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quarta-feira, 29 de maio de 2024

Festival da Eurovisão 1999

Ao fim de 12 anos aqui na Enciclopédia de Cromos, revisitámos todos as edições dos Festivais de Eurovisão entre 1974 e 2003 e agora só falta esta. (Em princípio não haverá artigos sobre as edições de 2000 e 2002 porque Portugal não participou). 

O 44.º Festival da Eurovisão teve lugar a 29 de Maio de 1999 no Centro Internacional de Convenções de Jerusalém em Israel, o mesmo local onde tinha sido realizada a edição de 1979. A par da final de 2010, foi a edição do Festival que se realizou mais tarde no seu respectivo ano. Pela primeira vez, houve um trio de apresentadores, Yigal Ravid, Sigal Shachmon e Dafna Dekel, esta última a representante israelita no Festival de 1992. Presentes na audiência estavam Izhar Cohen e Galit Atari, os intérpretes das duas primeiras canções vencedoras de Israel em 1978 e 1979. Dana International, a vencedora no ano anterior, protagonizou dois momentos: o número de intervalo (realizado no exterior) onde interpretou uma versão de "Free" de Stevie Wonder e mais celebremente, a sua queda em pleno palco quando estava prestes a entregar o troféu ao vencedor.

Pela primeira vez, houve um trio de apresentadores

Participaram 23 países, com Áustria, Bósnia-Herzegovina, Dinamarca e Islândia a regressarem após a ausência no ano anterior bem como a Lituânia, ausente desde a sua estreia em 1994. Por seu turno, sete países que participaram no ano anterior, Eslováquia, Finlândia, Grécia, Hungria, Macedónia, Roménia e Suíça, ficaram de fora. Portugal também esteve quase para ser excluído de participar neste ano devido às regras de relegação então em vigor, mas com a Letónia a optar por adiar a sua estreia no Festival para 2000 e a recusa da Hungria, acabou por ocupar essa vaga final. Os votos de quatro países (Lituânia, Turquia, Irlanda e Bósnia-Herzegovina) foram através de um júri enquanto os restantes utilizaram o televoto. 
Os comentários da RTP estiveram a cargo de Rui Unas enquanto Manuel Luís Goucha foi o porta-voz dos votos de Portugal.

Manuel Luís Goucha foi o porta-voz dos votos de Portugal

Esta edição introduziu duas novidades que viriam a ser determinantes para o futuro do certame. A primeira foi a abolição da regra que obrigava a que cada país cantasse numa das suas línguas oficiais, que tinha sido reinstituída em 1977. Como nos últimos anos, os países de língua inglesa tinham dominado nas classificações (por exemplo Reino Unido e Irlanda tinham ficado nos dois primeiros lugares em 1992, 1993 e 1997), foi entendido que dar a liberdade aos países para escolherem em que língua queriam cantar a sua canção equilibrava mais a competição. Escusado será dizer que vários países optaram por levar uma canção parcial ou totalmente em inglês e que nos anos seguintes, as canções cantadas em inglês seriam a esmagadora maioria.
Outra novidade foi a ausência de orquestra. A partir deste ano, a presença de uma orquestra passou a ser opcional em vez de obrigatória. A IBA, a estação de televisão israelita que organizou o evento, optou por não ter uma orquestra para diminuir as despesas, com as canções a serem apresentadas com música pré-gravada e desde então a orquestra nunca mais regressou ao Festival. 
Uma terceira novidade foi a introdução de um intervalo publicitário no meio do desfile das canções (entre as canções da Polónia e da Islândia), com as duas apresentadoras a interpretaram um tema do musical "Um Violino No Telhado" para a assistência e as televisões que não tinham publicidade.

Pessoalmente, considero que o nível das canções deste ano é deveras mediano, sem grandes destaques nem originalidade, embora muitas delas refletissem as sonoridades pop que faziam sucesso na altura. Houve também algumas ideias que pareciam ser boas em teoria mas que a execução deixou a desejar: os postcards foram inspirados em lendas bíblicas (por o exemplo, o de Portugal foi sobre Daniel e o leões) adaptadas para a modernidade e os locais turísticos de Israel actual com um certo toque humorístico, mas muitos deles não tiveram assim tanta piada. O quadro de pontuações tinha a particularidade de ter um pote de onde saíam moedas que simbolizavam os pontos atribuídos, mas as conjugações entre elementos modernos e pseudoantigos não resultou muito bem. (E, claro, como estávamos em 1999, claro que se teve de referir o novo milénio várias vezes!)

Como habitual, as canções concorrentes serão analisadas por ordem inversa à classificação final:

Lydia (Espanha)


Pela primeira vez desde 1983, a vizinha Espanha ficou em último lugar com somente um ponto atribuído pela Croácia. Então com 19 anos, Lydia Rodriguez já tinha conhecido algum sucesso como cantora pop, com dois álbuns editados. (Lembro-me de ver o videoclip do seu single de 1998 "Aún no quiero enamorarme" no canal Sol Música.) À Eurovisão, Lydia cantou a balada "No quiero escuchar", mas se a canção passou meio despercebida, mais notório (embora não pelos melhores motivos) foi vestido colorido desenhado por Agatha Ruiz de la Prada, que não lhe favorecia nada e que valeu o infame prémio Barbara Dex para a mais mal vestida. Apesar do desaire, Lydia continuou a sua carreira lançando mais um álbum a solo e em 2008, substituiu Sole Gimenez como vocalista da célebre banda Presuntos Implicados. 

Marlain (Chipre)

A canção de Chipre chegou a ser considerada uma das favoritas mas no final ficou-se pelos dois pontos do Reino Unido, ficando-se pelo 22.º lugar. "Tha 'ne erotas" ("vai ser amor") interpretado por Marlain Angelidou era um tema eurodance bem cativante, mas não só a actuação foi um demasiado morna, como creio que seria uma melhor ideia terem optado pela versão em inglês, intitulada "In the name of love". Embora nascida em Chipre, filha de pai grego e mãe escocesa-cipriota, Marlain era bem universal pois viveu também na Venezuela, na Bélgica e nos Estados Unidos. Além de larga experiência no teatro musical, Marlain integrou também a girlband Hi-5, que tal como as Non Stop em Portugal, foram criadas através da versão grega do programa Popstars.   

Rui Bandeira (Portugal)


Com somente os 12 pontos da França, graças à nossa diáspora, Portugal ficou-se pelo 21.º lugar. 
O Festival da Canção de 1999 realizou a 8 de Março na Sala Tejo do então Pavilhão Atlântico, com apresentação de Manuel Luís Goucha e Alexandra Lencastre. Porque nesse ano se assinalavam os 25 anos do 25 de Abril, houve também um número de tributo a Zeca Afonso. Por esta altura, o Festival da Canção já não atraía nomes sonantes, pelo que a maioria dos intérpretes participantes eram ilustres desconhecidos. Um deles era Rui Bandeira, natural de Moçambique e então com 26 anos, que acabou por vencer com a canção "Como tudo começou" com letra de Tó Andrade e música de Jorge do Carmo. 
Apesar do parco resultado, esta participação serviu para lançar a carreira de Rui Bandeira que continua até hoje, com mais de dez discos editados, embora "Como tudo começou" continue a ser o seu tema mais conhecido. E claro, a sua filha Bárbara é actualmente uma das cantoras nacionais mais em alta. 


Aisté (Lituânia)

A Lituânia tinha-se estreado no Festival em 1994, mas só em 1999 é que voltou a participar e foi mesmo este país a abrir o desfile das canções. Aisté Smigelviciuté cantou "Strazdas" ("tordo cantor"), um tema étnico cantado no idioma da região lituana da Samogícia, ficando em 20.º lugar com 13 pontos. Aisté continua activa na sua carreira, quer a solo, quer com a banda Skylé, onde abraçou vários estilos como o folk, o jazz e o pop-rock. 

Nayah (França)

A França ficou em 19.º lugar com 14 pontos. A representar o héxagono esteve Nayah que cantou "Je veux donner ma voix" ("quero dar a minha voz"), com um timbre a fazer lembrar um pouco Céline Dion. Em 1990, Nayah, então sob o seu verdadeiro nome Sylvie Mestres, tinha ficado em segundo lugar na final nacional da Suíça para a Eurovisão. Em palco, Nayah deu nas vistas um enorme colar que dava várias voltas ao seu pescoço, mas rumo à sua participação aquilo que foi mais falado foi o seu envolvimento passado no culto do raelianismo, onde os seus membros acreditam que a raça humana foi criada por extraterrestres. Nayah afirmava ter deixado o culto em 1996 mas anos depois regressou ao raelianismo. 

Mietek Szczesniak (Polónia)


The Mullans (Irlanda)

Com 17 pontos, a Polónia ficou em 18.º lugar. Mietek Szczesniak defendeu a balada "Przytul mnie mocno" ("abraça-me com força").   
Uma posição acima com mais um ponto ficou a Irlanda. As irmãs Karen e Bronagh Mullan cantaram em timbres a fazer lembrar Cher o tema "When you need me".

Tugba Önal (Turquia)

Em 1979, apesar ter uma canção escolhida, a Turquia não resistiu à pressão de outros países árabes para não participar num evento em Israel e desistiu de participar. Vinte anos depois, tal não se verificou e este país apresentou-se em Jerusalém com Tugba Önal, acompanhada pelo Grup Mistik, que interpretou "Dön artik" ("regressa").  

Times 3 (Malta)

Malta foi um dos dois países que apostou numa girlband. Francesca Tabone, Philippa Farruggia e Diane Stafrace eram as Times 3 que se apresentaram com tema "Believe 'n peace". O tema era da autoria dos tios de Diane, o casal Chris Scicluna e Moira Stafrace que foram os representantes daquele país em 1994 e que estiveram em palco no coro. Malta ficou em 15.º lugar com 32 pontos.

Stig van Eijk (Noruega)

Stig van Eijk foi o representante da Noruega, e apesar do seu apelido neerlandês, era natural da Colômbia. A Jerusalém levou o tema "Living my life without you" que parecia uma faixa que ficou fora de um álbum dos Backstreet Boys. O compositor era Mikkel Eriksen que viria-se a tornar um membro da conceituada dupla de produtores e compositores Stargate, que nos anos seguintes assinariam hits para nomes como Beyoncé, Rihanna, Katy Perry, Ne-Yo, Kelly Clarkson e Pink. A canção norueguesa ficou em 14.º lugar com 35 pontos. Stig van Eijk continua activo na sua carreira, agora mais voltada para sonoridades mais reggae e soul, e em 2023 voltou a participar na final nacional norueguesa para a Eurovisão.   

Vanessa Chinitor (Bélgica)

Bélgica e Reino Unido empataram no 12.º lugar com 38 pontos. Pelas cores belgas, esteve Vanessa Chinitor com o tema "Like the wind". Uma das quatro cantoras do coro era Linda Williams, a representante dos Países Baixos de 1981. Uma das canções que esteva na pré-selecção belga de 1999 foi "Hello world" de Belle Perez, que chegou a tocar nas rádio portuguesas, com a própria cantora a vir cá para promover o álbum do mesmo nome. 

Precious (Reino Unido)


Tal como Malta, o Reino Unido apostou numa girlband, as Precious: Louise Rose, Anya Lahiri, Jenny Frost, Kalli Clark-Stember e Sophie McDonnell cantaram "Say it again". Foi então somente a terceira vez que o Reino Unido ficou fora do top 10 (algo que se tornaria muito mais frequente para o Reino Unido na Eurovisão século XXI), mas a canção chegou ao n.º 6 do top britânico e as Precious lançaram um álbum e mais três singles. Posteriormente, Anya Lahiri destacou-se como actriz e modelo, Sophie McDonnell como apresentadora de televisão e Louise Rose cantando em temas de música de dança (como por exemplo "Believe" dos DB Boulevard), mas foi Jenny Frost quem alcançou a maior fama quando substituiu Kerry Katona nas Atomic Kitten, precisamente durante o sucesso do seu maior hit de 2001 "Whole Again". 

Darja Svajger (Eslovénia)


Darja Svajger tinha sido a representante da Eslovénia em 1995 e regressava agora quatro anos depois, novamente com um balada, mas agora em inglês, "For a thousand years", ficando em 11.º lugar com 50 pontos.

Bobbie Singer (Áustria)


A Áustria ficou em décimo lugar com 65 pontos. A representá-la esteve Bobbie Singer (verdadeiro nome Tina Schoesser), então com 18 anos que cantou "Reflection". Em 2005, Bobbie Singer deixou os palcos para se dedicar mais para os bastidores, trabalhando como compositora e produtora.



A Dinamarca e os Países Baixos repartiram o oitavo lugar com 71 pontos. A Dinamarca apostou em "This time I mean it", um dueto entre Trine Jepsen e Michael Teschl. A actuação teve a particularidade de Teschl não se ter dado muito ao trabalho de sequer fingir que estava a tocar na guitarra que trazia consigo. Já Trine Jepsen continuou bem activa como cantora e apresentadora de televisão.

Marlayne (Países Baixos)

Já pelas cores neerlandesas esteve Marleen Sahupala ou Marlayne (não confundir com a cantora de Chipre Marlain) que defendeu o tema "One good reason". Marlayne lançaria apenas um álbum em 2001, tendo depois tido mais notoriedade como apresentadora. Nos Festivais da Eurovisão de  2000, 2001 e 2003, foi ela a porta-voz dos votos dos Países Baixos.  

Dino & Béatrice (França)

Enquanto nesse ano muitos países aproveitaram a mudança nas regras para incluir a língua inglesa parcial ou integralmente nas suas canções, a Bósnia-Herzegovina optou por um tema em bósnio e francês. Edin Dervishalidovic ou Dino Merlin e a cantora francesa Béatrice Poulot juntaram-se para cantar "Putnici" ("viajantes"). Esse tema tinha originalmente ficado em segundo lugar na sua final nacional, mas foi seleccionado quando se descobriu que canção vencedora já tinha sido editada numa versão em finlandês uns anos antes. A Bósnia-Herzegovina obteve o sétimo lugar com 86 pontos, o melhor resultado deste país até 2006. No entanto devido às vicissitudes das regras da relegação da altura, para as quais contava a média dos pontos obtidos nas últimas cinco edições, este óptimo resultado não foi suficiente para garantir a participação da Bósnia-Herzegovina no ano seguinte. Dino iniciou a sua carreira em 1983 com a banda Merlin, tendo depois seguido uma carreira a solo sob o nome Dino Merlin em 1991. Foi ele o compositor da primeira canção da Bósnia-Herzegovina como país independente em 1993 e após esta participação no Festival, Dino Merlin obteve um enorme sucesso com o seu álbum de 2000 "Sredinom". Em 2011, voltou a representar a Bósnia-Herzegovina na Eurovisão, ficando em sexto lugar. 

Evelin Samuel (Estónia)

Coube à Estónia fechar o desfile das canções, sendo portanto a última canção da Eurovisão dos anos 90. Evelin Samuel estivera no coro da canção estoniana de 1997 e agora apresentava-se como intérprete principal, acompanhada pela violinista Imbi-Camille Rätsep, ou simplesmente Camille, no tema "Diamond of night" que ficou em sexto lugar com 90 pontos. Em 2000 e 2006, Evelin Samuel foi a porta-voz dos votos da Estónia.


A boyband Eden representou o país anfitrião (Rui Unas chegou a referi-los como os Excesso israelitas) com "Happy birthday", que obviamente se tratava de um tema bem festivo. Os Eden eram Rafael Dahan, Doron Oren e os irmãos Gabriel e Eddie Butler. Israel ficou em quinto lugar com 93 pontos. Em 2006, Eddie Butler voltou a representar Israel na Eurovisão, desta vez a solo.  

Doris Dragovic (Croácia)

Depois de ter representado a Jugoslávia em 1986, Doris Dragovic apresentava-se agora pela Croácia independente. Em Jerusalém cantou "Marija Magdalena" ficando em quatro lugar com 118 pontos, igualando a classificação de 1996 como o melhor resultado da Croácia até 2024. Houve porém uma controvérsia pois na faixa musical gravada que acompanhou a actuação, ouviam-se vozes artificiais masculinas, sendo que Doris apareceu em palco acompanhada apenas por uma cantora de coro, indo contra as regras que ditavam que todas as partes vocais deviam ser cantadas ao vivo. Após um protesto requerido pela delegação norueguesa, foi decidido que a Croácia manteria a sua classificação e pontuação, mas seriam deduzidos 33% dos pontos que contavam para a média a utilizar para determinar os países a serem relegados no ano seguinte. Mesmo com essa dedução, a Croácia evitou a relegação e participou na edição de 2000. Doris tem já uma longa e consagrada carreira na Croácia e noutros países da ex-Jugoslávia.  

Sürpriz (Alemanha)


Tal como a Bósnia-Herzegovina, a Alemanha apresentou-se com a canção que tinha ficado em segundo lugar na sua pré-seleção nacional depois de a vencedora original ter sido desclassificada por ter uma versão anterior editada em disco. Como tal foi o colectivo Sürpriz que se apresentou em Jerusalém pelas cores alemãs com o tema "Reise nach Jerusalem / Küdus'e seyhat" ("viagem a Jerusalém", sendo que "Reise nach Jerusalem" é também como se chama na Alemanha ao jogo das cadeiras), cantado em alemão, inglês e turco, uma vez que os seis membros eram de origem ou ascendência turca. Na versão apresentada ao vivo, os versos finais foram cantados em hebraico. A Alemanha obteve o terceiro lugar com 140 pontos (incluindo os 12 pontos de Portugal). 

Selma (Islândia)

Durante boa parte da votação, a Islândia esteve na liderança mas na recta final, acabou por ficar-se pelo segundo lugar com 146 pontos. O tema dance-pop "All out of luck", na voz de Selma Björnsdottir, era um dos principais favoritos e garantiu à Islândia o seu melhor resultado na Eurovisão, apenas igualado em 2009. Selma regressaria ao Festival em 2005 mas desta vez não passou da semifinal. Além da sua carreira musical, Selma foi a voz islandesa de várias personagens da Disney como Belle, Giselle, Megara e Tiana e foi júri na versão islandesa do "Ídolos".

Charlotte Nilsson (Suécia)

Com 163 pontos, a vitória acabou por vir para à Suécia pela quarta vez, curiosamente quando se assinalavam 25 anos da primeira vitória com os ABBA. E de facto, a canção sueca "Take me to your heaven", defendida por Charlotte Nilsson, fazia lembrar as sonoridades dos ABBA. Charlotte Nilsson começou a sua carreira ainda adolescente em bandas de música folclórica nórdica e esta presença na Eurovisão marcou a sua mudança para o pop. Desde então lançou nove álbuns (o segundo, "Miss Jealousy" de 2001, foi editado em Portugal) em 2008, agora sob o nome Charlotte Perrelli, regressou à Eurovisão com "Hero" mas ficou-se pelo 18.º lugar. No Festival da Eurovisão de 2024, foi uma das artistas convidadas.

O Festival da Eurovisão de 1999 terminou com todos os artistas, apresentadores e bailarinos em palco onde, liderados por Charlotte Nilsson e os seus cantores de coro, cantaram "Hallelujah"null, a canção que vencera vinte anos antes, em homenagem às vítimas do conflito que na altura decorria nos Balcãs, em particular no Kosovo. 

Festival da Eurovisão 1999 (sem comentário)





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