sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Jogos Sem Fronteiras (1965-1999)

por Paulo Neto



Já mencionei aqui que quando chegava o Verão, nenhum programa era mais aguardado por mim do que os Jogos Sem Fronteiras, que prometiam sempre um serão bem passado frente ao pequeno ecrã. Era só soar o hino da Eurovisão e a seguir este não menos mítico tema para eu ficar em pulgas:



O conceito do programa partiu de ninguém menos que o General Charles De Gaulle para celebrar a amizade entre os povos dos diversos países europeus e ajudar a sarar as feridas que ainda resistiam derivadas da Segunda Guerra Mundial. A primeira emissão teve lugar em 1965 e opunha apenas equipas francesas e alemãs. Com o tempo, mais países foram-se juntando ao programa como Itália, Holanda, Grã-Bretanha, Suíça, Bélgica, Jugoslávia e, em 1979, Portugal. Tradicionalmente, as diversas sessões tinham lugar em países diferentes e a primeira emissão portuguesa foi na Praça de Touros de Cascais, com apresentação de Eládio Clímaco e Fialho Gouveia e com Herman José no papel do inteligente da corrida. Foi também uma das primeiras transmissões da RTP a cores, mas só para estrangeiro ver pois a cor só chegaria aos ecrãs portugueses em 1980. Nesse ano, os Jogos passaram por Vilamoura e mal-grado o esforço para promover o sol do Algarve (3179 horas de sol por ano), disputaram-se debaixo de forte chuva.

Fialho Gouveia na emissão de 1979 na Praça de Touros de Cascais


A chuva frustrando a promessa de sol algarvio em Vilamoura (1980)

A partir de 1982, deu-se um interregno de seis anos. Mas em 1988, os Jogos Sem Fronteiras regressavam para um novo ciclo que durou até 1999, com a participação de Portugal em todos os anos menos no último. Como era demasiado novo, não tenho quaisquer memórias do primeiro ciclo dos JSF, que só vi através da RTP Memória, pelo que as minhas memórias do programa residem todas neste segundo ciclo. E embora o juiz-árbitro Guido Pancaldi ainda tenha presidido às regulações do programa em 1988, o juiz de quem me recordo era Denis Pettiaux, sempre com um ar formal mas afável, com o seu bigode e as suas palavras de partida antes de cada jogo: "Attention! Prêts?" seguidas do apito.

Denis Pettiaux com Eládio Clímaco na emissão em Coimbra

Além de Portugal, os primeiros países que participaram no retomar dos Jogos Sem Fronteiras foram Bélgica, Espanha, França e Itália. A cada semana, num país diferente, equipas oriundas de uma cidade de cada um dos cinco países (cada um representado por uma cor) disputavam a vitória ao longo de uma mão cheia de jogos, muitos deles envolvendo piscinas e rampas acidentadas. As equipas de cada país que ao longo das emissões tivessem obtido o melhor resultado nacional disputariam uma finalíssima. E logo nessa época de 1988, Portugal afirmou-se como uma das maiores potências vencendo três emissões e com a equipa da Madeira a ganhar a finalíssima.

Segue-se então uma lista semi-aleatória de mais coisas a dissertar sobre o programa:

Classificação final de uma emissão em 1992

Países participantes entre 1988 e 1999


- Ao longo do segundo ciclo dos JSF, além dos cinco países já referidos, participaram a pequeníssima república de São Marino, a Jugoslávia pré-guerra, o País de Gales, a Checoslováquia (posteriormente a República Checa), a Suíça, a Hungria, a Eslovénia, a Grécia, Malta e Holanda, além de que na época 1992, os Jogos tornaram-se intercontinentais com a participação da Tunísia.
Para alegria nacional, era bastante frequente que Portugal ganhasse várias sessões e até finalíssimas, o que também apelava bastante aos telespectadores portugueses pois nós sempre ganhámos em tão poucas coisas, que qualquer vitória até nos JSF era um bálsamo para o ego nacional. Lembro-me que ao início, Itália e Bélgica eram usualmente os nossos adversários mais directos, e a partir de meados de 90, Hungria e República Checa foram também conquistando várias vitórias. No extremo oposto estavam Tunísia e Malta que raramente escapavam ao último lugar. Ao princípio, a Grécia também costumava ficar na cauda da tabela, mas com o passar do tempo também foi vencendo de vez em quando.      

Eládio Clímaco com Cristina Lebre (1994), Anabela Mota Ribeiro e Luís de Matos (1995) e Ana do Carmo (1997)

- Além de ser o Senhor Festival da Canção, Eládio Clímaco também era o Senhor Jogos Sem Fronteiras, sendo o apresentador mais regular ao longo das várias edições. Às vezes eu sentia-o quase como um familiar que me visitava a casa todas as semanas, para falar sobre "o espírito de amizade e fraternidade dos Jogos Sem Fronteiras" e exclamando com doses equilibradas de elegância e exaltação: "Força, Amadora!", "Força, Felgueiras!" e por aí fora. (E já agora, não sei como o nome Eládio se tornou mais popular em Portugal, mas acho que um apresentador tão singular como Eládio Clímaco requeria um nome igualmente singular.) Mas além dele, também exerceram funções de apresentadores ao longo do segundo ciclo dos JSF: Fialho Gouveia, Ivone Ferreira, Ana do Carmo (que pelos mesmos motivos de Eládio, também adquiriu o estatuto de nossa quase-parente), Cristina Lebre, Ana Zanatti, Anabela Mota Ribeiro, Luís de Matos e Maria João Silveira (que tinha uma propensão para dizer várias vezes a palavra "extremamente").


Os apresentadores italianos Ettore Andenna e Maria Teresa Ruta (1993)

Dorottya Geszler (apresentadora da Hungria entre 1993 e 1995)

- E claro, também ao facto de os encontrarmos todos os Verões, também ficávamos devidamente familiarizados com alguns apresentadores estrangeiros como o italiano Ettore Andena, a grega Daphne Bokota, os galeses Iestyn Garlick e Nia Chiswell, a checa Marcela Augustová e as beldades Silvia Batazza de São Marino e Dorottya Geszler da Hungria.

Tomar, Convento de Cristo (1989)

- Tanto no primeiro ciclo como nas duas primeiras edições do segundo, Portugal era representado pelo cor-de-laranja, mas a partir de 1990 e até ao final do seu historial de participações, a nossa cor passou a ser o verde. Ao longo das várias temporadas, Portugal esteve representado de Norte ao Sul, incluindo as Regiões Autónomas e durante aquelas horas, eu tal como todos os portugueses, torcíamos pela cidade que competia como se fosse a nossa, fosse Lisboa, Porto, Amadora, Figueira da Foz, Moura, Olhão, Águeda, Peniche ou Mateus/Vila Real. Com tantas cidades portuguesas que passaram pelos JSF, tive sempre muita pena que nunca tenha lá estado a minha (Torres Novas). O mais perto foi Tomar, onde em 1989 até foi a sede das duas emissões portuguesas no Convento de Cristo.
- Pelo menos dois concorrentes portugueses dos Jogos Sem Fronteiras tornaram-se posteriormente mais conhecidos por outras andanças televisivas: Nuno Graciano, que fez parte da equipa de Lisboa em 1992, sede das emissões portuguesas nesse ano, e Verónica Moreira, concorrente do Big Brother 2, que integrou a equipa de Paços de Ferreira em 1994 numa emissão em Itália. 

Eládio com a apresentadora da televisão de Macau (1990)

- Em 1990 e 1994, houve duas emissões especiais de Natal: a primeira em Macau, na única vez em que os JSF se realizaram noutro continente e segunda em Cardiff, onde cada equipa continha uma "celebridade" do país (no caso de Portugal foi a fadista/apresentadora Diamantina Rodrigues, que na altura era conhecida apenas como Tina e que tinha lançado um disco de cariz mais pop) e onde as provas não tinham qualquer pontuação.
- Ao longo dos anos, os regulamentos dos Jogos Sem Fronteiras passaram por várias dinâmicas para criar mais emoção às provas e aos telespectadores: jogos onde um país não participava mas apostava em outro obtendo assim os mesmos pontos do país apostado; o Joker em que cada país apostava no jogo que julgava ser o seu mais forte para duplicar a pontuação; ou jogos em que concorrentes de diferentes países tinham que colaborar em equipa sem saber para qual país é que iria beneficiar do seu desempenho. Também era costume haver jogos onde os apresentadores participavam geralmente em funções não demasiado físicas, como por exemplo guiar concorrentes de olhos vendados. 
- Recordo também os jogos finais entre em 1988 e 1990 que tinham sempre uma premissa comum fosse onde fosse a emissão: em 1988, os concorrentes tinham de ser os primeiros a chegar para agarrar o sinal aritmético (somar, subtrair, multiplicar, dividir) que mais conviesse para as contas entre números aleatoriamente sorteados; em 1989 e 1990 os concorrentes atravessavam obstáculos enquanto uma música soava e tinham que adivinhar o título, o intérprete, o compositor ou o filme dessa música. Como se pode observar sobre neste excerto de 1990. 




Concorrentes portugueses durante um jogo em Budapeste (1997)

- A partir de 1996, todas as emissões passaram a ser na mesma cidade: Turim em 1996, Budapeste em 1997 (finalíssima em Lisboa), Trentino em 1998 e Castello Aragonese em 1999.

Desde 2004 que se ouve falar ocasionalmente de hipotéticas pretensões da Eurovisão em restabelecer os Jogos Sem Fronteiras, mas para além de todas as questões financeiras, a verdade é que o mundo já mudou bastante desde então e possivelmente um conceito dos Jogos Sem Fronteiras, nesta era da internet e de novas formas de comunicação, já parece um algo muito demodé. Talvez seja então preferível deixar os JSF no lugar de honra de memórias televisivas estivais de vários telespectadores europeus ao longo das últimas décadas do século XX. 

Para quem souber francês, recomendo vivamente este site repleto de informação detalhada sobre os Jogos Sem Fronteiras. Também existe um site em inglês, mas não tão completo.

Compilação de Eládio Clímaco nos JSF:


Compilação de todos os genéricos:




Emissão de 1992 na Checoslováquia com a equipa de Moura:


Excerto da emissão de 1993 em Coimbra:


Para terminar, convém ainda mencionar que os Jogos Sem Fronteiras inspiraram um dos primeiros grandes sucessos de Peter Gabriel a solo, "Games Without Frontiers" de 1980, cujo título é a tradução literal do título do programa (embora o título com que este era transmitido no Reino Unido era "It's A Knockout"). O tema inclui uma participação especial de Kate Bush a cantar "jeux sans frontières", o título francês.




    

   

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Livros Escolares - Pré Primária (Anos 70)


Escrevo estas linhas no inicio de Setembro, quando ainda há poucos dias se prometia um Verão prolongado, e apesar do calor, ao olhar pela janela vejo aquele céu cinzento matinal a emular aqueles anos atrás quando as Férias Grandes ficavam para trás e se tratava dos preparativos para um novo ano lectivo. Época de ir para as filas das papelarias para conseguir os livros escolares e o outro material essencial para as aulas ( até aqueles instrumentos que nunca usavamos durante o ano, mas comprávamos na mesma). Não tenho a certeza das datas, mas tenho a impressão que hoje em dia o regresso ás aulas é mais cedo e que roubam tempo de férias e folia aos mais novos. A minha pré-primária foi num colégio a 5 minutos de casa (a pé), e a minha maior peripécia terá sido um dia que fugi do edificio e fui para a loja da minha tia, a um minuto de distância. Naturalmente, lembro-me de pouca coisa, excepto que não  gostava das aulas no ginásio, nem das brincadeiras do recreio. Creio que apenas uma vez houve necessidade de ficar lá a almoçar e dormir a sesta nos colchões finos dispostos no chão de uma sala ás escuras. Mas se coisa tenho quase a certeza, é que não tive livros nessa época. Talvez no ano antes de entrar na primária, quando estive numa "escola paga", mas na minha pré-primária só me recordo ( e ainda tenho bastantes) de cortar, riscar desenhar, pintar e colar coisas avulsas em folhas de papel.
Bela obra de arte, lápis de cera sobre papel, circa 1983.

Mas, voltando ao assunto do post, vamos dar uma olhada aos livros escolares do espólio da Ana Trindade, começando precisamente com os da Pré-Primária, de finais dos anos 70:


"Vem Daí" - Leitura e escrita - 1ª Fase, Fase Propedêutica/1º Ano. Tem na capa um jovenzinho que parece ser primo do mascote da revista MAD:
 "Dentinho de Leite" - 1ª Fase da Escolaridade e Pré-Primária.

"O Traquinas e a Matemática 0" - Pré-escolar, Ano Preliminar.
 "A Brincar Aprendo" - Caderno de Trabalhos - Pré-Primária

 "Pipocas 0" - Ano Preliminar e Pré-escolar

"Caderno 1" - Exercícios Pré-Primários
 Caros leitores com boa memória: também tiveram algumas destas edições? Foram outras? Comentem!

Os outros artigos com os manuais dos anos cromos:


Mais cromos da Ana Trindade: "Enciclopédia de Cromos - Ana Trindade".

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Samurai (1979)

O anúncio mais elaborado nesta revista é o da loja de artigos para judo e karate "Samurai" - Comércio e Indústria para Artes Marciais, Lda; em Lisboa. Temos clientes da loja entre os nossos leitores?

Detalhe da ilustração de estilo nipónico:



Retirado da revista "Fantasma" #4, Hiquafi-Editora (HE) de 1979.

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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tudo ao Molho e Fé em Deus (1995)

por Paulo Neto

O que fariam se tivessem comprado uma casa e outras quatro pessoas tivessem comprado essa mesma casa, e pelas mais diversas vicissitudes, tivessem que viver os cinco juntos?

Foi essa a premissa de "Tudo ao Molho e Fé em Deus", uma sitcom exibida na RTP em 1995, escrita por Ana Bola e Rosa Lobato Faria, realizada por Nicolau Breyner e protagonizada por Alexandra Lencastre, Ana Bustorff, Diogo Infante, José Pedro Gomes e Igor Sampaio.




Enganadas por Fernando Albino, um agente imobiliário intrujão, cinco pessoas compram sem saber o mesmo apartamento T2 em Telheiras. Cajó (Diogo Infante), fotógrafo boémio e mulherengo, Hélia (Alexandra Lencastre), uma mulher perturbada e excêntrica, Alberto (José Pedro Gomes), um escultor alérgico ao pó da pedra recentemente separado da mulher, Agostinho (Igor Sampaio) um aspirante a padre em crise de vocação e Carlita (Ana Bustorff), cabeleireira de ofício e fofoqueira de profissão.


À falta de melhor solução, os cinco vêem-se obrigados a viverem juntos até que a situação seja resolvida, causando obviamente situações bastantes confusas e alguns conflitos, devido às diferentes personalidade de cada um. Mas aos poucos e contra todas as expectativas, uma inesperada amizade acaba por surgir entre os cinco "cofraccionistas", como diz Agostinho.



Embora nem sempre as piadas acertassem o alvo e das personagens nunca terem saído do registo da caricatura, carecendo de mais profundidade, "Tudo ao Molho e Fé em Deus" foi no geral uma série bastante divertida. Ao longo dos doze episódios, houve participações especiais de Ana Bola, José Raposo, Rui Luís Brás, Teresa Roby, Carla Salgueiro e, entre outros, Maria Rueff no papel de uma faxineira açoriana. De referir que a série foi gravada no agora defunto Teatro Vasco Santana.

Mas existe uma razão muito pessoal pela qual eu nunca me esqueci desta série. Porque me inspirou ao 15 anos a escrever um livro com um história parecida, a de seis pessoas que compravam uma vivenda em Cascais! Ainda devo ter o manuscrito algures na arrecadação, mas vão por mim quando digo que era péssimo, pois não só continha muito copianço do argumento de "Tudo ao Molho e Fé em Deus" como era cheio de situações melodramáticas e/ou inverosímeis e de escrita rudimentar. Mas aos quinze anos, que sabia eu da vida? Além disso, se eu queria passar de péssimo escritor a escritor suficientemente bom para ter um livro publicado, tinha que começar por algum lado. E por ironia do destino, o meu primeiro livro também foi inspirado num programa de televisão que também envolvia a coabitação de desconhecidos num imóvel comum

1.º episódio:


9.º episódio:


Episódio com Maria Rueff:

Colecção Karate (1979)

Mais um anúncio minimalista, á edição francesa da revista de karate e artes marciais "Karate", ao preço de 85$00 cada exemplar, bem caro para uma revista, considerando que aquela onde vinha a publicidade custava 15$00. Note-se também os erros da frase em francês, que devia dizer: premier magazine européen de karate et d'arts martiaux.

Retirado da revista "Fantasma" #4, Hiquafi-Editora (HE) de 1979.

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domingo, 7 de setembro de 2014

Club Nintendo Portugal - Material Promocional - Parte 1


De vez em quando encontramos tesourinhos na Internet com guardiões dispostos a partilhá-los para que todos os apreciem. Hoje o nosso colega dos cromos Ricardo Saramago partilhou o link para o seu álbum de fotos com material promocional dos anos 90 para a Nintendo: "Club Nintendo 90s". Ai podem apreciá-los em tamanho original e sem retoques. 
Este material era enviado aos sócios do Club Nintendo Portugal, que segundo o site Retroinvaders, angariava membros através dos cupões incluídos em grande parte dos jogos ( e outros produtos) da marca japonesa, presente em Portugal desde o inicio da década de 1990. A inscrição no Clube era gratuita e dava direito a receber em casa o cartão de sócio.

O sócio tinha também acesso a uma "linha telefónica exclusiva (que) vai tirar as tuas dúvidas, uma revista será entregue regularmente em tua casa sem que tenhas de pagar, e (...) poderás participar em passatempos e concursos.". Imagino que este material era já valioso numa época de dificil acesso à informação, e uma espécie de janela para o futuro (do entretenimento).

O Ricardo também me enviou este video com vários reclames em português, de "Os Velhos Tempos".
"Se já te passavas da carola com o teu Gameboy, bem vindo ao manicómio" dizia o anúncio ao Super Game Boy. Vale a pena ver todo o vídeo!

Mas vamos então ao material propriamente dito:

Revista Club Nintendo:

A capa do Nº 1 de 1993:
SNES Street Fighter II Super Mario Land 2 3
Em destaque na capa do nº 1: Street Fighter II para SNES, Super Mario Land 2 para Game Boy, Super Mario Bros. 3 para NES e ainda "... dicas & truques, pontuações máximas e correio dos leitores".

A capa do Nº 2 de 1993:
SNES Starwing Star Wars Dr Mario
No segundo número de 1993, destaque para Starwing ( o título europeu do clássico "Star Fox") para SNES, Star Wars para NES e Dr. Mario para Game Boy.

A capa do Nº 1 de 1994:

Disneys Aladdin Darkwing Duck Street Fighter II Turbo Prince Of Persia
A ilustrar a capa o êxito colossal nos cinemas Aladdin. Também da Disney, destaque para o jogo do pato da capa preta "Darkwing Duck". Nova versão de um êxito: Street Fighter II Turbo. Menção ainda para Prince Of Persia e a "gloriosa aventura das mil e uma noites!".

Capa de revista não numerada do Club Nintendo:
O Fantástico Mundo NES, Game Boy, The Legend Of Zelda, Truques, dicas,Link, Mario, Tetris, Super Mario Land, F-1 Race,
Neste número o leitor parte à descoberta do "Fantástico Mundo NES" e "tudo sobre as aventuras de Mario". Referência a alguns jogos para Game Boy (Super Mario Land, Tetris, F-1 Race) e ao clássico The Legend Of Zelda.

NOTA: A Enciclopédia de Cromos recebeu informação dos especialistas do retrogaming "Os Velhos Tempos" que esta não numerada foi a primeira revista enviada aos sócios do Club, e que essencialmente era uma tradução de textos estrangeiros. Acrescentam ainda que "depois das 3 revistas numeradas, a Chaves Feist Lda, resolveu publicar uma revista física nas bancas, com o nome SuperPowers, que durou pouco mais de 1 ano." Agradecemos pela informação e pela imagem abaixo da capa de uma Super Power, reparem no logo do Club Nintendo no canto inferior direito:
Super Power Nº 4 (Outubro 1994)

As vantagens de pertencer ao Club Nintendo Portugal, e como utilizá-las:
Club Nintendo Portugal Revista Linha verde


Mais material brevemente! Muito obrigado ao Ricardo Saramago por partilhar o seu espólio connosco!


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sábado, 6 de setembro de 2014

Biblioteca de divulgação política (1979)



Um dos mais desinspirados e visualmente pobrezinhos anúncios que já vi em toda a minha vida. Não fosse pelo pequeno destaque ilustrado, e estariamos perante uma qualquer página batida à máquina de escrever. mas ao menos é directo ao assunto. A Colecção "Biblioteca de divulgação política" consistia nos seguintes 12 volumes de bolso*, de vários autores:
  • "O que é o capitalismo"
  • "O que é o imperialismo"
  • "O que são as direitas"
  • "O que são as ditaduras"
  • "O que são os fascismos"
  • "O que é a democracia"
  • "O que é a ruptura democrática"
  • "O que são as esquerdas"
  • "O que é a ultradireita"
  • "O que é o socialismo"
  • "O que é o comunismo"
  • "O que é a República"
* que podiam ser adquiridos por 135 escudos.


Retirado da revista "Fantasma" #4, Hiquafi-Editora (HE) de 1979.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Tulicreme (1967)


Um clássico das guloseimas para barrar no pão do lanche: "Tulicreme". Neste anúncio a cores de finais dos anos 60, o Tulicreme é publicitado como "o único creme com chocolate para barrar pão...e as crianças adoram chocolate!" e "um alimento puríssimo".
Detalhe da embalagem da época:


Anúncio retirado da revista "Crónica Feminina" nº 568, de 12 Outubro de 1967.

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