terça-feira, 21 de abril de 2020

Jackpot '86 (1986)

por Paulo Neto

Sem grandes ideias para outros textos num futuro imediato, resolvi recorrer a uma rubrica habitual de analisar discos de colectâneas de êxitos de outros tempos. E como tenho revisto a série "1986", em especial nos directos do YouTube no canal do Nuno Markl com os actores da série, pensei em recuar até ao dito ano e recordar uma colectânea que eu não tive, mas que eu me recordo bem da sua edição.
A série de colectâneas "Jackpot" teve o seu primeiro volume em 1979, com subsequentes edições anuais entre 1981 e 1988 durante o período natalício. Em alguns anos, houve também uma edição de Verão chamada "Top Jackpot". Foi sem dúvida predecessora da série de colectâneas "Número 1" dos anos 90.

 Editado pela EMI-Valentim de Carvalho, este "Jackpot '86" é sem dúvida um dos mais icónicos tomos da série, não só pela quantidade de êxitos desse ano nele contido como pela sua capa com a cartola e uma mão a agitar uma varinha mágica. Na altura, os volumes desta série ainda não tinham edição em CD, pelo que foi editada apenas em LP e cassete.
Entre grandes sucessos nacionais e internacionais e alguns temas mais obscuros, vamos portanto recordar as 28 faixas de "Jackpot '86".





Disco 1 Lado 1
1. Queen "Who Wants To Live Forever": Sendo eu ainda por nascer ou demasiado novo para me recordar do seu repertório anterior (à parte as duas canções mais famosas do álbum anterior "The Works", "Radio Ga-Ga" e "I Want To Break Free"), foi com o álbum de 1986 "A Kind Of Magic" que fiquei familiarizado com os Queen. Lembro-me de adorar o videoclip da faixa-título com Freddie Mercury vestido de Mandrake a entrar num teatro abandonado e a transformar aquilo tudo e até surgiam desenhos animados para cantar com eles e, apesar da letra algo foleira, "Friends Will Be Friends" é uma das minhas canções preferidas dos Queen. E é claro havia este épico que abre a colectânea. Escrito por Brian May para a banda sonora do filme "Duelo Imortal", "Who Wants To Live Forever" é tecnicamente um dueto de May e Mercury, mas por muito competente que seja o primeiro como vocalista, é só a partir da segunda estrofe na voz de Freddie que a canção ganha realmente vida para culminar no refrão final. Dada a temática da letra sobre a vida e a morte, não é de estranhar que "Who Wants To Live Forever" seja uma canção muito tocada em serviços fúnebres e que tenha ilustrado a cena do filme "Bohemian Rhapsody" em que Freddie Mercury inicia os primeiros tratamentos para o HIV. Entre as várias versões, destaque para a de Seal no concerto de tributo a Mercury, dos alemães Dune e de Sarah Brightman.   
2. Tina Turner "Typical Male": Depois do seu estrondoso regresso à ribalta em 1984 com o álbum "Private Dancer" e do filme "Mad Max 3", Tina Turner continuava em alta com o álbum "Break Every Rule" do qual o primeiro single foi este "Typical Male". Nunca me esqueci do divertido videoclip em que Tina tenta seduzir um advogado, que fica algo intimidado com as tácticas dela nem da versão dos Ministars no álbum "Muita Lôco", intitulada "Não Faz Mal Uma Noitada". O lado B do single era "Don't Turn Around" que viria a ser um hit nas versões dos Aswad e dos Ace Of Base. 
3. Rod Stewart "Every Beat Of My Heart": 1986 foi também regresso aos discos para Rod Stewart com o álbum "Every Beat Of My Heart", cuja faixa-título é uma das minhas preferidas dele, um épico de cinco minutos e um quarto onde não faltam gaitas de foles ou não fosse Stewart, apesar de nascido em Londres, muito ligado às suas raízes escocesas.
4. Rui Veloso "Porto Côvo": Eu nem sequer gosto de laranjas mas já decidi que se algum dia for a Porto Côvo, vou roer uma laranja na falésia tal como no primeiro verso desta canção que Rui Veloso dedicou a esta freguesia do concelho de Sines, em particular à Ilha do Pessegueiro (como reza o refrão "havia um pessegueiro na ilha..."). Era com esta faixa que abria o álbum homónimo de Rui Veloso, o quarto da sua discografia, com a capa dele a fumar num beco e que continha outros hits como "Porto Sentido", "O Negro do Rádio de Pilhas" e "Cavaleiro Andante". 
5. MC Miker G & Deejay Sven "Holiday Rap": Um dos êxitos mais kitsch de 1986, "Holiday Rap", Reza a lenda que Lucien Wittween (MC Miker G) e Sven van Veen (DJ Sven) conheceram-se numa discoteca na cidade holandesa de Hilversum, cujo DJ residente tinha um estúdio onde os dois gravariam a primeira versão de "Holiday Rap" com um sample de "Holiday" de Madonna. Mas para que o tema pudesse ser editado comercialmente e evitar maiores gastos com copyrights, o conhecido produtor Ben Liebrand gravou uma versão usando os mesmos tipos de instrumentos utilizados em "Holiday". Além do dito, o refrão de "Holiday Rap" era uma interpolação de "Summer Holiday" de Cliff Richard. Apesar dos sofríveis talentos de Wittween para o rap, o resultado final foi suficientemente apelativo para ser um hit em toda a Europa, chegando mesmo ao n.º 1 dos tops em França, Holanda, Alemanha e Suíça.
O David Martins já falou aqui em detalhe sobre a versão dos Onda Choc, intitulada "Férias No Algarve", onde a história de dois amigos que descobrem que tiveram um romance de Verão com a mesma rapariga esconde uma crítica ao turismo desenfreado que a dita região enfrenta todos os anos.
6. Pet Shop Boys "Suburbia": uma das canções mais marcantes dos Pet Shop Boys, a agradável melodia synth-pop esconde uma letra sobre as tensões vividas nas comunidades suburbanas de ambos os lados do Atlântico. Aliás, o título é uma referência ao filme de 1984 do mesmo nome. E na minha opinião, continua a ser a melhor canção de sempre a incluir cães a ladrar. 
7. Michael McDonald "Sweet Freedom": Michael McDonald é um daqueles cantores serão mais reconhecidos pela sua voz do que propriamente pelo seu nome. Nos anos 70, fez parte das bandas Steely Dan e Doobie Brothers e 1986 acabou por ser o ano de maior sucesso da sua carreira a solo graças a dois hits internacionais: "On My Own" em dueto com Patti LaBelle e este "Sweet Freedom" da banda sonora do filme "Running Scared" (em Portugal, "Dois Polícias À Solta") com Gregory Hines e Billy Crystal. Em 2002, McDonald gravou uma versão com os Safri Duo.

Disco 1 Lado 2
1. Duran Duran "Notorious": Os Duran Duran foram uma das maiores bandas do mundo na primeira metade dos anos 80 (senão mesmo a maior) mas mesmo sem todo esse fulgor, eles lá continuaram no activo e de vez em quando Simon Le Bon e companhia ainda se reúnem para um ocasional disco e digressão (o álbum mais recente é de 2015). A faixa-título do álbum "Notorious", com o grupo reduzido a um trio, é sem dúvida o seu maior hit da segunda metade da década graças ao seu refrão pegadiço "no-no-notorious!" e a produção de Nile Rodgers.   
2. The Pretenders "Don't Get Me Wrong": Embora já tivessem tido hits como "Brass In The Pocket" e "Back On The Chain Gang", bem como a colaboração de Chrissie Hynde com os UB40 na versão reggae de "I Got You Babe", não há como negar que a canção mais conhecida dos Pretenders, pelo menos em Portugal, é "Don't Get Me Wrong". O videoclip é bastante icónico recreando a série "Os Vingadores" com Hynde no papel da metade feminina da dupla e excertos de cenas de Patrick McNee.
3. Paul Simon "You Can Call Me Al": Apesar da sua extensa carreira, também aposto que se eu pedir a alguém aqui em Portugal para me dizer uma canção de Paul Simon, pelo menos a solo, decerto que maioria dirá esta. E mesmo quem não sabe o título da canção, reconhecerá o solo de instrumentos de sopro. O álbum de Simon de 1986 "Graceland" é sem dúvida um dos mais celebrados da sua carreira, influenciado pelos sons que ouviu durante uma viagem à África do Sul e que sem dúvida estão bem presentes neste "You Can Call Me Al", ainda que a letra fale sobre a crise conjugal e etária de um casal suburbano. O título da canção refere-se a um episódio da vida de Simon quando, durante uma festa, o compositor francês Pierre Boulez tratou-o erradamente por Al e a sua então esposa Peggy Harper por Betty. Tão célebre como a canção é o videoclip com o actor Chevy Chase faz o lipsync da voz de Simon enquanto este vai entrando e saindo do cenário trazendo vários instrumentos musicais. 
4. Paul McCartney "Press": Esta é uma das canções deste disco que nunca tinha ouvido antes de escrever este artigo. Talvez porque o álbum de 1986 "Press To Play" de Paul McCartney marcou a primeira vez que um disco seu teve fraca aceitação do público e da crítica. Mas pelo menos o single principal, "Press", gerou um divertido videoclip com o ex-Beatle a passear pelo metro de Londres em alegre convivência com as muitas pessoas que seguem com ele na carruagem.
5. Heróis do Mar "Fado": Um pouco como os Duran Duran mas à nossa escala nacional, os Heróis Do Mar tentavam estender o grande sucesso que tiveram na primeira metade dos anos 80 para a segunda metade. Após mudança de editora e o afastar de rumores que Rui Pragal da Cunha queria sair do grupo, lançaram o terceiro álbum "Macau" em 1986 do qual este "Fado" é a faixa mais conhecida. Os Heróis do Mar viriam a ter mais um hit em 1987 com "O Inventor" mas a recepção discreta ao álbum de 1988 "IV" ditou o fim da banda.
6. Nik Kershaw "Nobody Knows": A carreira do britânico Nik Kershaw é tão marcada pela sua trilogia de hits de 1984 "Wouldn't It Be Good", "I Won't Let The Sun Go Down On Me" e "The Riddle" que é fácil esquecer tudo o mais que ele fez e que continua no activo (o seu álbum mais recente é de 2012. Não tinha ouvido antes este "Nobody Knows", que marcou o fim do período áureo de Kershaw, já que foi o primeiro single a ficar fora do top 40 britânico (sem contar com a edição original de 1983 de "I Won't Let The Sun Go Down On Me").
7. Glass Tiger "Don't Forget Me (When I'm Gone)": 1986 foi o auge da banda rock canadiana Glass Tiger que com o seu primeiro álbum "The Thin Red Line" ganhou três prémios Juno, uma nomeação para o Grammy de Melhor Revelação e uma participação na parte europeia de uma digressão de Tina Turner. O seu maior hit foi este "Don't Forget Me (When I'm Gone)" que contava com um importante ingrediente secreto: o compatriota Bryan Adams nos coros. Os Glass Tiger continuaram com algum sucesso no seu país e após um hiato entre 1993 e 2003, continuaram em activo desde então ainda que só tenham editado mais um álbum e já em 2018.

Disco 2 Lado 1
1. Madonna "White Heat": É relativamente raro haver canções de Madonna em colectâneas de êxitos, já que a Warner Music, aquela foi durante muito tempo a sua editora, sempre foi algo relutante em ceder músicas dos seus maiores artistas para compilações de outras editoras e era particularmente protectora do repertório da sua maior estrela. Mas era impossível falar sobre a música de 1986 sem falar de Madonna, já que o seu terceiro álbum "True Blue" foi o álbum mais vendido do ano e o álbum de uma artista feminina mais vendido dos anos 80, graças a hits incontornáveis como "La Isla Bonita", "Papa Don't Preach" ou "Live To Tell", e haveria uma lacuna se não houvesse uma canção dela nas colectâneas editadas por essa Europa fora nesse ano. Talvez por isso, o compromisso foi licenciar para esses fins uma faixa do álbum que não foi single (embora tenha sido o lado B de "Open Your Heart" e mais tarde de "Who's That Girl"), este "White Heat" cujo título vinha do filme de 1949 do mesmo nome protagonizado por James Cagney, incluindo mesmo algumas das falas deste no filme.
A primeira vez que ouvi "White Heat" foi no meu 5.º ano quando houve um concurso de dança na minha escola no dia antes das férias do Carnaval e duas raparigas do 6.º ano dançaram ao som dessa canção. 
2. David Bowie "Underground": Um dos filmes de 1986 foi "Labirinto" um filme de fantasia protagonizado por uma jovenzinha Jennifer Connelly e por David Bowie no papel do Rei dos Gnomos, realizado por Jim Henson. (Mas apesar de dirigido pelo criador dos Marretas e ter bonecos, não se podia dizer que era um filme muito infantil ou bem-disposto!) Como não podia deixar de ser, David Bowie contribuiu para a banda sonora com cinco canções, em especial este "underground" que tinha nos coros estrelas da soul como Chaka Khan, Luther Vandross e Cissy (mãe de Whitney) Houston. Na altura, "Labirinto" foi um flop comercial mas rapidamente ganhou depois estatuto de culto. 
3. Peter Cetera "Glory Of Love": Continuando no cinema, um dos maiores filmes de 1986 foi o segundo filme da série "Karaté Kid" onde, como já falámos aqui, Daniel e o Mr. Miyagi vão até à ilha japonesa de Okinawa de onde o segundo é originário e são confrontados com velhos rancores e inimigos ainda mais perigosos que os Cobra Kai. (Ainda assim Daniel arranja tempo para namoriscar com a doce Kumiko.) Tão bem-sucedido como o próprio filme, foi o seu tema principal, "Glory Of Love" interpretado por Peter Cetera (originalmente escrita para o "Rocky IV"!) que se tornaria o maior sucesso a solo do ex-Chicago, chegando ao n.º 1 do top nos Estados Unidos e na Suécia e sendo nomeado para o Óscar de Melhor Canção.   
4. GNR "Efectivamente": Apesar das convulsões internas, que levariam à saída de Alexandre Soares, o álbum "Psicopátria" foi mais um passo em frente na ascensão dos GNR com canções como "Bellevue" ou "Pós-Modernos". Mas o grande hit deste álbum é sem dúvida "Efectivamente", que se tornou rapidamente outro grande clássico do Grupo Novo Rock, com Rui Reininho a cantar que adora as pulgas dos cães.
5. Sigue Sigue Sputnik "21st Century Boy": Formados em 1982 no auge do pós-punk e da new wave, os londrinos Sigue Sigue Sputnik tiveram em 1986 os seus quinze minutos de fama graças a dois hits produzidos pelo lendário Giorgio Moroder: "Love Missile F-11" e este "21st Century Boy". O álbum 1988, produzido pelos não menos lendários Stock, Aitken e Waterman, ainda teve algum sucesso no seu país (e no Brasil!), mas desde então que os dois dos membros fundadores da banda, Tony James e Neal X, continuam, entre vários hiatos, a manter o projecto activo até hoje, baseado nos seus dois hits.   
6. Francis "México": Tema instrumental do álbum "Stiletto" de Francis, que foi guitarrista dos Xutos & Pontapés entre 1981 e 1983. Neste disco participaram nomes como Guilherme Inês, Ricardo Camacho, Naná Sousa Dias, Zé Nabo e Isabel Campelo. Além de mais três álbuns a solo (o mais recente de 2015), Francis produziu discos para Jorge Palma e os Diva e integrou a formação de grupos como os Sétima Legião e os Ravel.  
7. Falco "The Sound Of Musik": O austríaco Johann Hölzl, mais conhecido como Falco, ficou sempre ligado ao seu grande hit global "Rock Me Amadeus" de 1985, provavelmente uma das canções em língua alemã mais famosas de sempre. Mas antes como depois, Falco teve uma prolífica carreira e continuou a editar música com algum sucesso nos países de língua alemã até à sua morte prematura em 1998 num acidente de viação na República Dominicana.  Este "The Sound Of Musik" (não, não tem nada a ver com o filme "Música No Coração") fazia parte do álbum seguinte, "Emotional".

Disco 2 Lado 2
1. A-Ha "I've Been Losing You": Depois do grande sucesso do seu primeiro álbum, "Hunting High And Low" de 1985, que continha hits como a faixa-título, "The Sun Always Shines On TV" e sobretudo "Take On Me", os noruegueses A-Ha não tardaram a avançar para o segundo álbum, "Scoundrel Days", do qual este foi o primeiro single.   
2. Grace Jones "I'm Not Perfect (But I'm Perfect For You)": Decerto que Serafim Saudade estaria de acordo se eu disser que a expressão "o verdadeiro artista", ou melhor, "A verdadeira artista" assenta que nem uma luva a Grace Jones. A obra da jamaicana, que já conta mais de sete décadas de vida, como modelo, actriz e cantora é amplamente conhecida e icónica e fortemente influente para muitos artistas da actualidade, da moda à música. E com o seu visual andrógino, não foi de estranhar que ela vivesse nos anos 80 o seu maior ponto alto da sua carreira musical, com temas como "Pull Up To The Pumper" e "Slave To The Rhythm". Este "I'm Not Perfect" era o primeiro single do álbum "Inside Story" e além da presença de nomes como Andy Warhol, Keith Hering, Nile Rogers e Timothy Leary, o videoclip tinha a particularidade de ter sido realizado pela própria Grace Jones. E não resisto a este apontamento final: ao pesquisar sobre Grace Jones para este texto descobri que o seu único filho chama-se...Paulo!   
3. Kate Bush "Experiment IV": 1986 foi ano de retrospectiva para Kate Bush que lançou o seu primeiro álbum best of, "The Whole Story"que continha onze dos seus maiores sucessos, uma nova regravação de "Wutering Heights" e uma faixa inédita, este "Experiment IV", que fala de um plano secreto militar para se criar um som tão horrível que até mata pessoas.   
4. Vitorino "Joana Rosa": Os anos 80 viram o alentejano Vitorino Salomé Vieira tornar-se num inesperado popstar graças à sua fusão de folclore tradicional com sonoridades pop que rendeu hits como "A Queda do Império", "Menina Que Estás À Janela" e "Leitaria Garrett". Este "Joana Rosa" foi um maxi-single com influências da morna caboverdiana, tendo Vitorino também gravado uma versão em crioulo. Versão essa que seria incluída no seu álbum seguinte "Fado Negro" de 1988 ".
5. Mike And The Mechanics "All I Need Is A Miracle": Numa pausa dos Genesis e com o colega Phil Collins ocupado com a sua carreira a solo, Mike Rutherford decidiu formar uma banda em part-time, os Mike & The Mechanics, com Paul Carrack e Paul Young (não confundir com o cantor de "Every Time You Go Away" do mesmo nome) a repartirem as funções de vocalista. O primeiro álbum da banda foi bem recebido nos Estados Unidos (não tanto no Reino Unido) graças a hits como este "All I Need Is A Miracle", cantado por Young. Os dois álbuns subsequentes trariam outros êxitos como "The Living Years" e "Over My Shoulder" (ambos interpretados por Carrack). Em 1996, por ocasião do primeiro álbum best of, regravaram uma nova versão de "All I Need Is A Miracle".    
6. Claudia "Classical Way": E eis-nos chegados à canção mais obscura deste disco. A internet não disse nada sobre quem é esta Cláudia sem acento que cantava este tema italo-disco à portuguesa. Sabe-se apenas que esta faixa foi gravada em Outubro de 1986, faria parte de um álbum intitulado "Missionary" que nunca viria a existir e que a produção era de alguém sob o nome Nice Tan que também produziu nesse o single "Latino Americano" do projecto Spunky, por quem dava cara e voz Paula Monteiro. 
7. Crowded House "World Where You Live": Foi em 1986 que os australianos deixaram para a posterioridade o clássico "Don't Dream It's Over", retirado do álbum homónimo de estreia, álbum esse que incluía também este "World Where You Live". Após um interregno entre 1996 e 2007 e por entre as carreiras a solo dos líderes da banda, os irmãos Neil e Tim Finn, os Crowded House continuam no activo. Outros hits da banda incluem "Weather With You", "Fall At Your Feet" e "Distant Sun". 

Se gostou, Partilhe: »»

Save on Delicious

1 comentário:

  1. Em relação à tal Claudia. Sobre ela em si, também nada! Mas tendo em conta que é de italo que estamos a falar, uma pequena invesrigação pelo Discogs revela o que eu já suspeitava: quem está por trás dela (e dos tais Spunky) é não outro senão José Maria Corte Real. Não é uma figura qualquer. Ele, nos anos 80, era um dos DJ's fundamenteis da noite lisboeta, para além de produtor e ocasional apresentador de rádio, tanto na extinta Renascença FM como na sua sucessora - a RFM, claro. Isto até aos 90's.
    No entanto, segundo o Adelino Gonçalves, ele acabou por ser fundamental também no impulsionar desse mítico programa da Rádio Comercial, o Discoteca, pois era ele, nos primeiros tempos, quem fornecia muito material e informação para o programa.
    Já durante os anos 90, ele esteve por trás de um projeto muito pouco recomendável, os Tecnocratas, que rivalizava com os M.D.A. na produção de versões eurodance de clássicos da música moderna portuguesa.
    De resto, mais coisas haveria para dizer sobre José Maria Corte Real e também sobre o pessoal por trás dos M.D.A. - nenhuma delas má, diga-se. Mas isto já vai longo e ainda começava a divagar para aqui!

    ResponderEliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...