quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O Nome da Rosa e A Casa dos Espíritos (1984)

Anúncio com cupão de encomenda de dois clássicosda literatura: "O Nome da Rosa" (do italiano Umberto Eco, livro de 1980 que deu origem a um belo filme em 1986 ) e "A Casa dos Espíritos" (da chilena Isabel Allende, livro de 1982, também adaptado ao cinema em 1993, parcialmente gravado em Portugal), postos à venda pela "Difel Difusão Editorial, Lda".

Publicidade retirada da revista Maria Especial de Natal, de 1984.

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Rickety Rocket (1979-1980)


"Rickety Rocket" (1979-1980) foi um segmento integrante do bloco de animações “The Plastic Man Comedy Adventure Show”, mas exibida em Portugal separado na rúbrica “Desenhos Animados” em 1987, na RTP-1.

Eu que sempre apreciei engenhocas, detectives e séries futuristas decerto gostava da série, apesar de recordar pouco mais que a bizarra nave viva Rickety Rocket e o genérico que resume eficazmente tudo o que há a saber sobre esta animação:



Detalhe pouco habitual, as personagens principais são todas negras, alguns anos antes da avalanche de série com a obrigatória “variedade multi-étnica”, como Capitão Planeta, etc. A produção, com um total de 16 episódios -  foi da responsabilidade de Ruby-Spears ( Turbo Teen, The Centurions, Mighty Man and Yukk ).

Mais detalhes: "TV Acres"


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domingo, 19 de janeiro de 2014

A Casa de Irene (1983)


"A Casa de Irene" (nos sites do Brasil apenas como "Casa de Irene" ) foi uma sitcom brasileira, da TV Bandeirantes, emitida no ano de 1983. Esta comédia liderada por Nair Belo (a Irene do título, a matrona de uma familia italiana) desenrolava-se na pensão de Irene e a comédia fluia a partir das confusões desencadeadas pelos inquilinos “residentes” e os actores convidados especiais.

 
No elenco fixo, além de Nair Belo, estavam a desempenhar os peculiares inquilinos actores como Gianfrancesco Guarnieri, Flávio Galvão, Elias Gleizer, Taumaturgo Ferreira, Françoise Forton, Laura Cardoso e Neuza Borges.
Em Portugal, foi exibida na RTP-1 em 1987 (pelo menos), nas noites de Segunda-feira, desde 07 de Setembro de 1987, como se vê nesta sinopse do 1º episódio ( retirado do Diário de Lisboa):
Mesmo a quem nunca assistiu à série, decerto o titulo fará lembrar a música “A Casa de Irene" (cantada por Agnaldo Timóteo em 1965 e que serviu de inspiração para GeraldoVietri escrever a série) ou a original “A Casa d’Irene" (de Nico Fidenco, também de 1965). Consta que a italiana era o tema de abertura da série. Um rebuçado a quem conseguir encontrar um video!!

Atenção: não confundir com o filme homónimo de 1991, o drama/erótico “A Casa de Irene”, que não se passava numa pensão, mas num bordel/casa de massagens… Vejam algumas fotos aqui.

Mais detalhes sobre a sitcom: InfanTV - Casa de Irene.

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sábado, 18 de janeiro de 2014

Claxon (1991)

por Paulo Neto

Na categoria "Séries-nacionais-que-já-deviam-ter-sido-editadas-em-DVD", impõe-se a inclusão de "Claxon" que teve 13 episódios exibidos pela RTP entre Março e Junho de 1991 aos sábados à noite e que graças à RTP Memória (obviamente) tive agora oportunidade de rever.




A série da autoria do ominipresente António Avelar Pinho e de António Cordeiro (que também protagonizava), com realização de Henrique Oliveira, transportava-nos para um universo paralelo num tempo que misturava o passado (anos 30 e 40) e o presente (anos 90) e para uma cidade simplesmente denominada Grande Cidade, que era um misto do Porto com Chicago, num interessante exercício de subverter e aportuguesar a estética film noir americano. Aliás a série foi filmada em 35mm como se de material para cinema se tratasse.

Ruby (Margarida Reis)

Rick Planeta (Ricardo Carriço)
Bill Bao (Jorge Nogueira)

Bob Caroço (António Paulos)

António Cordeiro encarnava o detective privado Joe Claxon, um homem que por detrás da sua expressão taciturna e de uma calma fria e desconcertante, esconde uma extrema astúcia e um inusitado poder de sedução para com o sexo feminino. A sua catchphrase era "De dinheiro, falamos depois".  As outras personagens do elenco fixo eram Ruby Tuesday (Margarida Reis) a secretária de Claxon, aparentemente imune aos charmes do detective; Rick Planeta (Ricardo Carriço), jornalista e melhor amigo de Claxon; Bill Bao (Jorge Nogueira), o dono do bar habitualmente frequentado pelo detective; o inspector Bob Caroço (António Paulos) o bronco e intratável agente da polícia, sempre às turras com Claxon; e o assistente deste (Tomás Machado), do qual nunca se sabe o nome, sempre pronto a deitar água na fervura das fúrias do seu chefe. Os nomes das personagens ao longo dos episódios, com alguns trocadilhos, eram por si só outra marca da série: April May, Justin Case, Comandante Nutty Shark, Eva Niceday, Norman Dias, Phoenix Arizona...

Rui Reininho e Lena Coelho tiveram participações especiais na série


Ao longo dos treze episódios, vários nomes fizeram participações especiais. A mais conhecida foi a de Rui Reninho, na sua primeira incursão na representação, no episódio "Bolero" no papel de Max Maracas, um dúbio proprietário de um clube nocturno de música latina. Também recordo Lena Coelho no papel da stripper Marvel Comix, na mira de um sádico assassino de outras colegas suas, e que não resiste a uma noite com Claxon. Também por lá passaram nomes como Carmen Dolores, Sofia Sá da Bandeira, Rute Marques, Helena Laureano, Carlos Alberto Vidal e Ana Padrão. 


A banda sonora da série teve direito a edição em disco, incluindo o tema do genérico da autoria de Naná Sousa Dias (obviamente que uma série assim pedia uma valente saxofonada), e canções de Rui Veloso, Lena Coelho, Zé Nabo & os Optimistas, Ramón Galarza e Tim dos Xutos & Pontapés, com o tema "A Grande Cidade".



Genérico:



Em jeito de conclusão e para mostrar como a série ficou na memória de muita gente, houve um episódio do programa do Bruno Aleixo em que este, durante uma entrevista a Ana Bacalhau dos Deolinda, defende um mito urbano de que "o actor que fazia de Claxon" ficou tão farto de toda a gente lhe chamar Claxon que uma vez agrediu "um homem com um bebé ao colo".



Nota: Os 13 episódios estão (por) agora disponíveis no "Arquivo RTP": "Claxon". Obrigado ao leitor Rui Alves de Sousa pelo aviso! 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

"Tarzan Boy" - Baltimora


Tarzan Boy. Esta música é para mim sinónimo do inesquecível programa "Caderneta de Cromos". E portanto foi com grande alegria que encontrei este single em vinil numa feira de velharias, então resisti a colocá-lo na minha sacola e fugir a grande velocidade. Estou a brincar, paguei antes. Decerto que tinha ouvido o tema anteriormente, mas o programa que deixou tantos crómos orfãos quando terminou em 2012, marcou esta canção de italo disco na minha mente na manhã do dia 29 de Dezembro de 2009:
Comprei a edição portuguesa do single produzido pela EMI, mas fabricado em Portugal por Vecemi - Música e Discos, Lda:

A capa frontal do vinil:
Repare-se no cuidado gráfico, aparentemente criado com a intenção de ferir os olhos de quem comtemplasse esta bela ilustração de um Tarzan mais homem que "boy", a não ser que o "boy" seja o macaco no braço do Tarzan (e quem seria mãe do "rapaz"? Bom, é melhor ficar por aqui)... Na parede de tijolos verdes, três molduras com fotos de selva e do céu (!) da selva.
Quem encheu as capas do vinil de beijos carregados de batom deve ter ficado com os lábios inchados, visto que vendeu balúrdios a nível mundial e até tocou no terceiro filme das Tartarugas Ninja (1993). Ainda em 1985 foi incluido no álbum Living in the Background, precisamente o álbum de estreia dos Baltimora.


Este êxito dos anos 80, tinha igualmente um vídeo invulgar, com muita coreografia em frente a um ecrã verde, e uma enchurrada de efeitos "vídeo" em redor de um individuo vestido com uma pele de leopardo por debaixo de um casaco que deve ter o fecho partido, porque está sempre a abrir-se para revelar a musculatura e vestimenta pintalgada deste aprendiz de Tarzan que durante a música vai emulando os famosos gritos do Homem Macaco.

Lado A: "Tarzan Boy":


No Lado B: "Tarzan Boy (DiscJockey Version)":



Podem ouvir também a versão "Tarzan Boy (Summer Version)".

Os responsáveis por este hit sobre a solitária vida do jovem Tarzan na selva, foram o grupo Baltimora, que como muitos projectos da altura consistia em vários músicos na sombra, incluindo Jimmy MacShane que aparece no vídeo, mas que segundo algumas fontes apenas fez playback com a voz de outro membro Maurizio Bassi, o teclista. Mais detalhes na Wikipédia: "Baltimora".

Os créditos em ambos os lados do vinil:

Várias versões foram gravadas por outras bandas, cliquem nos links para ouvir e digam-me qual é a pior: Modern Romance (ainda em1985), Bango (2006), Bad Influence (20089 e DJ Bobo (2010). Disse-me o colega Paulo Neto que em 2003 Daz Sampson reciclou a melodia em "The Woah Song", e - num campeonato à parte - "Tás um Boy" dos tugas Cabaré Fortuna, que confesso anda desde 2009 no meu leitor de mp3.
A personagem  Tarzan foi criada em 1912 por Edgar Rice Burroughs (John Carter Of Mars), que apesar de visionário decerto nunca sonhou ver a sua criação literária como êxito musical electrónico, trinta e cinco anos depois da morte do escritor.

Quero saber quem teve este vinil!

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

"Susanna" The Art Company (1984)

por Paulo Neto

Houve várias canções nos anos 80 com nomes de raparigas, mas apenas uma conseguiu tornar-se célebre tanto na versão em inglês como na versão em português. Claro que falo de "Susanna" dos holandeses The Art Company e prontamente versionada em português pelos Queijinhos Frescos. Com esta dose dupla, as Susanas deste país tiveram que suportar durante anos a fio coros espontâneos a trautearem o refrão. Até eu próprio cheguei a apanhar por tabela, quando no 7.º ano os meus colegas descobriram que eu tinha um fraquinho por uma Susana e durante para aí uma semana só para me chatearem, lá cantarolavam "Susana, Susana..."



Os VOF De Kunst (nome original da banda) foram fundados em 1983 na cidade holandesa de Tillburgo. A versão holandesa, "Suzanne", foi o seu primeiro single e foi um sucesso imediato nos Países Baixos. Quando a versão em alemão também escalou os tops na Alemanha, a banda decidiu gravar uma versão em inglês sob o nome de The Art Company e inevitavelmente "Susanna" tornou-se um hit em toda a Europa Ocidental, incluindo Portugal.

A história da canção é bem simples e muitos de nós podemo-nos identificar nela. O vocalista Nol Havens conta que finalmente está sozinho com a tal Susanna que há muito andava de olho, uma música a tocar, estão os dois no sofá, cada vez mais próximos, ele vai avançando, põe o braço à volta dos ombros dela, mexe-lhe no cabelo, ela não parece oferecer resistência, a coisa promete...mas toca o telefone e é engano. Para desgraça dele, esse momento estragou toda a atmosfera romântica, a Susanna recuperou a lucidez e agora só quer conversar e nem pensar em lhe deitar a mão. Eu só tinha quatro anos quando a canção foi editado e ainda não sabia nada de inglês, mas lembro que gostava quando tocava na rádio por dois motivos: os ruídos de encorajamento ao vocalista quando ele tenta engatar a Susanna e a interrupção da música durante a cena do telefone, onde se nota bem a frustração dele.



Como ainda não tinham surgido os Ministars ou os Onda Choc, eram os Queijinhos Frescos que na altura tinham o monopólio das versões infanto-juvenis em português de hits estrangeiros e por isso foram eles que em 1985 versionaram a canção. Como na altura o Queijinho que cantava ainda não tinha idade para pensar em engatar miúdas, na versão em português, ele apenas acusa a tal Susana de ser muito vaidosa e rezava o refrão: "Susana, Susana, Susana, não gastes o espelho!"


Nos anos 90, a canção também foi gravada em espanhol em 1992 por um Ricky Martin pré-fama e em 1995 por Marco Paulo

Os VOF De Kunst/The Art Company não tiveram mais nenhum hit internacional mas continuaram a ter algum sucesso no seu país ao longo da década de 80. Hoje em dia, dedicam-se mais a compor música para produções teatrais mas ainda actuam ocasionalmente. Em 2013, editaram um álbum de canções de Natal, o primeiro registo em disco da banda desde 1994. 


Tulicreme

Um nome conhecido desde há várias décadas (em Portugal desde 1964) na categoria "barrar cremes deliciosos carregados de calorias em fatias de pão", o "Tulicreme" promovia neste anúncio um concurso para ganhar uma mochila (ver imagem acima) com a face do rechunchudo ursinho versão anos 80. Vejam no blog "Desenhos Animados" outras publicidades do Tulicreme: "Reclames - Tulicreme"
Detalhe das variedade de Tulicreme Caramelo e Tulicreme Cacau:
Para ganhar a mochila bastava juntar e enviar 12 pontos das tampas. Ou por alternativa, 8 pontos mais 300$00 ou 5 pontos + 500$00. Aqui em casa nunca foi hábito termos este género de guloseimas, talvez felizmente, senão nesta altura deveria pesar o dobro...

Caro leitor, foi dos felizardos a possuir esta mochila?

A fonte desta foto é o Paulo Gomes, que além de colaborar na Enciclopédia, tem uma página no Facebook que aconselho a visitar: "Ulisses31".

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Korinex - Catálogo (1984)

Os anos 80 não são famosos pela sua subtileza, e precisamente a moda é recordada pela extravagância de designs e cores berrantes. Sinceramente, acho que as séries de TV e filmes de "época" costumam exagerar nesse departamento, mas este catálogo "Korinex" de 1984 tem algumas peças que podem ferir os olhos, por isso - caro leitor, proceda com cuidado!

A rapariga de azul na página 39 quase que está pronta para participar no filme "Tron":



E para fazer a encomenda como deve de ser, um guia para acertar nas medidas da roupa. Só é preciso um bacharelato e uma fita métrica para seguir as instruções:


Publicidade retirada da revista Maria Especial de Natal, de 1984.

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