Estreou nos EUA em 23 de Maio de 1997 - há exactos 20 anos - o filme "O Mundo Perdido: Parque Jurássico" ("The Lost World: Jurassic Park"), a obrigatória sequela de "Parque Jurássico" ("Jurassic Park") de 1993, ambos adaptados a partir das novelas de Michael Crichton pela mão de Steven Spielberg.
Indo directo ao assunto: não está à altura do original, apesar dos bons efeitos especiais e interessantes sequências de acção. Dizem as más línguas que o realizador perdeu o entusiasmo pelo projecto durante as filmagens e que o terminou contrariado.
Obviamente que o filme não tem a frescura do primeiro JP, e além do carismático Jeff Goldblum promovido a actor principal, o resto do elenco - apesar de competente - não tem aquela harmonia do filme de 93. Lembro-me de ler numa revista da época que a irritante - já não revejo há alguns anos - filha do Dr. Malcom tinha sido um erro dos departamentos de casting e direcção de actores, usualmente tão elogiadas nas produções Spielberg, principalmente quando se fala de actores-mirím.
O filme resume-se rapidamente: o local é outra ilha onde os dinossauros foram criados antes de ser levados para o parque. Tudo esteve abandonado ao Deus dará durante meia dúzia de anos, "life finds a way". Obviamente, depois dos civis descobrirem a ilha começam as expedições. Obviamente, corre tudo mal. Explorar uma ilha cheia de repteis gigantes para tirar fotos para o Instagram em papel? O que podia correr mal? Capturar dinossauros para os levar para o continente? O QUE PODIA CORRER MAL? Pior só a cria de humano que - surpresa - viaja ás escondidas atrás do pai para UMA ILHA CHEIA DE DINOSSAUROS. Spoiler: não é comida pelo T-Rex...
O tom geral desta continuação é mais escuro - até na fotografia - e cínico, com mais algum terror leve em detrimento da aventura, e a mudança de cenário no final, com a transposição das bestas do começo dos tempos para o nosso ambiente tecnológico é quase universalmente desprezada, mas tem alguns dos meus momentos favoritos do filme, com boa dose de humor negro e referências da cultura pop.
Obviamente que o filme não tem a frescura do primeiro JP, e além do carismático Jeff Goldblum promovido a actor principal, o resto do elenco - apesar de competente - não tem aquela harmonia do filme de 93. Lembro-me de ler numa revista da época que a irritante - já não revejo há alguns anos - filha do Dr. Malcom tinha sido um erro dos departamentos de casting e direcção de actores, usualmente tão elogiadas nas produções Spielberg, principalmente quando se fala de actores-mirím.
O filme resume-se rapidamente: o local é outra ilha onde os dinossauros foram criados antes de ser levados para o parque. Tudo esteve abandonado ao Deus dará durante meia dúzia de anos, "life finds a way". Obviamente, depois dos civis descobrirem a ilha começam as expedições. Obviamente, corre tudo mal. Explorar uma ilha cheia de repteis gigantes para tirar fotos para o Instagram em papel? O que podia correr mal? Capturar dinossauros para os levar para o continente? O QUE PODIA CORRER MAL? Pior só a cria de humano que - surpresa - viaja ás escondidas atrás do pai para UMA ILHA CHEIA DE DINOSSAUROS. Spoiler: não é comida pelo T-Rex...
O tom geral desta continuação é mais escuro - até na fotografia - e cínico, com mais algum terror leve em detrimento da aventura, e a mudança de cenário no final, com a transposição das bestas do começo dos tempos para o nosso ambiente tecnológico é quase universalmente desprezada, mas tem alguns dos meus momentos favoritos do filme, com boa dose de humor negro e referências da cultura pop.
Apesar de não chegar à perfeição do primeiro capítulo, é uma sequela que não envergonha a franquia e que se vê muito bem.
Sejamos francos, nunca nos vamos cansar de ver humanos a fugir de dinossauros recriados por humanos. É o karma, e tal...
Num artigo relacionado, o álbum de cromos autocolantes: "The Lost World: Jurassic Park - Caderneta de Cromos (1997)".
Como sempre, o leitor pode partilhar experiências, corrigir informações, ou deixar sugestões aqui nos comentários, ou no Facebook da Enciclopédia: "Enciclopédia de Cromos". Visite também o Tumblr: "Enciclopédia de Cromos - Tumblr".
Sejamos francos, nunca nos vamos cansar de ver humanos a fugir de dinossauros recriados por humanos. É o karma, e tal...
Num artigo relacionado, o álbum de cromos autocolantes: "The Lost World: Jurassic Park - Caderneta de Cromos (1997)".
Como sempre, o leitor pode partilhar experiências, corrigir informações, ou deixar sugestões aqui nos comentários, ou no Facebook da Enciclopédia: "Enciclopédia de Cromos". Visite também o Tumblr: "Enciclopédia de Cromos - Tumblr".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarUm filme realmente excelente! Não sou um crítico especializado da indústria cinematográfica, no entanto, tenho uma grande admiração em relação aos dinossauros e a franquia do Jurassic Park, mesmo estando extremamente direcionado a neurociência (risos). A cena em que o Tiranossauro se desloca pelas estradas de San Diego, nos Estados Unidos (mesmo que a cena tenha sido filmada em Burbank, na região metropolitana de Los Angeles), é simplesmente sensacional e empolgante. Uma dúvida, quais os critérios de avaliação utilizados pelos críticos da indústria cinematográfica (jornalistas, websites, etc)?
ResponderEliminarEm associação aos filmes, também busco compreender e diferir a ciência da ficção envolvida. Em anexo algumas referências bibliográficas científicas interessantes associadas a paleontologia (leia no tempo disponível, se possível).
KENT A. STEVENS, KENT A. STEVENS, "BINOCULAR VISION IN THEROPOD DINOSAURS," Journal of Vertebrate Paleontology 26(2), (1 June 2006). https://doi.org/10.1671/0272-4634(2006)26[321:BVITD]2.0.CO;2.
Sellers WI, Pond SB, Brassey CA, Manning PL, Bates KT. 2017. Investigating the running abilities of Tyrannosaurus rex using stress-constrained multibody dynamic analysis. PeerJ 5:e3420 https://doi.org/10.7717/peerj.3420.
Witmer, L.M., & Ridgely, R.C. (2009). New insights into the brain, braincase, and ear region of tyrannosaurs (Dinosauria, Theropoda), with implications for sensory organization and behavior. Anatomical record, 292 9, 1266-96.
K. T. Bates and P. L. Falkingham Estimating maximum bite performance in Tyrannosaurus rex using multi-body dynamics. 8. Biology Letters. DOI: http://doi.org/10.1098/rsbl.2012.0056.
Obrigado pela atenção!
Matheus Willian (IFMG, MG, Brasil).
Matheus, obrigado pelo comentário e pelas referências, se tiver tempo vou conferir. A minha área de estudo (Gestão - Marketing) também não tem que ver com paleontologia/dinossauros, a não ser que fosse para lidar com o marketing do Parque :D
EliminarSobre os critérios utilizados pelos críticos da indústria não é fácil de resumir. Eu não sou profissional nem tenho pretensões disso, mas tento analizar os aspectos técnicos (fotografia, musica, edição, etc) o mais objectivamente possível, tarefa complicada em certos departamentos mais subjectivos. E tento ter sempre em mente um elemento fulcral, que acho que até muitos profissionais pecam por ignorar: contexto. Mas no meu caso tento sempre dar uma forma informal (peço desculpa) ás minhas criticas, evito ser muito técnico e desapaixonado. Também há lugar a essas criticas, mas não são o meu objectivo. No fundo, as minhas criticas são mais opiniões - tal como a da maioria dos críticos - mas com menos floreados.