segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Carlos Paião


Quando se fala em mortes prematuras, um dos nomes que vem logo à conversa é indubitavelmente o de Carlos Paião (Carlos Manuel de Marques Paião). E no entanto, em apenas três décadas de vida, e numa curta carreira musical Carlos Paião deixou um grande legado artistico, que ainda vive na memória dos portugueses, 25 anos depois do brutal acidente de viação que ceifou a vida ao popular cantor e compositor.
Além dos vários êxitos em nome próprio, Carlos Paião compôs para outros artistas, tais como Herman José (as letras de Serafim Saudade, para o programa Hermanias, por exemplo) ou até Amália Rodrigues (O Senhor Extra-Terrestre [vídeo]).

A morte de Paião teve grande impacto nos noticiários, logo no dia a seguir à tragédia do Incêndio do Chiado, factos que me recordo de saber durante as minhas tradicionais férias de verão em família no ilhote de S. Lourenço. O incêndio do Chiado soubemos através de um vizinho que tinha televisão e nos chamou para ver as chocantes imagens, e se não estou enganado recordo-me de ouvir a noticia da morte de Carlos Paião no rádio a pilhas do meu tio.

Além de Paião, faleceu também o colega Carlos Miguel Sousa, sobrevivendo ao choque o condutor da Datsun Urvan, Jorge Esteves. Jorge Esteves falou à revista sábado numa reportagem recente: "Os últimos dias de Carlos Paião - Sábado.Pt"

Reportagem do "Diário de Lisboa" no dia seguinte, clique sobre a imagem para a aumentar:
"Diário de Lisboa" [27-08-1988]

Ficou famosa a afirmação de Carlos Paião, licenciado em Medicina, de que preferia “ser um bom cantor a um mau médico”.
Vamos ver alguns vídeos dos seus maiores sucessos:

Cinderela (actuação no programa Clubíssimo:

Playback (actuação Festival Eurovisão 1981):



Pó-de-arroz (actuação Sabadabadu 1981):

Meia-Dúzia (provavelmente a única música a falar em carcanhóis)

Vinho do Porto, Vinho de Portugal (com Cândida Branca Flor, no Festival RTP 1983):
Mais vídeos depois do link:



No programa "O Foguete":

"O Foguete", genérico inicial:

"Versos de Amor":


Uma Árvore, Um Amigo (interpretado por Joel Branco):


A Canção do Beijinho (interpretada por Herman José):

Marcha do "Pião-das-nicas" (com o épico termo "chupado das carochas"):


Bamos Lá Cambada! (interpretado por Herman José):


Mais informação:
Carlos Paião
1 de Novembro de 1957 — 26 de Agosto de 1988


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    4 comentários:

    1. Ele tinha actuado na minha terra algumas semanas antes.

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      1. Os músicos no Verão têm uns dias ocupadissimos, com tanto espectaculo. Imagino que em 88 já fosse assim também, sempre a correr de uma terra para outra...

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    2. Vá-se lá imaginar quantos êxitos poderia ter cozinhado até hoje, se fosse vivo

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    3. Um dos nossos melhores artistas musicais de sempre, ao lado de génios como Artur Ribeiro ou Max, que tal e qual como Vasco Santana, João Villaret, Ivone Silva, Cândida Branca Flor, Mirene Cardinali, António Variações, Freddie Mercury, Elvis Preseley, Dino Meira ou Graciano Saga, partiu cedo demais, quando tinha muito para demonstrar a todos nós do seu talento, e quando tinha uma vida inteira à sua frente.
      As canções que eu mais adoro dele são a "Cegonha", que me emociona sempre que a oiço, a "Cinderela", "Intervalo", "Zero a Zero", "Vinho do Porto" com Cândida Branca Flor, e o inesquecível "Play-Back" do Festival de 1980, onde as Doce não ganharam com o Ali Babá por causa de estarem quasi nuas.
      Um artista e pêras!

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