Há dias eu apercebi-me que a última vez que joguei ao Stop foi em 2011: foi durante uma escapadinha de fim-de-semana prolongado entre amigos no Algarve. Não sei bem como é que nunca mais joguei este jogo nos últimos onze anos, basicamente nunca mais se proporcionou a ocasião por entre as vicissitudes da vida adulta e quando eu tinha vontade, não tinha com quem jogar. O que me entristeceu um pouco pois foi sempre um dos meus jogos preferidos da infância e adolescência, e que me lembro de jogar praticamente desde que aprendi a escrever.
Certamente que todos os que estão a ler este texto conhecerão o Jogo do Stop pelo que não me vou demorar a explicar as regras básicas, ainda que muitas regras variassem consoante os grupos. Com a minha família e amigos, convencionou-se que a pontuação seria de 5 pontos para quem desse a mesma resposta válida numa das categorias, 10 pontos para respostas válidas diferentes e 20 pontos para quem tinha uma resposta numa categoria mas o(s) adversário(s) não tinha(m) qualquer resposta válida. Eu tinha o especial cuidado de clarificar o que era válido em cada categoria, perguntando por exemplo ao(s) meu(s) parceiro(s) de jogo se em "Cidades" só valiam cidades portuguesas ou se podiam ser incluídas cidades estrangeiras, ou até mesmo se tinham de ser mesmo cidades ou se podiam ser vilas ou aldeias. Também ocasionalmente eu tentava que o K, o W e o Y fossem incluídos no jogo, pelo menos no momento em que um dos jogadores recitava mentalmente o abecedário, mas por razões óbvias, era raro alguém aceitar essa sugestão.
Em 1988, o Jogo do Stop foi elevado a outro nível quando foi convertido num jogo de tabuleiro sob o nome Scattergories, comercializado pela MB (actual Hasbro). O jogo incluía folhas com as diferentes categorias que geralmente eram mais específicas que as do Jogo do Stop convencional (por exemplo, "raças de cães", "objetos metálicos") e espaços para escrever as respostas, pastas para esconder as folhas, um cronómetro e um dado com 20 das 26 letras do alfabeto. (Se não estou em erro, na versão portuguesa o dado não incluía as letras K, Q, W, X, Y e Z.)
Posteriormente, houve uma nova dobragem do anúncio com algumas alterações; por exemplo a voz feminina que dizia "É giro, giro, giro, giro!", diz agora "É tão divertido!"
O diálogo da versão portuguesa era praticamente decalcada da versão espanhola com a diferença que o animal de companhia começado por P era um "pulpo" (polvo) e não uma pulga.
E já agora eis o anúncio original americano.
(Cá para mim, que ninguém nos ouve, mais valia aquelas pessoas fazerem uma vaquinha para comprarem um jogo só para elas, em vez de ficarem refém dos caprichos do caixa-de-óculos.)
Eu tive uma versão abreviada do Scattergories quando eu fiz uma coleção do Planeta Agostini com jogos de tabuleiro. Entretanto surgiram novas variantes, como uma versão em jogo de cartas ou em jogo de computador e online, bem como uma versão do Stop concebida e distribuída pela portuguesíssima Majora.
No entanto, pelo menos em Portugal, creio que o bom velho Stop a papel e caneta continua a ser mais popular.
E vocês? Que memórias têm dos vossos jogos do Stop e/ou do Scattergories? Contem tudo nos comentários.
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