26 de Abril de 1986. Uma data marcada em fogo atómico na memória colectiva do Mundo: o desastre nuclear de Chernobyl. Numa década em que a Guerra Fria ainda lançava a sua sombra de medo de uma eventual guerra nuclear, o que se passou em Chernobyl (ou Chernobil) foi a maior amostra - até ao momento, e excluindo os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki décadas antes - do que poderia ser a ameaça atómica.
Classificado 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares ( o topo da escala, tal como o mais recente acidente nuclear de Fukushima), tudo aconteceu durante uma experiência para testar a redução de potência nos reactores 3 e 4. Este teste contra as normas de segurança causou um mal funcionamento do reactor 4 e uma grande explosão de vapor que destruiu a cobertura de protecção, que conduziu a um incêndio, novas explosões e ao sobreaquecimento do reactor (mais de 2000ºC) que causou o temível derretimento nuclear. Durante a catástrofe, 31 pessoas morreram, mas ao longo dos anos contabilizam-se milhares de mortes e casos de cancro e deformidades causados pela radioactividade libertada para o ambiente, com gravíssimas consequências para os habitantes ( e os seus descendentes ) de Chernobyl, Pripyat (onde moravam os trabalhadores da Central Nuclear) e muitas vilas circundantes da então República Socialista Soviética da Ucrânia - actual Ucrânia - que são ainda hoje zonas desertas onde o fantasma da radioactividade está bem presente.
Na altura, o governo da União Soviética tentou abafar o caso, mas admitiu o que se passou quando outros países detectaram aumento de radioactividade na atmosfera. Nos dias seguintes, mais de uma centena de milhares de pessoas foram evacuadas.
Classificado 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares ( o topo da escala, tal como o mais recente acidente nuclear de Fukushima), tudo aconteceu durante uma experiência para testar a redução de potência nos reactores 3 e 4. Este teste contra as normas de segurança causou um mal funcionamento do reactor 4 e uma grande explosão de vapor que destruiu a cobertura de protecção, que conduziu a um incêndio, novas explosões e ao sobreaquecimento do reactor (mais de 2000ºC) que causou o temível derretimento nuclear. Durante a catástrofe, 31 pessoas morreram, mas ao longo dos anos contabilizam-se milhares de mortes e casos de cancro e deformidades causados pela radioactividade libertada para o ambiente, com gravíssimas consequências para os habitantes ( e os seus descendentes ) de Chernobyl, Pripyat (onde moravam os trabalhadores da Central Nuclear) e muitas vilas circundantes da então República Socialista Soviética da Ucrânia - actual Ucrânia - que são ainda hoje zonas desertas onde o fantasma da radioactividade está bem presente.
Na altura, o governo da União Soviética tentou abafar o caso, mas admitiu o que se passou quando outros países detectaram aumento de radioactividade na atmosfera. Nos dias seguintes, mais de uma centena de milhares de pessoas foram evacuadas.
Um mapa de 1996 com as delimitações das zonas mais afectadas:
As recordações deste desastre são daquelas inesquecíveis para quem viveu a época, como a tragédia do Challenger (link) por exemplo.
Um pormenor fascinante é que - excluindo a zona do reactor - a catástrofe é invisível ao olho humano que apenas pode captar o abandono dos edifícios (recheados dos pertences deixados para trás na pressa da evacuação) e áreas urbanas - envelhecidas por falta de manutenção e por acção da natureza - e não a nociva radioactividade e a sua contaminação, que deverão demorar vários séculos a desaparecer.
Curiosamente, um artigo de 2016, por altura do 30º aniversário do acidente, revela que na Ucrânia o lobby a favor da energia nuclear ganha força. Parece que nem o testemunho das ruas vazias e doentes é suficiente para enterrar de vez a roleta russa...
A imprensa nacional, tal como a maioria do Mundo, só começou a falar do assunto alguns dias depois.
Naturalmente, uma das preocupações era se a radiação poderia alcançar e afectar Portugal.
Como hábito, clique sobre as imagens para as aumentar e facilitar a leitura:
Como hábito, clique sobre as imagens para as aumentar e facilitar a leitura:
Excerto da capa do "Diário de Lisboa" de 29 de Abril de 1986: "Acidente nuclear na URSS"
Excerto da capa do "Diário de Lisboa" de 30 de Abril de 1986: "Chernobyl: O maior acidente nuclear até hoje".
Suplemento "Sete Ponto Sete" do "Diário de Lisboa" de 06 de Maio de 1986 com 3 páginas dedicadas ao desastre:
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