sábado, 9 de novembro de 2013

Canções da Rua Sésamo (1989-1996)

por Paulo Neto

Por entre todo o extraordinário legado deixado pela "Rua Sésamo" a toda a geração que cresceu a vê-la, sem dúvida que um dos mais memoráveis foram as diversas cantigas ouvidas aos longo das quatro séries e dos sete anos de exibição. Cantigas essas que rapidamente ficaram no ouvido e entraram na nossa jukebox mental e sempre que o YouTube ou outra plataforma nos aviva a memória, damos por nós a recordar a letra e a trautear tal como o fizemos em miúdos.

Por isso mesmo, as cantigas da Rua Sésamo merecem um cromo especial. E logo no primeiro episódio, exibido a 6 de Novembro de 1989, duas canções ficaram para a história.

Num momento de auto-reflexão, a Vaca Glória (voz de Cláudia Cadima) pensa em todos os animais que podia ter sido para concluir cantando que tem muito orgulho em ser uma vaca. Mas o que sempre adorei nesta canção são as vacas do coro a repetir "orgulho, orgulho, orgulho" e "vaca, vaca, vaca".


Também no primeiro episódio, um convite para "Ginasticar", feito por um grupo de bonecos que incluía o Gualter (voz de José Jorge Duarte) e para cantar em uníssono: "Vem ginasticar (ginasticar?)/É bom ginasticar/Vamos lá praticar/Dar mais força ao coração/Pois então, tens razão"



Ainda hoje quando alguém diz uma banana, é possível que alguém lhe responda: "Uma banana, duas bananas/Uma p'ra mim e outra p'ra ti, bananas/São três ou quatro ou ainda mais bananas/Não verás uma banana só."





Outro super-clássico é aquele número musical em que um muito cabeludo cliente entre numa barbearia e o barbeiro vê-se em palpos de aranha para cortar todo aquele cabelo, repetindo sem cessar "Corta, tesourinha!"


Henrique Feist lidera as vozes neste fantástico tema musical sobre os diversos tipos de campainhas. "Campainhas, ouço campainhas/Trrim ali, trrim aqui, todos vão ouvir as campainhas.




A bela da Polly Darton bem podia cantar "Faz mau tempo aqui aonde eu estou", mas o pobre coitado que está ao lado dela é que leva com todas as intempéries.


A sopa não costuma ser dos alimentos mais atractivos quando se é criança. Mas este tema dispôs-se a torná-la mais cativante pondo miúdos a cantar: "Eu gosto de sopa, do seu paladar/Eu gosto de sopa ao almoço e ao jantar...




Na voz de José Raposo, um boneco reflecte sobre as dificuldades de identificar os sentimentos e canta: "Pensa lá bem (pensa lá bem)/Pensa lá bem (pensa lá bem)/Se não sabes o que sentes, pensa lá bem..."



Num registo à Barry White, o Monstro das Bolachas (voz de Manuel Cavaco) canta: "Quero é comer, comer, comer-te/Quero é trincar, trincar, trincar-te/Eu vou comer, comer, comer-te/Com toda a arte mastigar-te." Um refrão que hoje seria certamente considerado politicamente incorrecto.


Outras canções que não têm de momento vídeo no YouTube (pelo menos isolado):

O primeiro dia de aulas do Conde de Kontarr (voz de Fernando Gomes): "André e Susana são os números 1 e 2/A Joana e o Artur, 3 e 4 e depois/Marta, Joaquim, Luísa, 5-6-7 eles vão ser/Quanto ao Pedro e à Adelina, 8 e 9 com prazer/Falta um e tu quem és?/João tu és o 10!"
A canção do telefone: "O telefone está a tocar/O telefone está a tocar/ Vou atender, vou saber/Quem me quer falar/Telefone, telefone, telefone está a tocar"
Como passear em segurança:"Dar um passeio, passear até/Dar um passeio, é bom ou não é?/Vamos lá então com muita atenção/Vão pelo passeio ou fora da estrada/De frente para os carros/E sempre de mão dada" 
"Vou cercar a miúda que eu amo": "Faço uma roda à volta dela/Vou cercar a miúda que eu amo/E os outros homens vou riscar se a quiserem namorar/Eu vou cercar a miúda que eu amo"

Para terminar a cantiga em que Gualter, Crespo e o Monstro das Bolachas cantam que são "Peludos e Azuis" até que aparece um bicho peludo e laranja de aspecto intimidativo que insiste em também entrar no número..    




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