A fita magnética numa caixa de plástico trânslúcida ilustra metade da página às cassetes virgem "BASF", com a "mecânica especial SM", prontas para gravação. "Luz verde para a gravação!".
Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 56, de 15 de Fevereiro de 1974.
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O aftershave (ou "depois da barba" como diz a embalagem) "Pitralon" - de origem alemã - era para "os homens de bom tom!", o quer que isso fosse. Depois do ardor de ser aplicado na pele recentemente agredida por uma lâmina afiada, Pitralon "refresca e revigora a pele, evita a irritação, elimina as borbulhas e outras impurezas". Deste não me recordo, visto que nos anos cromos ainda não tinha barba para cortar, mas o meu pai confirmou que usava desta marca.
Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 56, de 15 de Fevereiro de 1974.
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Não é só actualmente que se busca o maior ecrã de TV possível. Neste anúncio de 1974 faz-se publicidade aos modelos "Grundig" com écran de 61cm, "a melhor dimensão de imagem. A garantia da sua perfeita estabilidade deve-se ao alto grau de transistorização de todos os circuitos e ao sistema protector de interferências de sinal." Bem, acho que foi a primeira vez que lia a palavra "transistorização".
Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 56, de 15 de Fevereiro de 1974.
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Por muito que não se queira admitir, foi o maior fenómeno no panorama discográfico português dos anos 90: a explosão de um género que pode ser fácil de identificar mas que é algo complexo de definir, como tal foi criado um termo algo simplista porém bastante prático, o Pimba. Era pois um termo vasto, abrangendo artistas oriundos do antigo nacional-cançonetismo (como Marco Paulo) a nomes da música brejeira (como Quim Barreiros). A chamada música pimba conheceu uma perfect storm em meados dos anos 90: com um mercado discográfico nacional mais próspero que nunca, com um público mais apto a consumir todos os tipos de géneros e produtos musicais e programas de televisão a servir de plataforma para a promoção dos artistas do género, sobretudo o Made In Portugal e o Big Show SIC, a música pimba rapidamente tornou muitos desses artistas em campeões de vendas e preencheu o imaginário nacional, tanto pelos adeptos como os ódios que gerou.
O apogeu do género verificou-se sensivelmente entre 1994 e 1998, embora conheça ainda hoje muito sucesso mas numa escala comparativamente menor.
Apesar do vasto número de artistas que conheceram a glória do boom da música pimba, podia-se dizer sem grandes discussões que havia um rei e uma rainha do género nesse espaço de tempo. O rei era Emanuel ou não fosse ele o autor do tema de 1995 que deu nome ao movimento. A rainha era Ágata, que alcançou esse estatuto essencialmente devido a uma trilogia de hits que contavam um drama trágico-conjugal.
Maria Fernanda Pereira de Sousa nasceu em Lisboa a 11 de Novembro de 1959. Lançou o seu primeiro disco em 1975, cujo título "Heróis Trabalhadores" não deixava margens para dúvidas quanto à temática. Ingressou depois no Curso de Artistas da Emissora Nacional e durante a década de 70, gravou o tema em português da "Abelha Maia", um dueto com Art Sullivan e formou o grupo Cocktail com Rita Ribeiro e Maria Viana. Nos anos 80, participou no Festival da Canção de 1982 com o tema "Vai Mas Vem" e foi a Doce suplente, substituindo Lena Coelho e Fá Padinha no grupo durante as gravidezes destas. Em 1986, adopta o nome artístico de Ágata (segundo ela por ser fã dos livros de Agatha Christie e depois de também considerar os stagenames Natacha e Romana, tendo a sua famosa sobrinha ficado com este último) mas é só em 1993, ao assinar com a editora Espacial, com o álbum "Perfume de Mulher" que conhece o êxito.
A faixa-título narrava o conto de Ágata a descobrir a traição da sua cara-metade através das diversas pistas, sobretudo o perfume da outra mulher. O tema rapidamente andou na boca de povo, que trauteava quer por gosto, quer na paródia (na altura, se alguém dissesse "Sai", teria provavelmente como resposta a cantoria "Sai da minha vida!"). Mas tão mítico como o tema era o videoclip que passava todos os domingos no "Made In Portugal", repleta de cenas famosas como Ágata a discutir com o marido, representado por um tipo de bigode (que pelo que me lembro chamava-se Óscar e era um dos músicos da sua banda) e dar-lhe uma chapada; Ágata ora a rasgar a foto do tipo de bigode ora a juntar os pedaços tipo puzzle; Ágata a definhar de depressão pós-separação numa elegante lingerie vermelha; e Ágata lavada em lágrimas, provavelmente por alergia, pois ou muito me engano ou o perfume da outra lambisgóia não devia ser Chanel N.º 5, mas sim algum desodorizante ranhoso.
O segundo tomo da trilogia surge em 1995, com a faixa que dá título ao novo álbum "Maldito Amor". Tanto na canção como no vídeo, Ágata faz as pazes com o tipo de bigode, mas a reconciliação parece desde logo condenada ao fracasso.
A parte final da trilogia aconteceu em 1997, com o álbum "Escrito no Céu" e o tema "Comunhão de Bens". Aqui, Ágata e o tipo de bigode estão em processo de divórcio litigioso e disputam a guarda do filho de ambos. De novo o vídeo ilustrava cabalmente a canção e incluía o tipo de bigode a levar mais uma chapada de Ágata (com o miúdo a ver), os dois no tribunal e splistcreens do petiz com a mãe e a passar os fins de semana com o pai. Mais uma vez, o refrão entrou na jukebox mental do povo e não havia quem não cantasse: "Podes ficar com as jóias, o carro e a casa, mas não fiques com ele..."
Claro que os hits de Ágata não se resumiam a esta trilogia e é há que também mencionar "Chora No Meu Colo", "Sou Mãe Solteira", "Escrito No Céu" e "Abandonada" (com que representou Portugal no Festival da OTI de 1997) a que mais tarde se juntaram, entre outros, "De Hoje Em Diante", "Sozinha" e "Conselho De Mãe". O apogeu da carreira de Ágata terminaria em 1998, não com um novo disco, mas sim com um novo parto, o do seu segundo filho Francisco, que a própria chegou a equacionar ser transmitido em directo na televisão. Mas mesmo sem o sucesso de outrora, Ágata continua bem activa tanto a gravar como a actuar pelo país fora, nas comunidades emigrantes e em programas de televisão (chegou a ter o seu próprio reality-show, "O Meu Nome É Ágata", exibido na SIC em 2002). Mas bastaria a sua mítica trilogia trágico-conjugal para ficar escrita a letras de ouro no imaginário cromo português.
Para terminar, eis um episódio da "Retroescavadora" da RTP Memória sobre a presença de Ágata em 1996 no programa "Todos Ao Palco", onde canta uma canção sobre sexo, acompanhada por um grupo de miúdos a dançar.
Creio que foi o primeiro anúncio a um filme com que me deparei nas revistas que tenho andado a digitalizar. O filme em questão é "A Serpente de Ouro" (Le Serpent), de 1973, realizado por Henri Verneuil, segundo o anúncio em exibição no Tivoli, com a indicação "Um êxito sensacional em 3ª semana". Do elenco faziam parte nomes como Yul Brynner, Henry Fonda, Dirk Bogarde, Philippe Noiret, Virna Lisi e Michael Bouquet.
Esta produção francesa, alemã e italiana encaixa-se no género de espionagem/thriller político, sobre um coronel do KGB (Brynner) que deserta durante uma viagem a França, e que tem consigo uma lista dos agentes duplos soviéticos. Bogarde é um agente do MI6 e Fonda um agente da CIA.
O trailer em inglês, com o título "Night Flight From Moscow":
Publicidade retirada da revista Tele Semana nº 56, de 15 de Fevereiro de 1974.
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A provar que o tamanho não é importante, este anúncio exibe as 6 diferentes miniaturas de garrafas de Coca-Cola. Para coleccionar cada uma das 6 versões diferentes (correspondentes a um país) bastava comprar uma garrafa de 1,5 L ou 2L de Coca-cola, Sprite ou Coca-Cola sem Cafeína. Para conseguir a mini-grade para guardar as mini-garrafas, tinha que se comprar 2 garrafas. Sempre adorei miniaturas, mas infelizmente nunca tive estas. Caros leitores: algúm de vós completou esta colecção?
Detalhe: Garrafas Miniaturas e a Mini-Grade.
Quem me forneceu esta publicidade foi o Paulo Gomes, que além de colaborar na Enciclopédia, tem uma página no Facebook que aconselho a visitar: "Ulisses31".
Os meus agradecimentos também a Peter Gunn, que teve a gentileza de enviar para a Enciclopédia uma série de fotos da sua colecção pessoal destas miniaturas Coca-Cola! Podem vê-las em maior detalhe abaixo:
"Arco Íris", concurso da RTP para - e com - os mais pequenos, apresentado por Carlos Ribeiro, exibido aos Domingos à tarde, antes da "Primeira Matinée".
Graças à LUSITANIA TV, o Youtube tem este excerto de uma emissão:
No video, Carlos Ribeiro recorda que na próxima série do "Arco-Irís", os pais também vão concorrer. Na segunda parte do video assistimos ao treino da equipa de Infantis de Andebol da Liga de Algés. E também podemos ver Carlos Ribeiro a marcar um golo espectacular a uma criança.
De inicio, pouco mais consegui apurar sobre este concurso. Sei através de uma revista que estava em exibição em 1987, e que tinha o seguinte cupão - para inscrever a equipa de três elementos no concurso - que retirei de uma "Maria" de Janeiro de 1987:
Curiosamente, no IMDB, o Arco Íris está listado como exibido entre 1982 e 1983.
Entretanto, cheguei ao excelente site "Brinca Brincando" - que recomendo a visita - que tem bastantes mais detalhes e fotos. Segundo essa informação, o video acima é do Verão de 1986, no final da primeira temporada, que começou em Novembro de 1985. A segunda temporada anunciada no video, e para a qual os espectadores se podiam inscrever com o cupão acima, começou em Outubro de 1986 e prolongou-se até Julho de 1987. No total foram exibidas 68 emissões. Curiosamente, as equipas tinham que ser mistas. ainda segundo o "Brinca Brincando", as provas consistiam em jogos de perguntas e respostas, teatro, provas desportivas, de trabalhos manuais, etc. Claro que além destes desafios, havia mais animação, com música, dança e humor. Visitem o site do "Brinca Brincando" para verem mais curiosidades do concurso, como algum do merchandising gerado (Bolachas Chocobom, Hexágono Mágico e disco de vinil).
Encontrei online várias imagens de produto do "Arco Íris", o autêntico "Prato Chinês", produzido e distribuído pela Disvenda:
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Continuando com os jogos de computador com mascotes de produtos alimentares, o simpático coelhinho Quicky protagoniza o jogo de plataformas "Quicky Computer Game", um "super-jogo com 15 níveis e 5 bónus". Na descrição é dito que o Quicky "precisa da tua ajuda para juntos vencerem os inimigos: o cientista maluco, vespas gigantes, pinguins, caranguejos e cobras de arrepiar, sem falar nos furacões, naves e temíveis robots."
Para conseguir o jogo, tinha que se enviar 6 pontos Nesquik pó,4 pontos ou 8 códigos de barras Nesquik pronto a beber, e um cheque de 500$00.
Detalhe do jogo:
As embalagens de Nesquik e Nesquik instantâneo:
"A Busca Sensacional! O Computer Game Irresistivel!". Algum dos nossos caros leitores teve este jogo?
Publicidade retirada da revista Super Jovem nº 121, de 8 a 14 de Agosto de 1995.
Actualização:
O leitor da Enciclopédia, Filipe Queiros, enviou foto da disquete do jogo "Quicky Computer Game":
O pormenor de a disquete vir embalada numa embalagem semelhanto ao dos CDs é muito bom!
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