sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Stéphanie do Mónaco "Ouragan" (1986)

por Paulo Neto

Nascida a 1 de Fevereiro de 1965, Stéphanie Marie Elisabeth Grimaldi (Sua Alteza Sereníssima, a Princesa Stéphanie do Mónaco) foi a segunda filha do Príncipe Rainier do Mónaco e de Grace Kelly. Em 1982, apesar dos ferimentos graves, sobreviveu ao acidente de viação que custou a vida à sua mãe. Foi a partir daí que Stéphanie se afirmou como a princesa rebelde e tornou-se um dos sex-symbols dos anos 80.

 



Além de ter-se tornado manequim, ter criado uma linha de fatos de banho "Pool Position" e de ter uma bem documentada sucessão de namorados (de Alain Prost a Anthony Delon), a princesa Stéphanie também aventurou-se como cantora e em 1986, obteve um sucesso inesperado com o tema "Ouragan", que com "Joe Le Taxi" de Vanessa Paradis e "Voyage Voyage" de Desireless, acabaria por formar a trilogia dos hits internacionais da década cantados em francês. A canção tinha sido escrita para Jeanne Mas, uma das principais cantoras francesas da década, mas perante a recusa desta, o compositor Romano Musumarra resolveu oferecê-la a Stéphanie. O lado B do single era a versão em inglês: "Irresistible" (que foi a versão editada em Inglaterra, Alemanha e Áustria).



Inicialmente não havia videoclip da canção, apenas imagens da princesa a gravar a canção, mas quando o tema chegou ao n.º 1 em França, foi feito um videoclip que alterna as versões francesa e inglesa, onde Stéphanie atravessa vários cenários exóticos perseguindo um misterioso homem de chapéu.


"Ouragan" ficaria 10 semanas em n.º 1 no top francês e o segundo single mais vendido de 1986 em terras gaulesas. Obteve também assinalável sucesso em Alemanha, Itália, Suíça, Holanda, Áustria e Portugal. Após o sucesso do tema, Stéphanie lançou o álbum "Besoin" e um segundo single: "Flash".



Um segundo álbum, "Stéphanie", surgiu em 1991, mas sem grande sucesso, apesar da promoção ter passado pelo programa de Oprah Winfrey e por Portugal, com um concerto no Casino Estoril. Uma das canções, "Winds of Chance", era dedicada a Grace Kelly. Mais tarde, viria-se a saber que era de Stéphanie a misteriosa voz feminina que se ouve em "In the closet" de Michael Jackson.

Depois, Stéphanie continuou igual a si própria, semeando controvérsia (de ter filhos com guarda-costas a casar com um acrobata português), mas hoje em dia, está mais reservada e dedica-se a várias causas como a luta contra a SIDA e a AMADE. Em 2006, fez um breve regresso à música participando em "L'or de nos vies", um tema de beneficência para a luta contra a SIDA que integrou um colectivo de vários cantores franceses.

   





terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Tribo dos Penas Brancas (1989)

por Paulo Neto

Graças à RTP Memória, tive ontem a oportunidade de rever uma série de que me recordava de ver no famoso espaço infanto-juvenil das manhãs de fim de semana da RTP em 1989 mas que da qual pouco retive a não ser que era uma série de aventuras protagonizada por duas raparigas e um rapaz, que se autonomeavam a Tribo dos Penas Brancas e que no final de cada aventura, ofereciam penas brancas a cada amigo que entretanto tinham feito, como que a torná-los membros honorários da tribo.
Ao rever de novo, descobri que dois dos três protagonistas eram duas caras pouco conhecidas até então mas que viriam a marcar presença regular no pequeno ecrã. 




Tudo começa quando Laura (Isabel Bernardo), uma jovem de 17 anos, vem morar para Portimão. Após alguns percalços iniciais de adaptação, acaba por se tornar amiga de dois irmãos, Ana (Rita Blanco) e Guilherme (João Cabral). Unidos pelo gosto pela aventura e tendo como sede um jipe abandonado, o trio auto-nomeado a Tribo dos Penas Brancas mete-se em várias peripécias que não desdenhariam os heróis de Os Cinco ou de Uma Aventura. 



Rita Blanco no papel de Ana. 

A série teve sete episódios, o primeiro servindo para a apresentar as personagens, sendo os restantes seis na verdade três episódios com duas partes. 
O episódio que revi era precisamente aquele que melhor recordava. O célebre físico-nuclear canadiano Edward Simpson (Ruy de Carvalho) vem a Portugal com a sua filha Helen (Suzana Borges) para uma conferência sobre física nuclear (apesar de canadianos, falam um português correctíssimo e sem qualquer sotaque). Um par de malfeitores composto por uma elegante vamp de sotaque espanholado (Manuela Carona) e um homem mal-encarado (João de Carvalho) raptam Helen para que o seu pai lhes entregue um dossier com informação top secret. Ana, Laura e Guilherme acabam por se envolver na intriga para resgatar Helen e impedir que os bandidos se apoderem do dossier. 

Vendo agora a série com olhos actuais, é fácil detectar várias insipiências quer na realização, quer na montagem, quer no argumento. Mas no Portugal dos anos 80, onde tudo ainda corria devagar e imperava o monopólio da RTP, qualquer novidade televisiva, sobretudo dedicada aos mais novos, era consumida com agrado e sem questionar muito as qualidades técnicas. Além de Portimão, a série foi filmada em Lagoa e Lagos. A produção e realização foram de Jorge Cabral, autor da série juvenil "O Anel Mágico".  

Enquanto de Isabel Bernardo pouco mais reza a história do que uma pequena participação na série "O Mandarim", Rita Blanco e João Cabral têm tido uma carreira sólida tanto na televisão como no cinema. De destacar ainda o contributo de Maria João e António Pinho Vargas para a banda sonora.

Alguns episódios:


N.º 1 - A Tribo



N.º 2 - O segredo de Edward Simpson



N.º 6 - Os rublos dos Romanov


N.º 7 - O diário de Walter Khoening




terça-feira, 27 de novembro de 2012

Bernina - máquinas de costura (1985)

As máquinas de costura que conheci durante a infância eram  todas da marca Singer, mas a marca hoje é "Bernina" (criada na Suiça em 1893), e os modelos mais modernos (em 1985), de aspecto bem diferente das máquinas mais clássicas. 


Este pequeno anúncio às máquinas de costura Bernina, convida a conhecer os modelos mais recentes com direito a demonstrações e preços especiais de aniversário. Sempre me impressionou a velocidade a que as agulhas se movem nas máquinas de costura, e o potencial para furar o dedo de alguém mais distraído. E como sempre fui distraído, passo sempre longe deste género de maquinaria...

Nota: Um pouco da história da Bernina [em inglês]

Publicidade retirada da revista Crónica Feminina nº 1482, de 18 de Abril de 1985.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Porta-Legumes (1985)

Anúncio com cupão para recortar e enviar para adquirir o Porta-Legumes. Adorei a frase fofinha "um carinho de carrinho..." e a preocupação com as donas de casa: "este utensílio doméstico vai tornar mais fácil a sua cansativa lida doméstica. E você merece-o...".


Publicidade retirada da revista Crónica Feminina nº 1482, de 18 de Abril de 1985.

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domingo, 25 de novembro de 2012

Naisse - Bikini Higiénico (1985)

Numa revista feminina como a Crónica Feminina, é inevitável encontrar anúncios a produtos específicos para mulheres, como o Bikini Higiénico "Naisse" da foto acima. Reparem na delicadeza do título: "Para si, minha senhora". Outros tempos!



Publicidade retirada da revista Crónica Feminina nº 1482, de 18 de Abril de 1985.

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sábado, 24 de novembro de 2012

Baila Comigo - Rita Lee (1980)


Não vou falar da novela com o mesmo nome, e que incluía uma versão instrumental deste tema no genérico inicial [ouvir]. Não sou propriamente um grande fã de música made in Brasil, mas este "Baila Comigo" é daqueles que ficou gravado na memória, e vou sempre associar à minha infância, como outros êxitos que se ouviam na rádio; e curiosamente, decidi recordá-lo aqui depois de ouvi-lo hoje de manhã numa rádio dedicada à nostalgia. Este delicioso tema integrava a tracklist do álbum de 1980, "Rita Lee" (também conhecido por "Lança Perfume", a canção mais conhecida do álbum), obviamente da cantora, compositora e actriz Rita Lee (Rita Lee Jones Carvalho), a mutante da música brasileira, em actividade desde 1963 até hoje. 

O tema original:


E numa actuação para o canal italiano RAI:

A versão em espanhol "Baila Conmigo", do álbum homónimo de 1982, com alguns dos êxitos da artista cantados na língua de nuestros hermanos:

A versão instrumental usada na novela é bem mais fraca sem a voz de Rita Lee, e foi gravada por Robson Jorge e Lincoln Olivetti, respectivamente o guitarrista e pianista do álbum "Rita Lee". 



Adorei ouvir novamente esta música, espero que os nossos leitores também!

E pensar que a maioria das músicas brasileiras que chegam a Portugal actualmente são coisas medíocres ou pavorosamente más...



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Astrólogo Pires (1985)


Continuando com o desfile de charlatães, hoje é a vez do "Astrólogo Pires", que atenção, é "diplomado"! Este senhor - e a sua jeitosa barbicha - alegava "resolver os seus problemas por mais difíceis que lhe pareçam, amor, amantes, etc."


Publicidade retirada da revista Crónica Feminina nº 1482, de 18 de Abril de 1985.

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