quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dempsey e Makepeace (1984-1986)


"Dempsey and Makepeace" (Dempsey e Makepeace em Portugal) foi uma série policial britânica, protagonizada pela dupla do título, o durão Dempsey (o americano Michael Brandon) e a sofisticada Makepeace (a sul-africana Glynis Barber) entre 1984 e 1986 ao longo de 30 episódios distribuidos por 3 temporadas de 10 episódios cada. De estilos, países e “classes” diferentes, ambos integram uma força de elite da polícia londrina, formando uma dupla invulgar, mas com uma atração e química não assumida.

Uma revista "Maria" de 1987 tem uma boa descrição da série e dos seus protagonistas, que passou na RTP-1, às terças-feiras no horário das 21:45h:
Revista "Maria" - Programação 27 de Janeiro de 1987.

"James Dempsey, o rude detective americano de serviço em Londres, e a bela e sensível Harriet Makepeace - agente dos serviços especiais britânicos de luta contra o crime organizado - formam, juntamente com Spikings, um trio invencível na luta contra a marginalidade londrina, a respeito fr personalidades e formações diferentes que conferem a este grupo uma interessante peculiaridade, Ei-los de regresso ao pequeno ecrã, em mais uma aventura a que não faltam nem sequências movimentadas, nem o charme discreto da inconfessada atracção existente entre a britânica e o americano."
O jornal "Diário de Lisboa" tem a descrição do episódio desse dia, o 12º, ou seja, se fosse seguida a ordem dos episódios, o segundo episódio da segunda temporada, que a Wikipedia indica como sendo realizado por outra pessoa:

Investiguei melhor, e reparei que a descrição deste episódio é a do "In The Dark", o 9º episódio da segunda temporada, e não o 2º ("Wheelman"). Erro da RTP, que exibiu os episódios fora de ordem, ou forneceu informações trocadas às revistas e jornais? Provavelmente nunca saberemos!


Como curiosidade, Brandon e Barber fizeram “dupla” novamente em 1989, quando deram o nó na vida real. Sinceramente, no género "parceiros relutantes mas que trabalham bem juntos e até se sentem atraídos" recordo-me muito melhor das aventuras posteriores da dupla americana de "Modelo e Detective" ("Moonlighting" 1985/1989).

O Genérico inicial:


A Caderneta de Cromos abordou esta série no dia 18 de Janeiro de 2011:


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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Tiagra (1974)

Turismo rural no Alentejo, na Quinta de S. Sebastião, perto do rio Guadiana. "Turiagra", "A Turiagra descobriu o seu Alentejo". A ilustrar uma série de actividades entre caça, pescam desportos aquáticos, etc...



Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 77, de 12 de Julho de 1974.

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Maidenform (1974)

Anúncio com destaque para duas senhoras em forma com "Maidenform", cintas e soutiens. Infelizmente a foto não permite apreciar bem as expressões do casal em segundo plano, o homem decerto com cara de alarve macho enquanto contempla a senhora Maindenform; e a mulher deste a tentar disfarçar a inveja.

Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 77, de 12 de Julho de 1974.

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Médico de Família (1998-2000)

por Paulo Neto

Se não estou em erro, esta série foi o último programa líder de audiência em Portugal que não era: a) uma telenovela, b) um jogo de futebol ou c) um reality show. Mesmo que não tivesse sido, não há dúvida que a série "Médico de Família" ocupa um lugar de destaque na ficção nacional dos anos 90. A série era adaptada de um original espanhol de 1996, protagonizado por Emilio Aragón e Lydia Bosch (que os portugueses conheciam como apresentadores de "O Jogo do Ganso" na TVI).  



Ao longo de três temporadas, exibidas na SIC entre Janeiro de 1998 e Agosto de 2000, os portugueses acompanharam as aventuras e obstáculos da família Melo. Diogo (Fernando Luís) é um médico num centro de saúde que após perder a esposa num acidente de viação, vê-se a braços a conciliar a profissão e a educação dos seus três filhos: Mariana (Sara Norte), Pedro (Francisco Garcia) e Catarina (Karina Queiroz). Para tal conta com a ajuda do seu pai José (Henrique Mendes) e da empregada Lucinda (Maria João Abreu). Além disso, Diogo também acolhe na sua casa o sobrinho João (Rodrigo Saraiva), após a separação dos pais deste. Presenças habituais no dia-a-dia da família Melo são as de Júlio (Ricardo Carriço) o melhor amigo de Diogo, despreocupado e bon vivant, de Teresa (Rita Blanco), irmã da sua falecida mulher e que se torna a principal figura materna para os sobrinhos, e os sogros de Diogo, Benedita (São José Lapa) e António (Filipe Ferrer).







Do elenco fixo também faziam parte: Rute (Sofia Cerqueira), a melhor amiga de Mariana que nutre uma paixoneta por João; Carlos (Rui Paulo), o namorado de Lucinda; Jaime (José Raposo) o sócio de Carlos; Vítor (Vítor de Sousa), Laura (Manuela Marle) e Tozé (José Boavida), os médicos colegas de Diogo no centro de saúde; Mónica (Leonor Alcácer), a espevitada enfermeira; e o divertido casal vizinho dos Melo, Rosa (Florbela Queiroz) e Vicente (Carlos Miguel). Ao longo das três temporadas, um vastíssimo número de participações especiais passaram pela série, incluindo Alexandra Lencastre, Ana Padrão, Ana Zanatti, Anita Guerreiro, Helena Isabel, João Lagarto, José Afonso Pimentel, Júlio César, Mafalda Vilhena, Marco Horácio, Marco D'Almeida, Paulo Pires, Rui Mendes, Sofia Aparício, Sofia Sá da Bandeira e Virgílio Castelo.  




Numa época em que não havia muitas telenovelas portuguesas (e as que haviam eram da RTP, sem o impacto que teriam na década seguinte), a série teve o condão de prender os portugueses nas noites de terça-feira. O sucesso foi tal que a primeira série viu o número de episódios aumentar de 13 inicialmente previstos para 26. Sob o slogan "A vida tal como ela é" e conjugando bem o melodrama e o humor, "Médico de Família" falou de vários temas como os problemas familiares e financeiros, a transição da infância para a adolescência, o aborto, a droga e a SIDA. O desempenho de todo o elenco destacava-se pela grande competência, dando às suas personagens uma enorme empatia com o público, que de certa forma se revia nelas. 
Apesar de durante a primeira série namorarem outras personagens e de só a partir da segunda temporada terem começado a ver-se como algo mais do que amigos e cunhados, desde cedo ficou claro que Diogo e Teresa iriam acabar juntos. Os dois acabam por casar-se no final da segunda temporada e na terceira, eram pais de um casal de gémeos. 

O protagonista Fernando Luís, que até então dedicava-se mais ao teatro e ao cinema, tornou-se um rosto conhecido e para muitos, foi a primeira vez que Rita Blanco foi vista como uma actriz séria, já que até então era conhecida essencialmente por encarnar personagens cómicas ou pelas figuras amalucadas que fazia em programas como "A Caça ao Tesouro", "A Noite da Má Língua" e "Partir o Coco". Sara Norte também tornou-se uma estrela juvenil devido à serie mas, como se sabe, a sua transição para a vida adulta foi marcada pelo escândalo de que vai aos poucos recuperando. Francisco Garcia já era conhecido de programas como "Os Principais", de séries infantis e anúncios publicitários, sendo daquelas estrelas infantis que custa muito acreditar que hoje é um homem feito (actualmente está na série "I Love It" da TVI). Maria João Abreu teve aqui a sua personagem mais memorável e ainda hoje muitos recordam a sua cantilena durante os seus afazeres de empregada em casa dos Melo "Ó troilaré, ó troilará, vieste p'ra mim, vieste p'ra cá!"
   
Além da versão portuguesa e do original espanhol, "Médico de Família" também foi adaptado em países como Finlândia, Rússia, Alemanha, Hungria, Bélgica e Itália. A adaptação italiana é a mais duradoura, continuando em exibição há mais de catorze anos.    

Genérico (1.ª temporada):



Promo SIC (13 Dezembro 1998)




1.º episódio:





A popularidade da série até deu para uma campanha publicitária a uma enciclopédia:









   

Philishave (1974)

Creio ter aqui para casa uma destas "Philishave" - ou um modelo um pouco mais recente - guardada num estojo todo catita. Se encontrar, um dia ponho aqui fotos melhores. A Philips utilizou a marca Philishave entre 1939 e 2006, para a sua linha de máquinas de barbear eléctricas, que actualmente ostentam apenas a marca Philips.

Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 77, de 12 de Julho de 1974.

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sábado, 25 de janeiro de 2014

Special Squad / Brigada Especial (1984)


"Special Squad" ("Brigada Especial"), emitida originalmente em 1984 foi uma série policial e de acção made in Australia, para o canal Ten, com um total de 43 episódios. Deparei-me com o título “Brigada Especial" na programação televisiva da RTP-1 de uma terça-feira de 1987, e com a breve descrição do episódio do dia. 
E depois de uns largos minutos a pesquisar por séries anteriores a 1987 com agentes infiltrados acabei por desistir e perguntar aos nossos leitores no Facebook se se lembravam. Agradeço ao Corsário Negro do Facebook por me responder com o video de "Special Squad”.

Como o próprio título indica, a série debruça-se sobre a actividade de uma brigada de elite, no combate ao crime no Estado de Vitória. E assim que passei os olhos no genérico, agitaram-se as escuras águas da memória e fez-se luz:




O trio de detectives protagonistas: o Boss Don Anderson (Alan Cassell) e os seus "braços direitos": Greg Smith (Anthony Hawkins) e Joel Davis (John Dietrich), o "músculo" e o "diplomata" respectivamente, sempre prontos a liderar a equipa de agentes preparados (mental e fisicamente) e equipados (com tecnologia moderna) para enfrentar os criminosos mais perigosos. 
Mais info: "Crawfords". e "TV Rage"

Nota: Aparentemente não tem relação com a série indiana de 2005 com o mesmo nome e premissa semelhante “Special Squad”.

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2º Debut (1974)

Tratamento intensivo da pela para "mulheres já maduras", a loção "2.º Début".

Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 77, de 12 de Julho de 1974.

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Speed - Perigo em Alta Velocidade (1994)

por Paulo Neto

Keanu Reeves foi o actor mais cool dos anos 90 pois protagonizou três dos filmes mais cool da década: "Ruptura Explosiva", "Speed" e "Matrix". Reeves (que tem umas pitadas portuguesas no seu cocktail genético) também se notabilizou por alternar blockbusters de acção com títulos indie e de cinema de autor como "A Caminho de Idaho" de Gus van Sant e "Drácula" de Francis Ford Coppolla.



Em 1994, protagonizou um dos maiores blockbusters do Verão desse ano, "Speed - Perigo em Alta Velocidade", ao lado de Sandra Bullock que, apesar de já ter sido notada em "O Homem Demolidor" ao lado de Sylvester Stallone, atingiu o estrelato com este filme. 

Os agentes Jack Traven (Reeves) e Harry Temple (Jeff Daniels) têm como missão salvar umas pessoas presas num elevador num edifício em Los Angeles, sob uma ameaça de bomba. Eles conseguem salvar as pessoas antes que o bombista descubra e exploda o elevador. O bombista toma Harry como refém quando eles o confrontam na cave do prédio, mas Jack salva o colega atingindo-o na perna, distraindo o bombista, que aparentemente morre na explosão.



Dias mais tarde, Jack vê um autocarro vazio explodir e pouco depois recebe um telefonema do bombista, que afinal está vivo. Ele avisa-o que outro autocarro, com vários passageiros a bordo, está detonado com uma bomba que explodirá assim que o veículo baixe dos 80 km por hora. 


Quando Jack entra no autocarro, um dos passageiros, um ladrão que pensa que ele veio prendê-lo, dispara uma arma e atinge o condutor, fazendo com que a passageira Annie Porter (Bullock) seja a nova condutora. Entretanto Harry descobre que o bombista é Howard Payne (Dennis Hopper), um antigo membro da brigada anti-explosivos, que foi forçado a reformar-se contra sua vontade depois de perdido os dedos de uma mão durante uma missão.
Com a ajuda de Annie, após muitos perigos como um voo do autocarro sobre um troço inacabado de estrada, Jack consegue evacuar os passageiros e ludibriar Payne, que os observava através de uma câmara no autocarro. Quando descobre que foi enganado, Payne rapta Annie e arrasta Jack para um confronto final em alta velocidade no metro de Los Angeles. 



Lembro-me que assistir ao filme no cinema foi bastante emocionante e havia alturas em que parecia que eu também estava no autocarro a sentir todos os solavancos. Tudo graças a um excelente trabalho de sonoplastia, premiado com dois Óscares para Melhor Som e Melhores Efeitos Sonoros.


O êxito do filme solidificou o estatuto de Keanu Reeves como herói de acção, tornou Sandra Bullock numa estrela e deu reputação a Jan de Bont (um director de fotografia que se estreava na realização) como realizador de filmes de acção, tendo depois dirigido "Tornado" e um dos filmes "Tomb Raider".
Embora não creditado, o sucesso do argumento do filme deve-se ao conhecido Joss Whedon que reformulou o guião original de Graham Yost, tido como demasiado parecido ao de "Assalto ao Arranha-Céus". Um dos realizadores que tinham sido abordados para dirigir o filme foi Quentin Tarantino, que viria mais tarde a nomear "Speed" como um dos melhores vinte filmes que ele viu desde 1992. 

Em 1997, saíu a sequela "Speed 2 - Perigo a Bordo", também com Sandra Bullock mas com Jason Patric no lugar de Reeves. Mas para quem viu, o melhor é fazer conta que essa sequela nunca existiu.

Trailer:




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