terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cartões de Natal Unicef (1995)

Continuando com a prática em desuso de enviar postais de boas festas. Os cartões coloridos foram trocados pelas SMS enviadas em série à lista de amigos ou fotos no Facebook....
Este anúncio recorda o outro tipo de postais ou cartões que viamos anunciados na época de Natal - além dos dos CTT - os Cartões de Natal da Unicef. Visto que são da Unicef ("United Nations Children's Fund", o "Fundo das Nações Unidas para a Infância") adquiri-los ia contribuir para defender os direitos das crianças.

Vejam em melhor detalhe estes bonitos cartões:



Publicidade retirada da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

Como sempre, o leitor pode partilhar experiências, corrigir informações, ou deixar sugestões aqui nos comentários, ou no Facebook da Enciclopédia: "Enciclopédia de Cromos". Visite também o Tumblr: "Enciclopédia de Cromos - Tumblr".

Cartões dos Correios (1995)

 No tempo que os CTT ainda eram do Estado, e os portugueses trocavam mensagens escritas em papel.
Os cartões que ilustram este anúncio são apropriadamente alusivos à época natalícia, misturando imagens religiosas com o Pai Natal, por exemplo.
"Cartões de Boas Festas dos Correios. Levamos os seus desejos à porta de quem mais gosta."

Caros leitores, tinham o hábito de enviar postais de Natal à familia e amigos?

Publicidade retirada da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

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Segredos de Cozinha Especial Natal (1995)

Já por várias vezes publicamos na Enciclopédia anúncios à revista "Segredos de Cozinha". A que nos ocupa é a de Dezembro de 1995, o Especial de Natal, que incluia "as receitas mais tradicionais; entradas, peixes e carnes; fritos e bolos; Doces sem açucar e Bebidas para brindar".
Em detalhe a capa, com umas belas fotografias de food porn:

Prévias de algumas das páginas interiores, com bolo-rei, enfeites e outros detalhes para a Consoada:

Clique na seguinte foto para a aumentar:
Outras publicidades à revista, na Enciclopédia de Cromos:

Publicidade retirada da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

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Concurso Mulher Moderna Reis Magos (1995)


O que não falta na época de Natal são concursos extra para tentar o clientes. E concurso Mulher Moderna, "patrocinado" pelos Reis Magos tinha como primeiro prémio um automóvel e mais de 6.000 contos em outros prémios.
Se interpretei correctamente, o pópó a concurso era um Hyundai Pony.

Publicidade retirada da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

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Pingo Doce (1995)


Estreamos na Enciclopédia um anúncio da grande superfície comercial "Pingo Doce", que  - além dos preços de alguns produtos - inclui uma receita de "Borrego à Padeira" para a ceia de Natl, com direito a ilustrações e tudo. Não como borrego, por isso salto directo para a sobremesa sugerida, o gelado Delícia Pingo doce ( a 249$00, cerca de 1, 25€ ao câmbio actual). Como sempre, clique sobre a imagem para ver em maior detalhe.

Publicidade retirada da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

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O Pai Natal Chega Sempre (1990)

por Paulo Neto

A quadra natalícia sempre mexeu muito comigo em criança por toda uma panóplia de elementos aliciantes que a rodeavam. Entre esses elementos estava o facto de por esta altura haver diversos programas alusivos ao Natal na televisão. Se para alguns esta temporária pausa na grelha habitual tinha o seu quê de exasperante para alguns - que viam as séries e programas que acompanhavam serem adiadas por uma ou duas semana para ceder lugar a programas natalícios -, para mim isso era mais uma parte da mística que rodeava a época. Alguns desses programas eram recorrentes como o célebre Natal dos Hospitais ou filmes com Julie Andrews, outros houve que foram exibidos uma única vez e se os perdêssemos, dificilmente os reveríamos.






Foi o caso de um especial infanto-juvenil que a RTP exibiu na manhã do dia Natal de 1990. "O Pai Natal Chega Sempre" tinha a autoria e apresentação de Júlio Isidro e era inspirado no livro "O Boneco de Neve" de Raymond Briggs. Esse livro teve uma adaptação para uma curta-metragem animada em 1982, que foi nomeada para um Óscar e popularizou o tema "Walking In The Air". Essa curta-metragem foi exibida antes do final do programa.  Como tal ao longo do programa havia a presença das duas personagens do filme: o rapazinho e o Boneco de Neve (que como se verificará nos vídeos seguintes, revelar-se-ia muito hiperactivo).


Além de Júlio Isidro, outros rostos da programação infantil da altura também marcaram presença: José Jorge Duarte, o eterno Lecas que então conduzia o programa "Lecas Mais Certo Que Sem Dúvida"; Manuel Luís Goucha que no ano seguinte apresentaria "Mais Olhos Que Barriga" (que tentou recuperar o imaginário de "Sebastião Come Tudo" com um novo boneco, o Zé Copas) e o concurso "Sim ou Sopas"; José Mariño, na altura um dos apresentadores do "Caderno Diário", com uma reportagem na aldeia do Pai Natal; e a actriz Paula Fonseca (anteriormente conhecida como a Dalola, a namorada do Lecas) que na altura protagonizava com o robô Mimix o espaço de animação das tardes de segunda à sexta (ela enfiava dentro do robô as cassetes contendo supostamente as séries animadas que seriam exibida).

José Jorge Duarte "Lecas"

Manuel Luís Goucha
Paula Fonseca e Mimix
José Marinho


Além disso, o programa também contou com uma reportagem da visita da estrela da Hanna-Barbera, o Yogi Bear a.k.a. Zé Colmeia por Lisboa e actuações de artistas de circo, dos alunos da Escola Americana em Lisboa fazendo música com sinos e claro dos Onda Choc, Ministars, a Turma Perlimpimpim e do Coro de Santo Amaro de Oeiras.


Coro dos Sinos da Escola Americana
Turma do Perlimpimpim
Contorcionista Mary Linda


Visita de Yogi Bear a Lisboa:



As Onda Choc (neste caso pode-se dizer mesmo "as" pois nesta actuação não se viu nenhum membro masculino do grupo) cantando "Canções da Chuva", uma versão de "Rhythm of The Rain" de Jason Donovan.



  
Os Ministars trouxeram a sua versão de "Não Há Estrelas No Céu" de Rui Veloso. O rapaz que lidera as vozes é nada menos que Pedro Moutinho, que hoje é um conhecido fadista, tal como os seus irmãos Hélder Moutinho e Camané.
    



O número final com todos os convidados a juntarem-se ao Coro de Santo Amaro de Oeiras para cantar "Prenda de Natal" (e levar com montes de neve artificial em cima). (2:31 a 3:54)





Peter Auty "Walking In The Air" da curta-metragem "O Boneco de Neve"


Podem ver o filme na íntegra aqui.

Na altura, eu não vi o programa todo, acho que só a partir da actuação das Onda Choc. Como de costume, tinha sido um serão de Consoada cheio de emoções em casa da minha Avó entre as brincadeiras com os primos e o abrir das prendas, pelo que só acordei já quase no fim da manhã seguinte, como aliás acontecia frequentemente. Porém, revi o programa no ano passado quando foi reexibido na RTP Memória e recuei a esse tempo em que, com ingredientes tão simples como música, uns quantos bonecos e caras conhecidas da TV se fazia um programa de encher o olho aos petizes que nós éramos. Outros tempos…

O meu agradecimento aos sites "Brinca, Brincando" e "Desenhos Animados" pelas imagens e informação sobre este programa. 

Para terminar, quero deixar os votos de um Feliz Natal a todos os leitores e amigos da Enciclopédia de Cromos.  

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

CEAC (1995)

Nos primeiros tempos da Enciclopédia de Cromos, já tinhamos visto um destes anúncios saturados de informação da CEAC e os seus cursos de ensino à distância: CEAC (1992). Desta feita, as novidades eram os cursos de Estilismo (Desenho de moda), Cabeleireira, Canalização, Chefe de venfas, Vendedor profissional  e Electrónica Digital.

Publicidade retirada da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

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Quando Eles Descobriram Que o Pai Natal Não Existia (1995)


Parafraseando Baptista Bastos: "Onde é que estava, quando descobriu que o Pai Natal não existe?". Inevitável como a morte e os impostos, descobrir a verdade sobre o simpático senhor de barbas pode ser um trauma que acompanha uma pessoa para sempre ou apenas mais uma lição de vida: "os adultos mentem". Interrogando-se sobre essa dúvida existencial, em 1995 a revista Maria decidiu perguntar ao famosos nacionais como tudo se passou. Não sou famoso, mas no meu caso, as primeiras dúvidas aconteceram por volta dos três ou quatro anos, quando vi num armário o tradicional fato vermelho. Também achei suspeito o Pai Natal chegar não pela chaminé, mas pela porta de um quarto na casa da minha avó paterna. 
Mas, vamos ao que interessa. Como sabem, basta clicar sobre as fotos para as ver em maior detalhe e mais fáceis de ler:
 
"Quando Eles Descobriram Que o Pai Natal Não Existia":
"Simpático e bondoso, o Pai Natal povoa a imaginação de todas as crianças, fazendo as suas delícias na época do Natal. Mas como qualquer outra fantasia, também esta acaba por se perder. Saiba como é que as figuras públicas descobriram que o Pai Natal era apenas fruto da sua imaginação."

Texto do inquérito: Sandra Silva, Daniela Oliveira e Teixeira Lopes.

Vamos ver em mais pormenor:
A primeira figura a ser inquirida foi Manuel Luís Goucha - na sua versão bigode farfalhudo, que nesse ano apresentou na RTP os concursos "A Grande Pirâmide" [video], e "Efe-Erre-A" (isso mesmo, competições entre tunas académicas). Segundo Goucha, descobriu com oito anos que o Pai Natal não existia por um "descuido" da mãe. Descuido é maneira de dizer, porque ele é que foi vasculhar debaixo da cama. Mas depois da desilusão garante que "o Natal foi ganhando outra magia". Ao lado do artigo, uma foto a preto e branco do jovem Goucha junto á árvore de Natal e presentes.
 A modelo, apresentadora e Miss Portugal 1990, Carla Caldeira - actualmente afastada da vida pública - diz que "foi um pouco traumático" descobrir, mas defende que "se deve transmitir aos filhos" essa fantasia.
 O futuro "tio careca" Nuno Graciano, (em 1995, apresentou com Julie Sargeant o "Televisto", na TVI) afirma que quando o pai "tirou as barbas e mostrou-me que era ele, o que eu já desconfiava" e ainda que "fiquei contente por (...) aquela figura simpática, ser o meu pai".
 A bela Sofia Alves, na altura com 22 aninhos, participava na novela da RTP "Desencontros". E conta que a desilusão aconteceu no colégio, onde "viu por acaso a educadora a tirar o fato e as barbas de Pai Natal". Em seguida, uma figura desconhecida do panorama artistico português: Herman José - na época á frente do talk-show "Parabéns" (1993-96) - descobriu na primária, através de colegas "menos sonhadores". No seu estilo afirma que "foi um choque do qual ainda não recuperou".
Pedro Abrunhosa, que no ano anterior lançou o album de êxito "Viagens" (1994) estava na ribalta com a sua voz e figura invulgares. E a sua resposta não podia deixar de ser irónica, referindo o caso da oferta de electrodomésticos na campanha eleitoral do major Valentim Loureiro, que em 1993 venceu a Câmara de Gondomar. Tal como no caso de Herman José, foram coleguinhas da escola que contaram a verdade a Anabela Mota Ribeiro, que em 1995 apresentava a "Praça da Alegria" (1995-2014) com Manuel Luís Goucha, e os "Jogos Sem Fronteiras". "Uma tristeza" recorda a apresentadora.

E vocês, caros leitores? Como e quando descobriram que o Pai Natal não existia?

Artigo retirado da revista Maria Nº 893, da semana de 20 a 26 Dezembro de 1995.

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