sábado, 22 de março de 2014

Crocodilo Dundee (1986)


Há filmes que só deviam ser vistos em VHS. E foi o que fiz há umas noites, enquanto examinava algumas velhas cassetes de vídeo que me vieram parar ás mãos. A ideia era ver os conteúdos em fast forward, mas depois da imagem estabilizar deixei-me ficar a rever este clássico que volta e meia passava na televisão. Três cenas recordo-me desde que o vi há séculos: o assaltante que Dundee trava com um lata certeira na nuca, a comparação de facas, e o fio dental da Linda Kozlowski.
Michael "Crocodile" Dundee (Paul Hogan) vive numa zona remota da Austrália, caçando ilegalmente crocodilos. Depois de sobreviver ao ataque de um desses animais atrai a atenção de parte da imprensa norte-americana, na forma de Sue Charlton (Linda Kozlowski), a filha do editor de um grande jornal (nepotismo?) que parte em busca de Dundee para este lhe revelar como conseguiu sobreviver ferido numa área tão inóspita. Apesar de ao contrário da "lenda", Dundee ainda ter as duas pernas quase intactas, a troco de dinheiro ele e Sue partem numa pequena expedição. Dundee é fanfarrão e exibicionista, mas é um homem de bom coração, e imediatamente conquista Sue e o espectador. Depois da reportagem feita, começa o segundo acto, quando Sue convence Dundee a viajar, directamente dos pântano australianos para a selva urbana de Nova York. Obviamente, seguem-se várias situações de "peixe fora de água", em que várias vezes o solitário e ingénuo Dundee deve ter desejado estar de volta ás garras de um crocodilo em vez do gigantesco e luxuoso quarto de hotel ou as ruas apinhadas de formigas humanas.

O Trailer:
Obviamente o namorado da Sue é um idiota presunçoso, para o público não ter pena quando ela  inevitavelmente lhe puser os palitos com o exótico australiano vestido de couro de crocodilo. 

Travesti, prostitutas, chulos e droga aparentam ser coisas que não existem na Austrália, pelos menos naqueles desertos longínquos e poeirentos, mas abundam nos States. A cena na festa parece um mix de filme de época e freakshow. Como escrevi no inicio, uma das cenas mais fixes do filme é quando Dundee agarra uma vulgar lata (de feijão ou algo semelhante) para acertar a uma grande distância na cabeça do ladrão que acabara de roubar uma senhora anónima nas ruas da Grande Maçã. Ainda relativamente a confrontos com criminosos há a divertida sequência de comparação de tamanho de facas (o que Freud teria a dizer?). Confessem que ainda sonham um dia reproduzir a cena durante um assalto numa qualquer esquina escura de Lisboa. E devo acrescentar que o fio dental envergado por Linda Kozlowski junto a um lago infestado por (surpresa!) crocodilos, ainda me pareceu melhor do que me recordava. Toda a parte de comedia romântica é bem previsivel, mas agradável de ver, devido ao carisma de Dundee e à química da dupla protagonista, que depois extravazou para a "vida real" do casal de actores. Em suma, um belo exemplar de comédia dos anos cromos que ainda se vê muito bem!
Depois do êxito (na Wikipédia é indicado que um orçamento de menos de 9 milhões de dólares rendeu bem mais de 300 milhões), naturalmente chegaram as sequelas.

"Crocodile Dundee II", de 1988, trouxe de volta a dupla de sucesso, desta vez contra um mortal cartel de droga colombiano:
Crocodile Dundee II (1988) - Trailer
 Já no século XXI, mais concretamente em 2001, chegou o filme menos bem sucedido da trilogia, "Crocodile Dundee In Los Angeles":
Crocodile Dundee In Los Angeles (2001) - Trailer

Paul Hogan - que ganhou um Golden Globe pelo papel no original, sendo também responsável pela ideia e história - já era famoso na sua Austrália natal e no Reino Unido, mas depois - pelo menos no Mundo Ocidental - nunca mais se conseguiu livrar desta personagem, apesar de outros filmes como a comédia western "Ligthning Jack" (1944) e o remake "Flipper" (1966); e Linda Kozlowski desde então entrou em menos de uma dúzia de filmes, datando o último de 2001. Paul e Linda estiveram casados entre 1990 e 2013, quando se divorciaram. Entretanto, há uma série de anos que Hogan está envolvido numa gigantesca guerra legal relacionada com o não pagamento de impostos; e a sua ultima participação num filme foi em 2009.


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sexta-feira, 21 de março de 2014

O.B.

E novamente, um anúncio a tampões, inevitável quando se retira publicidade de revistas femininas. Mas desta vez a marca é o famoso "o.b.". O anúncio inclui um desenho cientifico a explicar a colocação dos ditos tampões...
Veja também uma publicidade do final dos anos 80: "O.B. (1988)".


Esta foto faz parte da grande colecção croma que a Ana Trindade tem em exposição no Facebook.

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quinta-feira, 20 de março de 2014

Tampax

Lembro-me que para um míudo que só conhecia os tampões dos automóveis, ver estes enigmáticos reclames nas  revistas, sobre tampões femininos, era achar tudo isto muito misterioso. Só mais tarde as aulas de Biologia explicaram boa parte destes "mistérios", e um dos tabus da publicidade. O anúncio do topo, dos Tampões "Tampax", argumenta que aplicar tampões era agora mais fácil, e no anúncio seguinte - também da mesma marca - até prometem divertimento sem fim durante o Verão. Visto assim, até não se percebe do que as mulheres se queixam!
Veja também outra publicidade do final dos anos 60: "Tampax (1969)".

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quarta-feira, 19 de março de 2014

YSOL 206


Afinal o famoso Quitoso não é o único exterminador de piolhagem da petizada. Este "YSOL 206" tem nome de fórumla química potente, capaz de exterminar países inteiros com uma detonação.

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"A Mulher Gorda" Estudantina Universitária de Lisboa (1993)

por Paulo Neto


Nos anos 90, o ensino superior há muito que tinha deixado de ser uma ambição muito exclusiva e acessível a poucos em Portugal e era encarado pela maioria dos estudantes como o seguinte passo depois de terminado o ensino secundário. Não só porque, apesar de muitos protestos estudantis de "Não pagamos!", ter um filho a estudar no ensino superior era na altura algo comportável para cada vez mais famílias (fenómeno que infelizmente se encontra em processo inverso pelos motivos que se conhecem) como universidades, institutos politécnicos e escolas superiores - públicos e privados - floresciam que nem cogumelos um pouco por todo o país. E com esse florescimento, assistiu-se à proliferação das tunas académicas que levavam os seus cantos estudantis um pouco por todo o país. Algumas conseguiam mesmo actuar em espectáculos musicais fora do circuito académico e até na televisão. 



E em 1994, um tema de um tunas conseguiu um êxito mainstream, passando nas rádios, surgindo no top de vendas e andando nas bocas de toda a gente, conferindo por um breve período de tempo toda uma aura de rockstars à Estudantina Universitária de Lisboa. Como é evidente, falo de "A Mulher Gorda", um daqueles temas que ficou para sempre arrumado na jukebox mental de cada português. 


O tema acabou por ser a faixa que se destacou de "Serenata das Fitas", um álbum gravado pela Estudantina em 1993. Porém foi no ano seguinte que o tema se tornou um sucesso, nomeadamente pela sua utilização no programa da TVI "Doutores & Engenheiros", um concurso apresentado por Mila Ferreira e Nuno Graciano (quando ainda tinha cabelo) onde em cada programa, alunos de instituições de ensino superior competiam entre si, revisitando várias vertentes da vida académica (incluindo as agora muito debatidas praxes). Aliás em 1996, a RTP também continuou a explorar o filão com o programa "Efe-Erre-Á" que consistia numa competição entre tunas, apresentado por Manuel Luís Goucha (quando ainda ainda tinha bigode).



Graças a "A Mulher Gorda", o álbum da Estudantina foi disco de ouro. Apesar de algumas tentativas de fazer mais alguns hits, a EUL nunca conseguiu aproximar o sucesso desse tema e a notoriedade que alcançaram desvaneceu-se tão depressa como ela surgiu, se bem que ainda continue a ser uma grande referência no circuito das tunas académicas.

Quando eu entrei para a Universidade de Coimbra em 1998, já toda a aura de rockstars em volta das tunas académicas estava superada, mas ainda assisti a alguns espectáculos sobretudo durante a Queima das Fitas, em particular o encontro de tunas femininas no Jardim da Sereia (que era grátis, ao contrário do equivalente das tunas masculinas), evento apropriadamente denominado "O Canto da Sereia".

Para terminar, uma pequena nota. Na rádio local da minha cidade, Torres Novas, durante anos a fio, quando chegava a hora dos discos pedidos, era certo e sabido que a primeira ouvinte a pedir um disco era a Dona Sofia que invariavelmente começava o seu pedido assim "Bom dia/Boa tarde. Daqui fala Sofia Gonçalves Fortunato de Torres Novas. A frase é..." Certa vez a minha mãe ouviu a Dona Sofia a pedir precisamente "A Mulher Gorda" que ela dedicou "a todas mulheres que são todas bonitas, sejam gordas ou magras". Falecida em 2008, gosto de imaginar que a Dona Sofia continua a pedir discos no Além. 

Excerto do programa "Doutores e Engenheiros" (1994-95):



Excerto do programa "Efe-Erre-Á" (1996):



  

terça-feira, 18 de março de 2014

Ovomaltine


Um clássico da "alimentação" que - segundo me recordo - só provei já em adulto, e fiquei desiludido. Esperava mais de um produto tão famoso. Enfim, fica o anúncio acima ao "Ovomaltine".

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segunda-feira, 17 de março de 2014

Melhoral Infantil

Publicidade ao medicamento "Melhoral" na variedade Infantil, com sabor a laranja. Além de uma criança mascarada de enfermeira a segurar uma caixa gigante de "Melhoral Infantil" inclui algumas ilustrações de sugestões de como enganar a criança a tomar a medicação.


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sexta-feira, 14 de março de 2014

Dabri


Para dar brilho aos móveis, as donas de casa tinham à disposição o "famoso" líquido "Dabri". Aqui em casa usava-se o "Pronto", por isso não me recordo desta marca.

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