terça-feira, 30 de julho de 2019

Top 6 canções de Kate Bush

por Paulo Neto




Existem seres que são tão únicos e geniais que até custa a crer que pertencem a este mundo como o resto dos mortais. Kate Bush é uma dessas pessoas, cujo talento para a música marcou um antes e depois no que diz respeito a mulheres na música. O sua obra é marcada pelo misticismo das suas composições e interpretações vocais e pela forma como se alia a outras formas de arte, sobretudo a literatura, a dança e o cinema. É incontável o número de artistas (e não apenas na música) que a citam como influência ou que expressaram admiração pelo seu trabalho.
Catherine Bush nasceu a 30 de Julho de 1958 em Bexleyheath no condado inglês de Kent. Aos 11 anos, inspirada pelo envolvimento do pai e dos irmãos na música, aprendeu sozinha a tocar piano e a compor canções. Reza a lenda que, quando ainda adolescente assinou um contrato discográfico graças a uma demo produzida por David Gilmour, a EMI pagou-lhe para passar dois anos a aperfeiçoar o seu material e sem dúvida que foi uma aposta ganha dado o sucesso do seu álbum de estreia, "The Kick Inside" em 1978.
Mas afinal quais são as minhas canções preferidas de Kate Bush? Como é habitual, várias canções tiveram de ficar de fora deste top 5 (que na realidade é um top 6) mas que merecem ser mencionadas: "The Man With The Child In His Eyes" ( que ela escreveu quando tinha 13 anos, do álbum "The Kick Inside"), "Wow" (de "Lionheart", 1979), "Army Dreamers" (de "Never For Ever", 1980), "Suspended In Gaffa" (de "The Dreaming", 1982), "The Big Sky" (de "Hounds Of Love", 1985), "The Sensual World" (do álbum do mesmo nome de 1989), "Rubberband Girl" e "Moments Of Pleasure" (de "The Red Shoes, 1993) e "King Of The Mountain" (de "Aerial" que em 2005 marcou o seu regresso aos discos após doze anos). Também não decidi incluir "Don't Give Up", o célebre dueto com Peter Gabriel, já que na sua essência é um opus deste. Queria também ainda referir a sua cover com laivos de reggae de 1991 de "Rocket Man", para o álbum "Two Rooms" de tributo às canções de Elton John e Bernie Taupin, porque foi ouvi a versão de Bush antes do original de Elton John.   



N.º 5 (ex-aqueo) "Hounds Of Love" e "Cloudbusting": Eu não consegui deixar uma destas duas canções de fora pelo que optei antes por um empate. Curiosamente ambas são do mesmo álbum, "Hounds Of Love" de 1985. Depois de quatro álbuns entre 1978 e 1982 e dada a (então) fraca recepção do último álbum "The Dreaming", Bush retirou-se do olhares públicos durante três anos para regressar com este disco que viria a ser considerado o seu melhor álbum, bem como o mais bem-sucedido comercialmente. Na verdade, pode-se dizer que se trata de um disco 2-em-1: quatro das cinco faixas do lado A (incluindo estas duas) seriam os singles do álbum enquanto o lado B, intitulado "The Ninth Wave" era um conjunto conceptual de canções sobre alguém à deriva no mar.
A faixa-título "Hounds Of Love" é sobre o medo de se apaixonar, comparando essa sensação à de se ser perseguido por uma matilha de cães. Kate Bush costuma afirmar que a maioria das suas canções não são autobiográficas mas apetece pensar se ela experimentou este sentimento na sua relação da altura com o também músico Del Parker. O videoclip (realizado pela própria) era uma homenagem a Hitchcock (sobretudo ao filme "Os 39 Degraus). Em 2005, a banda rock britânica Futureheads fez uma versão de "Hounds Of Love", apresentando-a a uma nova geração. Outras versões incluem as das bandas australianas Frente! e The Church, dos 30 Seconds To Mars e de Patrick Wolf.


"Cloudbusting" foi inspirado na biografia de Peter Reich sobre o seu pai, o filósofo e psicanalista Wilhelm Reich, contando memórias de quando ambos usavam uma máquina para fazer chuva, de forma a manipular uma energia esotérica da atmosfera e da tristeza que Peter sentiu quando o seu pai foi preso. O videoclip era toda uma curta-metragem e chegou a ser exibido em cinemas no Reino Unido: nele, o actor Donald Sutherland fazia de Whilelm Reich e Kate Bush de Peter.
"Cloudbusting" viria a ganhar uma nova vida em 1992 quando foi samplado para o tema "Something Good" do grupo electro-pop Utah Saints (uma nova versão foi editada em 2008), que até incluía algumas cenas do videoclip original.





N.º 4 "Babooshka": O tema mais conhecido do álbum de 1980 "Never For Ever", "Babooshka" conta a história de uma mulher obcecada em testar a fidelidade do seu marido, enviando-lhe cartas assinadas sob o nome do título (Bush não sabia na altura que a palavra queria dizer "avó" em russo), e o marido vai ficando cativado por essa personagem, por ser tão semelhante à esposa quando era mais nova. A primeira vez que eu ouvi esta canção foi quando a RTP a utilizava na rubrica "Fora de Casa" e como então eu não dominava em inglês (e à semelhança do que Nuno Markl referiu na "Caderneta de Cromos") a ideia que eu tinha era a de que a canção era sobre uma mulher que estava a sempre a cair ou a ir contra móveis e que o refrão relatava o seu sofrimento: "Ai, ai! Catrapus! Catrapus! Catrapus! Catrapus! Ai, ai!". E o som de um vidro a partir-se que se ouve na recta final da canção parecia corroborar.
A canção também é marcante pelo seu videoclip, onde no refrão Kate Bush surge como uma sensual guerreira mitológica, quase uma Xena avant-la-lettre.     






N.º 3 "This Woman's Work": Incluído no álbum "The Sensual World" de 1989, "This Woman's Work" já era uma canção conhecida pois no ano anterior fez parte da banda sonora do filme "She's Having A Baby" (título em Portugal: "A Vida Não Pode Esperar") de John Hughes e utilizada precisamente na cena do parto. Kate Bush compôs a canção a partir dessa cena já filmada e escreveu a letra do ponto de vista de um pai que assiste às dificuldades sofridas no parte por parte da mãe e do criança por nascer. (Só cerca de uma década mais tarde é que a própria Kate Bush passaria pela experiência de dar à luz, aquando do nascimento do seu filho Bertie em 1998, que viria a colaborar nos discos mais recentes da mãe e a terá encorajado a voltar aos concertos em 2014, quase 35 anos depois.) Algo despercebido durante a sua edição como segundo single do álbum, "This Woman's Work" viria com o tempo a ser uma das canções mais amadas de Kate Bush e um verdadeiro hino a todas mulheres que já foram mães e/ou ultrapassaram problemas de saúde. Em 1997, o cantor Maxwell gravou uma excelente versão para o seu concerto de MTV Unplugged e uma versão de estúdio foi incluída no seu álbum de 2001 "Now". Desde então ambas as versões têm sido utilizadas em vários programas de televisão. Recomendo a visualização de uma lindíssima coreografia da versão americana de "Achas Que Sabes Dançar" ao som da versão de Maxwell.





N.º 2 "Wuthering Heights": Este foi o single de estreia de Kate Bush e mais de quarenta anos depois, mantém-se como a sua canção mais emblemática. Como o nome indica, "Wuthering Heights" é sobre o famoso clássico da literatura "O Monte dos Vendavais" de Emily Bronte. Aos 18 anos, Bush viu uma adaptação do romance a uma minisérie da BBC e depois leu o livro, descobrindo que tal como ela, Emily Bronte nascera a 30 de Julho. Com a letra do ponto de vista da heroína (que também se chamava Catherine), a canção consegue ao longo dos quatro minutos resumir toda a essência da obra, da paixão ao negrume. "Wuthering Heights" atingiu o primeiro lugar do top britânico, provando que a EMI tinha ganho em apostar na jovem cantora/compositora. Foi também n.º 1 na Austrália, Irlanda, Itália e Nova Zelândia. Existem dois videoclips oficiais para a canção: um gravado em estúdio com Kate Bush interpretando a canção e a coreografia vestida de branco e outro gravado num bosque com Bush vestida de vermelho. Em 1986, Kate Bush regravou uma nova versão para o seu álbum best of de 1986 "The Whole Story" (e essa é a versão que tenho no meu leitor de mp3). Lembro-me de ouvir bastante esta canção na rádio nos anos 90, até porque foi amplamente utilizada em programas de televisão como "Cantigas da Rua", "Mini Chuva de Estrelas" e "Chuva de Estrelas" - aliás à quarta edição do programa foi ganha por Jessi Leal imitando Kate Bush nesta canção.    

  



N.º 1 "Running Up That Hill (A Deal With God)": Sucede que a minha canção preferida de Kate Bush é também a primeira canção dela que eu me lembro de ouvir, mas foi só no final dos anos 90, quando comprei uma colectânea de músicas dos anos 80, que eu ouvi mais atentamente e desde então tornou-se a minha favorita dela.  
O primeiro single de "Hounds Of Love", "Running Up That Hill" viria a tornar-se o maior sucesso de Kate Bush nos anos 80, atingindo o top 10 em vários países e sendo o single mais bem-sucedido nos Estados Unidos. A letra da canção afirma que um homem e uma mulher só se poderiam compreender verdadeiramente um ao outro se fizessem um acordo com Deus para trocarem temporariamente de corpos e perceberem realmente como é ser-se do outro sexo. O título original era aliás "A Deal With God", mas a editora estava receosa que uma canção com a palavra "God" no título fosse boicotada pelas rádios e Bush aceitou alterar o título. Mas em edições posteriores, a faixa tem o título original entre parêntesis.
Como a letra fala também em corrida e auto-superação, o tema também tem sido volta e meia utilizado em eventos desportivos, nomeadamente na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de 2012. No momento entre a entrada dos atletas no estádio e o início da cerimónia das medalhas da maratona masculina, foi exibida uma nova versão regravada por Kate Bush de propósito para o evento, que posteriormente chegou ao n.º 6 do top britânico.
O respectivo videoclip é também um dos mais emblemáticos da sua carreira, no qual Bush dança com o bailarino Michael Hervieu e numa cena, os dois são separados por uma multidão de estranhos com máscaras com as caras de ambos.
Entre as várias versões de "Running Up That Hill", a mais conhecida é a dos Placebo de 2003. Recentemente descobri uma versão da cantora americana Meg Myers com um videoclip muito interessante. Recomendo também a audição de "Under The Ivy", o lado B do single. 



Kate Bush em 2014, no seu regresso aos concertos


domingo, 21 de julho de 2019

Notting Hill (1999)

por Paulo Neto

Cinco anos depois de "Quatro Casamentos e Um Funeral", outra comédia romântica britânica escrita por Richard Curtis e protagonizada por Hugh Grant fez grande sucesso, ao qual não era estranha a presença de uma estrela do calibre de Julia Roberts. Falo, claro está, de "Notting Hill", filme realizado por Roger Mitchell que contava a inesperada história de amor entre um pacato livreiro da zona londrina que dá nome ao título do filme e uma estrela de Hollywood.



Anna Scott (Roberts) é uma famosa actriz americana que se encontra em Londres a promover o seu mais recente filme "Helix". Por acidente, ela choca contra Will Thacker (Grant) que lhe entorna sumo de laranja em cima, o que o leva a convidar para ir a casa dele trocar de roupa e num impulso os dois beijam-se na despedida. Este encontro agita a existência solitária de Will, que partilha a sua casa com o hilariante desmiolado Spike (Rhys Ifans). E o quão famosa é Anna Scott? Tão famosa que até o próprio Will sabe quem ela é, e ele é alguém que julga que Leonardo Di Caprio é um realizador italiano.



Por agradecimento, Anna convida-o a encontrar-se com ela durante uma ronda de imprensa no hotel Ritz. Confundido com um jornalista e após entrevistar os outros actores (incluindo uma muito jovem Mischa Barton) com resultados hilariantes, Will convida a Anna a irem à festa de aniversário da sua irmã Honey (Emma Chambers), onde a apresenta aos seus amigos Bernie (Hugh Bonneville), Bella (Gina McKee) e Max (Tim McInnerny). Apesar de eufóricos com a presença de Anna, todos ficam porém a saber através dela que a sua vida de fama e glamour em Hollywood não é tão feliz como julgam. O clima de romance entre Anna e Will vai crescendo até que o namorado dela (Alec Baldwin) surge em Londres e ela tem de voltar para Los Angeles.



Meses mais tarde, Anna aparece em casa de Will procurando refugiar-se do escândalo da publicação de fotos nuas suas tiradas antes da fama. Porém após uma noite de amor, e devido a um descuido de Spike, na manhã seguinte os paparazzis estão todos à porta da casa dele. Julgando que ele se aproveitou dela, Anna vai-se embora furiosa. Outros mal-entendidos se sucedem entre ambos mas no fim Will e Anna acabam por ter o seu happy ending hollywoodesco.



"Notting Hill" foi um dos maiores sucessos de 1999 junto do público e da crítica e foi um "boost" na carreira de Grant e Roberts, ambos recém-saídos de um período de flops e de dramas na sua vida privada. (E tenho de destacar o desempenho de Rhys Ifans que rouba todas as cenas que entra com o seu Spike.) Foi na altura o filme britânico com melhor receita de sempre e um dos vinte filmes mais rentáveis de 1999. Recebeu o prémio do público nos BAFTA e foi nomeado para três Globos de Ouro.   

"Notting Hill" foi triunfou também com a sua banda sonora que foi disco de platina em vários países (eu tive uma cópia gravada em cassete). Quatro canções foram hits nesse ano: "When You Say Nothing At All" de Ronan Keating, "From The Heart" dos Another Level, "She" de Elvis Costello e "You've Got A Way" de Shania Twain, incluindo ainda temas de Texas, Pulp, Lighthouse Family, Al Green, 98 Degrees e dois temas da partitura original de Trevor Jones.

Trailer:


Ronan Keating "When You Say Nothing At All"


Elvis Costello "She"


Another Level "From The Heart"


Shania Twain "You've Got A Way"





sábado, 20 de julho de 2019

O Homem Chegou À Lua (20-07-1969)


No dia 20 de Julho de 1969 os seres humanos pisaram solo fora do planeta Terra pela primeira vez. O destino foi a Lua, o nosso satélite. O Mundo parou para ver as emissões em mais ou menos directo e apesar de a Humanidade não regressar lá desde os anos 70, foi um momento histórico. 
Recordo a capa do "Diário de Lisboa" do dia seguinte:
"Sonho tornado realidade - O Homem já chegou à Lua."
"Armstrong e Aldrin caminharam 2 horas sobre o solo lunar."
 Podem aumentar as imagens para ler o resto das reportagens dedicadas à chegada do Homem à Lua:




sábado, 13 de julho de 2019

Live Aid (1985)

por Paulo Neto



O filme "Bohemian Rhapsody" com o seu clímax na recriação quase a papel químico da actuação dos Queen no Live Aid avivou as memórias desse grande acontecimento, que teve lugar a 13 de Julho de 1985 em Londres e Filadélfia, uma mega-espectáculo de dimensões deveras impressionantes, mesmo para os dias de hoje, e que foi um marco na história da música.


No seguimento do enorme sucesso do single all-star britânico "Do They Know It's Christmas" no Natal de 1984 e do seu equivalente americano "We Are The World" no início de 1985, em prol de angariar fundos para ajudar as vítimas da fome na Etiópia, surgiu a ideia da criação de um concerto para o mesmo objectivo onde actuariam os maiores nomes da música de ambos os lados do Atlântico. Bob Geldoff e os empresários Harvey Goldsmith e Bill Graham levaram a cabo a realização do evento nos dois países e a lista de nomes a actuar no evento, quer daqueles que faziam sucesso na altura, quer de algumas glórias do passado, foi aumentando.
O concerto, uma das maiores transmissões televisivas por satélite a grande escala de todos os tempos, terá sido visto por 1900 mil milhões de pessoas em 150 países e teve a duração total de 16 horas.

Eis o alinhamento em ambos os locais:

Londres, Estádio de Wembley
Status Quo: "Rockin' All Over The World", "Caroline", "Don't Waste My Time"


Style Council: "You're The Best Thing", "Big Boss Groove", "Internationalists", "Walls Come Tumbling Down"
Boomtown Rats: "I Don't Like Mondays", "Drag Me Down", "Rat Trap", "For He's A Jolly Good Fellow"



Adam Ant
: "Vive Le Rock"
Ultravox: "Reap The Wild Wind", "Dancing With Tears In My Eyes", "One Small Day", "Vienna"
Spandau Ballet: "Only When You Leave", "Virgin", "True"
Elvis Costello: "All You Need Is Love"
Nik Kershaw: "Wild Boy", "Don Quixote", "The Riddle", "Wouldn't Be In Good"
Sade: "Why Can't We Live Together", "Your Love Is King", "Is It A Crime"


Sting e Phil Collins: "Roxanne", "Driven To Tears", "Against All Odds (Take A Look At Me Now)", "Message In A Bottle", "In The Air Tonight", "Long Way To Go", "Every Breath You Take"

Howard Jones: "Hide And Seek"
Bryan Ferry (com David Gilmour na guitarra): "Sensation", "Boys And Girls", "Slave To Love", "Jealous Guy"
Paul Young: "Do They Know It's Christmas/Come Back And Stay", "That's The Way Love Is" (com Alison Moyet), "Everytime You Go Away"
U2: "Sunday Bloody Sunday", "Bad"


Dire Straits: "Money For Nothing" (com Sting), "Sultans Of Swing"
Queen: "Bohemian Rhapsody", "Radio Ga Ga", "Hammer To Fall", "Crazy Little Thing Called Love", "We Will Rock You", "We Are The Champions"

David Bowie: "TVC 15", "Rebel Rebel", "Modern Love", "Heroes"
The Who: "My Generation", "Pinball Wizard", Love Reign O'er Me", "Won't Get Fooled Again"
Elton John: "I'm Still Standing", "Bennie And The Jets", "Don't Go Breaking My Heart" (com Kiki Dee), "Don't Let The Sun Go Down On Me" (com Wham!), "Can I Get A Witness"

Freddie Mercury e Brian May: "Is This The World We Created"
Paul McCartney: "Let It Be"
Band Aid: "Do The Know It's Christmas"





Filadélfia, Estádio John F. Kennedy



Bernard Watson: "All I Really Want To Do", "Interview"
Joan Baez: "Amazing Grace", "We Are The World"
The Hooters: "And We Danced", "All The Zombies"
Four Tops: "Shake Me, Wake Me (When It's Over)", "Bernadette", "It's The Same Old Song", "Reach Out I'll Be There", "I Can't Help Myself"
Billy Ocean: "Caribbean Queen", "Loverboy"
Black Sabbath: "Children Of The Grave", "Iron Man", "Paranoid"

Run DMC: "Jam Master Jay", "King Of Rock"
Rick Springfield: "Love Somebody", "State Of The Heart", "Human Touch"
REO Speedwagon: "Can't Fight This Feeling Anymore"
Crosby, Stills & Nash: "Southern Cross", "Teach Your Children", "Suite: Judy Blue Eyes"
Judas Priest: "Living After Midnight", "The Green Manalishi", "You've Got Another Thing Commin'"
Bryan Adams: "Kids Wanna Rock", "Summer Of '69", "Tears Are Not Enough", "Cuts Like A Knife"

Beach Boys: "California Girls", "Help Me, Rhonda", "Wouldn't It Be Nice", "Good Vibrations",
George Thorogood & The Destroyers: "Who Do You Love" (com Bo Diddley), "The Sky Is Crying", "Madison Blues"
Simple Minds: "Ghost Dancing", "Don't You (Forget About Me)", "Promised You A Miracle"
Pretenders: "Time The Avenger", "Message Of Love", "Stop Your Sobbing", "Back On The Chain Gang", "Middle Of The Road"
Santana com Pat Metheny: "Brotherhood", "Primera Invasión", "Open Invitation", "By The Pool", "Right Now"
Ashford & Simpson: "Solid", "Reach Out And Touch Somebody's Hand" (com Teddy Pendergrass)
Madonna: "Holiday", "Into The Groove", "Love Makes The World Go Round"


Tom Petty & The Heatrbreakers: "American Girl", "The Waiting", "Rebels", "Refugee"
Kenny Loggins: "Footloose"
The Cars: "You Might Think", "Drive", "Just What I Needed", "Heartbeat City"
Neil Young: "Sugar Mountain", "The Needle And The Damage Done", "Helpless", "Nothing Is Perfect", "Powderfinger"
Power Station: "Murderess", "Get It On"
Thompson Twins: "Hold Me Now", "Revolution" (com Madonna e Nile Rogers)


Eric Clapton: "White Room", "She's Waiting", "Layla"
Phil Collins: "Against All Odds", "In The Air Tonight"

Led Zeppelin: "Rock And Roll", "Whole Lotta Love", "Stairway To Heaven"


Foi a primeira actuação dos Led Zeppelin desde a morte de John Bonham

Crosby, Stills, Nash & Young: "Only Love Can Break Your Heart", "Daylight Again/ Find The Cost Of Freedom"
Duran Duran: "A View To A Kill", "Union Of The Snake", "Save A Prayer", "The Reflex"
Patti LaBelle: "New Attitude", "Imagine", "Forever Young", "Stir It Up", "Over The Rainbow", "Why Can't I Get It Over"

Daryl Hall & John Oates, Mick Jagger, Eddie Kendricks, David Ruffin e Tina Turner : "Out Of Touch", "Meneater", "Get Ready", "Ain't Too Proud To Beg", "The Way You Do The Things You Do", "My Girl", "Lonely At The Top", "Just One Night", "Miss You", "State Of Shock", "It's Only Rock & Roll (But I Like It)"
Bob Dylan, Keith Richards e Ron Wood: "Ballad Of Hollis Brown", "When The Ship Comes In", "Blowin' In The Wind"
USA For Africa: "We Are The World"



O apresentador britânico Richard Skinner foi o primeiro a subir ao palco para anunciar a presença do Príncipe Carlos e da Princesa Diana em Wembley. Entre os nomes presentes para anunciar as actuações estiveram Jack Nicholson, John Hurt, Griffin Rhys-Jones, Mel Smith, Bette Midler, Chevy Chase, Don Johnson e Dionne Warwick.

No mesmo dia, outros concertos pela mesma causa tiveram lugar em Moscovo, Toronto, Sydney, Viena, Belgrado, Moscovo, Tóquio e Colónia e algumas actuações foram exibidas durante a transmissão do Live Aid, bem como a actuação de BB King em Haia. Uns dias mais tarde, no âmbito da campanha nacional "Um Abraço A Moçambique", alguns nomes da música portuguesa participaram de um concerto no Coliseu dos Recreios. 

Algumas curiosidades:
- Phil Collins foi o único artista que actuou tanto em Londres como em Filadélfia, tendo apanhado um voo do Concord entre os dois países. Nesse voo, ele encontrou a cantora Cher que não sabia dos concertos, mas que decidiu ir também a Filadélfia assistir ao espectáculo e acabou em palco durante a actuação final de "We Are The World".


- Apesar do extremo calor que se fazia sentir em Filadélfia, Madonna actuou com um casaco vestido e declarou que hoje ela "não iria tirar m*rda nenhuma", numa alusão à recente publicação de fotos suas em nudez na Penthouse e na Playboy.
- Durante os dois primeiros minutos da sua interpretação de "Let It Be", o microfone de Paul McCartney avariou e não foi possível ouvi-lo.


- Os U2 tocaram uma versão de 14 minutos de "Bad" durante a qual Bono Vox pegou uma rapariga na assistência para dançar com ele. Em 2005, essa rapariga, Kal Khalique, revelou que ela estava a ser esmagada contra a vedação pelas pessoas atrás dela. Bono reparou nisso e uma vez que os seguranças não o ouviam, ele próprio pegou nela e tirou-a dali (provavelmente salvando-lhe a vida).


- Enquanto ambos cantam "It's Only Rock & Roll", Mick Jagger rasgou a saia do vestido de Tina Turner deixando-a com uma espécie de body. 
- As ausências mais notadas foram Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Diana Ross, Michael Jackson e Stevie Wonder que cantaram partes míticas em "We Are The World". Os Eurythmics estavam previstos para actuar mas desistiram porque Annie Lennox estava com dores de garganta. Prince não apareceu mas enviou uma filmagem de uma versão acústica de uma canção sua que foi exibida em Filadélfia. 
- No dia seguinte, a comunicação social divulgou que o concerto angariou entre 40 e 50 milhões de libras para o fundo. Segundo Bob Geldoff, a Irlanda foi o país com mais donativos per capita e a maior doação individual foi de um membro da família governante do Dubai que deu 1 milhão de libras.
- No entanto, investigações nos anos seguintes terão descoberto que parte que muito do dinheiro acabou por ir parar ao regime de Mengistu Haile Mariam que governava a Etiópia na altura, que terá usado esses fundos para comprar armas. No entanto, o Live Aid impulsionou muitas outras campanhas de solidariedade no combate à fome nos países africanos.




- O Live Aid foi editado em DVD em 2004, a partir das filmagens arquivadas pela BBC e a MTV. Algumas actuações não foram incluídas, quer por vontade expressa dos artistas, quer por não restarem imagens, já que o concerto nunca foi gravado na totalidade e muitas televisões apagaram parte das suas transmissões. O DVD já não está à venda mas em 2018 foi criado um canal no YouTube com todas as actuações incluídas.
- Em Portugal, segundo os arquivos do Diário de Lisboa, a RTP1 transmitiu o concerto entre as 17:00 e as 18:45 desse dia, e depois das 22:00 até ao fecho da emissão. No YouTube, é possível encontrar actuações de Patti Labelle e Mick Jagger da transmissão da RTP que não foram incluídas no DVD.



sábado, 29 de junho de 2019

"Ride On Time" Black Box, "Pump Up The Jam" Technotronic, "French Kiss" Lil' Louis (1989)

por Paulo Neto

Hoje vamos ter um cromo 3 em 1 em que analisamos três temas que foram editados há trinta anos e que desde então têm feito sucesso nas pistas de dança por esse mundo fora. Os três temas têm em comum duas coisas: primeiro, cada qual foi um tema percursor de uma subvertente da música house e segundo, havia uma onde de mistério quanto à dona da voz feminina ouvida em cada um deles.

Mas primeiro, um pouco de história. A house é um subgénero da música electrónica de dança caracterizada pelas batidas repetitivas 4/4, ritmos providenciados por caixas de ritmo e pratos de choque e linhas de baixo de sintetizador. É considerado um género que evoluiu a partir do disco-sound, mas com uma configuração mais electrónica e minimalista. Os primeiros registos de produção de temas house terão nascido nos circuitos de discotecas de Chicago no início dos anos 80, mas foi a partir da segunda metade da década que o género chegou ao público em geral, quer através do sucesso de temas produzidos pelos principais DJs e produtores, quer através da sua influência no repertório de artistas como Madonna e Janet Jackson.

"Ride On Time" Black Box




A Itália sempre foi um país que deixava o seu cunho particular em todos os géneros de música de dança (como o italo-disco e o italo-dance), pelo que o italo-house foi uma inevitabilidade, conferindo ao género um travo de ritmos latinos e de acordes de piano electrónico. Um dos principais nomes ligados ao italo-house é Daniele Davoli que após anos a trabalhar como DJ e produtor, estabeleceu como seu projecto prioritário o grupo Black Box, em parceria com Valerio Semplici e Mirko Limoni. O primeiro tema produzido pelo trio foi "Ride On Time", baseado no tema disco de 1980, "Love Sensation" de Loleatta Holloway. O título era uma corruptela de um dos versos da canção "because you're right on time...". A dar a cara pelo tema no videoclip e nas actuações em televisão, estava uma ex-namorada de Davoli, a modelo francesa Katrine Quinol, cuja beleza era de tal forma deslumbrante que fazia o facto de ela não saber cantar, falar inglês ou sequer ser muito exímia a fazer playback parecer de somenos importância para o público.


Quem achou isso de muita importância foi Loleatta Holloway e o compositor da canção original Dan Hartman, que processaram a banda pelo uso não-autorizado dos samples de "Love Sensation". Enquanto o processo estava a decorrer e para evitar mais prejuízos, uma cantora inglesa foi contratada para gravar novos vocais (de preferência o mais próximo possível dos originais) para "Ride On Time" e essa nova versão substituiu aquela com a voz de Holloway na distribuição comercial do single e nas emissões na rádio. Essa cantora foi nada menos que Heather Small, que anos mais tarde ficaria famosa como a vocalista dos M-People.
Eventualmente os Black Box cederam grande parte dos royalties aos autores do original (reza a lenda que Loleatta Holloway aceitou um casaco de peles como compensação) e a versão com a voz de Holloway viria a ser reactivada e nos dias de hoje, tanto a versão original como aquela com a voz de Small estão disponíveis.

No entanto, nem estes problemas judiciais impediram o sucesso de "Ride On Time" que foi um dos maiores hits de 1989, sendo o single mais vendido do ano no Reino Unido e chegando ao top 5 das tabelas em países como Austrália, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Suíça. 

Na mesma altura, Davoli, Semplici e Limoni também editaram outras temas nesse ano de 1989 sob outros nomes como Starlight ("Numero Uno") e Mixmasters ("Grand Piano", que também tinha um sample de "Love Sensation") antes de estabelecerem os Black Box como seu projecto principal. O seu primeiro álbum, "Dreamland", surgiu em 1990 contendo outros hits como "Everybody Everybody", "I Don't Want Anybody Else" e "Fantasy", com Katrine Quinol a continuar a dar a cara e o playback pelo projecto e com a cantora Martha Wash (uma das cantoras de "It's Raining Men") a dar a voz. Curiosamente Wash viria também a processar os autores de um outro conhecido tema que por cause de uma modelo a fazer playback da sua voz. A partir de 1993, foi a cantora Charvoni Woodson que deu a cara e a voz pelos singles subsequentes como "Rockin' To The Music" e "Positive Vibration". Embora já não editem material novo desde o final dos anos 90, Daniele Davoli ainda actua ocasionalmente sob o nome de Black Box. 

"Pump Up The Jam" Technotronic feat. Felly MC Ya Kid K



Envolvido na música electrónica since o início dos anos 80, o belga Jo Bogaert foi um dos pioneiros do New Beat, uma variante da música techno baseada na Holanda e na Bélgica. Entre os vários projectos que encabeçou, o principal foi os Technotronic, baseado no nome inicial dado a um tema instrumental em que estava a trabalhar. Esse instrumental viria a ser reintitulado como "Pump Up The Jam", quando foi adicionado o rap de um jovem prodígio chamado Manuela Kamosi, sob o nome de MC Ya Kid K. Nascida no Zaire, Kamosi viveu a sua vida entre a Bélgica e os Estados Unidos (nomeadamente em Chicago onde descobriu as cenas hip hop e house locais que a levaram a este projecto). Porém, na altura Kamosi ainda era menor de idade e Bogaert concordou com os pais da jovem que ela ainda era demasiado nova para participar na promoção do single.
Então, tal como fizeram os Black Box, uma modelo franco-congolesa, Felly Kilingi, para dar a cara no videoclip e fazer playback nas actuações ao vivo. Nas primeiras edições do single, Felly foi mesmo creditada como intérprete.


Seja como for, isso pouco importou, já que "Pump Up The Jam" foi um sucesso mundial chegando ao n.º 1 do top em Bélgica, Espanha e Portugal, e n.º 2 na Alemanha, nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde foi o oitavo single mais vendido de 1989. Uma cover do conjunto alemão MC Sar & Th Real McCoy obteve algum êxito na Alemanha.

Entretanto, Manuela Kamosi/MC Ya Kid K viria por fim a dar cara, tanto como a voz, e a receber crédito como intérprete no single seguinte, o igualmente bem sucedido "Get Up (Before The Night Is Over)". Os Technotronic viriam a editar singles até ao ano 2000, vários deles com a colaboração de Ya Kid K. Uma nova versão de "Pump Up The Jam" foi editada em 1996.
E os que seguiram a "Caderneta de Cromos" decerto que ainda se recordarão de "Bomba A Compota", a versão que Nuno Markl fez com os líricos em tradução literal para português.

"French Kiss" Lil' Louis



Tal como nos outros dois temas, uma das principais questões de "French Kiss" envolvia a voz de uma mulher, mas desta vez não foi por causa da dona da voz, mas sim os sons emitidos por essa voz. 
O DJ Marvin Burns foi um dos nomes pioneiros da cena house de Chicago. Em 1987 começou a editar música sob o pseudónimo de Lil' Louis, mas foi em 1989 que uma composição da sua autoria, de nome "French Kiss". Um épico quasi-instrumental com um batida frenética e repetitiva que precisamente a meio vai ficando cada vez mais e mais lenta, e é então aí que entram os sensuais gemidos de uma voz feminina (que decididamente recebeu bem mais que um beijo à francesa). Assim que a voz atinge o clímax e retoma o fôlego, a batida volta a arrancar e acelerar. 

Curiosamente, assim que o tema foi editado em single, foi um sucesso de vendas, mesmo que inicialmente só estivesse disponível a versão de dez minutos (o lado B era outro tema, "Wargames"). E mais curioso ainda, é que "French Kiss" passou nas rádios sem qualquer censura, mesmo com o conteúdo literalmente orgásmico. Até a BBC, que anos antes recusou-se a passar o clássico "Relax" dos Frankie Goes To Hollywood assim que um radalista percebeu o significado da letra, passou a sua própria versão de quatro minutos, com a parte gemida intacta. 
E o mais curioso de tudo, o videoclip era composto por imagens brinquedos de corda e de crianças a brincarem, mais uma vez sem alterações à parte dos gemidos. (Imaginem a revolta se fosse hoje...) 
Era como se as pessoas se recusassem a acreditar no que acabavam de ouvir. 



Entretanto várias versões de "French Kiss" foram disponibilizadas comercialmente, sobretudo uma versão cantada interpretada pela cantora Shawn Christopher.

"French Kiss" foi n.º 1 na Holanda e n.º 2 no Reino Unido, Alemanha, Grécia, Suíça e Espanha.  

Quanto à dona da voz dos gemidos, a sua origem nunca foi revelada. A versão mais consensual é a que foi retirada de um filme pornográfico, mas também existem as teses de que são os vocais alterados de Donna Summer em outro clássico do gemidão, "Love To Love You Baby", ou que terá sido a co-compositora do tema, Karlana Johnson, a providenciá-los.
O single seguinte de Lil' Louis, "I Called U (But You Weren't There)", chegou também ao top 20 do Reino Unido em 1990. Nos anos que seguiram, Lil' Louis continuou activo como DJ e produtor. Se segundo diz a Wikipedia, em 2015 perdeu a audição do ouvido esquerdo durante um teste de som em Manchester quando uma buzina de ar comprimido foi tocada mesmo ao pé dele.   

   

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Max Wrigth [1943-2019]


 
Por altura da reposição da sitcom "ALF, Uma Coisa Do Outro Mundo" na RTP Memória vi alguns episódios e não consegui evitar que sempre que o "pai da família" Tanner - o actor Max Wright - entrava em cena recordava algumas cenas mais lamentáveis envolvendo o actor que supostamente se terão passado nas filmagens da série. Devo ter lido nalguma revista Maria, Nova Gente ou afins, lá para finais de 80s inícios de 90s, que a frustração que sentia com o papel alimentava as discussões. Julguei mais tarde que podia ser um boato como a alegada cena de pancaria em directo no Batatoon entre os palhaços Batatinha e Companhia que muita gente "viu" mas não há provas... 
 
Max Wright com Jennifer Aniston em "Friends" (1994)

 
Mas lá por 2017 decidi refrescar a memória e ver o que foi feito de Max Wright, e era bem pior do que recordava, incluindo a revelação pública de um vídeo sexual com drogas e prostitutos. Entretanto alguns anos passaram e em 2019 escrevi a breve nota no Tumblr da Enciclopédia quando Max Wright faleceu a 26 de Junho de 2019, com 75 anos de idade (2 Agosto 1943):

"Era bem conhecido o ódio do actor Max Wright à série ALF. Depois de o seu problema com drogas ser exposto na imprensa tablóide, (e reza a lenda que durante um surto atacou o ALF durante as filmagens), de ser apanhado várias vezes a conduzir bêbado e com problemas de saúde desde meados dos anos 90, Wright teve uma carreira bem mais discreta do que seria de esperar depois de protagonizar um êxito global como ALF. Faleceu em casa, de cancro."

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Carteiras de fósforos "Amor é..."


O simpático casal naturista de "Love Is..." ("Amor é...") criado nos anos 60, conquistou o Mundo na década seguinte e nos anos 80 ainda estavam em todo o lado. A criadora Kim Casali faleceu em 1997 mas a marca continuou, e até hoje a tira diária é publicada em jornais, desenhada por Bill Asprey desde 1975. De modas esta até não é das piores, como aqueles amaldiçoados Pierrots...enfim voltando ao assunto, nestas carteirinhas de fósforos de colecção surgem com o título "Amor é..." ou "Amar é...", porque no lugar da terceira letra está um coração. Podia jurar que sempre tinha lido "O Amor É...", com "O" no inicio. Será um novo Efeito Mandella? (não pesquisem, é o meu conselho...). Tem piada que a maioria dos sites que vi com "Amar é..." são sites do Brasil e poucos encontrei como "Amor é...". Mistérios à parte, como não sou filumenista para adiantar mais detalhes, apreciem estas fofinhas carteiras de fósforos, enviadas pelo leitor Fernando Rosa.


Esta série "Amor é..." da Sociedade Nacional de Fósforos terá pelo menos 11 diferentes. As mensagens destes quatro cartoons em particular são:
1 -  "Amor é...ser a sua beldade na praia"
2 -  "Amor é...esperar ansiosamente por ele"
7 -  "Amor é...pôr-lhe nas costas o óleo de bronzear" 
11 -  "Amor é...preparar-lhe refeições ligeiras".


Nota: O blog Santa Nostalgia regista a presença dos dois títulos em Portugal.
Os nossos agradecimentos ao leitor Fernando Rosa pelas imagens!
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