de Maio de 1984 foi publicado (com data de Setembro do mesmo ano) o nº 1 da banda desenhada dos Transformers, os famosos robots que se podem disfarçar de aviões e carros (e muito mais). Esta revista norte-americana foi o primeiro passo para promover a linha de brinquedos, ainda antes da série animada que lançou a mania mundial sobre a franquia Transformers, que três décadas depois continua forte, entre míudos e graúdos. A banda desenhada começou a contar a complexa história e mitologia dos robots extraterrestres que continuavam a sua milenar guerra civil no planeta Terra. Apesar de previsto apenas como uma mini-séries de quatro números, o sucesso das revistas levou a que mais fossem produzidos, escritas por Bob Budiansky e Simon Furman.

A icónica capa do número 1 foi desenhada pelo premiado Bill Sienkiewicz  (Novos Mutantes, Elektra: Assassin, etc). Atenção: as escalas não foram respeitadas! No topo do artigo a minha homeagem a esta magnifica capa.
"Transformers #1 [19 Abril 1990 - Meribérica/Líber]"

Em Portugal, a Meribérica/Líber começou a publicar quinzenalmente a versão portuguesa em 19 de Abril de 1990 (com preço de 150$00), mas, se nos EUA, a colecção atingiu os 80 números (e no Reino Unido 332, com muitas histórias inéditas), no nosso país ficaram pelo número 18.  Tenho todos, e estão guardados religiosamente.
 
 
Na época os nomes dos personagens foram traduzidos para português. O líder dos Autobóticos (Autobots) atendia por Optimus Supremo (Optimus Prime) e Megatrão (Megatron) liderava os maléficos Decépticos (Decepticons). Sabem a que personagens clássicos pertencem os nomes Moscardo, Esgalhador, Pé-de-cabra, Estrela-Estridente, Despedaçador, Onda-Choque ou Zézé? Confiram aqui. Ou então nos excertos abaixo:



Curiosamente, além de spin-offs e crossovers com os G.I. Joe (outra franquia de brinquedos da Hasbro), estas histórias decorriam no Universo Marvel, visto que no Número 3, o convidado de honra era o Homem-Aranha, com o seu infame uniforme negro. No entanto, não é o universo principal, mas um universo paralelo, o da Terra-91274.
E se em séries e filmes é fácil de mostrar a habilidade que dá nome aos Transformers, o resultado em ilustração é menos...dinâmico:
 E claro que também existiam personagens humanos de relevo. O principal (das primeiras fases da BD) é Giga (Buster) Witwicky, aqui ao volante de Moscardo, o carismático Bumblebee:

A minha capa favorita é a do número 5, com uma magistral ilustração do Onda-Choque victorioso, da autoria de Mark Bright:
 Um anúncio, incluído nas próprias revistas. Como bónus, um mini-labirinto para resolver:

 
Curiosamente, a história foi retomada em 2012 na série limitada "The Transformers: Regeneration One", pela mão da editora IDW, começando no número 81 e indo até ao 100.
Podem descobrir mais sobre a versão portuguesa no meu blog dedicado aos robots de Cybertron: "Transformers Portugal V2". Ou no meu antigo site dedicado apenas à BD: "Transformers Portugal".

Caros amigos, quem também coleccionou estes números?

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