sexta-feira, 19 de abril de 2019

Miss Universo 1989

por Paulo Neto

Quando a televisão parava o país, qualquer transmissão fora da programação habitual era algo aguardado com grande expectativa. Muitas dessas transmissões continuam até hoje, algumas ainda com alguma notoriedade como o Festival da Canção e o Festival da Eurovisão, outras já sem captar tanta atenção como outrora, como os concursos de beleza, em especial a eleição da Miss Universo.
Em alguns países, sobretudo na Ásia e na América Latina, ainda é um acontecimento (por exemplo, nas Filipinas, uma compatriota ganhar a Miss Universo está ao nível de Portugal ganhar uma grande competição de futebol), mas na Europa e até mesmo nos Estados Unidos, os concursos de beleza em geral são cada vez mais vistos como uma instituição decadente e que não se coaduna com aquilo que deve ser valorizado nas mulheres. Pessoalmente, embora ache extremamente injusto valorizar as pessoas, sobretudo mulheres, pelo seu aspecto físico, não creio que aquelas que participam em concursos de Misses sejam pessoas de pouca inteligência e substância e que estejam a ir contra os avanços das mulheres nas sociedade - até porque muito que a beleza ajude, só dá para ir a um certo ponto se não se tiver algo mais na cabeça do que um belo penteado. 

Seja como for, nos meus tempos de petiz devorador de televisão, lembro-me de aguardar com expectativa as transmissões da RTP primeiro da Miss Portugal e depois da Miss Universo, onde a nossa candidata iria participar. Já falei aqui sobre as vencedoras do título da mais bela do Universo nos anos 80, 90 e entre 2000 e 2004, mas agora decidi analisar uma dessas edições, que recordo-me de ter visto na altura na televisão e que teve bastantes momentos cromos.



A eleição da 38.ª Miss Universo, correspondente ao ano de 1989, teve lugar a 23 de Maio desse ano em Cancún no México. Os apresentadores foram dois actores da série "Dinastia", John Forsythe (também conhecido como a voz do famoso Charlie dos Anjos) e Emma Samms, e a Miss Universo 1982 Karen Baldwin a fazer o comentário dos bastidores.

John Forsythe

Portugal foi representado por Ana Francisca Sobrinho, que competiu com candidatas de outros 75 países: Alemanha, Argentina, Aruba, Austrália, Áustria, Bahamas, Bélgica, Belize, Bermudas, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia (do Sul), Costa Rica, Curaçao, Dinamarca, Equador, Egipto, El Salvador, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Gibraltar, Grécia, Gronelândia, Guatemala, Guam, Haiti, Holanda, Honduras, Hong Kong, Ilhas Caimão, Ilhas Marianas do Norte, Ilhas Turks & Caicos, Ilhas Virgens Americanas, Ilhas Virgens Britânicas, Índia, Inglaterra, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Jamaica, Luxemburgo, Malásia, Malta, Maurícias, México, Nigéria, Nova Zelândia, Noruega, País de Gales, Paraguai, Peru, Polónia, Porto Rico, Portugal, República da China (Taiwan), República Dominicana, São Vicente & Grenadinas, Singapura, Sri Lanka, Suriname, Suécia, Suíça, Tailândia, Trinidad & Tobago, Turquia, Uruguai e Venezuela.



Nesse ano também as próprias candidatas também tiveram a oportunidade de fazer uns biscates como apresentadoras. Aliás, as primeiras imagens da transmissão foram as de três candidatas: a do país anfitrião, Adriana Abascal do México, com um sombrero na cabeça, Camille Samuel expressando o seu orgulho em ser a primeira participante da nação caribenha de São Vicente e Grenadinas, e Joanna Gapinska da Polónia, o único país da Europa de Leste presente no certame. Seguiu-se depois aquela que terminaria o seu reinado nessa noite, a Miss Universo 1988, Porntip Nakhirunkanok da Tailândia. 



Como é habitual, o espectáculo arrancou com a famosa parada de nações com as 76 candidatas a dançar ao som de "Hot Hot Hot" envergando trajes típicos dos seus países. No entanto, ao contrário de anos anteriores, em que as concorrentes se apresentavam por ordem alfabética dos seus países, nesse ano, elas foram anunciadas por zonas continentais, começando pela América Norte e Central (onde curiosamente foi incluída a Miss Islândia), Ásia e Oceânia, Europa e Ilhas Britânicas (com a Miss Portugal trajada de noiva minhota), América do Sul, uma zona designada como As Ilhas que incluía nações insulares da Caraíbas, do Pacífico e do Índico e Mediterrâneo, África e Médio Oriente. Por fim foi anunciado que a Miss Brasil, Flávia Cavalcanti, venceu o prémio de melhor traje nacional. 

Depois vamos poder conhecer as 76 candidatas mais em pormenor num segmento filmado nas belíssimas paisagens de Cancún. Por exemplo, a Miss Hong Kong é actriz e apresentadora no seu país, a Miss Ilhas Caimão é uma mergulhadora certificada, a Miss Noruega é cinturão azul de karaté, a Miss Escócia pretendia ter a sua própria agência de publicidade, a Miss Sri Lanka adora filmes de terror, a Miss Guam é reservista no exército dos Estados Unidos e a Miss Trinidad & Tobago quer ser a primeira mulher do seu país a fazer skydiving.
Em seguida, Karen Baldwin explica como decorreram as provas preliminares para a escolha das dez semifinalistas e após uma demorada pausa, Emma Samms refere que ao longo daqueles dias, algumas das candidatas contaram as suas histórias para a produção. É o caso da Miss Porto Rico que em pequena via os seus irmãos com um livro nas mãos e ela decidiu fazer o mesmo e ainda hoje é os livros são os seus objectos preferidos.

Após o intervalo, as quatro candidatas das Ilhas Britânicas (Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales) saúdam os telespectadores de volta.
Antes de anunciar as dez semifinalistas, John Forsythe anunciou que dois dias antes, aconteceu um feito histórico. Pela primeira vez, foi eleita uma Miss União Soviética, Julia Sukhanova - que vá-se lá saber porquê, Forsythe anunciou com "Forunova" - e imagens da sua coroação foram apresentadas ao som de uma estranha música que mais parecia que havia alguém literalmente a martelar na Cortina de Ferro. Devido à sua coroação tardia, Julia não esteve presente em Cancún mas deixou uma mensagem em que expressou a sua alegria de a partir do próximo ano, a Miss União Soviética poder competir na Miss Universo e o seu desejo de, no espírito de fraternidade, um dia ver uma edição da Miss Universo a ser realizada na União Soviética. (Esse dia chegaria em 2013 quando a edição da Miss Universo desse ano realizou-se em Moscovo, embora doze anos após o colapso da União Soviética).



E eis-nos chegados ao anúncio das dez semifinalistas que, como era hábito na altura, desceram pelo cenário para tomar o seu lugar no posto designado ao top 10 ao som de versões instrumentais canções populares da época.
Por ordem (aleatória) de anúncio, as dez semifinalistas foram: Miss Alemanha - Andrea Stelzer (ao som de "Together Forever" de Rick Astley), Miss Chile - Macarena Mina (ao som de "Get Out Of My Dreams, Get Out Of My Car" de Billy Ocean), Miss Jamaica - Sandra Foster, Miss Venezuela - Lisa Ljung, Miss Holanda - Angela Visser, Miss Estados Unidos - Gretchen Polhemus (ao som de "Tell It To My Heart" de Taylor Dayne), Miss Suécia - Louise Devrenstam, Miss Polónia - Joanna Gapinska (ao som de "You Came" de Kim Wilde), Miss Finlândia - Äsa Lovdahl (ao som de "I Heard A Rumour" das Bananarama) e Miss México, Adriana Abascal.

Estávamos portanto perante um confronto entre a Europa (Alemanha, Holanda, Suécia, Polónia e Finlândia) e as Américas (Chile, Jamaica, Venezuela, Estados Unidos e México). Ao contrário do ano anterior, onde foi o continente dominante, nenhuma representante da Ásia seguiu em frente e ao continente africano restou-lhe apenas o facto da Miss Alemanha ser de origem sul-africana. E podia-se dizer que a Suécia estava triplamente presente no top 10, pois além da Miss Suécia, a Miss Venezuela era de origem sueca e a Miss Finlândia pertencia à minoria sueca do seu país.  

Anunciado o top 10, Emma Samms referiu que a partir de agora a competição recomeçava do zero e revelou alguns dados históricos como o facto de nenhum país até então ter ganho dois anos consecutivos mas três das últimas das vencedoras foram da Venezuela (e este país seria de facto o primeiro país a vencer duas vezes seguidas em 2008 e 2009) e que a primeira Miss Universo, em 1952, era da Finlândia. Depois veio uma vinheta em que a Miss Holanda (que por motivos que mais adiante se saberão, teria muito destaque ao longo desta transmissão) refere que no seu país as mulheres tem um estatuto semelhante aos dos homens, em que muitas elas querem ter uma carreira embora também continuem a querer uma família como era o caso dela.



A competição final arranca com a prova da entrevista em que estas dez beldades terão a oportunidade de mostrar que não apenas umas carinhas larocas. Emma Samms explica que após cada entrevista, os telespectadores poderão ver as pontuações do júri e antes de ela acabar de falar, já Karen Baldwin assume a sua função de entrevistadora e chama a Miss Alemanha. Eis o que ficamos a saber sobre cada uma das dez candidatas.
- A Miss Alemanha está de momento a escrever um livro sobre a sua carreira como modelo e nos concursos de beleza.
- A Miss Chile acha que os filhos devem viver com os pais até aos 21/22 anos e é admiradora da poetisa chilena Gabriela Mistral.
- A Miss Jamaica estuda publicidade e quando confrontada com a ética na publicidade sobre convencer pessoas a comprar coisas que não precisam, respondeu que uma das alegrias na vida é poder usufruir de um pouco de luxo.
- Com apenas 18 anos e nascida na Suécia, a Miss Venezuela media 1,88m mas nunca se sentiu incomodada por isso. A injustiça deixa-a triste e uma conversa sincera fá-la feliz.
- A Miss Holanda fala cinco línguas: neerlandês, alemão, francês, espanhol e inglês. Comparado com o mexicano, ela considera o povo holandês mais moderado e menos temperamental.
(Pelo meio, há mais um confessionário onde a Miss Ilhas Caimão se queixa da coscuvilhice no seu país, por ser uma comunidade tão pequena.)
- Graças à Miss Estados Unidos, que vinha do Texas, ficamos a saber que o comércio e venda de gado não é assim muito diferente do que as actividades da bolsa. Curiosamente esta era quinta vez consecutiva que uma texana representava os Estados Unidos na Miss Universo. 
- A Miss Suécia é companheira de quarto da Miss Finlândia como vieram juntas até ao México, e quando perderam a ligação em Nova Iorque, alguém levou-as a visitar a Big Apple (vá lá que não foram intrujadas!). Na Suécia, ela é cabeleireira de profissão e não se faz rogada quando tem de explicar às clientes quando é impossível fazer-lhes um penteado exactamente igual ao das estrelas de cinema.
- A Miss Polónia teve uma arma secreta para se preparar para esta competição: foi praticante de ginástica durante nove anos. Como não podia deixar de ser, foram-lhe feitas perguntas sobre os países do bloco comunista, à qual foi muito diplomática a responder. Apesar de ter uma intérprete para lhe traduzir as perguntas em polaco, ela respondeu em inglês e teve alguns percalços, o que não a impediu de obter uma boa pontuação.
- A Miss Finlândia estuda economia e tem aulas de inglês e alemão, pois pretende representar empresas do seu país no estrangeiro. De acordo com ela os homens finlandeses são simpáticos, de sentimentos profundos e de confiança. (E será que chegou mesmo a conhecer Barbara Bush?).
- Claro que a Miss México foi recebida com uma grande ovação. Ela sonha em ser actriz e gostaria mais de fazer de vilã do que boazinha.

Antes do intervalo, mais um confessionário com a Miss Irlanda que mostra o seu talento para o desenhando, esboçando o retrato de um operador de câmara mexicano.
E depois do intervalo, a Miss Austrália, Karen Wenden, e a Miss Ilhas Turks & Caicos, Sharon Simons, anunciam-se uma à outra como as vencedoras dos títulos de Miss Fotogenia e Miss Simpatia respectivamente.
Antes de começar a ronda do desfile em fatos de banho, John Forsythe revela quem são os membros do júri. E eis que acontece um percalço que certamente provocou palpitações na régie pois Forsythe não anunciou o segundo elemento do júri, o caracterizador Phil Richards. Mas parece que afinal que esse elemento não constava do teleponto pois viu-se uma mão a entregar-lhe um papel com o nome e a descrição desse elemento que faltava. 


Na ronda do fato de banho, as concorrentes ainda desfilavam então na passerelle com o fato de banho de uma peça, já que os biquínis só foram introduzidos na Miss Universo já bem nos anos 90. Enquanto desfilavam pelo palco, podíamos ouvir as candidatas a contaram mais coisas sobre si em voz off. Andrea (Alemanha) gostava de conhecer o Presidente do seu país. Macarena (Chile) voltou a referir a sua admiração pela poetisa Gabriela Mistral, Prémio Nobel da Literatura em 1945. Sandra (Jamaica) diz que por onde querem que andem, os jamaicanos quando se encontram é como se estivessem em casa. Lisa (Venezuela) sente-se mais próxima de cultura dos índios mexicanos desde que leu o livro "Azteca". Angela (Holanda) recomenda que se tivéssemos de conhecer apenas uma pessoa no seu país, seria a Rainha Beatriz. O objecto mais precioso de Gretchen (Estados Unidos) foi um anel que ela comprou aos onze anos com o primeiro dinheiro que ela ganhou e que ainda usa. Louise (Suécia) orgulha-se de ter conseguido o mais alto certificado como cabeleireira. Joanna (Polónia) enaltece a hospitalidade e o espírito de independência dos polacos. Äsa (Finlândia) aproveita para desmentir que os seus compatriotas sejam frios e tímidos. E Adriana (México) afirma que para os mexicanos a diversão é tão importante como comer e dormir e solta um Olé!
(Quando as dez candidatas se reúnem em palco, não há como notar que a Miss Chile parece tão baixinha diante das outras).
Pelo meio, mais um confessionário com a Miss Canadá (a primeira mulher de cor a representar este país) que discorda que os concursos de beleza sejam degradantes para as mulheres e que é um honra representar o seu país.


Mas o que será que a vencedora iria mesmo ganhar? Para além de vários prémios em dinheiro dos diversos patrocinadores, a Miss Universo do ano anterior vai apresentando toda a panóplia de prémios: duas viagens à sua escolha na companhia aérea Mexicana, óculos de sol, um ano de fornecimento em produtos capilares e pasta de dentes, muita roupa, uma máquina fotográfica Minolta, uma quantidade de produtos Vidal Sassoon, um relógio em ouro, dois casacos de peles (pois...), jóias de diamantes, um seguro de vida de 50 mil dólares e um luxuoso apartamento em Cancún! No total, o valor dos prémios estava avaliado em 250 mil dólares.


Segue-se uma espécie de videoclip musical com todas as candidatas, que é daquelas coisas que só podiam mesmo ser feitas dos anos 80. Vemos elas em vários sítios de Cancún, ora em situações corriqueiras como divertindo-se nas piscinas e nas lojas, ora em cenas mais inusitadas como a fugir de um touro ou a lutar com um bando de crianças piratas. E claro que tudo acaba numa enorme farra na piscina!
Após a apresentação de John Forsythe a um grupo de notáveis lá do sítio (incluindo uma senhora com ar de maus fígados), tempo para mais um confessionário com a Miss Nigéria, que admite que por estar envolvida no mundo da moda e dos concursos de beleza, deixou de ter tantos pretendentes, o que na verdade é um sossego para ela.



Depois do intervalo, a Miss Áustria e a Miss Gibraltar saúda-nos de volta, uma em alemão e outra em inglês, enquanto disputam um aceso conflito sobre quem pega no microfone.
E eis-nos chegados a um dos momentos que eu mais gostava quando via a Miss Universo na televisão. Entre 1983 e 1995, a ronda do vestido de noite era feita com a colaboração das Little Sisters: um grupo de meninas da cidade onde decorria o evento, cada uma designada para ser a "irmãzinha" local de cada uma das concorrentes e usar a faixa do seu país. Chegado este momento, as Little Sisters apareciam em palco cantando uma bonita canção e assim que uma das dez semifinalistas surgia em palco no seu vestido da noite, desfilava acompanhada pela sua "irmãzinha". Era sem dúvida um momento ternurento. 
A Miss Holanda com a sua "Little Sister"

Quanto aos vestidos das concorrentes, ainda reinavam os enchumaços, os folhos e as lantejoulas. O branco foi a cor de escolha da maioria, com a Miss Chile a optar pelo preto, a Miss Polónia pelo rosa e as Misses Venezuela e Finlândia pelo vermelho, a primeira num estilo a fazer lembrar Jessica Rabbitt. 


Antes de conhecermos as cinco finalistas, a Miss Universo reinante, Porntip Nakhirunkanok, (deixem lá essas piadas sobre o primeiro nome dela!) leva-nos numa visita guiada à região do Yucatán, onde fica Cancún, e às ruínas aztecas de Chichen Itza.
Mas afinal quem seriam as cinco finalistas? John Forsythe anuncia: México, Holanda, Polónia, Estados Unidos e Suécia.
Para o confessionário final, as concorrentes dizem o que vão fazer quando voltarem a casa: a Miss Argentina vai andar sem maquilhagem, a Miss Porto Rico vai comer chocolate e a Miss Irlanda vai beber uma caneca de Guinness.




Antes da decisão final, os júris podiam apreciar as finalistas uma última vez. Quem iria ganhar? Seria Adriana, a aspirante a actriz do México a ganhar em casa? Angela, a deslumbrante holandesa vinda de Roterdão? Joanna, dona de uma beleza de fazer derreter o gelo do inverno polaco? Gretchen, a texana que pretendia dar nova vitória à América nove anos depois? Ou Louise, a cabeleireira sueca que gostaria de repetir o sucesso da sua compatriota em 1984? 

Ainda antes da revelação dos resultados, John Forsythe chama a palco Christiane Martel, a Miss Universo 1953 pela França, que entretanto casou-se com um mexicano e não só adquiriu a nacionalidade deste país como aí fez carreira como actriz. De seguida, chegou o momento de Porntip ter o seu desfile final antes de entregar a coroa à sua sucessora, no qual ela reflecte sobre o seu ano de reinado, onde por exemplo, falou nas Nações Unidas e andou de camelo no Egipto. 



Por fim o momento mais ansiado da noite: os resultados finais. A Miss México fica em 5.º lugar (4.ª Dama de Honor), a Miss Polónia fica em 4.º lugar (3.ª Dama de Honor) e a Miss Estados Unidos em 3.º lugar (2.ª Dama de Honor). E no fim só restam apenas Holanda e Suécia. E quando Forsythe anuncia a Miss Suécia como a 1.ª Dama de Honor, a câmara foca o rosto de surpresa da Miss Holanda no momento em que ela se apercebe que é a vencedora. Quando dá por si, Angela Visser já tem a coroa na cabeça, o bouquet na mão e a faixa a tiracolo e está pronta para o seu primeiro desfile como Miss Universo 1989, sob a grande ovação de todos os presentes. Ao contrário do habitual, a feliz contemplada não chorou, mas caminhou de sorriso de orelha a orelha. 



Ainda hoje, Angela Visser é lembrada como uma das mais bonitas e emblemáticas Miss Universo. Após o seu reinado foi comentadora em quatro edições da Miss Universo (1991 a 1994) e teve pequenos papéis em séries como "Marés Vivas", "Blossom" e "Beverly Hills 90210".
E eis o que descobri sobre outras das candidatas:
- A Miss Suécia, Louise Devrenstam, viria a casar-se com Vince Camuto, um famoso empresário americano do ramo têxtil.
- A Miss Jamaica, Sandra Foster, venceu o título de Miss Intercontinental em 1990.
- A filha da Miss Estados Unidos, Gretchen Polhemus, tentou seguir as pisadas da mãe e concorreu em 2017 ao concurso nacional representando o estado do Utah, mas não passou às semifinais.
- A Miss México, Adriana Abascal, sonhava em ser actriz, mas acabou por ser mais bem sucedida como modelo e apresentadora de televisão. 

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