Infelizmente, o nosso país é conhecido pelos seus elevados índices de sinistralidade rodoviária. E se hoje em dia os números não são favoráveis, nos anos 80, quando havia bem menos regulação, registavam-se níveis verdadeiramente preocupantes. Foi nessa década que a Prevenção Rodoviária Portuguesa lançou diversas campanhas institucionais com anúncios que ficaram na memória de todos.
Quem não se recorda nos idos de 1988 do Pepito equilibrista da campanha "Vamos & Vivos"? Num desenho animado algo tosco, uma voz circense anuncia o número do equilibrista que no percurso de volta, emborca uma caneca de cerveja (um cópito para ganhar córagem!) e estatela-se no chão, como uma metáfora para os efeitos do álcool durante a condução automóvel.
Outro anúncio lendário tinha como slogan "dê mais tempo a quem precisa" e tinha como protagonista um simpático casal de idosos. Um senhor de bengala vê-se em palpos de aranha para atravessar uma rua e ir ter com a senhora que o espera do outro lado. Esta assiste com ar assustado ao esforço do companheiro a avançar lentamente no meio dos carros que não abrandam nem sequer parecem dar conta que ele está ali a tentar atravessar. Finalmente um carro pára para que o idoso atravesse sem mais problemas e se reúna com a senhora. Uma vez juntos, ambos agradecem o gesto.
Regressando aos malefícios do álcool, este anúncio de 1986 com um lápis a percorrer uma maqueta de estrada com árvores e tudo até ao inevitável partir do bico (isto é, despiste na estrada) é um dos mais míticos que se fizeram sob a premissa do ainda mais mítico slogan "Se conduzir não beba!"
Por entre as campanhas de prevenções, os peões também não foram esquecidos. Depois de anos antes terem dado cara a uma campanha contra a droga, em 1989 os Ministars abraçaram a causa de prevenção rodoviária dos pedestres sob a forma do tema "Só Se Vive Uma Vez", que depressa se tornou tema original mais popular do grupo e um videoclip onde eles surgiam dentro de sinais de trânsito e que me lembro de passar várias vezes ao dia, por exemplo antes da "Rua Sésamo", pelo que eu e os meus colegas de escola tínhamos bem presente o refrão: "Todos somos iguais/de vez em quando/ somos peões neste xadrez/ e só vivemos uma vez".
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