Julia Roberts é porventura a actriz da qual eu terei visto mais filmes. Embora eu tenho uma ligeira preferência por ver a eterna "Pretty Woman" em papéis cómicos, também gosto de vê-la noutros registos, como é o caso deste filme.
"Dossier Pelicano" ("The Pelican Brief") é um thriller de 1993 realizado por Alan J. Pakula, adaptado de um romance de John Grisham. Eu recordo-me de ter visto este filme no cinema em princípios de 1994 (o ano em que passei ir regularmente ao cinema) mas confesso que já tinha esquecido grande parte da história até um revisionamento recente no canal AXN. Os direitos da adaptação do livro foram postos à venda ainda antes de ser escrito e Grisham escreveu a personagem de Darby já com a ideia de Roberts (que aceitou o papel mesmo antes do livro ser editado) desempenhá-la no filme.
Quando dois juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos são assassinados, Darby Shaw (Roberts), uma estudante de Direito de Nova Orleães, elabora um dossier com a sua teoria. Victor Mattiece, um magnata do petróleo e amigo próximo do Presidente dos Estados Unidos (Robert Culp), descobriu um valiosíssimo jazigo de petróleo numa área protegida no estado do Louisiana que é um santuário para aves raras, incluindo o pelicano castanho. Por causa disso, a exploração nessa zona protegida foi inviabilizada em primeira instância. Recorrendo para o Supremo Tribunal, as mortes dos dois juízes terá sido encomendada por pessoas ligadas a Mattiece para assegurar uma decisão favorável, uma vez que os dois tinham em comum serem defensores das causas ambientalistas que provavelmente vetariam a exploração.
Thomas Callahan (Sam Shepard), o professor com quem Darby tem uma relação secreta, acha a teoria interessante e entrega uma cópia do dossier ao seu amigo do FBI Gavin Verheek (John Heard). Quando Callahan morre numa explosão de uma bomba no seu carro e Darby é perseguida por um desconhecido e o seu computador e disquetes são roubados, a jovem percebe que a sua teoria está certa e que corre perigo de vida, decidindo viver clandestinamente. A sua situação ainda se complica mais quando Khamel (Stanley Tucci), o assassino dos juízes, mata Verheek e faz-se passar por ele para se encontrar com Darby, sendo abatido a tiro no momento em que ia matá-la.
Entretanto, Gray Grantham (Denzel Washington), um jornalista de Washington, é contactado por alguém que revela informações sobre os assassinatos que confirmam a teoria de Darby. Gray e Darby encontram-se em Nova Iorque e concluem que o informador é Curtis Morgan (Jake Weber), um advogado da firma que representa Mattiece, cujos sócios terão encomendado os assassinatos dos juízos. Quando descobrem que Morgan está morto, a estudante e o jornalista lançam-se numa corrida contra o tempo para reunir as provas que comprovam a teoria, certos que há gente poderosa que fará tudo para os impedir. Até porque as revelações do Dossier Pelicano podem acabar com as hipóteses de reeleição do Presidente americano.
Do elenco fazem ainda parte Tony Goldwyn como o chefe de gabinete da Casa Branca; Cynthia Nixon, como a colega e amiga de Darby; James B. Sikking como o director do FBI; e John Lithgow, como o director do jornal de Gray.
Ao contrário do livro de Grisham, em que Darby e Gray (que na obra é caucasiano) acabam por se envolver, no filme não existe romance entre os dois protagonistas, apenas a sugestão que tal possa vir a acontecer no futuro. Consta que Julia Roberts era a favor de fazer par romântico com Denzel Washington, mas este seria da opinião que sendo assim, o romance interracial eclipsaria a história em si. O filme teve ainda a particularidade de ser filmado em sequência e de não haver qualquer aparição do vilão principal (Victor Mattiece).
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